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Cidade da Bahia

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A Cidade da Bahia
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Em 1667, Salvador foi elevada à sede do único arcebispado da América portuguesa, pois nela era realizada a reunião da frota anual de comércio no período de 1649 a 1765. A vila foi estruturada para servir como um forte, e apesar do último ataque holandês ao Recôncavo (1649) e a capitulação dos holandeses em Pernambuco (1654), a [[cidade]] se fortificava cada vez mais, protegendo os muros que a cercavam. <ref>(Vasconcelos, 1997).</ref>
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Edição atual tal como 19h55min de 29 de março de 2016

por Rafaela Araújo


A Cidade da Bahia foi fundada em 29 de março 1549 por Tomé de Sousa, no litoral da América Portuguesa. Como outras cidades, tende a expressar em seu traçado a evolução da dinâmica política, econômica, social e cultural que moveu o empreendimento colonial. Por um largo período, entre os principais agentes modeladores do uso do solo estavam o Estado e a Igreja Católica. Teve um papel político de suma importância, pois nossas primeiras vilas do litoral foram erguidas, nos propósitos simultâneos de firmar a posse da terra, de fixar o colono, de convocar as tribos e vigiar a costa ante ronda das naus corsárias.[1]

Ao se iniciarem a construção da cidade da Bahia, levou-se muito em consideração a ventilação que a região escolhida proporcionava aos habitantes, pois principalmente, se os ares acompanhassem o Sol, se os terrenos fossem alôs e permitissem o escoamento fácil das águas. Assim, continuou a crescer Salvador, determinada a ser orgânica e racional na forma e no traçado [2] A principal regra seguida, no que se refere à geomorfologia, diz respeito ao lugar onde a cidade deveria ser construída: a cidade deveria ser posta em situação de fácil defesa contra os indígenas ou contra os inimigos vindos do mar. [3], o que em muitos casos favoreciam a sua construção em cima de morros ou lugares mais altos.

Ela foi erguida próxima a falha geológica presente na região, dividindo-a assim em Cidades Alta e Baixa. Tal ideia foi posta em prática, juntamente com os cercamentos que rodeavam a cidade, como forma de proteger o território da cidade de invasões.[4]

Em 1667, Salvador foi elevada à sede do único arcebispado da América portuguesa, pois nela era realizada a reunião da frota anual de comércio no período de 1649 a 1765. A vila foi estruturada para servir como um forte, e apesar do último ataque holandês ao Recôncavo (1649) e a capitulação dos holandeses em Pernambuco (1654), a cidade se fortificava cada vez mais, protegendo os muros que a cercavam. [5]


Lista de Edificações da Cidade da Bahia


[editar] Referências

  1. Omegna, 1961
  2. (Martinez e Bertutti, 1997, p.96)
  3. (Omegna, 1961, p.11)
  4. VASCONCELOS, Pedro de Almeida. Salvador: Transformações e permanências (1549-1999). Ilhéus: Editus, 2002.
  5. (Vasconcelos, 1997).



Citação deste verbete
Autor do verbete: Rafaela Araújo
Como citar: ARAÚJO, Rafaela. "Cidade da Bahia". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/atlas/Cidade_da_Bahia. Data de acesso: 20 de abril de 2024.



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