Ações

Guajuna

De Atlas Digital da América Lusa

Coleção Levy Pereira


Guajuna

Engenho de roda d'água com igreja, na m.e. do 'Iuquiçípĩtanga' (Riacho Milagre).


Natureza: Engenho de roda d'água com igreja.


Mapa: PRÆFECTURÆ PARANAMBUCÆ PARS BOREALIS, una cum PRÆFECTURA de ITÂMARACÂ.


Capitania: ITÂMARACÂ.


Jurisdição: Capitania de Itamaraca - Freguesia de Goiana.


Nomes históricos: Goiana (Guajuna), Goana Grande, Engenho São Filipe e Santiago.


Nome atual: Usina.

  • Vide mapa IBGE Geocódigo 2606200 Goiana-PE.


Citações

►Mapa IT (IAHGP-Vingboons, 1640) #43 CAPITANIA DE I. TAMARICA, plotado como engenho, 'Ԑ Gojana', na m.e. do braço norte do 'R. Capinarinÿ' (Rio Capibaribe Mirim - Rio Goiana).


►Mapa IT (Orazi, 1698) PROVINCIA DI ITAMARACÁ, representado sem símbolo, 'E Goiana', no vale do rio 'Capinaricu' (Rio Capibaribe Mirim - Rio Goiana).


(Nassau-Siegen; Dussen; Keullen - 1638), pg. 90:

"Capitania de Itamaracá.

Engenhos de Goiana.

2. Engenho Goiana, invocação de São Filipe e Santiago, pertenceu a Gaspar Pacheco. Confiscado e vendido a Hans Willem Louisen; mói.".


(Dussen, 1640), pg. 165-166:

"ENGENHOS DE ITAMARACÁ

Na freguesia de Goiana

124) Engenho de Goiana, pertencente a Joost van den Bogaert, é engenho d'água e mói. São lavradores:

Partido da fazenda

Michiel Reindricksz

Mel. Horner

Obbe Ristma

Manuel Lopes d'Elvas

Antônio Alvares

Jan ten Berch (?)

Baltasar Pereira

Jan Bos

Pedro Sasodo (?)

________________

150 tarefas".


(Gonsalves de Mello, 1993), Os Livros das Saídas das Urcas do Porto do Recife, 1595•1605:

@ pg. 31:

"5. Engenho de Antônio Cavalcanti, da invocação de São Filipe e Santiago, do termo de Goiana, Capitania de Itamaracá, com liberdade inteira. Pode ser o Engenho Goiana, dessa invocação.".

@ pg. 32:

"15. Engenho de Antônio de Almeida, senhor do engenho de São Filipe e Santiago do termo de Goiana, Capitania de Itamaracá. É engenho da mesma invocação e da mesma localização do de Antônio Cavalcanti, antes citado, nº 5. Teria havido troca do nome-de-família do proprietário.".


(Pereira da Costa, 1951), Volume 3, Ano 1637, pg. 63:

"A época das construções dos engenhos de açúcar em Goiana vem da segunda metade do século XVI, quando começou a concessão das suas terras em sesmarias pelos capitães-mores governadores da capitania de Itamaracá, a que originariamente pertenciam, e anteriormente mesmo ao ano de 1570, como documentadamente consta.

Concedida naquele ano uma data de cinco mil braças de terra em quadro a Diogo Dias e seus filhos, cujas terras ficavam situadas no Vargedo norte do Capibaribe Meirim, foram nelas que se fundaram os engenhos Goiana Grande e Jacaré, acaso os primeiros que houve na localidade; e em uma outra concessão de terras feita em 1577 a Boaventura Dias, filho do referido Diogo Dias, foram levantados os engenhos Dois Rios e Mariúna; e posteriormente outros, atingiam a nove em 1630, assim relacionados em um documento holandês de 1637:

...

II — Goiana, invocação de S. Filipe Santiago, moente, pertencente a Gaspar Pacheco e vendido a Willen Louisen.".


(Cabral de Mello, 2012):

@ pg. 146-147, Os engenhos de açúcar do Brasil Holandês, II - Capitania de Itamaracá, Goiana:

«3) GOIANA. Invocação São Felipe e Santiago. Sito à margem esquerda do rio Capibaribe Mirim. Engenho d'água. Fundado em terras da sesmaria de Diogo Dias. Em 1593-5, pertencia a Antônio Cavalcanti, filho de Felipe Cavalcanti. Em 1623, produzia 12487 arrobas. Vendido a Gaspar Pacheco, comerciante no Reino, que teria adquirido também outro engenho, não identificado, na mesma freguesia. Saqueado em 1633. Confiscado e vendido em 1637 a Hans Willem Louisen, sargento-mor dos índios, juntamente com os engenhos Jacaré e Copissura, por 77 mil florins em sete prestações anuais. Moía em 1637 e 1639, mas, tendo de regressar à Holanda, Louisen o repassou ao comerciante Joost van den Bogaert, que chegara ao Brasil em 1635, após haver servido na Nova Nederlândia, atual Nova York. Dispunha do partido da fazenda e de nove partidos de lavradores, no total de 150 tarefas (7,5 mil arrobas). Em 1641, Michiel Hendricks, procurador de Bogaert, "concordou em pagar por Hans Willem Louisen a soma de 92095 florins, ficando por isso empenhados os ditos engenhos e terras, mas nenhum pagamento foi feito". Posteriormente adquirido por Jorge Homem Pinto, senhor de engenho na Paraíba. Evacuado em 1646: o incêndio só poupou metade da casa de purgar, a capela e algumas construções. Em 1663, Hendricks ainda era devedor da quantia acima mencionada.(3)».

@ pg. 188, Notas:

«(3) DP, p. 368; RPFB, p. 196; FHBH, I, pp. 31, 90, 165-6; RCCB, pp. 66, 157, 160; DN, 30.V.1637, 3.X.1640, 20.IX.1646; "Vercochte engenhos", ARA, OWIC, n. 54; Nótulas da Câmara de Amsterdã da WIC, 10.IX.1635, ARA, OWIC, n. 14; VWIC, III, p. 172; VL, I, p. 256; Gil Maranhão, "As sesmarias de Goiana", p. 10; Leonor Freire Costa, O transporte no Atlântico e a Companhia Geral de Comércio do Brasil (1580-1663), 2 vols., Lisboa, 2002,1, p. 524.».






Citação deste verbete
Autor do verbete: Levy Pereira
Como citar: PEREIRA, Levy. "Guajuna". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/atlas/Guajuna. Data de acesso: 19 de março de 2024.


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