Ações

Capitania do Rio Grande

De Atlas Digital da América Lusa

(Diferença entre revisões)
 
(6 edições intermediárias de 2 usuários não apresentadas)
Linha 1: Linha 1:
 
{{Verbete|nome=Vinicius|sobrenome=Maluly|verbete=A Capitania do Rio Grande foi doada por [[D. João III]] a [[João de Barros]] que tinha, por limites, a baía da Traição ao sul, realizando divisa com a [[Capitania de Itamaracá]], até cem léguas ao norte. Para ocupar as terras, vieram inicialmente em 1535 [[João de Barros]], [[Aires da Cunha]] e [[Fernão Álvares de Andrade]]:
 
{{Verbete|nome=Vinicius|sobrenome=Maluly|verbete=A Capitania do Rio Grande foi doada por [[D. João III]] a [[João de Barros]] que tinha, por limites, a baía da Traição ao sul, realizando divisa com a [[Capitania de Itamaracá]], até cem léguas ao norte. Para ocupar as terras, vieram inicialmente em 1535 [[João de Barros]], [[Aires da Cunha]] e [[Fernão Álvares de Andrade]]:
  
{{trecho|texto=Em dezembro atingem a Pernambuco onde os recebe Duarte Coelho (...) De Pernambuco (não se sabe o ponto de partida, Olinda ou Igaraçu), Aires da Cunha, com 900 homens em dez navios, veio bordejando pelo litoral, desprezando o Rio Potengi (Rio Grande) e fundeando na foz do Rio Baquipe, Rio Pequeno ou do Ceará-Mirim, menos de doze quilômetros ao norte da futura cidade de Natal. Na embocadura do Ceará-Mirim encontrou resistência tremenda por parte dos Potiguares, ajudados pelos traficantes franceses. Inexplicavelmente, Aires da Cunha recua e segue para o norte (...) Nas águas do Maranhão a nau-capitânea espatifou-se nuns rochedos, sucumbindo Aires da Cunha, chefe sem suplência prevista. Em março de 1536 os que restavam da expedição garbosa, nove navios, atingem a ilha do Maranhão, conhecido como "Trindade", sendo acolhidos benevolamente e aí fundaram um povoado, a que deram o nome de "Nazaré" (...) Ficam três anos. (...) decidiram renunciar aos sonhos de grandeza e saíram em caravelões.|fonte=[[CASCUDO, L. C.. História do Rio Grande do Norte. Rio de Janeiro: Ministério Educação e Cultura, 1955.]]}}
+
{{trecho|texto=Em dezembro atingem a Pernambuco onde os recebe Duarte Coelho (...) De Pernambuco (não se sabe o ponto de partida, Olinda ou Igaraçu), Aires da Cunha, com 900 homens em dez navios, veio bordejando pelo litoral, desprezando o Rio Potengi (Rio Grande) e fundeando na foz do Rio Baquipe, Rio Pequeno ou do Ceará-Mirim, menos de doze quilômetros ao norte da futura cidade de Natal. Na embocadura do Ceará-Mirim encontrou resistência tremenda por parte dos Potiguares, ajudados pelos traficantes franceses. Inexplicavelmente, Aires da Cunha recua e segue para o norte (...) Nas águas do Maranhão a nau-capitânea espatifou-se nuns rochedos, sucumbindo Aires da Cunha, chefe sem suplência prevista. Em março de 1536 os que restavam da expedição garbosa, nove navios, atingem a ilha do Maranhão, conhecido como "Trindade", sendo acolhidos benevolamente e aí fundaram um povoado, a que deram o nome de "Nazaré" (...) Ficam três anos. (...) decidiram renunciar aos sonhos de grandeza e saíram em caravelões.|fonte=[[CASCUDO, L. C. História do Rio Grande do Norte. Rio de Janeiro: Ministério Educação e Cultura, 1955.]]}}
  
  
Linha 7: Linha 7:
 
Após a primeira tentativa de colonização fracassada, houve uma segunda em 1555, também mal sucedida. A presença francesa na costa rio grandense, aliada às alianças formadas com os grupos indígenas locais, dificultaram a presença portuguesa na região.  
 
Após a primeira tentativa de colonização fracassada, houve uma segunda em 1555, também mal sucedida. A presença francesa na costa rio grandense, aliada às alianças formadas com os grupos indígenas locais, dificultaram a presença portuguesa na região.  
  
Em 1597 houve a terceira e definitiva tentativa de colonização das terras potiguares, ordenada por [[D. Francisco de Souza]], então Governador Geral do Brasil. Estabeleceu-se a [[Fortaleza dos Reis]] em 1598 e, em 1599, fundaria-se a [[Cidade de Natal]].<ref>[[CASCUDO, L. C.. História do Rio Grande do Norte. Rio de Janeiro: Ministério Educação e Cultura, 1955.]]</ref>
+
Em 1597 houve a terceira e definitiva tentativa de colonização das terras potiguares, ordenada por [[D. Francisco de Souza]], então Governador Geral do Brasil. Estabeleceu-se a [[Fortaleza dos Reis]] em 1598 e, em 1599, fundaria-se a [[Cidade de Natal]].<ref>[[CASCUDO, L. C. História do Rio Grande do Norte. Rio de Janeiro: Ministério Educação e Cultura, 1955.]]</ref>
 +
 
 +
 
  
 
== Lista das Vilas e Cidades da Capitania do Rio Grande ==
 
== Lista das Vilas e Cidades da Capitania do Rio Grande ==
Linha 25: Linha 27:
 
[[Vila Nova de Estremoz do Norte]]
 
[[Vila Nova de Estremoz do Norte]]
  
[[Vila Nova do Príncipe]]}}
+
[[Vila Nova do Príncipe]]
 +
 
 +
 
 +
 
 +
{{biblioselecionada|codigozotero=5CJ5B8FM|capitania=Rio Grande do Norte}}
 +
 
 +
 
 +
 
 +
}}
  
 
[[Category:População e Território ]]
 
[[Category:População e Território ]]
[[Category:Rio Grande]]
+
[[Category:Capitania do Rio Grande]]
[[Category:Cidades e vilas]]
+
[[Category:Capitanias]]

Edição atual tal como 09h37min de 27 de janeiro de 2016

por Vinicius Maluly


A Capitania do Rio Grande foi doada por D. João III a João de Barros que tinha, por limites, a baía da Traição ao sul, realizando divisa com a Capitania de Itamaracá, até cem léguas ao norte. Para ocupar as terras, vieram inicialmente em 1535 João de Barros, Aires da Cunha e Fernão Álvares de Andrade:

Aspa1.png Em dezembro atingem a Pernambuco onde os recebe Duarte Coelho (...) De Pernambuco (não se sabe o ponto de partida, Olinda ou Igaraçu), Aires da Cunha, com 900 homens em dez navios, veio bordejando pelo litoral, desprezando o Rio Potengi (Rio Grande) e fundeando na foz do Rio Baquipe, Rio Pequeno ou do Ceará-Mirim, menos de doze quilômetros ao norte da futura cidade de Natal. Na embocadura do Ceará-Mirim encontrou resistência tremenda por parte dos Potiguares, ajudados pelos traficantes franceses. Inexplicavelmente, Aires da Cunha recua e segue para o norte (...) Nas águas do Maranhão a nau-capitânea espatifou-se nuns rochedos, sucumbindo Aires da Cunha, chefe sem suplência prevista. Em março de 1536 os que restavam da expedição garbosa, nove navios, atingem a ilha do Maranhão, conhecido como "Trindade", sendo acolhidos benevolamente e aí fundaram um povoado, a que deram o nome de "Nazaré" (...) Ficam três anos. (...) decidiram renunciar aos sonhos de grandeza e saíram em caravelões. Aspa2.png
CASCUDO, L. C. História do Rio Grande do Norte. Rio de Janeiro: Ministério Educação e Cultura, 1955.


Após a primeira tentativa de colonização fracassada, houve uma segunda em 1555, também mal sucedida. A presença francesa na costa rio grandense, aliada às alianças formadas com os grupos indígenas locais, dificultaram a presença portuguesa na região.

Em 1597 houve a terceira e definitiva tentativa de colonização das terras potiguares, ordenada por D. Francisco de Souza, então Governador Geral do Brasil. Estabeleceu-se a Fortaleza dos Reis em 1598 e, em 1599, fundaria-se a Cidade de Natal.[1]


Lista das Vilas e Cidades da Capitania do Rio Grande

Cidade de Natal

Vila de Portalegre

Vila de São José do Rio Grande

Vila Flor

Vila Nova da Princesa

Vila Nova de Arez

Vila Nova de Estremoz do Norte

Vila Nova do Príncipe


Capitania de Rio Grande do Norte






Bibliografia selecionada da Capitania de Rio Grande do Norte


[editar] Referências

  1. CASCUDO, L. C. História do Rio Grande do Norte. Rio de Janeiro: Ministério Educação e Cultura, 1955.



Citação deste verbete
Autor do verbete: Vinicius Maluly
Como citar: MALULY, Vinicius. "Capitania do Rio Grande". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/atlas/Capitania_do_Rio_Grande. Data de acesso: 28 de março de 2024.



Baixe a referência bibliográfica deste verbete usando

BiblioAtlas recomenda o ZOTERO

(clique aqui para saber mais)

Informar erro nesta página