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N S ᵭ Aiuda

De Atlas Digital da América Lusa

N S ᵭ Aiuda

Geometria

Coleção Levy Pereira


N S ᵭ Aiuda


Natureza: engenho de bois

com igreja


Mapa: PRÆFECTURÆ PARANAMBUCÆ PARS BOREALIS, una cum PRÆFECTURA de ITÂMARACÂ


Capitania: PARANAMBVCA

Engenho de bois com igreja, na m.e. do 'Iabebĩrĩ' (Rio Beberibe).


Nomes históricos: Engenho Velho, Engenho Velho de Beberibe, Engenho de Nossa Senhora da Ajuda (N S ᵭ Aiuda, N. S dAiuda).


Nome atual: o engenho não mais existe, e a área está reocupada - zona urbana do Bairro de Peixinhos, cidade de Olinda-PE.

Citações

►Mapa PC (Golijath, 1648) "Perfecte Caerte der gelegentheyt van Olinda de Pharnambuco MAURIRTS-STADT ende t RECIFFO", plotado com a nota «Ԑngenho velho van M. Alvres Dees daraas an een Calck-oven».

►Mapa ASB (Golijath, 1648) "Afbeeldinge van drie Steden in Brasil", plotado e assinalado com a letra N. Na 'Verklaringe deser Caerte.' explicita «N: «Engenho Velho een vervalle Suyckermolen tegenwoordigh Calckovens toekomende Ml. Alvres Deos dará».

►Mapa PE (Orazi, 1698) PROVINCIA DI PERNAMBVCO, assinalado, 'N. S dAiuda', na m.e. do rio 'Iabebiri'.

►(Gonsalves de Mello, 1976), pg. 32, comentando a respeito do mapa ASB (Golijath, 1648) acima citado:

"4) «Engenho Velho een vervalle Suyckermolen tegenwoordigh Calckovens toekomende Manuel Alvres Deos dará», isto é, Engenho Velho, um engenho de açúcar arruinado, agora fôrno de cal pertencente a Manuel Alvares Deusdará. (40) Trata-se do Engenho Velho de Beberibe, de invocação de Nossa Senhora da Ajuda. (41)"

...

(40) Sobre Manuel Álvares Deusdará ver: A. J. V. Borges da Fonseca, Nobiliarquia Pernambucana 2 vls. (Rio, 1935), II pp. 161/162 e Frei Antônio de Santa Maria Jaboatão, «Catálogo Genealógico», Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro tomo 52, 1ª parte (Rio, 1889) p. 78. ".

(41) Vêr «Introdução», de quem escreve estas linhas, ao Relatório sobre as capitanias conquistadas no Brasil pelos holandeses (1639) de Adriaen van der Dussen (Rio, 1947), pp. 19/20. ".

►(Pereira da Costa, 1951), Volume 1, Ano 1542:

@ pg. 223:

"ABRIL 27 — Nesta data se dirige o donatário Duarte Coelho a el-rei D. João III sobre diversos negócios da capitania, escrevendo-lhe a seguinte carta da vila de Olinda:

"Senhor — ... e assim dei ordem a se fazerem engenhos de açúcares que de lá trouxe contratados, fazendo tudo quanto me requeiram e dando tudo o que me pediram sem olhar a proveito nem interesse algum meu, mas a obra ir avante como desejo; temos grande soma de canas plantadas por o povo com todo o trabalho que foi possível, e dando a todos a ajuda que a mim foi possível, e cedo acabaremos um engenho mui grande e perfeito e hão de ordenado começar outros, ...".

@ pg. 225-226:

"Esse engenho — mui grande e perfeito, — seria o de Nossa Senhora da Ajuda, situado nos arredores da vila de Olinda, fundado pelo fidalgo Jerônimo de Albuquerque, cunhado do donatário, ou esse engenho, já então levantado, vinha de época anterior? Não possuímos elementos para afirmar ou negar. Entretanto, o que é historicamente constatado, é que o engenho de Nossa Senhora da Ajuda, assim chamado da padroeira da sua capela, com aquela invocação, foi a primeira fábrica de açúcar levantada em Pernambuco pelo referido Jerônimo de Albuquerque, em uma grande data de terra, de doação donatarial a título de sesmaria, e daí a sua denominação vulgar de Engenho Velho, já corrente nos primeiros anos do século XVII. E é assim que Borges da Fonseca, tratando do alentado colono Pedro Afonso Duro, na sua Nobiliarquia Pernambucana, conclui:

"Do livro velho da Sé consta que este Pedro Afonso Duro e sua filha Inês Barbosa, foram padrinhos do batismo de Domingos Fernandes Calabar, tão célebre na nossa história, o qual fora batizado em 15 de março de 1610, na ermida do Engenho Velho de Jerônimo de Albuquerque, no lugar a que hoje se dá o nome de Forno da Cal".

Ao que parece, o engenho não persistiu em atividade por longos anos, e estava talvez já de fogo morto no tempo da dominação dos holandeses, porquanto, de um minucioso escrito do invasor sob o título de Breve discurso sobre o estado das quatro capitanias conquistadas, datado em 1637, em que vem uma detalhada relação de todos os Engenhos de Pernambuco, existentes na época, não figura o Engenho Velho ou de Nossa Senhora da Ajuda; nem tão pouco dos que foram confiscados e vendidos em 1637 e 1638.".

►(Pires, 1994), pg.12:

"Os engenhos do Salvador, dele próprio (Duarte Coelho, donatário), e de Nossa Senhora da Ajuda, ou Beberibe, do seu cunhado Jerônimo de Albuquerque, devem ter sido os pioneiros na capitania. O engenho de Beberibe, de Jerônimo, ficava perto de Olinda, num lugar até hoje conhecido como Forno de Cal, exatamente onde, em anos recentes, foi instalada a Indústria Fosforita.".







Citação deste verbete
Autor do verbete: Levy Pereira
Como citar: PEREIRA, Levy. "N S ᵭ Aiuda". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/atlas/N_S_%E1%B5%AD_Aiuda. Data de acesso: 24 de abril de 2024.


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