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Cebiró de Riba

De Atlas Digital da América Lusa

Coleção Levy Pereira


[Cebiró de Riba]

Engenho de roda d'água com igreja, sem nome no BQPPB, na m.e. do 'Çebirô' (Rio Sibiró).


Natureza: Engenho de roda d'água com igreja.


Mapa: PRÆFECTURÆ PARANAMBUCÆ PARS BOREALIS, una cum PRÆFECTURA de ITÂMARACÂ.


Capitania: PARANAMBVCA.


Jurisdição: Cidade de Olinda - Freguesia de Ipojuca.


Nomes históricos: Engenho Sibiró (Çebiró, Sibero) de Cima (di Riba.), Engenho Santa Cruz.


Nome atual: possivelmente Engenho Sibiró do Mato - vide mapa IBGE Geocódigo 2607208 IPOJUCA - PE.


Citações:

►Mapa PE-C (IAHGP-Vingboons, 1640) #40 CAPITANIA DE PHARNAMBOCQVE, plotado com o símbolo de engenho, 'Ԑ ∫ibԐro ∂ĭ Riba.'.


(Schott, 1636), pg. 64:

"Engenhos de Ipojuca

23 - Sibiró de Riba, pertencente a Manuel de Navalhas, fugido com Albuquerque; situado uma milha distante do referido engenho Pindoba; tem duas milhas de terra muito montuosa, mas bem plantada de canaviais.".


(Nassau-Siegen; Dussen; Keullen - 1638), pg.83:

"Cidade de Olinda

Freguesia de Pojuca

2. Engenho Sibiró de Cima. Pertenceu a Manuel de Navalhas, ausente; foi confiscado e vendido a João Carneiro de Mariz. É engenho d' água e moente.".


(Dussen, 1640), pg. 142:

"ENGENHOS DE PERNAMBUCO

Na freguesia de Ipojuca.

2) Engenho Sibiró de Cima, pertencente a João Carneiro de Mariz, é engenho d'água e mói. São lavradores: (não indica). ".


(Bullestrat, 1642), pg. 153:

"Falei com João Carneiro de Mariz a propósito de suas dívidas para com a Companhia, de prestações atrasadas; prometeu entregar à Companhia metade do açúcar que produzir nesta safra para diminuição do seu débito (19). ".


(Gonsalves de Mello, 1985), pg. 192:

"(19) João Carneiro de Mariz, que era arrendatário, desde antes da invasão holandesa, do Engenho Nossa Senhora do Rosário, em Ipojuca, comprou em 20 de junho de 1637 à Companhia o Engenho Sibiró de Cima, da invocação da Santa Cruz, que pertencera a Manuel de Nabalhas, por 40.000 florins, a serem pagos em prestações de 5.000 florins, a primeira a vencer em 1 de janeiro de 1640: ARA, OWIC 68, dag. notule da data citada. Mariz, em depoimento datado de 20 de abril de 1648, se declara de 66 anos de idade: Torre do Tombo (Lisboa), Inquisição de Lisboa, processo 306 de Mateus da Costa.".


(Relação dos Engenhos, 1655), pg. 237, informando a pensão que este engenho pagava à capitania de Pernambuco:

"Engenhos da freguesia de Ipojuca

...

- E o engenho de Sibiró de Cima, a três por cento.".


(Cabral de Mello, 2012):

@ pg. 114-115, Os engenhos de açúcar do Brasil Holandês, I - Capitania de Pernambuco, Ipojuca:

«2) SIBIRÓ DE CIMA. Invocação Santa Cruz. Sito à margem esquerda do Sibiró. Engenho d'água. Pagava 3% de pensão. Em 1623, pertencia ao espanhol Manuel de Nobalhas y Urréia e produzia 7250 arrobas. Tinha "duas milhas de terra muito montuosa, mas bem plantada de canaviais [...] e tinha começado a construção de uma moenda de bois. Pode anualmente produzir 5 mil a 6 mil arrobas de açúcar". Quando da ocupação holandesa, foram encontrados apenas "três negros velhos e algumas vacas bravias e dois bois velhos", pois o proprietário retirara-se em 1637, ocasião em que se viu "tão apertado do inimigo que para livrar-se abandonou-lhe vinte carros [de boi] e alguns cavalos que trazia carregados do mais precioso que tinha". Confiscado e vendido em 1637 por 40 mil florins, em prestações anuais de 5 mil florins, a João Carneiro de Mariz, rendeiro do engenho Nossa Senhora do Rosário (Ipojuca), que também adquiriu em 1637. Ele esteve preso em 1638, acusado de conspiração contra o domínio holandês. O engenho moía em 1637 e 1639. Em 1642, a WIC cobrou as prestações atrasadas, recebendo a promessa de entregar "metade do açúcar que produzir nesta safra". Em 1645, João Carneiro de Mariz aderiu ao movimento, depois de haver assinado representação ao bispo da Bahia solicitando sua interferência junto ao governador-geral Antônio Teles da Silva no sentido de negar auxílio militar à insurreição luso-brasileira. Em 1655, o Sibiró de Cima moía, tendo voltado ao patrimônio dos descendentes de Manuel de Nobalhas. Em 1663, João Carneiro de Mariz devia à WIC 84572 florins.(74)».

@ pg. 183, Notas:

«(74) FHBH, I, pp. 30, 64, 83, 142, 240; II, pp. 153, 192; RCCB, pp. 32, 152; MDGB, pp. 204, 262; DN, 20.VI.1637, 30.IV.1638, 3.X.1640; VL, II, p. 106; NP, I, pp. 68, 128, 205; Gonsalves de Mello, Tempo dos flamengos, p. 189.».






Citação deste verbete
Autor do verbete: Levy Pereira
Como citar: PEREIRA, Levy. "Cebiró de Riba". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/atlas/Cebir%C3%B3_de_Riba. Data de acesso: 28 de março de 2024.


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