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Çenembĩ ou R. de S. Miguel

De Atlas Digital da América Lusa

Çenembĩ ou R. de S. Miguel

Geometria

Coleção Levy Pereira


Çenembĩ ou R. de S. Miguel

R. de S. Miguel

Genembĩ

R. S. Miguel no MBU.

Rio com barra no Oceano Atlântico ao sul do 'Pto. France∫e' (Porto do Francês).


Natureza: rio.


Mapa: PRÆFECTURÆ PARANAMBUCÆ PARS MERIDIONALIS.


Capitania: PARANAMBVCA.


Nomes históricos: Çenembĩ; Cenambi; Sinimbi; Sinimby; Genembĩ; Rio Saõ Miguel; R. de S. Miguel; R. S. Miguel; R. St. MiguԐll; St. MiguԐll.


Nome atual: Rio São Miguel.

Citações:

►Mapa RSF (Albernaz, 1626/1627) RIO DE SÃO FRANCISCO, plotado, assinalado com as letras L, 'Rio Saõ Miguel abŭdãte de mta. couza'.

►Mapa BA (IAHGP-Vingboons, 1640) #36 CAPITANIA DO BAHIA DE TODOS SANCTOS, plotado, 'Rº. St Migull' (Rio São Miguel), barra ao norte da do 'Rº Giquia' (Rio Jequia) e ao sul do 'Pº ∂os ƒrancԐsos' (Porto do Frances).

►Mapa BRASILIA (IAHGP-Vingboons, 1640) #38 CAERTE VAN BRASILIA plotado, 'St. MiguԐll', barra ao norte da do 'R. Giquia' (Rio Jiquiá) e 'Pº. ∂os ƒrancԐsԐs' (Porto do Francês).

►Mapa PE-M (IAHGP-Vingboons, 1640) #39 CAPITANIA DO PHARNAMBOCQVE, plotado, 'R. St. MiguԐll.', com barra ao norte da barra do 'Rº Giquia.' (Rio Jiquiá) e ao sul do 'Pº ∂os ƒrancԐԐs.' (Porto do Francês).

►Mapa Y-25 (4.VEL Y, 1643-1649) De Cust van Brazil tusschen Rio Vassabara ende Rio St. Antonij Mimijn, plotado, 'Rº St. Mighiel' (Rio São Miguel), com foz ao norte da barra do 'Rº giqúia:' (Rio Jiquiá) e ao sul do 'Pº: ƒrancis:' (Porto do Francês).

(Sousa, 1587), pg. 60:

"Do porto Velho dos Franceses ao rio de São Miguel são quatro léguas, que está em dez graus, no qual entram navios da costa, e entre um e outro entra no mar o rio da Alagoa, onde também entram caravelões, o qual se diz da Alagoa, por nascer de uma que está afastada da costa, ao qual rio chamam os índios o porto Jaraguá. Do rio de São Miguel ao porto Novo dos Franceses são duas léguas, defronte do qual fazem os arrecifes que (vão correndo a costa), uma aberta por onde os franceses costumavam entrar com suas naus, e ancoravam entre o arrecife e a terra por ter fundo para isso, onde estavam muito seguros, e daqui faziam seu resgate com o gentio.".

(Laet, 1637):

@ Interrogação de Bartolomeu Peres, e situação ao redor e perto de Pernambuco, tanto ao sul como ao norte, pg. 130:

"Sete léguas além, há uma lagoa no interior, Alagoa chamada, ...

Três léguas além, encontra-se o rio São Miguel. Lá há um engenho terra adentro. Ele não entrou nunca nele, mas sabe que lá tem entrado uma caravela com um calado de dez pés para carregar mais de 12.000 quintais de pau-brasil.

Duas léguas além está o rio Coruripe com 7 pés de profundidade.".

@ Descrição do Brasil desde o Recife de Pernambuco ao sul até o Rio São Miguel, pelo capitão Willem Jansz, pg. 175:

"De Porto Francês ao Rio São Miguel é uma légua ao sudoeste ao longo da costa. É um rio pequeno, impróprio para navios ou iates, e unicamente para chalupas ou barcos pequenos. Os açúcares aqui produzidos soíam ser transportados a Porto Francês e lá embarcados. A costa de Porto Francês até além de São Miguel deve ser evitada por estar muito suja, de maneira que os navios grandes devem ficar uma légua fora da costa.".

(Nassau-Siegen; Dussen; Keullen - 1638), pg. 78:

"Os rios que regam esta Capitania (em parte acima nomeados), são os seguintes: o São Francisco, ...

"Cerca de seis milhas ao Norte do São Francisco fica o Coruripe; três milhas acima deste o São Miguel; três milhas adiante, as Alagoas; ...".

(Dussen, 1640), pg. 140:

"RIOS DE PERNAMBUCO

Além dos que já foram referidos acima, ainda há, na extensão do litoral de Pernambuco, muitos rios navegáveis em ambas as direções para barcos costeiros, a saber: ... , São Miguel e São Francisco, o qual, se bem que seja um grande rio, sofre grande pressão do mar, o que acarretou a formação na sua barra de um banco de areia seco.".

(Margrave, 1640), ITINERÁRIO, pg. 202, registra que os caminhos:

- do 'Rio Miguaí', que 'Vadeia-se de baixa-mar. Água fresca na foz.', até o porto onde se toma a canoa para a passagem do 'Rio Cenombi ou São Miguel', percorre-se em 1/8 h;

- o 'Rio Cenombi ou São Miguel', que 'Passa-se em uma canoa grande e a passagem é a 1/8 de hora da praia. Tem pasto, mas, pouca água e salobra. Do lado do sul do rio, há pasto e água, mas paludosa.', é passado em 1/8 h de viagem por canoa;

- do 'Rio Cenombi ou São Miguel', 'Vai-se de uma mata de mangabeiras para a praia' em 1 h;

- 'Ao longo da praia, até a 'Lagoa Acarapiba', leva-se mais 3/4 h de viagem.

(Bullestrat, 1642), relatando suas atividades em janeiro de 1642, pg. 169:

"A 7, com o dia, prosseguimos com destino ao rio São Miguel e fizemos uma parada no "taperado"; depois de duas horas de caminho chegamos ao grande rio de São Miguel. Encontramos aí um mulato encarregado da barca de passagem e a quem, de parte da Companhia, se havia entregue um escravo negro. Não o encontramos a princípio; depois apareceu e não tinha para o serviço senão uma péssima canoa e uma embarcação minúscula; assim chegou a noite antes de termos podido atravessar o rio e tivemos que pernoitar em sua cabana ou telheiro. Disse-lhe que devia atender melhor o serviço da passagem do rio e que devia ter perfeitamente conservada a sua canoa, ou então seria contratado um outro canoeiro. Queixou-se ele de que não tinha lucro compensador no serviço e que, em quatro horas de marcha em torno não havia moradores, e que ele vivia constantemente em grande perigo de ataque de negros fugidos e de tigres e por isso não podia fazer muitas despesas; prometeu, porém, que d'agora em diante os passageiros não teriam razão de queixa.

A 8, ao amanhecer, partimos em direção ao Porto do Francês, ... ".

(Walbeek & Moucheron, 1643):

@ pg. 130:

"No distrito das Alagoas se compreendem de ordinário os Campos de Unhaú, situados no rio de São Miguel, que passa de permeio. São conhecidos esses campos como os mais belos pastos de todo o Brasil. '.

@ pg. 131:

"O caminho ordinário do engenho São Miguel ou da aldeia situada defronte para os Campos de Unhaú segue ao sudoeste e ao longo do rio primeiramente, durante duas léguas de boas terras de pasto, até Furado, ribeiro que sai no São Miguel, e depois por três léguas de campina seca ou charneca até o passo do rio, onde começam os Campos de Unhaú. ".

(Diegues Jr, 1949):

@ pg.18:

"Para o sul, o rio São Miguel é referido na sesmaria dos Moura.".

@ pg. 21:

"Além disso, fica-se sabendo que, já no século XVIII se utilizam árvores das matas entre a lagoa Jiquiá e o rio São Miguel para construção de navios mercantis.".

@ pg. 55:

"Dos Rochas encontra-se notícia de sua presença no Rio São Miguel, nos começos do século XVII, em correspondência do Rei para o Governador D. Diogo Botelho. Por carta de 30 de agosto de 1606, fica-se sabendo que João da Rocha e Sebastião da Rocha, naturais de Viana, viviam no Rio São Miguel (55).

(55) "Correspondência de D. Diogo Botelho", in Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, tomo LXXIII, parte 1ª, 1910.".

@ pg. 72:

"Este São Miguel é o mesmo Sinimbu ou Sinimbi, com que aparece em outras referências contemporâneas, inclusive no mapa de Barleus (edição holandesa), em que tanto o rio como o engenho trazem o nome de Sinimby. ".

(Câmara Cascudo, 1956):

@ pg. 155-156:

"Esses Campos dos Inhauns, famosos pela feracidade do solo e abundância do gado, elogiados nos relatórios flamengos, disputados e esquecidos na violência da guerra, foram repartidos, nas suas dez léguas que o rio S. Miguel separa, pela metade, por oito ou nove requerentes, antes da fase batava.

...

Dona Felipa de Moura, com seus genros, Antônio Ribeiro de Lacerda e Cosme Dias da Fonseca, em 1612, receberam quatro léguas, a oeste do S. Francisco, com as marginais ao norte do Piaugui e mais as do rio S. Miguel, o Sinimbi indígena.".

@ pg. 159-160:

"Os maiores gabos são para os "campos do Inhaú" (Inhauns), no rio de S. Miguel. "São conhecidos esses campos como os mais belos pastos de todo o Brasil". E as derradeiras informações são relativas aos proprietários no rio de S. Miguel que atravessa os campos dos Inhauns. Nada além do rio de S. Miguel.".

@ pg. 163-164:

"O rio S. Miguel é lembrado pelo seu apelido bárbaro, Cenambi. Pela direita tem os afluentes, Tobatinga (Tabatinga), Miguaí, Tagoa (Tabua?), indo nascer depois de uma lagoa na inexistente cordilheira de Itaberaba. Pela esquerda recebe o Guiratinga, o Igapi, o Copaiba e, no final, o Potiguaçu, que tem um sub-afluente, o Potimiri.

Entre o Potiguaçu e o Cenambi (S. Miguel) moem engenhos. Na curvatura terminal do S. Miguel está o Nhanhu, Inhauns, com paisagens ricas em gadaria.

Passando a difícil barra do Cenambi, cai no mar o Miguaí.".






Citação deste verbete
Autor do verbete: Levy Pereira
Como citar: PEREIRA, Levy. "Çenembĩ ou R. de S. Miguel". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/atlas/%C3%87enemb%C4%A9_ou_R._de_S._Miguel. Data de acesso: 25 de abril de 2024.


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