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Barcelos

De Atlas Digital da América Lusa

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{{trecho|texto=A necessidade, e o desejo que tiveram os primeiros governadores de aproveitar as acomodações que aqui se fizeram, durante a primeira demarcação, influíram em que tacitamente se erigisse em Capital, sem atenção alguma as desvantagens da situação...<ref>REVISTA DO IHGB. Rio de Janeiro, 1886. Tomo XLIX. p. 185-186.</ref>}}
 
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Edição de 13h33min de 21 de janeiro de 2015

por Manoel Rendeiro


A Vila de Barcelos foi inicialmente uma aldeamento indígena sob administração espiritual e temporal dos carmelitas com o nome de Aldeia de Mariuá. Se tornando missão de Nossa Senhora da Conceição de Mariuá em 1728 pelo Frei Matias de Boaventura.[1]

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Aldeia de Mariuá - SCHWEBEL, João André. Collecçam dos prospectos das aldeas, e lugares mais notaveis que se acham em o mapa que tiraram os engenheiros de expediçam principiando da cidade do Pará the a aldea de Mariua no Rio-Negro, onde se acha o arrayal, alem dos prospectos de outras tres ultimas aldeas chamadas Camarâ, Bararuâ, Dari; situadas no mesmo rio. [S.l.: s.n.], 1756. Disponível em: <http://objdigital.bn.br/acervo_digital/div_cartografia/cart1095066.pdf>. Acesso em: 9 jan. 2015. Disponível em: <http://objdigital.bn.br/acervo_digital/div_cartografia/cart1095066/galeria/index.htm>. Acesso em: 9 jan. 2015.


A elevação do missão a categoria de Vila ocorreu em 06 de maio de 1758, passando a ser chamar de Barcelos. O Governador Geral do Estado do Grão-Pará e Maranhão, o Governador Francisco Xavier de Mendonça Furtado permitiu no dia 07 de maio de 1758 que a sede da capitania de São José do Rio Negro mudasse para a nova vila de Barcelos.[2]


As motivações mudança da sede da capitania de São José do Rio Negro ainda são obscuros devido a ausência de documentos sobre o assunto, entretanto o acontecimento proporcionou a Vila de Borba a acumulação de duas funções política; a primeira de sede da recém criada capitania, e a segunda de ponto de encontro oficial dos comissários espanhóis e portugueses para demarcações de terra.[3]

O Bispo do Pará, D. Frei Miguel de Bulhões exala sua opinião, em carta de 13 de maio de 1755, sobre a criação da capitania de São José do Rio Negro, de maneira positiva e sugere a mudança da sede da capitania para Barcelos:

Aspa1.png Mas sendo tão prudente e acertada esta ideia, me parece que devia ter alguma mudança em quanto ao modo de se executar. Determina Sua Majestade que a Vila Capital... seja na boca do rio Javari,... conheço a importância desta nova vila... mas me parecia justo que a Capital deste novo governo fosse essa Aldeia de Mariuá por muitas razões. A primeira porque dando o rio Negro a nomenclatura ao mesmo governo, era racionável que nele se estabelecesse a sua capital, ...A segunda, porque a capital deve ser fundada no meio do mesmo governo, e esse rio existe entre o rio Branco e o Amazonas, ...A terceira, porque essa Aldeia ornada com os edifícios que Vossa Excelência lhe tem mandado, está estabelecida em uma competente cidade, sem mais gasto, nem de tempo, nem de dinheiro.

A quarta, porque o rio Javari, pela imensa praga que tem, é indigno de ser perpetua habitação de um governador,... A quinta, porque estabelecidos os governadores nesse rio (rio Negro) poderão com mais facilidade acudir e socorrer... a povoação do rio Branco como as Vilas de São José e Borba, a nova de Trocano, o que facilmente não poderão fazer vivendo na distância do Javari.

A sexta, porque nesse rio poderão embaraçar melhor o contrabando dos índios... A sétima, finalmente porque atendendo a comodidade do sítio achará, Sua Majestade, vassalos que o sirvam nesse novo governo com gosto, honra e préstimo, o que não conseguirá talvez ficando ele estabelecido no Javari,...[4] Aspa2.png

{{{fonte}}}

Alexandre Rodrigues Ferreira, escreveu em sua Participação Primeira do Diário da Viagem Philosophica, em depoimento de 31 de outubro de 1786, afirma que as razões e motivos como força de influência na escolha da sede da capitania não passaram de uma conjectura popular, e assim diz:

Aspa1.png ... comumente se diz preocupado Sua Excelência, das informações que a favor deste sítio lhe dera o Excelentíssimo e Reverendíssimo Senhor D. Frei Miguel de Bulhões, se resolvera a estabelecer nele o seu Arraial, não passa de uma conjectura popular, fundada somente na ignorância das ordens, que tinha Sua Excelência para os estabelecer em uma das primeiras aldeias deste rio, como estabeleceu nesta, onde achou as vantagens, que precisava, relativamente as tropas, que tinha que aquartelar... Aspa2.png
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Aspa1.png A necessidade, e o desejo que tiveram os primeiros governadores de aproveitar as acomodações que aqui se fizeram, durante a primeira demarcação, influíram em que tacitamente se erigisse em Capital, sem atenção alguma as desvantagens da situação...[5] Aspa2.png
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Referências

  1. LOUREIRO, Antônio José. Síntese da história do Amazonas. Manaus: Imprensa Oficial, 1978.
  2. LOUREIRO, Antônio José. Síntese da história do Amazonas. Manaus: Imprensa Oficial, 1978.
  3. POVOAS, Joaquim de Mello E; BENCHIMOL, Samuel. Cartas do primeiro governador da capitania de sao jose do rio negro. Manaus: Univ Amazonas, 1983. 398 p
  4. POVOAS, Joaquim de Mello E; BENCHIMOL, Samuel. Cartas do primeiro governador da capitania de sao jose do rio negro. Manaus: Univ Amazonas, 1983. 398 p
  5. REVISTA DO IHGB. Rio de Janeiro, 1886. Tomo XLIX. p. 185-186.



Citação deste verbete
Autor do verbete: Manoel Rendeiro
Como citar: RENDEIRO, Manoel. "Barcelos". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/atlas/Barcelos. Data de acesso: 28 de março de 2024.



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