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Camurijĩmírĩ (engenho)

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"Engenhos da freguesia de Sirinhaém
 
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Engenho Camaragibe, pertencente a Franco Rodrigues do Porto, que está sob o nosso passaporte; fica 3 milhas mais para o interior de Sirinhaém em direção ao oeste, tem cerca de uma milha de terra, na maior parte matas e montes e poucas várzeas. Mói com água e pode anualmente produzir 2.000 a 3.000 arrobas de açúcar, paga com pensão 2 arrobas em cada mil. Neste engenho encontramos apenas açúcares pertencentes a particulares que estão sob o nosso passaporte.".
 
Engenho Camaragibe, pertencente a Franco Rodrigues do Porto, que está sob o nosso passaporte; fica 3 milhas mais para o interior de Sirinhaém em direção ao oeste, tem cerca de uma milha de terra, na maior parte matas e montes e poucas várzeas. Mói com água e pode anualmente produzir 2.000 a 3.000 arrobas de açúcar, paga com pensão 2 arrobas em cada mil. Neste engenho encontramos apenas açúcares pertencentes a particulares que estão sob o nosso passaporte.".
  
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6. Engenho Camaragibe, sob a invocação de Santo Antônio, pertencente a Francisco Rodrigues do Porto. Até o presente tem sido possuído por sua mulher, que ficou sob a nossa obediência; há de moer este ano. ".
 
6. Engenho Camaragibe, sob a invocação de Santo Antônio, pertencente a Francisco Rodrigues do Porto. Até o presente tem sido possuído por sua mulher, que ficou sob a nossa obediência; há de moer este ano. ".
  
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(*) pagava duas arrobas de branco por milhar, depois de dizimado.
 
(*) pagava duas arrobas de branco por milhar, depois de dizimado.
  
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«4) CAMARAGIBE. Invocação Santo Antônio. Sito à margem esquerda do Sirinhaém. Engenho d'água. Pagava de pensão duas arrobas de açúcar branco em cada mil. Em 1593, pertencia a Francisco Fernandes do Porto, comerciante de açúcar, residente em Olinda. Em 1623, o Camaragibe produzia 3250 arrobas. Ficava a "três milhas mais para o interior de Sirinhaém em direção ao oeste, tem cerca de uma milha de terra, na maior parte matas e montes e poucas várzeas [...] pode anualmente produzir 2 mil a 3 mil arrobas de açúcar". Em 1636, Francisco Fernandes foi torturado e enforcado pela tropa holandesa. O inventário indicou haver sido casado duas vezes, pertencendo o engenho à primeira mulher, já falecida, de quem tivera uma filha. Francisco deixara dívidas num total de 15 mil florins. Em 1637, o Camaragibe deveria moer sob a gestão da viúva, Branca Mendes. Em 1639, moía com quatro partidos de lavradores, no total de 48 tarefas (2,4 mil arrobas), sem partido da fazenda. Contudo, naquele mesmo ano, a WIC averiguou que a escravaria estava reduzida a doze pessoas, das quais três velhos e quatro crianças, e que as tarefas de cana não passavam de trinta, avaliando, contudo, o engenho em 60 mil florins. A Companhia fez acordo com os procuradores da órfã e da primeira mulher visando o pagamento de impostos atrasados. Moente em 1655. Em 1663, Francisco Fernandes era debitado em 368 florins à [[WIC]].(90)».
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@ pg. 185, Notas:
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«(90) "Livro do tombo", p. 483; DP, pp. 197, 203, 213; CP, p. 31; LSUR, p. 51; FHBH, I, pp. 30, 66, 82, 158, 241; II, p. 157; RCCB, pp. 56, 157; MDGB, p. 238; VWIC, IV, p. 247; VL, I, p. 257; DN, 13.X.1638.».
  
 
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Edição atual tal como 13h53min de 18 de outubro de 2015

Coleção Levy Pereira


[editar] Camurijĩmírĩ

Engenho de roda d'água com igreja, plotado com o símbolo, sem nome, na m.e. do 'Camurijĩmírĩ' (Rio Camaragibe, afluente do rio Sirinhaem).


Natureza: Engenho de roda d'água com igreja.


Mapa: PRÆFECTURÆ PARANAMBUCÆ PARS BOREALIS, una cum PRÆFECTURA de ITÂMARACÂ.


Capitania: PARANAMBVCA.


Jurisdição: Vila Formosa de Serinhaém.


Nomes históricos: Camurijĩmírĩ; Camriginÿ.


Nome atual: Engenho Camaragibe - vide mapa IBGE Geocódigo 2614204 SIRINHAEM-PE.


[editar] Citações:

►Mapa PE-C (IAHGP-Vingboons, 1640) #40 CAPITANIA DE PHARNAMBOCQVE - plotado com o símbolo de engenho, 'Ԑ: Camriginÿ'.


(Schott, 1636), pg. 66:

"Engenhos da freguesia de Sirinhaém

Engenho Camaragibe, pertencente a Franco Rodrigues do Porto, que está sob o nosso passaporte; fica 3 milhas mais para o interior de Sirinhaém em direção ao oeste, tem cerca de uma milha de terra, na maior parte matas e montes e poucas várzeas. Mói com água e pode anualmente produzir 2.000 a 3.000 arrobas de açúcar, paga com pensão 2 arrobas em cada mil. Neste engenho encontramos apenas açúcares pertencentes a particulares que estão sob o nosso passaporte.".


(Nassau-Siegen; Dussen; Keullen - 1638), pg. 82:

"Distrito de Serinhaém

6. Engenho Camaragibe, sob a invocação de Santo Antônio, pertencente a Francisco Rodrigues do Porto. Até o presente tem sido possuído por sua mulher, que ficou sob a nossa obediência; há de moer este ano. ".


(Dussen, 1640):

@ pg. 159:

"ENGENHOS DE PERNAMBUCO

Na jurisdição de Siranhaém

93) Engenho Camaragibe, pertencente a Blancol Mendes, mói. São lavradores:"

@ pg. 159:

Gaspar Velho 12 tarefas

Domingos Pereira 9

Manuel da Cunha 25

Petro Peres 2

_____________

48 tarefas".


(Relação dos Engenhos, 1655), pg. 240-241:

"Engenhos da Vila Formosa de Serinhaém

...

- E o engenho de Camaragibe, a mesma pensão.(*)".

(*) pagava duas arrobas de branco por milhar, depois de dizimado.


(Cabral de Mello, 2012):

@ pg. 126, Os engenhos de açúcar do Brasil Holandês, I - Capitania de Pernambuco, Sirinhaém-Una:

«4) CAMARAGIBE. Invocação Santo Antônio. Sito à margem esquerda do Sirinhaém. Engenho d'água. Pagava de pensão duas arrobas de açúcar branco em cada mil. Em 1593, pertencia a Francisco Fernandes do Porto, comerciante de açúcar, residente em Olinda. Em 1623, o Camaragibe produzia 3250 arrobas. Ficava a "três milhas mais para o interior de Sirinhaém em direção ao oeste, tem cerca de uma milha de terra, na maior parte matas e montes e poucas várzeas [...] pode anualmente produzir 2 mil a 3 mil arrobas de açúcar". Em 1636, Francisco Fernandes foi torturado e enforcado pela tropa holandesa. O inventário indicou haver sido casado duas vezes, pertencendo o engenho à primeira mulher, já falecida, de quem tivera uma filha. Francisco deixara dívidas num total de 15 mil florins. Em 1637, o Camaragibe deveria moer sob a gestão da viúva, Branca Mendes. Em 1639, moía com quatro partidos de lavradores, no total de 48 tarefas (2,4 mil arrobas), sem partido da fazenda. Contudo, naquele mesmo ano, a WIC averiguou que a escravaria estava reduzida a doze pessoas, das quais três velhos e quatro crianças, e que as tarefas de cana não passavam de trinta, avaliando, contudo, o engenho em 60 mil florins. A Companhia fez acordo com os procuradores da órfã e da primeira mulher visando o pagamento de impostos atrasados. Moente em 1655. Em 1663, Francisco Fernandes era debitado em 368 florins à WIC.(90)».

@ pg. 185, Notas:

«(90) "Livro do tombo", p. 483; DP, pp. 197, 203, 213; CP, p. 31; LSUR, p. 51; FHBH, I, pp. 30, 66, 82, 158, 241; II, p. 157; RCCB, pp. 56, 157; MDGB, p. 238; VWIC, IV, p. 247; VL, I, p. 257; DN, 13.X.1638.».






Citação deste verbete
Autor do verbete: Levy Pereira
Como citar: PEREIRA, Levy. "Camurijĩmírĩ (engenho)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/atlas/Camurij%C4%A9m%C3%ADr%C4%A9_(engenho). Data de acesso: 28 de março de 2024.


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