Mudanças entre as edições de "Conceitos básicos de estatística para historiadores"

De Cliomatica - Digital History
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Se você conseguiu responder todas, está suficientemente familiarizado com a matemárica necessária para cálculos bastante complexos. Se você não conseguiu, não desanime! Na verdade, basta entender os conceitos que orientam a aplicação das fórmulas e o computador fará todos cálculos. As decisões mais importantes dizem respeito ao conhecimento que o historiador tem das fontes e dos limites da quantificação. E isso não requer matemática, mas conhecimento histórico.
 
Se você conseguiu responder todas, está suficientemente familiarizado com a matemárica necessária para cálculos bastante complexos. Se você não conseguiu, não desanime! Na verdade, basta entender os conceitos que orientam a aplicação das fórmulas e o computador fará todos cálculos. As decisões mais importantes dizem respeito ao conhecimento que o historiador tem das fontes e dos limites da quantificação. E isso não requer matemática, mas conhecimento histórico.
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==== Avançando um pouco mais ====
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Vimos acima que é importante ter um conhecimento das quatro operações. Contudo, mesmo para essas operações, vamos usar uma simbologia (notação) diferente de + - x e /.
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É que quando usamos esses sinais, estamos falando de operações abstratas, de um "2" qualquer. No caso da estatística aplicada aos problemas de história, quase sempre faremos referência a conjuntos de dados e, por isso, somos obrigados a usar uma simbologia específica para isso.
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Vamos começar com a adição, que para o somatório de conjuntos é representada assim: <math>\sum</math>, com a letra grega "sigma".
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Na subtração, usamos "delta": <math>\triangle</math>
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Para a multiplicação dos dados de um conjunto, usa-se o <math>\prod</math>.
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'''Contudo, na imensa maioria dos casos vamos trabalhar apenas com''' <math>\sum</math>.
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O somatório <math>\sum</math> é sempre apresentado de modo completo, desse jeito:
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Parece assustador, mas é muito simples: os números abaixo e acima do sigma fazem referência a um conjunto de dados que estamos observando. O número que fica abaixo do sigma é o primeiro do conjunto. O que fica na parte superior, o último. Vejamos abaixo uma lista hipotética com o número de canetas que uma família tem:
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Pessoa,canetas
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pessoaA: 2
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pessoaB: 3
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pessoaC: 5
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pessoaD: 1
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O somatório de todas as canetas será representado assim: <math>\sum_{m=1}^\4 X^i</math>. Seria o mesmo que dizer 2 + 3 + 5 + 1
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Se por alguma razão for importante excluir a pessoaA, então ficaria assim: <math>\sum_{m=2}^\4 X^i</math>
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É apenas uma forma de apresentar os dados.
  
  

Edição das 11h00min de 5 de fevereiro de 2020

Tempo estimado de leitura deste artigo 6 minutos - por Tiago Gil


Muitos pesquisadores em história temem a estatística não apenas pelas suas dúvidas teóricas e metodológicas mas pelo receio da matemática. Na verdade, a matemática necessária para os cálculos possíveis em história é bastante básica.

Veja os exercícios abaixo e avalie sua capacidade de resolvê-los:


a) 2 + 2

b) 6 - 2

c) 2 x 2

d) 8 / 2

e) \(\sqrt{16}\)

f) \(2^2\)


Gabarito: 4 (para todas)

Se você conseguiu responder todas, está suficientemente familiarizado com a matemárica necessária para cálculos bastante complexos. Se você não conseguiu, não desanime! Na verdade, basta entender os conceitos que orientam a aplicação das fórmulas e o computador fará todos cálculos. As decisões mais importantes dizem respeito ao conhecimento que o historiador tem das fontes e dos limites da quantificação. E isso não requer matemática, mas conhecimento histórico.

Avançando um pouco mais

Vimos acima que é importante ter um conhecimento das quatro operações. Contudo, mesmo para essas operações, vamos usar uma simbologia (notação) diferente de + - x e /. É que quando usamos esses sinais, estamos falando de operações abstratas, de um "2" qualquer. No caso da estatística aplicada aos problemas de história, quase sempre faremos referência a conjuntos de dados e, por isso, somos obrigados a usar uma simbologia específica para isso.

Vamos começar com a adição, que para o somatório de conjuntos é representada assim\[\sum\], com a letra grega "sigma".

Na subtração, usamos "delta"\[\triangle\]

Para a multiplicação dos dados de um conjunto, usa-se o \(\prod\).


Contudo, na imensa maioria dos casos vamos trabalhar apenas com \(\sum\).

O somatório \(\sum\) é sempre apresentado de modo completo, desse jeito\[\sum_{m=1}^\10\]

Parece assustador, mas é muito simples: os números abaixo e acima do sigma fazem referência a um conjunto de dados que estamos observando. O número que fica abaixo do sigma é o primeiro do conjunto. O que fica na parte superior, o último. Vejamos abaixo uma lista hipotética com o número de canetas que uma família tem:

Pessoa,canetas

pessoaA: 2

pessoaB: 3

pessoaC: 5

pessoaD: 1

O somatório de todas as canetas será representado assim\[\sum_{m=1}^\4 X^i\]. Seria o mesmo que dizer 2 + 3 + 5 + 1

Se por alguma razão for importante excluir a pessoaA, então ficaria assim\[\sum_{m=2}^\4 X^i\]

É apenas uma forma de apresentar os dados.


Referências



Citação deste verbete
Como citar: GIL, Tiago. "Conceitos básicos de estatística para historiadores". In: CLIOMATICA - Portal de História Digital e Pesquisa. Disponível em: http://lhs.unb.br/cliomatica/index.php/Conceitos_b%C3%A1sicos_de_estat%C3%ADstica_para_historiadores. Data de acesso: 29 de setembro de 2024.






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