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Capitania de Santa Catarina

De Atlas Digital da América Lusa

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A ilha de Santa Catarina era conhecida e visitada desde o século XVI, mas somente em meados do século XVIII a coroa portuguesa estabeleceu um sistema de fortificações neste território, com um governo vinculado ao Rio de Janeiro e separado de São Paulo <ref>SILVA, Augusto da. O governo da Ilha de Santa Catarina e sua terra firme: território, administração e sociedade (1738-1807). Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2013 </ref>. A ilha de Santa Catarina estava sob a jurisdição da [[Capitania de São Paulo]] até o ano de 1738, quando esse território passou para a jurisdição do [[Rio de Janeiro]] <ref>BUENO, B. P. S. Dilatação dos confins: caminhos, vilas e cidades na formação da Capitania de São Paulo. Anais do Museu Paulista. São Paulo. N. Sér. v.17. n.2. p. 251-294. jul.- dez. 2009.</ref>. Em 1807, Santa Catarina passou a ser subalterna a [[Capitania de São Pedro]].  
 
A ilha de Santa Catarina era conhecida e visitada desde o século XVI, mas somente em meados do século XVIII a coroa portuguesa estabeleceu um sistema de fortificações neste território, com um governo vinculado ao Rio de Janeiro e separado de São Paulo <ref>SILVA, Augusto da. O governo da Ilha de Santa Catarina e sua terra firme: território, administração e sociedade (1738-1807). Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2013 </ref>. A ilha de Santa Catarina estava sob a jurisdição da [[Capitania de São Paulo]] até o ano de 1738, quando esse território passou para a jurisdição do [[Rio de Janeiro]] <ref>BUENO, B. P. S. Dilatação dos confins: caminhos, vilas e cidades na formação da Capitania de São Paulo. Anais do Museu Paulista. São Paulo. N. Sér. v.17. n.2. p. 251-294. jul.- dez. 2009.</ref>. Em 1807, Santa Catarina passou a ser subalterna a [[Capitania de São Pedro]].  
 
Augusto da Silva, em seu livro ''O governo da ilha de Santa Catarina e sua terra firme'',  divide em quatros momentos distintos a governança da ilha de Santa Catarina entre 1738 a 1807:
 
Augusto da Silva, em seu livro ''O governo da ilha de Santa Catarina e sua terra firme'',  divide em quatros momentos distintos a governança da ilha de Santa Catarina entre 1738 a 1807:
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1738 a 1748: Criado, em 1738, um governo na Ilha de Santa Catarina. A ilha era uma praça militar e a preocupação dos seus governadores era voltada para a administração e montagem do sistema de defesa;
 
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1748 a 1763: Momento de consolidação do estabelecimento colonial. Instalação da ouvidoria, da provedoria e a chegada de casais a ilha;
 
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1763 a 1777: Época marcada pela guerra com os espanhóis. No ano de 1777 a ilha foi tomada pelos espanhóis, ressaltando que até aquele momento a ilha de Santa Catarina e a vila de Laguna faziam a ligação da região de Viamão e Porto Alegre com o Rio de Janeiro, já que em 1763 os espanhóis invadiram a vila de Rio Grande de São Pedro e bloquearam o acesso português àquele porto.  
 
1763 a 1777: Época marcada pela guerra com os espanhóis. No ano de 1777 a ilha foi tomada pelos espanhóis, ressaltando que até aquele momento a ilha de Santa Catarina e a vila de Laguna faziam a ligação da região de Viamão e Porto Alegre com o Rio de Janeiro, já que em 1763 os espanhóis invadiram a vila de Rio Grande de São Pedro e bloquearam o acesso português àquele porto.  
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1778 a 1807: Restituição da ilha de Santa Catarina aos portugueses em 1778. Esse período pode ser caracterizado como o momento onde há a reorganização política, militar e econômica desta região.   
 
1778 a 1807: Restituição da ilha de Santa Catarina aos portugueses em 1778. Esse período pode ser caracterizado como o momento onde há a reorganização política, militar e econômica desta região.   
  

Edição de 10h41min de 14 de janeiro de 2015

por Lana Sato


A ilha de Santa Catarina, durante o período colonial, foi um importante porto de passagem dos navegadores do Atlântico e um importante espaço para a defesa do território luso, tal ideia foi difundida principalmente depois da invasão desta ilha pelos espanhóis em 1777 [1].

Histórico

A ilha de Santa Catarina era conhecida e visitada desde o século XVI, mas somente em meados do século XVIII a coroa portuguesa estabeleceu um sistema de fortificações neste território, com um governo vinculado ao Rio de Janeiro e separado de São Paulo [2]. A ilha de Santa Catarina estava sob a jurisdição da Capitania de São Paulo até o ano de 1738, quando esse território passou para a jurisdição do Rio de Janeiro [3]. Em 1807, Santa Catarina passou a ser subalterna a Capitania de São Pedro. Augusto da Silva, em seu livro O governo da ilha de Santa Catarina e sua terra firme, divide em quatros momentos distintos a governança da ilha de Santa Catarina entre 1738 a 1807:

1738 a 1748: Criado, em 1738, um governo na Ilha de Santa Catarina. A ilha era uma praça militar e a preocupação dos seus governadores era voltada para a administração e montagem do sistema de defesa;

1748 a 1763: Momento de consolidação do estabelecimento colonial. Instalação da ouvidoria, da provedoria e a chegada de casais a ilha;

1763 a 1777: Época marcada pela guerra com os espanhóis. No ano de 1777 a ilha foi tomada pelos espanhóis, ressaltando que até aquele momento a ilha de Santa Catarina e a vila de Laguna faziam a ligação da região de Viamão e Porto Alegre com o Rio de Janeiro, já que em 1763 os espanhóis invadiram a vila de Rio Grande de São Pedro e bloquearam o acesso português àquele porto.

1778 a 1807: Restituição da ilha de Santa Catarina aos portugueses em 1778. Esse período pode ser caracterizado como o momento onde há a reorganização política, militar e econômica desta região.

No ano de 1807 há a criação da Capitania de São Pedro. Tal capitania anexava a ilha de Santa Catarina a região do Rio Grande de São Pedro e as colocavam sob uma mesma governança [4].


Governadores da ilha de Santa Catarina (1738-1807) [5]

José da Silva Paes Patrício Manuel de Figueiredo Pedro de Azambuja Ribeiro José da Silva Paes Manuel Escudeiro Ferreira de Sousa José de Melo Manoel Francisco Antônio Cardoso de Meneses e Sousa Francisco de Sousa de Meneses Pedro Antonio da Gama Freitas Francisco Antônio da Veiga Cabral da Câmara Francisco de Barros Morais Araújo Teixeira Homem José Pereira Pinto Manoel Soares Coimbra João Alberto de Miranda Ribeiro Joaquim Xavier Curado Luís Maurício da Silveira


Referências

  1. SILVA, Augusto da. O governo da Ilha de Santa Catarina e sua terra firme: território, administração e sociedade (1738-1807). Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2013
  2. SILVA, Augusto da. O governo da Ilha de Santa Catarina e sua terra firme: território, administração e sociedade (1738-1807). Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2013
  3. BUENO, B. P. S. Dilatação dos confins: caminhos, vilas e cidades na formação da Capitania de São Paulo. Anais do Museu Paulista. São Paulo. N. Sér. v.17. n.2. p. 251-294. jul.- dez. 2009.
  4. SILVA, Augusto da. O governo da Ilha de Santa Catarina e sua terra firme: território, administração e sociedade (1738-1807). Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2013. pp. 73.
  5. SILVA, Augusto da. O governo da Ilha de Santa Catarina e sua terra firme: território, administração e sociedade (1738-1807). Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2013.



Citação deste verbete
Autor do verbete: Lana Sato
Como citar: SATO, Lana. "Capitania de Santa Catarina". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/atlas/Capitania_de_Santa_Catarina. Data de acesso: 19 de abril de 2024.



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