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Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro

De Atlas Digital da América Lusa

Edição feita às 16h55min de 17 de novembro de 2017 por Tiagogil (disc | contribs)

Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro

Geometria Ponto

Histórico

Denominação Início Término
Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro
Populacao > Cidade
01/03/1565 por volta de 1567
Motim militar
1641 1808
Revolta contra o governador Luis Barbalho
1644 1808
Revolta da Cachaça
1660 1808
Revolta de soldados no Rio de Janeiro
1705 1808
Motim para defesa da colônia de Sacramento
1708 1808
Conspiração contra o Vice-rei
1793 1808
Inconfidência Carioca
1794 1808
por Victor Luiz Alvares Oliveira


A cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro foi fundada em 1565 por homens da expedição comandada por Estácio de Sá, que tinha como finalidade construir povoação na Baía de Guanabara e expulsar os indígenas tamoios e os franceses que ameçavam ocupar a região. Ainda em meio à disputa pelo território, o governador geral do Estado do Brasil, Mem de Sá, transferiu o núcleo urbano para um morro que ficaria conhecido como morro do Castelo, privilegiando assim a defesa da cidade mesmo que a princípio limitasse o seu espaço para expansão ou mesmo dificultasse o acesso aos rios [1] Construída sob influência da Coroa portuguesa com vistas de assegurar o domínio luso na costa sul da América, a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro nasceu como um ponto estratégico na geopólitica de defesa do território, especialmente pela posição da cidade no interior de uma baía que dificultava a sua invasão por forças inimigas. Demonstração da sua crescente importância nesse aspecto se dá quando em 1572 o rei D. Sebastião divide o Estado do Brasil em duas regiões administrativas: a região das capitanias do norte, com capital em Salvador, e as capitanias do sul, sob governo da cidade do Rio de Janeiro. Tal divisão perdurou até 1578 [2]


Detalhe da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro em desenho de autoria desconhecida no final do século XVII. Ver referência na imagem abaixo


Sua posição como ponto de apoio e baluarte de defesa da região sul continuou com o passar do tempo. Quando no século XVII o domínio dos holandeses sob o nordeste ameaçava se expandir para outras partes da América portuguesa, a Coroa dos Habsburgos não deixou de atender os pedidos de Salvador Correia de Sá e Benevides (que era desde 1636 governador do Rio de Janeiro) em enviar homens, artilharias e munições, pedidos que significavam pesados esforços para a dinastia, que tinha seus territórios em Europa e América sob pesados ataques. Por isso mesmo estudiosos como Charles R. Boxer atestam que o pronto atendimento inicial das demandas do governador era uma demontração da importância que se atribuía à praça do Rio de Janeiro naquela época [3] Ainda no contexto da disputa contra os holandeses, a cidade de São Sebastião desempenhou também papel fundamental ao custear e ceder homens e navios para o ataque em 1648 à Luanda, em Angola – dominada então pelos holandeses – reforçando seu papel estratégico não só para a manutenção da parte sul da América mas também para a manutenção do império ultramarino luso no Atlântico.[4] Com a descoberta do ouro no interior da América e o destaque do porto do Rio de Janeiro no escoamento deste metal precioso a cidade cresce em importância e passa a ser a capital do vice-reinado do Brasil em 1763.


A cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro em desenho de autoria desconhecida no final do século XVII. Percebe-se o crescimento da cidade entre os morros do Castelo (esquerda) e dos Beneditinos (direita). Gravura do livro de François Froger, francês que esteve no Rio de Janeiro, intitulado Relation d’un voyage fait en 1695, 1696 e 1697 aux côtes d’Afrique, détroit de Magellan, Brésil, Cayenne et Isles Antilles. Amsterdã: Chez les Héritiers, D’Antoine Schelte, 1699













Economia e População

As primeiras informações sobre os habitantes do Rio de Janeiro são muito vagas, ficando restritas à relação de viajantes e cronistas que estiveram na cidade, ou seja, são informações que não foram resultado de uma contagem rigorosa da população ou mesmo realizadas de forma oficial por poderes régios ou locais. Uma das primeiras estimativas é a de Pero de Magalhães Gândavo que, escrevendo na década de 1570, pouco tempo depois da fundação da cidade, afirma que nela poderiam haver 140 vizinhos.[5] O historiador Joaquim Veríssimo Serrão, com base nas cartas de sesmarias passadas no período de 1585 a 1598, estima que cerca de 40 a 50 sesmeiros vieram de outras capitanias para colonizar a cidade e os seus arredores, o que poderia significar um aumento de 200 a 300 habitantes na região pelo final do século XVI.[6]

Para o século XVII uma das relações mais completas da população é uma visita paroquial anônima intitulada Notícias do Bispado do Rio de Janeiro no ano de 1687. Segundo esta notícia, o núcleo da cidade contava com duas paróquias: a freguesia da Sé e a freguesia da Candelária. No seu perímetro urbano viviam 7.000 pessoas (com 3.500 em cada uma das paróquias) divididas em 650 fogos na Sé e mais 600 fogos na Candelária. As freguesias do seu entorno e do recôncavo somavam menos ainda: a de São Gonçalo com 250 fogos e 1.500 pessoas (sendo 700 escravos); a de Santo Antônio de Macacu com 167 fogos e 1.037 pessoas; a de São João de Itaboraí com 91 fogos e 382 pessoas de comunhão; a de N. S. da Apresentação de Irajá com 200 fogos e 1.800 pessoas e a de N. S. do Loreto de Jacarepaguá com 186 fogos e 400 pessoas. Contava ainda com uma população vivendo em torno de capelas curadas (Tambí, São João de Meriti, Santíssima Trindade, Guapimirim, Suruí, Pacobaíba, Inhomirim, Marapicu, Santo Antonio, Inhoaíba, Campo Grande, Inhaúma, Magé e Caraí), perfazendo em finais do século XVII a cidade e suas imediações rurais uma população de 18.578 pessoas divididas em 3.101 fogos.[7]



Detalhe de desenho detalhado da cidade do Rio de Janeiro feito pelo engenheiro militar Miguel Angelo Blasco em 1760. Ver referência na imagem abaixo



Pela altura da invasão do corsário francês Duguay Trouin em 1711, uma carta do alemão Jonas Finck que estava no Rio de Janeiro na época, dava relato de que a cidade contava com uma tropa de 1.000 soldados, 2.000 marinheiros, 4.000 cidadãos e 8.000 negros, perfazendo um total de 15.000 pessoas na sua estimativa.[8] Avançando no século XVIII a urbe mostrava da sua crescente população. De acordo com as memórias públicas da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, pela observação dos anos de 1779 até 1789, a cidade se apresentava com quatro freguesias urbanas (Sé, Candelária, São José e Santa Rita) que neste período somavam 38.707 pessoas divididas em 5.827 fogos.[9] As freguesias de fora do muro da cidade somaram uma população 51.011, porém como os cálculos referente a estas freguesias apresentam alguns erros, é de supor que a sua população rural beirasse as 50.000 almas pela década de 1780[10]A população cativa das freguesias rurais era significativa, com 16.873 homens e 11.028 mulheres. [11]


Pelo final dos setecentos estudos de João Fragoso atestam que o Rio de Janeiro se torna uma praça comercial de crescente importância, especialmente pela confluência de diversas rotas comerciais internas e externas que transparece um domínio econômico dos chamados comerciantes de grosso-trato, ligados com redes comerciais que poderiam ir desde o interior das capitanias de Minas Gerais e do Rio de Janeiro até praças ultramarinas como Luanda em Angola ou Goa na Índia.[12] Apesar da cidade e capitania do Rio de Janeiro possuir uma produção açucareira que remonta finais do século XVI, com o tempo este setor perde em termos de dinamismo econômico e vê suas potencialidades de acumulação perderem força se comparadas com as redes comerciais em torno da produção de alimentos para o abastecimento interno e especialmente do comércio de africanos.[13] O crescente dinamismo econômico da praça mercantil do Rio de Janeiro no século XVIII propicia um aumento populacional que no limiar dessa centúria faria a população urbana ultrapassar os cinquenta mil habitantes. Monsenhor Pizarro relata que o mapa da população da cidade, organizado pelo vice-rei Conde de Resende, contou no ano de 1799 o número de 43.730 habitantes adultos com uma quantidade de fogos excedendo os 6.760. Posto que neste mapa não foi levado em consideração os indivíduos dos regimentos de linha, Pizarro não duvidava que por aquela época o total de habitantes do Rio de Janeiro bem poderia exceder 50.000 pessoas só no perímetro urbano.[14] Por sua vez,em 1796 segundo um documento de autoria anônima intitulado Extracto da População da Capitania do Rio de Janeiro, provavelmente fruto do crescente interesse da Coroa em contabilizar seus súditos, a capitania do Rio de Janeiro aparecia com um total de 182.757 pessoas divididas em 72.946 brancos, 19.165 pardos libertos, 6.582 pretos libertos e 84.064 escravos.[15]

Desenho detalhado da cidade do Rio de Janeiro feito pelo engenheiro militar Miguel Angelo Blasco em 1760. O original encontra-se no Arquivo Histórico do Exército do Rio de Janeiro. Retirado de REIS, Nestor Goulart. Imagens de Vilas e Cidades do Brasil Colonial. São Paulo: Imprensa Oficial; EdUSP, 2001

A população escravizada, especialmente a africana, teve uma importância crescente na composição populacional, apesar de nem sempre ser fácil constatar o seu peso na demografia do Rio de Janeiro colonial. No final do século XVI já existiam indícios da presença de cativos africanos, porém mesmo com algumas fontes atestando a sua presença não existem estimativas mais específicas sobre a sua quantidade para o período.[16] No século XVII com o crescimento do comércio entre o Rio de Janeiro e as partes de Angola começa a se formar um cenário mais favorável à entrada de africanos, porém ainda assim faltam estimativas ou números concretos que atestem isso. Recentemente, Maurício de Almeida Abreu constatou a significativa presença de escravos de origem africana nos inventários e testamentos da capitania do Rio de Janeiro entre 1626 a 1700. No segundo e terceiro quarto do século XVII a presença deles superou os 50% de referências nos documentos, referendando a perspectiva defendida pelo autor de uma guinada atlântica da cidade já no seiscentos.[17]

A crescente construção de engenhos para a produção do açúcar no século XVII impulsionaram a população africana escravizada na cidade e seu termo rural, fator que só viria a aumentar com a descoberta do ouro no interior e o maior dinamismo da economia da região sul-sudeste da América lusa.[18]Alguns viajantes estrangeiros que passaram pelo Rio de Janeiro no século XVIII davam impressões da quantidade de escravos que circulavam pelas ruas, como o já citado alemão Jonas Finck que asseverou cerca de 8.000 escravos negros em 1711, “todos vivendo em condições miseráveis”.[19] Bem mais tarde, em 1768, o oficial da marinha britânica James Cook estimava a população da capitania do Rio de Janeiro em 666.000 homens, com 37.000 brancos e 629.000 negros.[20] A população negra está claramente superdimensionada e tal número na verdade parece demonstrar muito mais a forte impressão que ficava nos viajantes da presença negra nas ruas, característica que saltou aos olhos de boa parte dos estrangeiros que pisaram na cidade durante os séculos XVIII e XIX.

Se essa impressão de uma cidade dominada por africanos e pardos no cativeiro foi a representação preferida dos viajantes, alguns mapas populacionais confeccionados a mando da Coroa portuguesa no final do século XVIII apontam de fato para o domínio da população escravizada nas imediações rurais da cidade. Para regiões como Jacarepaguá, Campo Grande e Guaratiba, freguesias dominadas pelos engenhos de açúcar e roças de pequenos lavradores, existem mapas realizados para o ano de 1797 demonstrando que a população cativa ultrapassava os 50% do total em todas estas três paróquias, sendo que boa parte destes cativos se concentravam nas mãos dos senhores de engenho ainda naquele final de século.[21]


Referências

  1. CAVALCANTI, Nireu. O Rio de Janeiro setecentista: a vida e a construção da cidade da invasão francesa até a chegada da Corte. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2004, p. 25 – 27
  2. SERRÃO, Joaquim Veríssimo. O Rio de Janeiro no Século XVI. Rio de Janeiro: Andrea Jakobsson Estúdio Editorial, 2008, p.129-130.
  3. BOXER, Charles R. Salvador de Sá e a luta pelo Brasil e Angola, 1602 – 1686. São Paulo: Editora Nacional; Editora da Universidade de São Paulo, 1973, p.125
  4. BOXER, Charles R. Idem, p. 267 – 268.
  5. GÂNDAVO, Pero de Magalhães. Tratado da Terra do Brasil: história da província Santa Cruz, a que vulgarmente chamamos Brasil. Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2008, p.47
  6. SERRÃO, Joaquim Veríssimo. O Rio de Janeiro no Século XVI. Rio de Janeiro: Andrea Jakobsson Estúdio Editorial, 2008, p.163.
  7. Arquivo da Cúria Metropolitana do Rio de Janeiro. Notícias do Bispado do Rio de Janeiro no ano de 1687. Séria Visita Pastoral, VP38. Não foram contados os fogos da capela curada de Suruí por problemas de corrosão do documento que impossibilita averiguar o dito cujo; Apesar de existir a relação sobre a capela curada de São João de Meriti, não consta o seu número de fogos e população, por isso o total apresentado não faz referência a essa localidade.
  8. FRANÇA, Jean Marcel Carvalho (org.). Visões do Rio de Janeiro Colonial: antologia de textos (1531-1800). Rio de Janeiro: José Olympio, 2008, p.90.
  9. As informações foram retiradas do “Mappa geral das cidades, villas e freguesias que formão o corpo interior da capitania do Rio de Janeiro”, porém os dados deste mapa devem ser usados com cautela pois apresentam várias erros de somatória. Por exemplo, no mapa o somatório dos fogos das freguesias da Catedral (Sé com 2.072), Candelária (1.329), São José (1.244) e Santa Rita (1.167) é de 5.827, quando na verdade a soma destes números é de 5.812. Outro pequeno erro aparece no somatório das almas da freguesia da Catedral, que contava com 2.327 homens e 4.267 mulheres livres, além de 1.566 homens e 1.777 mulheres escravizados, uma população total de 9.937 pessoas que, no entanto, aparece no mapa com um total de 9.997. Na verdade, os números dos recenseamentos populacionais do período colonial devem ser vistos mais pela ordem de grandeza que expressam sobre a população do que por uma exata precisão do número de pessoas que realmente existiam, especialmente por se tratar, na segunda metade do século XVIII, de um período ainda da proto-estatística, quando as primeiras instruções e modelos de recenseamento emanados pela Coroa portuguesa começaram a ser aplicados. Para as informações do mapa ver “Memorias Publicas e Economicas da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro para uso do vice-rei Luiz de Vasconcellos por observação curiosa dos annos de 1779 até o de 1789”. Revista Trimensal do Instituto Histórico Geographico e Ethnographico do Brazil. Tomo XLVII, parte I. Rio de Janeiro, 1884.Para a definição de proto-estatística na história do Brasil, seguimos aqui o exposto por Maria Luiza Marcílio em MARCÍLIO, Maria Luiza. Crescimento Demográfico e Evolução Agrária Paulista: 1700-1836. São Paulo: HUCITEC & EdUSP, 2000.
  10. Mais uma vez, a conta do somatório não fecha. O mapa apresenta um total de 51.011 mas as contas realizada com os números das freguesias oferecidas pelo próprio documento perfazem o total de 50.851 pessoas. O total da freguesia de N. S. da Piedade do Aguaçu aparece errado, com uma população de 9.182 pessoas, quando o total da sua população livre e escrava é de 2.182. Ver “Memorias Publicas e Economicas da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro para uso do vice-rei Luiz de Vasconcellos por observação curiosa dos annos de 1779 até o de 1789”. Revista Trimensal do Instituto Histórico Geographico e Ethnographico do Brazil. Tomo XLVII, parte I. Rio de Janeiro, 1884.
  11. Na verdade, refazendo as contas com os números oferecidos pelo documento nasce outra divergência para a população escravizada: 16.867 homens e 10.448 mulheres.
  12. FRAGOSO, João. A noção de economia colonial tardia no Rio de Janeiro e as conexões econômicas do Império Português: 1790 – 1820. IN: FRAGOSO, João; BICALHO, Maria Fernanda; GOUVÊA, Maria de Fátima (orgs.) O Antigo Regime nos Trópicos: a dinâmica imperial portuguesa (séculos XVI – XVIII). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001.
  13. SAMPAIO, António Carlos Jucá de. Na Encruzilhada do Império: hierarquias sociais e conjunturas econômicas no Rio de Janeiro (c.1650 -c.1750). Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2003.
  14. ARAÚJO, José de Sousa Azevedo Pizarro. Memórias Históricas do Rio de Janeiro e das Províncias Anexas à Jurisdição do Vice-Rei do Estado do Brasil. Tomo VII. Rio de Janeiro: Impressa Régia, 1820, p.41.
  15. Arquivo Histórico Ultramarino. EXTRATO do censo da população das capitanias do Rio de Janeiro e da Ilha de Santa Catarina no ano de 1796. AHU-Rio de Janeiro, cx. 164, doc. 89/ AHU_ACL_CU_017, Cx. 160, D. 12026. Visualizado através do projeto Resgate – Barão do Rio Branco disponibilizado no site da Biblioteca Nacional Digital: https://bndigital.bn.br/dossies/projeto-resgate-barao-do-rio-branco/ (visitado em 20 de jan. de 2016).
  16. Joaquim Serrão fornece o número de 100 africanos no Rio de Janeiro em 1585 a partir de uma informação para este mesmo ano do padre José de Anchieta. Ver SERRÃO, Joaquim Veríssimo. O Rio de Janeiro no Século XVI. Rio de Janeiro: Andrea Jakobsson Estúdio Editorial, 2008, p.162
  17. ABREU, Maurício de Almeida. Geografia Histórica do Rio de Janeiro (1502-1700). Volume 2. Rio de Janeiro: Andrea Jakobsson Estúdio Editorial & Prefeitura do Município do Rio de Janeiro, 2010, p.36-41.
  18. Maurício de Almeida Abreu contou 136 engenhos na cidade e seus arredores no final do século XVII, um crescimento significativo pois no início do mesmo século só existiam 13. Além disso, segundo João Fragoso, desde ao menos 1750 a praça do Rio de Janeiro era a maior compradora isolada de africanos na colônia. Ver ABREU, Maurício de Almeida. Geografia Histórica do Rio de Janeiro (1502-1700). Volume 2. Rio de Janeiro: Andrea Jakobsson Estúdio Editorial & Prefeitura do Município do Rio de Janeiro, 2010, p. 94; FRAGOSO, João. Op. Cite, p. 337
  19. FRANÇA, Jean Marcel Carvalho (org.). Visões do Rio de Janeiro Colonial: antologia de textos (1531-1800). Rio de Janeiro: José Olympio, 2008, p.88
  20. FRANÇA, Jean Marcel Carvalho. Idem, p.179
  21. OLIVEIRA, Victor Luiz Alvares. A zona oeste colonial e os mapas de população de 1797: algumas considerações sobre lavradores partidistas e produção agrária de Jacarepaguá, Campo Grande e Guaratiba no século XVIII. Revista do Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro. Nº 10, vol. 1 - Jun, 2016.



Citação deste verbete
Autor do verbete: Victor Luiz Alvares Oliveira
Como citar: OLIVEIRA, Victor Luiz Alvares. "Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/atlas/Cidade_de_S%C3%A3o_Sebasti%C3%A3o_do_Rio_de_Janeiro. Data de acesso: 28 de março de 2024.



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