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S. Carlis (engenho de bois)

De Atlas Digital da América Lusa

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►Mapa PE [[(Orazi, 1698)]] PROVINCIA DI PERNAMBVCO, plotado, 'S. Carlis', na várzea entre o 'Capiibari' (Rio Capibaribe) e o 'Tajiibipio' - 'Teubipí' (Rio Tejipió).
 
►Mapa PE [[(Orazi, 1698)]] PROVINCIA DI PERNAMBVCO, plotado, 'S. Carlis', na várzea entre o 'Capiibari' (Rio Capibaribe) e o 'Tajiibipio' - 'Teubipí' (Rio Tejipió).
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52. Engenho que foi de Carlos Francisco, falecido, confiscado e vendido ao Sr. Jacob Stachhouwer; é d'água e mói. ".
 
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Alguns partidos livres dão cana para moer neste engenho.".
 
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►[[(Pereira da Costa, 1951)]], Volume 10, Ano 1846:
 
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Engenho que foi de Carlos Francisco, movido a água e moendo. Foi confiscado em 1637 e vendido a Jacob Staghouwer por 62 mil florins. É talvez o Engenho do Meio.".
 
Engenho que foi de Carlos Francisco, movido a água e moendo. Foi confiscado em 1637 e vendido a Jacob Staghouwer por 62 mil florins. É talvez o Engenho do Meio.".
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►[[(Gonsalves de Mello, 1981)]], Nota 1, pg. 32:
 
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"(1) — Luísa Nunes, viúva de Álvaro Velho Barreto, senhora do Engenho do Meio, da invocação de Nossa Senhora da Ajuda, na Várzea do Capibaribe, vendido a Carlos Francisco Drago em 1625: Fernando Pio, "Cinco Documentos para a História dos Engenhos em Pernambuco", Revista do Museu do Açúcar vol. 2 (Recife) 1969) pp. 26-31.".
 
"(1) — Luísa Nunes, viúva de Álvaro Velho Barreto, senhora do Engenho do Meio, da invocação de Nossa Senhora da Ajuda, na Várzea do Capibaribe, vendido a Carlos Francisco Drago em 1625: Fernando Pio, "Cinco Documentos para a História dos Engenhos em Pernambuco", Revista do Museu do Açúcar vol. 2 (Recife) 1969) pp. 26-31.".
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(6) «Sommier Discours», cit., p. 268, ADRIAEN VAN DER DUSSEN, Relatório, cit., pp. 45 e 156, «Testamento», cit., in RIAP, n.° 26, p. 147, F. A. PEREIRA DA COSTA, «Arredores do Recife», in RIAP, n.° 119-122, Recife, 1923, pp. 140 e 143, e ''Dag. Notule'' de 30 de Junho de 1642, IAP, Coleção José Higino.".
 
(6) «Sommier Discours», cit., p. 268, ADRIAEN VAN DER DUSSEN, Relatório, cit., pp. 45 e 156, «Testamento», cit., in RIAP, n.° 26, p. 147, F. A. PEREIRA DA COSTA, «Arredores do Recife», in RIAP, n.° 119-122, Recife, 1923, pp. 140 e 143, e ''Dag. Notule'' de 30 de Junho de 1642, IAP, Coleção José Higino.".
  
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"O documento mais revelador acerca de João Fernandes Vieira, senhor de engenho, é o que identificamos como de sua autoria, existente na Biblioteca Nacional de Lisboa. Do Catálogo da Coleção Pombalina, dessa Biblioteca, impresso em fins do século XIX, constava o verbete respectivo, mas sem indicação de autor, embora o documento estivesse assinado, por não ter sido identificada a sua assinatura. Reconhecêmo-la à primeira vista, porque já nos era familiar.
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Esse documento é o «Regimento que hade goardar o Feitor-mor do engenho para fazer bem sua obrigaçam e desemcarregar bem sua conciençia, e pello contrario dará conta a Deus e ficará a restituhiçam ao dono da Fazenda». Trata-se nele das atribuições dos feitores-mores dos diversos engenhos que Vieira possuía e do qual teria ele entregue uma cópia a cada um desses empregados, das suas várias propriedades açucareiras. Conservou-se o texto original do «Regimento» dado ao feitor-mor do Engenho do Meio, da Várzea, do Capibaribe, datado do próprio engenho em 23 de Junho de 1663 (22).
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(22) Bib. Nac. de Lisboa, Secção de Reservados, Coleção Pombalina, códice 641, fls. 251/253.".
  
 
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Edição de 11h50min de 10 de julho de 2015

Coleção Levy Pereira


S. Carlis

Engenho de bois com igreja, na várzea do 'Capiíbarĩ' (Rio Capibaribe).


Natureza: engenho de bois com igreja.


Mapa: PRÆFECTURÆ PARANAMBUCÆ PARS BOREALIS, una cum PRÆFECTURA de ITÂMARACÂ.


Capitania: PARANAMBVCA.


Jurisdição: Cidade de Olinda, Freguesia da Várzea.


Nomes históricos: Engenho São Carlos (S. Carlis); Engenho do Meio; Engenho de Carlos Francisco.


Nome atual: não existe mais como engenho.

Situa-se na Cidade Universitária (Campus da Universidade Federal de Pernambuco - UFPE), na cidade do Recife-PE, e no local onde existiu a casa grande desse engenho há uma estátua de João Fernandes Vieira, que, segundo a sua placa alusiva, foi um de seus proprietários.

Suas terras também ocupavam a área onde hoje está o bairro do Engenho do Meio, cidade do Recife-PE.

Citações

►Mapa PE (Orazi, 1698) PROVINCIA DI PERNAMBVCO, plotado, 'S. Carlis', na várzea entre o 'Capiibari' (Rio Capibaribe) e o 'Tajiibipio' - 'Teubipí' (Rio Tejipió).


(Nassau-Siegen; Dussen; Keullen - 1638), pg. 87:

"Cidade de Olinda

Freguesia da Várzea

52. Engenho que foi de Carlos Francisco, falecido, confiscado e vendido ao Sr. Jacob Stachhouwer; é d'água e mói. ".


(Dussen, 1640), pg. 152:

"ENGENHOS DE PERNAMBUCO

Na freguesia da Várzea

56) Engenho de Carlos Francisco, pertencente ao Sr. Jacob Stachhouwer, é engenho d'água e mói. São lavradores:

Partido da fazenda 50 tarefas

Hugo Graswinckel 35

Allaert Holl 10

Antônio Pereira 40

______________

135 tarefas

Alguns partidos livres dão cana para moer neste engenho.".


(Relação dos Engenhos, 1655), pg. 237, informando a pensão que este engenho pagava à capitania de Pernambuco:

"Engenhos da freguesia da Várzea do Capibaribe

...

- E o do Meio, que é de Carlos Francisco, a dois por cento.".


(Pereira da Costa, 1951), Volume 10, Ano 1846:

@ pg. 348:

"Engenho do Meio. Confiscado pelos holandeses, foi por eles vendido a Jacob Estacoure e J. Fernandes Vieira, achando-se tudo destruído, que não havia mais que só as terras, sendo então de novo levantado. Em 1686 pertencia a d. Maria César viúva de Fernandes Vieira estendendo-se a propriedade até às confrontações da paróquia de Jaboatão. Foi em terras deste engenho que foi levantado em fins de 1645 o forte real do Bom Jesus do Arraial Novo.".

@ pg. 351:

"A respeito ocorre ainda o seguinte, constante de um escrito holandês de 1637, na resenha que faz dos engenhos situados na Freguesia da Várzea:

...

Engenho que foi de Carlos Francisco, movido a água e moendo. Foi confiscado em 1637 e vendido a Jacob Staghouwer por 62 mil florins. É talvez o Engenho do Meio.".


(Gonsalves de Mello, 1981), Nota 1, pg. 32:

"(1) — Luísa Nunes, viúva de Álvaro Velho Barreto, senhora do Engenho do Meio, da invocação de Nossa Senhora da Ajuda, na Várzea do Capibaribe, vendido a Carlos Francisco Drago em 1625: Fernando Pio, "Cinco Documentos para a História dos Engenhos em Pernambuco", Revista do Museu do Açúcar vol. 2 (Recife) 1969) pp. 26-31.".


(Gonsalves de Mello, 2000):

@ pg. 45:

"Vários holandeses demonstraram logo confiança nos lucros do açúcar e decidiram-se a comprar engenhos, com o compromisso de pagá-los com o produto das safras. Tais foram Jacob Stachouwer que adquiriu em 27 de Maio de 1637 o Engenho do Meio, na Várzea do Capibaribe, por 62.000 florins; ... (29).

...

29 Generale Missive, Recife, 2 de Junho de 1637, IAP, coleção citada e apenso II a A. VAN DER DUSSEN, Relatório, cit., pp. 158-159.

@ pg. 360-361, arrolando os engenhos que João Fernandes Vieira possuiu:

"1) Engenho que foi de Carlos Francisco, na Várzea do Capibaribe, confiscado pelos holandeses e vendido a Stachouwer em 27 de Maio de 1637, por 62.000 florins, por cujo débito se responsabilizou Vieira em 1642. É o Engenho do Meio (6).

...

(6) «Sommier Discours», cit., p. 268, ADRIAEN VAN DER DUSSEN, Relatório, cit., pp. 45 e 156, «Testamento», cit., in RIAP, n.° 26, p. 147, F. A. PEREIRA DA COSTA, «Arredores do Recife», in RIAP, n.° 119-122, Recife, 1923, pp. 140 e 143, e Dag. Notule de 30 de Junho de 1642, IAP, Coleção José Higino.".

@ pg. 363-364:

"O documento mais revelador acerca de João Fernandes Vieira, senhor de engenho, é o que identificamos como de sua autoria, existente na Biblioteca Nacional de Lisboa. Do Catálogo da Coleção Pombalina, dessa Biblioteca, impresso em fins do século XIX, constava o verbete respectivo, mas sem indicação de autor, embora o documento estivesse assinado, por não ter sido identificada a sua assinatura. Reconhecêmo-la à primeira vista, porque já nos era familiar.

Esse documento é o «Regimento que hade goardar o Feitor-mor do engenho para fazer bem sua obrigaçam e desemcarregar bem sua conciençia, e pello contrario dará conta a Deus e ficará a restituhiçam ao dono da Fazenda». Trata-se nele das atribuições dos feitores-mores dos diversos engenhos que Vieira possuía e do qual teria ele entregue uma cópia a cada um desses empregados, das suas várias propriedades açucareiras. Conservou-se o texto original do «Regimento» dado ao feitor-mor do Engenho do Meio, da Várzea, do Capibaribe, datado do próprio engenho em 23 de Junho de 1663 (22).

...

(22) Bib. Nac. de Lisboa, Secção de Reservados, Coleção Pombalina, códice 641, fls. 251/253.".






Citação deste verbete
Autor do verbete: Levy Pereira
Como citar: PEREIRA, Levy. "S. Carlis (engenho de bois)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/atlas/S._Carlis_(engenho_de_bois). Data de acesso: 29 de setembro de 2024.


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