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Key∫ers croon (cidade)

De Atlas Digital da América Lusa

Key∫ers croon (cidade)

Geometria

Coleção Levy Pereira


Key∫ers croon

Cidade na m.d. do 'Potĩjĩ ou Rio grande' (Rio Potengi).


Natureza: cidade.


Mapa: PRÆFECTURÆ DE PARAIBA, ET RIO GRANDE.


Capitania: RIO GRANDE.


Nomes históricos: Key∫ers croon; Keisers croon; vila da Coroa Imperial.


Nome atual: ...

Citações:

(Medeiros, 1998), "Keysers Croon, uma vila holandesa no bairro do Bom Pastor", pg. 91:

"George MARCGRAVE, notável cientista alemão que esteve no Nordeste, a serviço da Companhia das Índias Ocidentais, realizou um estudo cartográfico focalizando a Capitania do Rio Grande. Tal trabalho, elaborado no ano de 1643 e incluído no livro de BARLÉU, menciona o topônimo KEYSERS CROON, indicado sob o símbolo de vila. A tradução portuguesa de Keysers Croon corresponde a COROA IMPERIAL.

Lamentavelmente os diversos cronistas, tanto-holandeses como portugueses que trataram daquele período da dominação flamenga na Capitania, não deixaram qualquer notícia sobre aquela desaparecida vila, da qual somente restou o belo topônimo indicado por Marcgrave.

É bem possível que tão pomposo nome - Coroa Imperial - indicasse apenas uma aldeia indígena, mantida sob a supervisão direta das autoridades holandesas

Naquele mapa de Marcgrave, deparamo-nos com o riacho Cunhaçima, afluente do Potengi pela sua margem direita. Tal riacho corresponde ao nosso conhecido riacho da Quintas, cuja nascente fica localizada nas vizinhanças da rua dos Paiatís, no bairro da Quintas.

No estudo holandês figura um monte sob a designação de ROODE BERG (Monte Vermelho), o mesmo monte dos Barreiros da atualidade, já muito desbastado por anos de extração de barro, ali desenvolvida.

Acompanhando o Potengi pela sua margem direita, o mapa de Marcgrave indica um certo caminho proveniente da Cidade do Natal, o qual demandava as ribeiras do Jundiaí e Pitimbú. Tal caminho cruzava o Cunhaçima, relativamente próximo à sua nascente; em seguida, passava por dentro de Keysers Croon, prosseguindo em direção a Roode Berg.

Através da análise procedida no mapa flamengo, verificamos que aquele caminho, de 1643, coincide com a atual rodovia que une Natal a Macaíba. O trecho entre Cunhaçima e Roode Berg equivale à atual rua Napoleão Laureano. Tais pontos mencionados distanciam-se apenas 1,8 km entre si.

Na metade de tal distância achava-se a vila da Coroa Imperial, segundo informa o mapa de Marcgrave. Nos dias atuais, podemos considerar a localização de Keysers Croon, como correspondendo aos terrenos existentes na rua dr. Napoleão Laureano, no trecho limitado pelas ruas Castelo Branco e Poeta Camões, estendendo-se em direção ao rio Potengi. A antiga Keysers Croon ficava em um ponto, quase vizinho ao terreno ocupado pelo curtume da firma J. Motta, no bairro do Bom-Pastor.

Seria Keysers Croon a mesma Aldeia Orange, de que restam informações datadas de 1645? (1).


(1) SOUTO MAIOR, Pedro • Uma Assembléia de índios em Pernambuco no Ano de 1645, p. 71.".


Notas:

  • Essa indicação de cidade é ainda um dos mistérios do Rio Grande Holandês.
  • Há indícios de que ela não deve ser a Aldeia Orange aventada - vide Araunu (aldeia) de índios.
  • E, deveria estar localizada próxima a boa fonte de água potável.






Citação deste verbete
Autor do verbete: Levy Pereira
Como citar: PEREIRA, Levy. "Key∫ers croon (cidade)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/atlas/Key%E2%88%ABers_croon_(cidade). Data de acesso: 25 de abril de 2024.


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