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Estrutura de dados

De Cliomatica - Digital History
Tempo estimado de leitura deste artigo 7 minutos - por Tiago Gil


Há uma diferença grande entre o que fazem os programadores e o que querem os historiadores. Os programadores são formados dentro de uma lógica de resolver problemas. Para os historiadores, isso parece ótimo, pois nosso trabalho consiste em criar problemas. Aparentemente, o casamento seria perfeito. Contudo, não é essa a rotina destas famílias/projetos de pesquisa. As bases de dados criadas pelos programadores são sempre method-oriented, orientadas pelo método, pelo desafio a resolver, pelo “plano de negócios” do cliente. Enquanto isso, os historiadores geralmente preferem trabalhar com bases source-oriented, ou seja, aquelas cujas fontes, as evidências empíricas, sejam o centro das atenções, de tal maneira que a base fique o mais próximo possível da fonte, mas sem perder a capacidade de ser automatizada Outro problema frequente é a constante preocupação dos programadores com o tamanho das bases e como devem ser feitas com o mínimo de texto. Para os historiadores isso é frustrante. Não há, contudo, um lado certo. Os programadores foram ensinados a enxugar as bases para garantir a eficiência, enquanto os historiadores são formados com uma preocupação de guardar grandes quantidades de texto e seus metadados. Gostamos de guardar tudo, mas não adianta guardar tudo fora de ordem, pois é o mesmo que não guardar. Ter e não encontrar é como não ter.

A primeira coisa que importa saber é quais são os elementos que compõem uma base de dados, sua estrutura. É bem mais simples do que Althusser! Uma base é um conjunto de TABELAS articuladas. Alguns usam a palavra “entidade” para designar as tabelas, um nome um tanto sobrenatural. Essas tabelas podem conter diferentes tipos de informação: sobre pessoas, casas, terras, por exemplo, endereços, etc. Podemos criar apenas uma tabela, se for o caso. Sobre essa decisão, que envolve predominantemente problemas próprios do conhecimento histórico, veremos adiante, quando lermos sobre a montagem de bases. Continuemos com as nossas tabelas.


Figura1.png


Uma tabela é formada por campos e registros (também conhecidos como "colunas" e "linhas"). Nas colunas, indicam-se os “campos” do banco de dados (também chamados por alguns de “atributos”), como geralmente aparece em formulários, por exemplo, “nome”, “endereço” e “estado civil”. As linhas correspondem aos registros. No caso de uma tabela feita para organizar e gerenciar uma turma escolar, a tabela seria composta por campos como “nome”, “matrícula” e “idade”, por exemplo. Os registros seriam tantos quantos fossem os alunos matriculados na turma.

TABELA "ALUNOS" * Nome * Matrícula * Idade


Modelo de tabela (conceitual)


Figura2.png


Referências



Citação deste verbete
Como citar: GIL, Tiago. "Estrutura de dados". In: CLIOMATICA - Portal de História Digital e Pesquisa. Disponível em: http://lhs.unb.br/cliomatica/index.php/Estrutura_de_dados. Data de acesso: 30 de setembro de 2024.






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