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Capitania do Cabo Norte

De Atlas Digital da América Lusa

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Autor do verbete: [[Luiza Moretti]]
 
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Como citar: MORETTI, Luiza. "Cabo Norte". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/biblioatlas/Cabo_Norte. Data de acesso
 
Como citar: MORETTI, Luiza. "Cabo Norte". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/biblioatlas/Cabo_Norte. Data de acesso

Edição de 08h53min de 18 de outubro de 2012

A capitania do Cabo Norte – ou Cabo do Norte – é a região do atual estado do Amapá. Desde por volta de 1616, com a fundação do Forte do Presépio, a região fora conhecida por esse nome. Há um documento[1] do Arquivo Ultramarino de Lisboa, de 1623, onde já citam a região pelo nome de Cabo do Norte. Segundo esse documento, a região ainda não fora descoberta e é ocupada por estrangeiros, e pede-se provisões para partir à sua descoberta e expulsão destes estrangeiros. Não temos nenhuma prova material de quando realmente a região tornou-se capitania, a única informação sobre diz que, em 1637, foi doada a Bento Maciel Parente, militar e desbravador portugues que prestou serviços de defesa do Território, ainda em formação, do estado do Maranhão e Grão Pará e de reconhecimento de vários rios, além da construção e militarização de diversos fortes na Região de Belém e do Xingu[2].

Foi uma região ocupada e disputada por holandeses, ingleses e franceses – os últimos a chamavam de Cabo d’Orange. Os portugueses fundaram fortes e povoações na região[3], o que não conteve totalmente os ataques. Segundo o tratado de Utrecht[4], de 1713, delimitava as possesões portuguesas com a Guiana Francesa a partir da foz do Oiapoque (também conhecido por Cabo d'Orange) e seguindo o curso desse rio. A fronteira com o Suriname pela Serra do Tumucumaque. Esses limites não foram bem respeitados e os conflitos na região só terminaram já no século XIX.

Não temos informações sobre a real dimensão da capitania do Cabo Norte até antes do tratado acima citado, tentamos fazer algumas aproximações. Sarney, em seu texto, afirma que as terras iam do Oiapoque, ao norte, até o Rio Paru, ao sul, passando pelo rio Jari. As fronteiras a oeste só foram demarcadas realmente, segundo o autor, com o Tratado de Utrecht.

Referências

  1. AHU_ACL_CU_013, Cx. 1, D. 23
  2. Informações sobre a data da doação da capitania e do nome do donatário podem ser encontradas pela internet e no livro SARNEY, José. Amapá, a Terra onde o Brasil começa, 1998.; também em Barata, M. O descobrimento de Cabral e a formação inicial do Brasil. Coimbra, 1991 e em Cardozo, A. Notícias do norte: primeiros relatos da presença holandesa na Amazônia brasileira (século XVII). Revista Novo Mundo Novos Mundos, 2008.
  3. Há documentos do Arquivo Ultramarino desde 1687 sobre construções de fortalezas na região e para melhor ocupação e defesa contra franceses (1695).
  4. sites que falam sobre isso, porém a informação ainda será confirmada.


Citação deste verbete

Autor do verbete: Luiza Moretti

Como citar: MORETTI, Luiza. "Cabo Norte". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/biblioatlas/Cabo_Norte. Data de acesso