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Paragoaçu (aldeia de índios)

De Atlas Digital da América Lusa

Paragoaçu (aldeia de índios)

Geometria

Coleção Levy Pereira


[Paragoaçu]

Aldeia de índios (brasilianos) com sinal de abandonada plotada apenas com os símbolos, sem nome, na m.d. do rio 'Paragoaçu' (Rio Araraí).


Natureza: aldeia de índios com sinal de abandonada.


Mapa: PRÆFECTURÆ DE PARAIBA, ET RIO GRANDE.


Capitania: RIO GRANDE.


Nome atual: não existe mais como aldeia - sua localização exata, no momento, não é conhecida por arqueólogos e historiadores.


Nomes históricos: Paragoaçu; Paravaçu; Parawassu; Paraguaçu; Paraguassu.


Citações:

(Moreno, 1615), pg. 44, discriminando a resenha de índios guerreiros que participaram na Jornada do Maranhão:

"Logo aos 28 de agosto fizeram resenha da gente dos índios, para ver os que faltavam ao número de 500 frecheiros, quantidade que o de Albuquerque assegurava levar do Rio Grande, para que, com os de Ceará e Buapava, com quem tinha grandes *lianças, pudesse meter na Jornada até mil índios de guerra; e assim se tomou mostra, e pareceram os principais que se seguem:

...

De Paravaçu, Alexandre, com 10 ".


(Medeiros, 1989), pg. 73:

"ALDEIA DE PARAGUAÇU - A carta do Pe. PERO RODRIGUES, de 19 de dezembro de 1599, descreve um episódio relacionado com o maioral potiguar Paraguaçu (Mar Grande), aprisionado pelos portugueses por ocasião de um combate travado na praia vizinha ao forte em construção (dos Reis Magos). Posteriormente Paraguaçu tornou-se amigo dos portugueses (1).

Segundo o Pe. MANUEL DE MORAIS, em 1635 a aldeia de Parawassu achava-se reunida à de Mopebi, e tinha por capitão Francisco Vaibitary. A aldeia ficava localizada entre o Rio Grande e Cunhaú (2).

No mapa de JORGE MARCGRAVE (1643), constante do livro de GASPAR BARLÉU e relativo à Capitania do Rio Grande, figura o rio Paraguaçu despejando para a Lagoa de Papari. Hoje aquele rio recebe a denominação de Arari.

Na documentação pertencente ao acervo documental do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, deparamo-nos com o documento que dá conta de uma doação feita por João Lostão Navarro, em 1626, à sua filha Maria Lostão Casa Mayor, noiva de Manuel Rodrigues Pimentel:

"... e meia légua de terra em quadra na tapera de Paraguaçu, na conformidade da data que da dita terra tem" (3).

Um outro documento, também arquivado no Instituto, refere-se a uma data e sesmaria concedida ao sargento-mor Francisco Lopes. Tal concessão, feita na Bahia aos 19 de julho de 1670, foi registrada na Capitania do Rio Grande aos 11 de fevereiro de 1676. Da leitura do texto do documento, encontramos referência à localização daquela Aldeia de Paraguaçu:

"... e outra meia légua de terra, na própria várzea, a qual deram em data a seu sogro Manuel Rodrigues Pimentel, que está junto à Aldeia de Paraguaçu, correndo pela (ilegível) junto do Araraí, correndo para o Papari" (4).

O rio Arari, outrora também denominado Paraguaçu, corre ao sul das atuais cidade de São José de Mipibu e Nísia Floresta.

O mapa de Marcgrave assinala a existência de uma aldeia indígena, considerada despovoada em 1643, no rio Paraguaçu, no ponto onde hoje existe a localidade de Curral Novo, em S. José de Mipibu.".


►Citada como Aldeia Paraguassu pelo Pe. Manoel de Moraes, em 1635, na sua relação de aldeias de brasilianos no Rio Grande informada aos neerlandeses, conforme:

● Nota 43 de C. Fernandes Pinheiro, Brasil Bandecchi e Leonardo Arroyo, in (Southey, 1810), Notas do capítulo IV, pg. 207:

"44 Mopebi e Para-wassu, ambas entre o Rio Grande e Cunhau; ...".

(Vainfas, 2008), pg. 72:

"No Rio Grande, Manoel nomeou as aldeias de Mopebi ou Paraguassu, ambas entre o Rio Grande e Cunhaú, acrescentando que estavam unificadas, embora mantivessem seus próprios capitães, respectivamente Antônio de Ataíde e Francisco Vaibitari; ...".

Notas:

1) As duas citações acima têm fonte primária no livro de Joannes de Laet, História ou Anais dos Feitos da Companhia das Índias Ocidentais, desde o começo até o fim do ano de 1636 ((Laet, 1644)).

2) A indicação de que as Aldeias de Paraguassu e Mopebi já estavam unidas em 1635 indica que a Paraguassu já estava abandonada nesse ano e que sua população se juntou à da Mopebi, governando, entretanto, cada um dos capitães a sua gente.


(Câmara Cascudo, 1956), pg. 240:

"A aldeia arrolada nas informações do padre Manuel de Moraes aos holandeses, em, 1635, é denominada Parawassu. ".






Citação deste verbete
Autor do verbete: Levy Pereira
Como citar: PEREIRA, Levy. "Paragoaçu (aldeia de índios)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/atlas/Paragoa%C3%A7u_(aldeia_de_%C3%ADndios). Data de acesso: 24 de abril de 2024.


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