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Passo da Barreta

De Atlas Digital da América Lusa

Passo da Barreta

Geometria

Coleção Levy Pereira


Passo da Barreta

sem nome


Natureza: casa


Mapa: PRÆFECTURÆ PARANAMBUCÆ PARS BOREALIS, una cum PRÆFECTURA de ITÂMARACÂ


Capitania: PARANAMBVCA

Passo de açúcar na m.d. da 'Camboa de Barraca' (Camboa da Barreta).

Nome histórico:' Passo da Barreta.


Nome atual: está completamente destruído e sua área reocupada - está na zona urbana entre os bairros de Boa Viagem e Pina, na cidade do Recife-PE.


Nota:

O passo de açúcar era um armazem onde eram pesadas, armazenadas e taxadas as mercadorias a serem exportadas para a metrópole (Portugal ou Holanda).

Situava-se na m.d. da 'Camboa de Barraca' (Camboa da Barreta), em área hoje aterrada, assim a sua posição real dependerá de se estabelecer precisamente onde a camboa (ou o Rio da Barreta) saia junto aos arrecifes.

A situação da camboa está baseada na hipótese de que a reentrância, ou curva, na linha do litoral imeditamente ao norte dessa posição seja resquício da sua boca no litoral.

A Barreta era uma abertura na linha de recifes, e consta nos mapas coevos.

Citações

►Mapa PE-C (IAHGP-Vingboons, 1640) #40 CAPITANIA DE PHARNAMBOCQVE, plotado, sem nome, junto a 'Pta. BarrԐtto.' (ou 'Rº. BarrԐtto.' - primeira letra pouco legivel na imagem que dispomos).

►Mapa IT (IAHGP-Vingboons, 1640) #43 CAPITANIA DE I. TAMARICA, plotado, 'Pass' (Passo da Barreta) junto a '∂. BarrԐtto.' (primeira letra pouco legivel na imagem que dispomos).

►Mapa Y-41 (4.VEL Y, 1642) De Cust van Brazil tusschen Cabo St. Augustijn ende hoeck van Pommarel, desenhados o rio e a camboa, sem nomes, com o passo 'Baretta' assinalado na m.d. .

►Mapa PC (Golijath, 1648) "Perfecte Caerte der gelegentheyt van Olinda de Pharnambuco MAURITS-STADT ende t RECIFFO", desenhado com a disposição das construções, 'Pas aen de Barretta ahvaer de Suyckeren worden uf ye∫cheepe'.

►Mapa ASB (Golijath, 1648) "Afbeeldinge van drie Steden in Brasil", desenhado com a disposição das construções, assinalado com o numeral 1, que na 'Vor∂er Verklaringe ∂eser Caerte' é explicitado como '1. De pas aԐn∂e Barretta Sÿn∂e ԐԐn plante waer ∂e Suÿckeren roor∂Ԑn afgԐscheept'.

►(Pereira da Costa, 1951):

@ Volume 2, Ano 1597, pg. 109:

"Passos de açúcar, como escreve Fr. Vicente do Salvador (História do Brasil, 1627), são umas lójeas grandes onde se recolhem os caixões até se embarcarem nos navios. O passo, portanto, era um armazém de depósito de gêneros coloniais. ".

@ Volume 2, Ano 1597, pg. 111:

"Passo da Barreta. Foi construído em época anterior á invasão holandesa, em 1630, e ficava situado ao norte da ilha do Nogueira, não muito distante dos Afogados. (V. a data de 17 de setembro de 1646).".

@ Volume 3, Ano 1646, pg. 281:

"No povoado, à margem de uma camboa, havia um passo ou trapiche de depósito e embarque de açúcar e outros gêneros coloniais, que eram conduzidos por água à praça do Recife, cujo estabelecimento existia já em 1630, vindo daí a povoação do "Sítio da Barreta", e a denominação de "Passo da Barreta" dada ao estabelecimento; e confiscada então pelo invasor holandês a propriedade do "Passo da Barreta entre o Recife e o Cabo", e posta em arrematação a sua renda, foi em 1638 adjudicada por 2.556 florins, segundo uma relação dos impostos arrematados naquele ano.".

@ Volume 3, Ano 1646, pg. 280-281:

"A Barreta é hoje um pequeno povoado situado no litoral, em frente da ilha do Nogueira, a uns seis quilômetros ao sul da cidade do Recife e pertencente a paróquia dos Afogados; e a sua denominação vem de uma abertura, de limitada extensão, que havia nos arrecifes, em frente à localidade, conhecida pelos nomes de Barreta das Jangadas, de S. José e dos Afogados, e do século XVII por diante, simplesmente pelo de Barreta; e pela sua proximidade com a ilha do Pina, tinha assim o nome de Barra do Pina, como se vê da portaria de 24 de março de 1824, mandando estabelecer uma barca de registro naquela barra. Enfim, Mrs. Maria Graham, no seu Diário de viagem (1821), chama a essa — abertura do recife em frente à ilha do Nogueira, — "Passagem das Gaivotas", que pela primeira vez assim a encontramos chamada, bem como com o nome de "Estreito Francês", segundo o engenheiro E. Béringer na sua memória sobre o porto de Pernambuco (1881). A Barreta, porém, que nas marés cheias dava passagem a embarcações de pesca e de pequeno calado, desde muito que desapareceu, sendo fechada, ficando assim a linha de recifes que corre em frente ao ancoradouro interno sem essa solução de continuidade, por julgarem-na prejudicial ao porto e como Vital de Oliveira assim já a menciona no seu Roteiro. (1864)

Efetivamente, por aviso do ministério da marinha de 7 de maio de 1849, mandando executar as obras do melhoramento do porto do Recife, segundo o projeto que acabava de ser apresentado, e figurando entre essas obras — a tapagem da Barreta, — oficiou a 26 do mesmo mês o presidente da província ao inspetor do Arsenal de marinha, para os seus devidos efeitos, vindo daí, portanto, o fechamento da referida Barreta, e a construção de um dique para a defesa e junção da ilha do Nogueira à linha de recifes, proximamente disposta.".






Citação deste verbete
Autor do verbete: Levy Pereira
Como citar: PEREIRA, Levy. "Passo da Barreta". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/atlas/Passo_da_Barreta. Data de acesso: 25 de abril de 2024.


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