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Essa métrica é particularmente útil para refletir sobre a intensidade das relações existentes no interior de um determinado grupo. Assim, um grafo denso indica a representação de uma rede de relações intensas, com agentes bem conectados e com uma alta circulação de valores (tais como bens, favores, informações). Uma rede densa pode representar, ainda, a reiteração de vínculos entre os agentes que a compõem, indicando uma aproximação que pode ser reforçada a partir de diferentes relacionamentos (matrimônio, parentesco, amizade, compadrio, vizinhança, sociedade, etc.). Por outro lado, uma rede mais dispersa pode indicar um conjunto de relações mais esparso ou ocasional, sugerindo uma circulação menor de informações e valores, ou uma ligação mais frágil entre seus pares.
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Edição das 07h56min de 4 de março de 2020

Tempo estimado de leitura deste artigo 8 minutos - por Israel Aquino


Para além da elaboração das matrizes e a geração dos respectivos grafos, outra contribuição fundamental da Análise de Redes Sociais é a produção de coeficientes ou estatísticas de análise, denominadas métricas, que permitem evidenciar as características dessas redes, colocando em evidência alguns tipos de relação que se estabelecem, ou destacando a atuação de um determinado agente no grupo a partir da posição que este assume. Essas métricas cumprem papel fundamental para a análise a ser realizada, tanto quanto o recurso gráfico proporcionado pelos softwares de análise de redes.

Existem dois tipos de métricas a ser consideradas: as métricas de rede e as métricas dos nós. As métricas de rede são aquelas que indicam atributos da rede como um todo, permitindo extrair características gerais da estrutura observada, tais como sua densidade, tamanho e componentes conectados. Já as métricas dos nós são aquelas relacionadas aos agentes da rede, que vão caracterizar os nós de modo individual. Elas calculam a posição de cada nó ou agente a partir de vários aspectos, tais como sua posição, suas relações e sua importância frente aos demais participantes.

Para ilustrar melhor esta distinção, apresentamos nas duas seções a seguir algumas das principais métricas utilizadas na Análise de Redes Sociais, indicando brevemente a definição e método utilizado no cálculo de cada uma delas.

MÉTRICAS DE REDE

Densidade Dentre as métricas gerais de uma rede, uma das mais simples e mais frequentemente utilizadas é a densidade da rede (Density, também representada pela letra grega Δ). A densidade de um grafo indica a intensidade das relações estabelecidas em uma rede, estando relacionada ao número de conexões presentes no grafo em relação ao número total de conexões possíveis. Assim, calcula-se a densidade de uma grafo através da proporção das relações existentes sobre o total de relações possíveis, podendo o resultado variar entre 0 e 1 (SCOTT, 2000; WASSERMAN & FAUST, 1994, p. 129). Assim, quanto mais próximo de 1 estiver o resultado, mais densa será a rede e, portanto, mais conectada. Inversamente, quanto mais dispersos forem os relacionamentos dentro da rede, menor será sua densidade. Um grafo completo (Densidade = 1) seria aquele em que todos os agentes se relacionam reciprocamente, sendo esta uma situação bastante rara.

Essa métrica é particularmente útil para refletir sobre a intensidade das relações existentes no interior de um determinado grupo. Assim, um grafo denso indica a representação de uma rede de relações intensas, com agentes bem conectados e com uma alta circulação de valores (tais como bens, favores, informações). Uma rede densa pode representar, ainda, a reiteração de vínculos entre os agentes que a compõem, indicando uma aproximação que pode ser reforçada a partir de diferentes relacionamentos (matrimônio, parentesco, amizade, compadrio, vizinhança, sociedade, etc.). Por outro lado, uma rede mais dispersa pode indicar um conjunto de relações mais esparso ou ocasional, sugerindo uma circulação menor de informações e valores, ou uma ligação mais frágil entre seus pares.

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Referências



Citação deste verbete
Como citar: AQUINO, Israel. "Métricas". In: CLIOMATICA - Portal de História Digital e Pesquisa. Disponível em: http://lhs.unb.br/cliomatica/index.php/M%C3%A9tricas. Data de acesso: 1 de julho de 2024.






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