Na década de 1910, havia poucas alternativas de emprego para as mulheres. O Censo de 1920 mostrou que a maior parte das moradoras da Capital Federal trabalhava em casas de família, como cozinheiras, babás e lavadeiras. Em segundo lugar, havia as trabalhadoras do comércio, seguidas das trabalhadoras de confecções – as muitas costureiras e bordadeiras. Por fim, muitas trabalhavam nas fábricas têxteis da cidade. As profissionais do ensino, por sua vez, não passavam de 5.000 mulheres, embora ser professora fosse ofício de prestígio, ainda que mal remunerado (sempre foi). Uma diminuta porção das mulheres ativas no mercado de trabalho era de funcionárias do Estado. Ali estavam os empregos que todos cobiçavam, especialmente os homens.
Sabendo disso, a educadora Leolinda Daltro lutou para manter o Instituto Profissional Orsina da Fonseca, onde as moças podiam aprender um ofício, além das disciplinas básicas. A fim de que mais mulheres pudessem disputar postos nas repartições públicas, as alunas cursavam datilografia.