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Capitania de São Vicente

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As capitanias de [[capitania de São Vicente|São Vicente]] e [[capitania de Santo Amaro|Santo Amaro]] foram doadas pelo rei d. João III aos irmãos [[Martim Afonso de Sousa]] e [[Pero Lopes de Sousa]] em 1534, com a implantação do sistema de [[capitanias hereditárias]]. Inicialmente, os limites de [[capitania de São Vicente|São Vicente]] estendiam-se da margem do rio São Francisco do Sul à ilha de Santo Amaro (atual Guarujá), tendo como principais núcleos as vilas de [[vila de São Vicente|São Vicente]], [[ São Paulo]], [[Mogi das Cruzes]] e [[Taubaté]] <ref>BUENO, B. P. S. Dilatação dos confins: caminhos, vilas e cidades na formação da Capitania de São Paulo. Anais do Museu Paulista. São Paulo. N. Sér. v.17. n.2. p. 251-294. jul.- dez. 2009.</ref>. Os territórios das duas capitanias se alargaram ao longo do tempo e sempre careceram de uma delimitação precisa, sendo matéria de disputa entre os herdeiros de [[Martim Afonso de Sousa]] e os de seu irmão.  
Essa disputa teve seu auge com o litígio iniciado em 1621 entre [[D. Luís de Castro, conde de Monsanto]] e [[D. Mariana de Sousa Guerra, condessa de Vimieiro]], então donatária da [[capitania de São Vicente]] . A demarcação feita por [[Fernão Vieira Tavares]] em 1623 dava ao conde a posse dos  territórios onde estavam localizadas as vilas de [[São Vicente]], [[São Paulo]] e [[Santana  de Mogi das Cruzes]]. Diante da perda de grande parte de seu domínio, a [[condessa de Vimieiro]] fez da vila [[Nossa Senhora de Itanhaém]] a cabeça de suas terras. A partir daí, os domínios pertencentes ao [[conde de Monsanto]] seriam chamados de [[capitania de São Vicente]] e os domínios da condessa passariam a ser conhecidos como [[capitania de Itanhaém]]. <ref>SILVA, Maria Beatriz Nizza da; BACELLAR, Carlos de Almeida Prado; GOLDSCHMIDT, Eliana Maria Rea; NEVES, Lucia Maria Bastos Pereira Das (Org). História de São Paulo colonial. São Paulo: Editora UNESP, 2009.</ref>. A disputa entre as duas casas se estenderia até 1679, quando [[Francisco Luís Carneiro de Sousa]] passa a ser donatário das capitanias de [[São Vicente]] e [[Itanhaém]] e a [[vila de São Vicente]] volta a ser cabeça de capitania.  
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Essa disputa teve seu auge com o litígio iniciado em 1621 entre [[D. Luís de Castro, conde de Monsanto]] e [[D. Mariana de Sousa Guerra, condessa de Vimieiro]], então donatária da [[capitania de São Vicente]] . A demarcação feita por [[Fernão Vieira Tavares]] em 1623 dava ao conde a posse dos  territórios onde estavam localizadas as vilas de [[São Vicente]], [[São Paulo]] e [[Santana  de Mogi das Cruzes]]. Diante da perda de grande parte de seu domínio, a [[condessa de Vimieiro]] fez da vila [[Nossa Senhora de Itanhaém]] a cabeça de suas terras. A partir daí, os domínios pertencentes ao [[conde de Monsanto]] seriam chamados de [[capitania de São Vicente]] e os domínios da condessa passariam a ser conhecidos como [[capitania de Itanhaém]]. <ref>SILVA, Maria Beatriz Nizza da; BACELLAR, Carlos de Almeida Prado; GOLDSCHMIDT, Eliana Maria Rea; NEVES, Lucia Maria Bastos Pereira Das (Org). História de São Paulo colonial. São Paulo: Editora UNESP, 2009.</ref>. A disputa entre as duas casas se estenderia até 1679, quando [[Francisco Luís Carneiro de Sousa]] passa a ser donatário das capitanias de [[capitania de São Vicente|São Vicente]] e [[capitania de Itanhaém|Itanhaém]] e a [[vila de São Vicente]] volta a ser cabeça de capitania.  
A capitania foi incorporada, através de compra, aos territórios da Coroa em 1709 e passou a integrar a [[Capitania de São Paulo e Minas de Ouro]]. [[Pedro Taques de Almeida Paes Leme]], na obra [[História da Capitania de São Vicente]], afirma, no entanto, que  os territórios incorporados à Coroa não compreendiam toda a antiga [[capitania de São Vicente]]. As vilas de [[São Vicente]], de [[Santos]] e de [[São Paulo]] teriam permanecido sob o domínio do donatário da região, o [[Marquês de Cascais]].  
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A capitania foi incorporada, através de compra, aos territórios da Coroa em 1709 e passou a integrar a [[Capitania de São Paulo e Minas de Ouro]]. [[Pedro Taques de Almeida Paes Leme]], na obra ''História da Capitania de São Vicente'', afirma, no entanto, que  os territórios incorporados à Coroa não compreendiam toda a antiga [[capitania de São Vicente]]. As vilas de [[São Vicente]], de [[Santos]] e de [[São Paulo]] teriam permanecido sob o domínio do donatário da região, o [[Marquês de Cascais]].  
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Edição atual tal como 07h50min de 21 de janeiro de 2016

por Nayara Rocha


A Capitania de São Vicente foi fundada em 1534 e permaneceu com esse nome até 1709, quando o seu território, o da Capitania de Santo Amaro e os territórios recém-descobertos das minas foram incorporados e passaram a ser denominados Capitania de São Paulo e Minas de Ouro.

Histórico

As capitanias de São Vicente e Santo Amaro foram doadas pelo rei d. João III aos irmãos Martim Afonso de Sousa e Pero Lopes de Sousa em 1534, com a implantação do sistema de capitanias hereditárias. Inicialmente, os limites de São Vicente estendiam-se da margem do rio São Francisco do Sul à ilha de Santo Amaro (atual Guarujá), tendo como principais núcleos as vilas de São Vicente, São Paulo, Mogi das Cruzes e Taubaté [1]. Os territórios das duas capitanias se alargaram ao longo do tempo e sempre careceram de uma delimitação precisa, sendo matéria de disputa entre os herdeiros de Martim Afonso de Sousa e os de seu irmão. Essa disputa teve seu auge com o litígio iniciado em 1621 entre D. Luís de Castro, conde de Monsanto e D. Mariana de Sousa Guerra, condessa de Vimieiro, então donatária da capitania de São Vicente . A demarcação feita por Fernão Vieira Tavares em 1623 dava ao conde a posse dos territórios onde estavam localizadas as vilas de São Vicente, São Paulo e Santana de Mogi das Cruzes. Diante da perda de grande parte de seu domínio, a condessa de Vimieiro fez da vila Nossa Senhora de Itanhaém a cabeça de suas terras. A partir daí, os domínios pertencentes ao conde de Monsanto seriam chamados de capitania de São Vicente e os domínios da condessa passariam a ser conhecidos como capitania de Itanhaém. [2]. A disputa entre as duas casas se estenderia até 1679, quando Francisco Luís Carneiro de Sousa passa a ser donatário das capitanias de São Vicente e Itanhaém e a vila de São Vicente volta a ser cabeça de capitania. A capitania foi incorporada, através de compra, aos territórios da Coroa em 1709 e passou a integrar a Capitania de São Paulo e Minas de Ouro. Pedro Taques de Almeida Paes Leme, na obra História da Capitania de São Vicente, afirma, no entanto, que os territórios incorporados à Coroa não compreendiam toda a antiga capitania de São Vicente. As vilas de São Vicente, de Santos e de São Paulo teriam permanecido sob o domínio do donatário da região, o Marquês de Cascais.


Lista de Vilas da Capitania de São Vicente

Vila de São Paulo

Vila de Guaratinguetá

Vila de Guaratuba

Vila de Mogi das Cruzes

Vila de Paraty

Vila de Iguape

Vila de Pindamonhangaba

Vila de Santo Antônio dos Anjos da Laguna

Vila de São Sebastião

Vila de São Vicente

Vila de Itu

Vila de Curitiba

Vila de Santos

Vila de Parnaíba



Capitania de São Vicente






Bibliografia selecionada da Capitania de São Vicente


[editar] Referências

  1. BUENO, B. P. S. Dilatação dos confins: caminhos, vilas e cidades na formação da Capitania de São Paulo. Anais do Museu Paulista. São Paulo. N. Sér. v.17. n.2. p. 251-294. jul.- dez. 2009.
  2. SILVA, Maria Beatriz Nizza da; BACELLAR, Carlos de Almeida Prado; GOLDSCHMIDT, Eliana Maria Rea; NEVES, Lucia Maria Bastos Pereira Das (Org). História de São Paulo colonial. São Paulo: Editora UNESP, 2009.



Citação deste verbete
Autor do verbete: Nayara Rocha
Como citar: ROCHA, Nayara. "Capitania de São Vicente". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/atlas/Capitania_de_S%C3%A3o_Vicente. Data de acesso: 29 de março de 2024.



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