Ações

Đ Guerra (Ipoiucá)

De Atlas Digital da América Lusa

Đ Guerra (Ipoiucá)

Geometria

Coleção Levy Pereira


đ Guerra

Engenho de bois sem igreja, no vale do 'Ipoíucâ' (Rio Ipojuca).


Natureza: engenho de bois sem igreja.


Mapa: PRÆFECTURÆ PARANAMBUCÆ PARS BOREALIS, una cum PRÆFECTURA de ITÂMARACÂ.


Capitania: PARANAMBVCA.


Nomes históricos: Engenho da (de) Guerra, Engenho São Paulo.


Jurisdição: Cidade de Olinda, Freguesia de Ipojuca.


Nome atual: Engenho Guerra - vide mapa IBGE Geocódigo 2607208 IPOJUCA - PE.


Citações:

►Mapa PE-C (IAHGP-Vingboons, 1640) - plotado como engenho, 'Ԑ: Da GuԐrra';


(Schott, 1636), pg. pg. 61:

"17 - Engenho São Paulo, situado um quarto de uma milha ao noroeste do acima mencionado dos Salgados. pertence a várias pessoas, entre as quais Pedro da Grand, que como maior participante é o feitor-mor; os outros donos fugiram e alguns moram em Portugal. Em nome deles o citado da Grand obrigou-se a dar boa conta do engenho. Este mói com bois e tem 600 vadem (*) de terra em quadra, parte da qual é plantada com cana, enquanto a outra parte consiste de pastos, mas não tem matas e por isto tem que comprar toda a madeira, o que é muito oneroso. Pode anualmente fornecer 2.000 a 3.000 arrobas de açúcar, e paga 2 por cento de recognição.

(*) Medida de comprimento: um vadem de Amsterdam =: 1,698m; idem renano = 1,88m. ".


(Nassau-Siegen; Dussen; Keullen - 1638), pg.84:

"9. Engenho Guerra. Sete nonas partes deste engenho foram confiscadas e vendidas ao Sr. Hendrick Schilt. É movido por bois e mói.".


(Dussen, 1640), pg. 143:

"9) Engenho da Guerra, pertencente a Jacobus Corderus e Baltasar Wijntgens, é engenho de bois e mói. São lavradores: Major Hinderson ... ".


(Bullestrat, 1642), pg. 152:

"Falei com Bordenus sobre as prestações vencidas do seu engenho, em 1640 e 1641 (18). Diz, quanto ao pagamento do ano de 1640, ter entregue 21 caixas de açúcar, das quais tem recibo do comissário e ainda tinha dado um tanto em dinheiro, o que prometeu verificar, pois o comissário nada tinha apresentado para ser lançado nos livros; prometeu cumprir o seu compromisso no que diz respeito às prestações do ano de 1641. ".


(Gonsalves de Mello, 1985):

- pg. 192:

"(18) Não encontramos na documentação relativa aos engenhos de Ipojuca alguém desse nome. Pode ser Corderus, Jacobus, sócio de Wyntgis, na propriedade do Engenho Guerra: ver nota (13). ".

- pg. 191:

"(13) O ex-Conselheiro Político Balthasar Wyntgis era co-senhor do Engenho Guerra, de Ipojuca (havia outro da mesma denominação no Cabo).".


(Relação dos Engenhos, 1655), pg. 239, informando a pensão que este engenho pagava à capitania de Pernambuco:

"Engenhos da freguesia de Ipojuca

- E que o engenho da Guerra pagava a um e meio por cento.".


(Pereira da Costa, 1951), Volume 3, Ano 1637, pg. 79-80, citado como Engenho São Paulo em:

"Neste ano confiscou o governo holandês os abandonados engenhos por seus donos, expatriados, errantes, cujo número atingiu a quarenta e seis, e alienando-os imediatamente, variaram os preços das vendas de tais propriedades de 13.500 a 70.000 florins, pagáveis em prestações a determinados prazos.

Os engenhos confiscados e vendidos ficavam: na Várzea, ...; e em Ipojuca, os de S. Paulo, Tabatinga e Salgado; e mais ...".


(Cabral de Mello, 2012):

@ pg. 119-120, Os engenhos de açúcar do Brasil Holandês, I - Capitania de Pernambuco, Ipojuca:

«9) GUERRA, ENGENHO DA. Invocação São Paulo. Sito à margem esquerda do Ipojuca. Engenho de bois. Pagava 1,5% de pensão. Em 1623, produzia 4290 arrobas. Em 1636, seus proprietários residiam em Portugal ou haviam se retirado quando da ocupação holandesa, sendo feitorizado por Pedro da Grã de Abreu, que possuía 2/9 do engenho. Em 1636, tinha uma milha de terra em quadra, "parte da qual é plantada com cana, enquanto a outra parte consiste de pastos, mas não tem matas e por isso tem que comprar toda a madeira, o que é muito oneroso. Pode anualmente fornecer 2 mil a 3 mil arrobas de açúcar". Foram encontrados dezesseis bois e 35 escravos, entre adultos e crianças. Pedro da Grã continuou à sua frente mas os outros 7/9 foram vendidas ao conselheiro político Hendrick Schilt em 1637 por 21777 florins em prestações anuais de 4 mil florins. Moeu em 1637 e 1639, ano em que foi comprado por Jacob Corderus e Baltasar Wijntgens, falecido pouco depois. Em 1642, a WIC cobrava a Corderus as prestações vencidas. Em 1644, adquiriu-o Amador de Araújo Pereira, como se infere do arresto de trinta caixas de açúcar a ele pertencentes, solicitado por Jan Cardorp para ressarcir-se do que "o mesmo Araújo lhe está devendo por causa da compra do engenho da Guerra". O arresto foi, contudo, anulado pelo governo do Recife, devido a que o açúcar fora enviado por Araújo com vistas a amortizar sua dívida com a WIC, da qual ainda restavam pagar cerca de 12 mil florins, do montante que não fora saldado pelo primeiro comprador, Hendrick Schilt, e por Balthazar Wijntgens. Amador de Araújo deveria satisfazer o saldo devedor em prestações anuais de 3 mil florins. Em 1645, Amador de Araújo foi convocado ao Recife "para dar satisfação a Duarte Saraiva de um resto de contas que lhe devia". No mesmo ano, ele chefiou a insurreição luso-brasileira em Ipojuca. Moía em 1655. Em 1663, Schilt era devedor de 7200 florins à WIC. Em 1645 e Amador de Araújo era devedor de 30528 florins à WIC.(81)».

@ pg. 184, Notas:

«(81) DP, pp. 213, 425, 427; RPFB, p. 206; FHBH, I, pp. 61, 84, 143, 239; RCCB, pp. 37, 153, 159; DN, 18.VI.1637, 5.III.1644; "Vercochte engenhos", ARA, OWIC, n. 54; BNL, FG, códice 1555, fl. 199; VL, I, pp. 306, 311-3; "Generale staet", ARA, OWIC, n. 62.».






Citação deste verbete
Autor do verbete: Levy Pereira
Como citar: PEREIRA, Levy. "Đ Guerra (Ipoiucá)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/atlas/%C4%90_Guerra_(Ipoiuc%C3%A1). Data de acesso: 19 de abril de 2024.


Baixe a referência bibliográfica deste verbete usando

BiblioAtlas recomenda o ZOTERO

(clique aqui para saber mais)



Informar erro nesta página