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Baxos ∂e ∂on Ro∂rigo

De Atlas Digital da América Lusa

Edição feita às 17h12min de 19 de julho de 2016 por Levypereira (disc | contribs)

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Coleção Levy Pereira


[Baxos ∂e ∂on Ro∂rigo]

Recifes e bancos de areia extensos, paralelos à costa, ao largo da barra do 'Cururuĩ' (Barra do Coruripe), assinalados no BQPPB, sem nome.


Natureza: recifes e bancos de areia.


Mapa: PRÆFECTURÆ PARANAMBUCÆ PARS MERIDIONALIS.


Capitania: PARANAMBVCA.


Nomes históricos: Baixos de Dom Rodrigo; Baxos ∂e ∂on Ro∂rigo; baixos de Dõ Rodrigo; arrecifes de D. Rodrigo.

Homenagem a D. Rodrigo de Acuña.


Nome atual: ...

Citações:

►Mapa RSF (Albernaz, 1626/1627) RIO DE SÃO FRANCISCO, plotados, paralelos á costa, assinalados com a letra B, 'B - baixos de Dõ Rodrigo Correndo acosta'.

►Mapa BA (IAHGP-Vingboons, 1640) #36 CAPITANIA DO BAHIA DE TODOS SANCTOS, plotados, sem nome, na costa entre a 'Pª. ∂Ԑ wypԐua' (Pontal do Peba) e a leste da barra do 'CoԐroripԐ' (Rio Coruripe).

►Mapa BRASILIA (IAHGP-Vingboons, 1640) #38 CAERTE VAN BRASILIA, plotados, sem nome, na costa entre a 'Pta. ∂Ԑ wypԐua' (Pontal do Peba) e o a barra do 'R. CoroԐrip' (Rio Coruripe).

►Mapa PE-M (IAHGP-Vingboons, 1640) #39 CAPITANIA DO PHARNAMBOCQVE, plotados, sem nome, na costa, entre a 'Pta. ∂Ԑ uypԐna' (Pontal do Peba) e a barra do 'R. Cororippĭ' (Barra do Coruripe).

►Mapa Y-25 (4.VEL Y, 1643-1649) De Cust van Brazil tusschen Rio Vassabara ende Rio St. Antonij Mimijn, plotados, 'Baxos ∂e ∂on: Ro∂rigo:', ao largo da costa, na barra do 'Cororipo:' (Rio Coruripe).

Mar adentro e a sudeste estão plotados os 'Baxos ∂e ∂on: Ro∂rigo:'.

(Sousa, 1587), citado como porto de Sepetiba, pg. 61:

"Da ponta da barra Currurupe, contra o Rio de São Francisco se vai armando uma enseada de duas léguas, em a qual bem chegados à terra, estão os arrecifes de D. Rodrigo, onde também se chama o porto dos Franceses por se eles costumarem recolher aqui com suas naus à abrigada desta enseada, e iam por entre os arrecifes e a terra, com suas lanchas, tomar carga do pau de tinta no rio de Currurupe.

Aqui se perdeu o bispo do Brasil, D. Pedro Fernandes Sardinha, com sua nau vinda da Bahia para Lisboa, em a qual vinha Antônio Cardoso de Barros, provedor-mor que fora do Brasil, e dois cônegos e duas mulheres honradas e casadas, muitos homens nobres e outra muita gente, que seriam mais de cem pessoas brancas, afora escravos, a qual escapou toda deste naufrágio, mas não do gentio caeté, que neste tempo senhoreava esta costa da boca deste rio de São Francisco até o da Paraíba; depois que estes caetés roubaram este bispo e toda esta gente de quanto salvaram, os despiram e amarraram a bom recado, e pouco a pouco os foram matando e comendo, sem escapar mais que dois índios da Bahia com um português que sabia a língua, filho do meirinho da correição.".

(Pereira da Costa, 1951), Volume 1, Ano 1526:

@ pg. 115:

"Em fins deste ano aporta em um batel na Ilha de Santo Aleixo, em frente a Serinhaem, D. Rodrigo de Acuña, com alguns companheiros, restos de uma infeliz expedição espanhola destinada às Molucas.

D. Rodrigo partira de Corunha, na Espanha, em 24 de julho de 1525, comandando a nau S. Gabriel, que fazia parte de uma frota comandada pelo comendador D. Garcia Jofre de Loaysa, destinada àquelas ilhas, fazendo a sua derrota, porém, pelo Ocidente.".

@ pg. 116-117:

"Daqui por diante, até a chegada de D. Rodrigo de Acuña à feitoria pernambucana de Itamaracá, tomemos por guia a Varnhagen, descrevendo os seus infortúnios nessa triste peregrinação. ...

«Saindo da Bahia para o Norte, pela muita água que fazia a nau, tratou de arribar, e deu-se a casualidade de que, meado de outubro, fosse entrar justamente num porto próximo do rio de S. Francisco, no qual se achavam carregando de pau-brasil, duas naus e um galeão de França. Os capitães franceses ao principio ofereceram proteção a D. Rodrigo, e quando passados oito dias, se achava a nau espanhola virada de crena e impossibilitada de navegar, caíram na fraqueza de ir acometê-la, intimando a D. Rodrigo que se rendesse.

«Vendo este que a resistência era impossível, meteu-se no seu batel, foi ter com os franceses e conseguiu deles tréguas, ficando de lhes dar vinho e azeite, que diziam carecer.

«Enquanto, porém, se negociavam estas tréguas e os franceses, tendo o capitão castelhano em refens, se descuidavam da nau agredida, ela conseguiu não só empinar-se e surgir boiando, como picar as amarras e fazer-se de vela.

«Quando os franceses despertaram do seu descuido, já a nau espanhola ia barra fora, sem o capitão e sem os marinheiros que o haviam acompanhado. Em vão D. Rodrigo lhe bradava e fazia sinais, em vão a seguia no seu batel a vela. A nau S. Gabriel nem nas promessas do próprio capitão confiava, que a tanta desconfiança levam os desenganos das promessas não cumpridas.

«Seguiu D. Rodrigo no batel todo aquele dia e parte do imediato. Porém... baldados esforços! A nau tinha desaparecido no horizonte, e o seu legítimo comandante e fiéis remeiros, exaustos de forças, emproavam para terra, e foram varar à costa, a umas dez léguas para o norte do porto de onde haviam partido, naturalmente na paragem que se ficou até hoje chamando Baixos de D. Rodrigo, quase defronte do rio Cururipe. Daí se dirigiram por terra, bastante expostos aos selvagens, ao porto que acabavam de deixar.»".






Citação deste verbete
Autor do verbete: Levy Pereira
Como citar: PEREIRA, Levy. "Baxos ∂e ∂on Ro∂rigo". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/atlas/Baxos_%E2%88%82e_%E2%88%82on_Ro%E2%88%82rigo. Data de acesso: 28 de março de 2024.


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