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Taijĩbĩpiô (engenho de bois)

De Atlas Digital da América Lusa

Taijĩbĩpiô (engenho de bois)

Geometria

Coleção Levy Pereira


Taijĩbĩpiô

Teiibipio

Engenho de bois sem igreja, na m.d. do 'Taijĩbĩpiô' (Rio Tijipió).


Natureza: engenho de bois sem igreja.


Mapa: PRÆFECTURÆ PARANAMBUCÆ PARS BOREALIS, una cum PRÆFECTURA de ITÂMARACÂ.


Capitania: PARANAMBVCA.


Jurisdição: Cidade de Olinda, Freguesia da Várzea.


Nomes históricos: Engenho Taijĩbĩpiô (Tejipió; TisԐpio;;Teiibipio; Tegipió; Tijipió; Tajupió; Itaipió; Tisepeó).


Nome atual: o engenho não existe mais e a sua área foi reocupada - possivelmente está na área urbana do Recife-PE , no bairro denominado Coqueiros.

  • Vide mapa IBGE Geocódigo 2611606 Recife-PE.


NOTAS:

  • Pereira da Costa da mesma forma o coloca na m.e. do rio. Não conseguiu-se localizar bons varjões em riachos nessa margem do rio Tejipió, mas ainda assim, também assumiu-se uma posição probabilística com médio grau de incerteza para georreferenciar esse engenho na m.e. do rio.


Citações:

►Mapa PE-C (IAHGP-Vingboons, 1640) #40 CAPITANIA DE PHARNAMBOCQVE, plotado como engenho, 'TisԐpio Ԑ.', na m.d. do 'Rº. TisԐpio'.


►Mapa IT (IAHGP-Vingboons, 1640) #43 CAPITANIA DE I. TAMARICA, plotado como engenho, 'Ԑ TisԐpio', na m.d. do 'Rº. TisԐpio'.


(Dussen, 1640), pg. 154:

"ENGENHOS DE PERNAMBUCO

Na freguesia da Várzea

...

67) Engenho Tisepeó, que pertenceu a Antônio Fernandes Pessoa, está todo arruinado e dificilmente poderá ser reconstruído. ".


(Relação dos Engenhos, 1655):

@ pg. 237, informando a pensão que este engenho pagava à capitania de Pernambuco:

"Engenhos da freguesia da Várzea do Capibaribe

...

Engenhos que estão a monte nesta freguesia

- Que o engenho de Francisco Berenguer, do Tejipió, que hoje está a monte, pagava a um e meio por cento. ".

@ pg. 242:

"As pensões dos engenhos referidos se pagam de todo o açúcar que fazem antes de ser dizimado, ...".

  • Nota: No BQPPB e nos mapas (IAHGP-Vingboons, 1640) só há dois engenhos às margens do rio Tejipió: o São Francisco e o com o nome desse rio. Assim, mesmo com um nome de proprietário diferente do citado no Sommier Discours (Dussen, 1640), faz-se neste estudo essa associação.


(Pereira da Costa, 1951), Volume 3, Ano 1645, pg. 228-229:

"Tejipió foi em sua origem uma grande propriedade rural, na qual havia um engenho de fabricar açúcar, situado à margem esquerda do rio do mesmo nome, e pelo qual descia para o Recife, em pequenos barcos, todo o açúcar fabricado, acondicionado em caixas de madeira, como então se praticava e permaneceu ainda por largos anos, até que foram substituídas por sacos de algodão. Com a invasão dos holandeses em 1630, foi o engenho abandonado por seus proprietários, e depois confiscado e vendido pelo invasor o que restava da propriedade.

Em 1645, ao rompimento da campanha restauradora, já não existia o engenho, e as suas terras, constituindo uma grande fazenda, pertenciam então ao mestre de campo João Fernandes Vieira, como vimos, onde construiu uma bela e espaçosa casa de vivenda, para a sua habitação, de cujas ruínas, que ainda chegaram aos nossos dias, aproveitou-se o material nas obras de reconstrução da capela de N. S. do Rosário.

A essa propriedade se refere Fernandes Vieira no seu testamento celebrado em 1674 na sua fazenda dos Maranguapes, dizendo que ficava junto e adiante do engenho S. Francisco da Várzea, de André Vidal de Negreiros, as terras de Tejipió, que vão para N. S. da Luz, com a extensão de meia légua quadrada, que comprara a Sebastião Bezerra. O Sítio Cavalheiro fazia parte dessa importante propriedade, desde muito subdividida em pequenos tratos territoriais, vindo daí o povoamento da localidade.".


(Cabral de Mello, 2012):

@ pg. 71-72, Os engenhos de açúcar do Brasil Holandês, I - Capitania de Pernambuco, Várzea do Capíbaribe:

«18) TEGIPIÓ. Sem indicação de orago. Sito à margem esquerda do rio homônimo. Markgraf registrou-o como Mi[n]gau, da alcunha do seu proprietário, Antônio Fernandes Pessoa. Engenho de bois. Pagava 1,5% de pensão. Fundado por Antônio de Andrade Caminha, oriundo do Conselho do Bem Viver, bispado do Porto, e filho dos da governança daquela terra. Em 1598, Antônio surge como residente em Olinda. Em 1609, menciona-se o engenho de Antônio de Andrade da Cunha, provavelmente filho do fundador. Em 1638, o engenho estava "todo arruinado e dificilmente poderá ser reconstruído". A monte em 1655. Suas terras foram adquiridas por João Fernandes Vieira.(18)».

@ pg. 176, Notas:

«(18) DP, pp. 340-1, 346; IL, 1332; "Livro do tombo", p. 130; FHBH, I, pp. 154, 238; RCCB, p. 49; Pereira da Costa, Arredores do Recife, pp. 127-8; Fernando Pio, "Cinco documentos", p. 27.».

NOTAS:

  • Marcgrave, em seu mapa, ubica o Engenho Tegipió com o símbolo de engenho de bois sem igreja, na m.e. do rio assinalado com a letra o, 'o. Teiĩbĩpió, eine rivier', nomeando-o 'Taijĩbĩpiô' (Tegipió).
  • O engenho 'Mingau' está plotado no mapa de Margrave na m.e. do 'Iequea' (Rio Jiquiá), e está identificado, neste georreferenciamento, como o Engenho São Timóteo/Engenho Jequiá.






Citação deste verbete
Autor do verbete: Levy Pereira
Como citar: PEREIRA, Levy. "Taijĩbĩpiô (engenho de bois)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/atlas/Taij%C4%A9b%C4%A9pi%C3%B4_(engenho_de_bois). Data de acesso: 24 de abril de 2024.


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