http://lhs.unb.br/wikiatlas/api.php?action=feedcontributions&feedformat=atom&user=TiagogilAtlas Digital da América Lusa - Contribuições do usuário [pt-br]2024-03-29T07:20:26ZContribuições do usuárioMediaWiki 1.19.0http://lhs.unb.br/atlas/Tiago_Lu%C3%ADs_GilTiago Luís Gil2023-08-09T17:29:14Z<p>Tiagogil: </p>
<hr />
<div>{{Historiador<br />
|nome=Tiago Luís Gil<br />
|areas=[[história econômica]], [[crédito]], [[confiança]] e [[demografia histórica]]<br />
|espacos=Sul da América Portuguesa<br />
|lattes=[http://lattes.cnpq.br/5199440376465740 link]<br />
|desc=Professor do Departamento de História da Universidade de Brasília e coordenador do projeto '''[[Início|Atlas Digital da América Lusa]]''' e autor de textos sobre redes sociais, crédito, contrabando, demografia e elites locais.<br />
<br />
<br />
[https://brasilia.academia.edu/TiagoLu%C3%ADsGil Follow me on Academia.edu]<br />
<br />
<br />
<br />
|instituicao=Universidade de Brasília<br />
|pubs=<br />
<br />
*[https://www.academia.edu/19715653/GIL_Tiago_Lu%C3%ADs_BARLETA_Leonardo._Formas_alternativas_de_visualiza%C3%A7%C3%A3o_de_dados_na_%C3%A1rea_de_Hist%C3%B3ria_algumas_notas_de_pesquisa._Revista_de_Hist%C3%B3ria_Brasil_n._173_p._427-455_dez._2015 GIL, Tiago Luís; BARLETA, Leonardo. Formas alternativas de visualização de dados na área de História: algumas notas de pesquisa. Revista de História, Brasil, n. 173, p. 427-455, dez. 2015]<br />
<br />
*[http://www.francoangeli.it/riviste/Scheda_Rivista.aspx?IDArticolo=55238&idRivista=104 GIL, T. L. ; Storici e informatica: l'uso dei database (1968-2013). Memoria e Ricerca, p. 161-178, 2015.]<br />
<br />
*[http://revistadeindias.revistas.csic.es/index.php/revistadeindias/article/view/992/1064 GIL, T. L. ; Redes e camadas de relacionamentos na economia: metodologias para o estudo da confiança mercantil na América Portuguesa do Antigo Regime. Revista de Indias, v. 75, p. 421-456, 2015.]<br />
<br />
*[http://www.revistas.unisinos.br/index.php/historia/article/view/7082 GIL, T. L. Elites locais e changadores no mercado atlântico de couros (Rio Grande e Soriano, 1780-1810). História Unisinos, v. 18, p. 287-300, 2014.]<br />
<br />
*[https://www.academia.edu/21542671/Recuperando_terreno_o_espa%C3%A7o_como_problema_de_pesquisa_em_hist%C3%B3ria_colonial._Locus_revista_de_hist%C3%B3ria_Juiz_de_Fora_v._20_n._1_p._183-202_2014 GIL, T. L. ; Recuperando terreno: o espaço como problema de pesquisa em história colonial. Locus (UFJF), v. 29, p. 173-190, 2014.]<br />
<br />
*[http://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja&ved=0CCwQFjAA&url=http%3A%2F%2Fwww.rbhcs.com%2Findex_arquivos%2FArtigo.EliteslocaisesuasbasessociaisnaAmericaPortuguesa.pdf&ei=J4z5UKZCgsDwBIzagKgB&usg=AFQjCNFyMzDa-SLEe4X9l1VpNfs7DoYp-w&sig2=7rDEC7C-PCerIpHuGpz2yw GIL, T. L. . Elites locais e suas bases sociais na América Portuguesa: uma tentativa de aplicação das social network analisys. Revista Brasileira de História e Ciências Sociais, v. 3, p. 82-96, 2011.]<br />
<br />
*[https://www.academia.edu/7090470/SIRTORI_Bruna_and_GIL_Tiago_Lu%C3%ADs._Bom_Dia_Padrinho_espa%C3%A7o_e_parentesco_na_forma%C3%A7%C3%A3o_de_redes_entre_cativos_nos_campos_de_Vacaria_1778-1810_._In_Revista_Eletr%C3%B4nica_de_Hist%C3%B3ria_do_Brasil_10 SIRTORI, Bruna ; GIL, T. L. Bom dia, padrinho: espaço e parentesco na formação de redes entre cativos nos campos de Vacaria, 1778-1810. Revista Eletrônica de História do Brasil, v. 10, p. 142-160, 2009.]<br />
<br />
*GIL, T. L. Os Infiéis transgressores: elites e contrabandistas nas fronteiras do Rio Grande e do Rio Pardo (1760-1810). Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2007. v. 1. 225p . <br />
<br />
*GIL, T. L. ; SIRTORI, Bruna . A geografia do compadrio cativo: Viamão, Continente do Rio Grande de São Pedro, 1770-1795. In: Regina Célia Lima Xavier. (Org.). Escravidão e Liberdade: temas, problemas e perspectivas de análise. 1ed.São Paulo: Alameda, 2012, v. , p. 123-142. <br />
<br />
*GIL, T. L. ; HAMEISTER, M. D. . Fazer-se elite no Extremo-sul do Estado do Brasil: uma obra em três movimentos. Continente do Rio Grande de São Pedro (século XVIII). In: João Luis Ribeiro Fragoso; Carla Maria Almeida; Antonio Carlos Jucá de Sampaio. (Org.). Conquistadores e negociantes: histórias de elites no Antigo Regime nos trópicos. América Lusa, séculos XVI a XVIII. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007.<br />
|verbetes=[[Caminho das Tropas]]<br />
<br />
[[A economia da América Lusa]]<br />
<br />
}}</div>Tiagogilhttp://lhs.unb.br/atlas/Rafael_Martins_de_Oliveira_LaguardiaRafael Martins de Oliveira Laguardia2023-08-08T21:10:26Z<p>Tiagogil: </p>
<hr />
<div>[[Arquivo:Laguardia.jpeg|250px|left]]<br />
{{Historiador<br />
|nome={{PAGENAME}}<br />
|areas=história georreferenciada; SIG histórico; história do Brasil Colonial.<br />
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|verbetes=.<br />
}}</div>Tiagogilhttp://lhs.unb.br/atlas/Rafael_Martins_de_Oliveira_LaguardiaRafael Martins de Oliveira Laguardia2023-08-08T21:09:56Z<p>Tiagogil: </p>
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<div>[[Arquivo:Laguardia.jpeg|250px|left]]<br />
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<div>[[Arquivo:|px|left]]<br />
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<div>'''O Atlas Digital da América Lusa foi desenvolvido dentro do Laboratório de História Social da Universidade de Brasília, onde é mantido e organizado.'''<br />
<br />
'''Sua produção, contudo, é fruto de dezenas de colaboradores. Vejamos abaixo a lista dos principais envolvidos:'''<br />
<br />
[[Arquivo:Portalhistoriadores.png|450px|left|link=Categoria:Historiadores]]<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
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<br />
<br />
==Coordenação Geral==<br />
<br />
[[Tiago Luís Gil]], Universidade de Brasília<br />
<br />
[[Leonardo Brandão Barleta]], University of Nebraska Omaha<br />
<br />
<br />
== Coordenação de pesquisa em historia ==<br />
<br />
[[Rafael Martins de Oliveira Laguardia]], Universo<br />
<br />
<br />
===Coordenação de Geografia e Cartografia===<br />
<br />
[[Vinícius Maluly]], EHESS<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
==Equipe de estudantes do LHS/UnB==<br />
{|border="0" width="70%"<br />
|- <br />
| <br />
* (em ordem alfabética)<br />
<br />
*[[Alane Nobrega]]<br />
<br />
*[[Ana Elisa Pereira Lara]]<br />
<br />
*[[Ana Luisa Lourenço]]<br />
<br />
*[[Carlos Antonio Pereira de Carvalho]]<br />
<br />
*[[David da Silva Carvalho]]<br />
<br />
*[[Dayane Augusta Santos da Silva]]<br />
<br />
*[[Diego Martins]]<br />
<br />
*[[Diogo Neves de Carvalho]]<br />
<br />
*[[Edson Porto de Carvalho]]<br />
<br />
*[[Fernanda de Freitas Campos]]<br />
<br />
*[[Germana Costa]]<br />
<br />
*[[Gustavo de Almeida Borges]]<br />
<br />
*[[Jaqueline Rivas]]<br />
<br />
*[[João Pedro Galvão Ramalho]]<br />
<br />
*[[Lana Sato de Moraes]]<br />
||<br />
<br />
*[[Letícia Coelho Félix]]<br />
<br />
*[[Luiza Hooper Moretti]]<br />
<br />
*[[Luiza Tollendal Prudente]]''<br />
<br />
*[[Manoel Rendeiro]]<br />
<br />
*[[Márcia Cecília Flexa Freitas]]<br />
<br />
*[[Mariana de Mesquita Santos]]<br />
<br />
*[[Mariana Fernandes Rodrigues Barreto Regis]]<br />
<br />
*[[Mariana Leonardo de Souza]]<br />
<br />
*[[Mariana Lima Barcelos]]<br />
<br />
*[[Rafaela Araújo]]<br />
<br />
*[[Sarah Resende dos Santos]]<br />
<br />
*[[Sebastião Gomes Souza]]<br />
<br />
*[[Simão Pedro de Souza]]<br />
<br />
*[[Thiago Menezes]]<br />
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*[[Thiego Fernandes]]<br />
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|}<br />
<br />
== Colaboradores Especiais ==<br />
<br />
[[Levy Pereira]]<br />
<br />
[[Allan Thomas Tadashi Kato]], USP<br />
<br />
[[Alysson Costa]], UFPR<br />
<br />
[[André Soares Anzolin]], UFRGS<br />
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[[Carlos Raphael Rolim]], UFRN<br />
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[[Carmem Marques Rodrigues]], UFMG<br />
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[[Fabiana Léo Pereira Nascimento]], UFMG<br />
<br />
[[Manoel Bruno Noguera de Souza]], UFC<br />
<br />
[[Rafael Ricarte da Silva]], UFC<br />
<br />
[[Reginaldo Correia]], UFC</div>Tiagogilhttp://lhs.unb.br/atlas/M%C3%A1rcia_Cec%C3%ADlia_Flexa_FreitasMárcia Cecília Flexa Freitas2023-02-27T18:15:29Z<p>Tiagogil: Criou página com '{{Historiador |nome={{PAGENAME}} |areas=História econômica. |espacos=Amazônia Colonial. |lattes=[http://lattes.cnpq.br link] |desc=Mestranda em História da [[Universidade ...'</p>
<hr />
<div>{{Historiador<br />
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|espacos=Amazônia Colonial.<br />
|lattes=[http://lattes.cnpq.br link]<br />
|desc=Mestranda em História da [[Universidade de Brasília]], onde faz parte da equipe do Atlas Digital da América Lusa.<br />
|instituicao=UnB<br />
|pubs=.<br />
|verbetes=.<br />
}}</div>Tiagogilhttp://lhs.unb.br/atlas/Quem_somosQuem somos2023-02-27T18:14:30Z<p>Tiagogil: /* Equipe de estudantes do LHS/UnB */</p>
<hr />
<div>'''O Atlas Digital da América Lusa foi desenvolvido dentro do Laboratório de História Social da Universidade de Brasília, onde é mantido e organizado.'''<br />
<br />
'''Sua produção, contudo, é fruto de dezenas de colaboradores. Vejamos abaixo a lista dos principais envolvidos:'''<br />
<br />
[[Arquivo:Portalhistoriadores.png|450px|left|link=Categoria:Historiadores]]<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
==Coordenação Geral==<br />
<br />
[[Tiago Luís Gil]], Universidade de Brasília<br />
<br />
[[Leonardo Brandão Barleta]], Stanford University<br />
<br />
<br />
<br />
===Coordenação de Geografia e Cartografia===<br />
<br />
[[Vinícius Maluly]], EHESS<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
==Equipe de estudantes do LHS/UnB==<br />
{|border="0" width="70%"<br />
|- <br />
| <br />
* (em ordem alfabética)<br />
<br />
*[[Alane Nobrega]]<br />
<br />
*[[Ana Elisa Pereira Lara]]<br />
<br />
*[[Ana Luisa Lourenço]]<br />
<br />
*[[Carlos Antonio Pereira de Carvalho]]<br />
<br />
*[[David da Silva Carvalho]]<br />
<br />
*[[Dayane Augusta Santos da Silva]]<br />
<br />
*[[Diego Martins]]<br />
<br />
*[[Diogo Neves de Carvalho]]<br />
<br />
*[[Edson Porto de Carvalho]]<br />
<br />
*[[Fernanda de Freitas Campos]]<br />
<br />
*[[Germana Costa]]<br />
<br />
*[[Gustavo de Almeida Borges]]<br />
<br />
*[[Jaqueline Rivas]]<br />
<br />
*[[João Pedro Galvão Ramalho]]<br />
<br />
*[[Lana Sato de Moraes]]<br />
||<br />
<br />
*[[Letícia Coelho Félix]]<br />
<br />
*[[Luiza Hooper Moretti]]<br />
<br />
*[[Luiza Tollendal Prudente]]''<br />
<br />
*[[Manoel Rendeiro]]<br />
<br />
*[[Márcia Cecília Flexa Freitas]]<br />
<br />
*[[Mariana de Mesquita Santos]]<br />
<br />
*[[Mariana Fernandes Rodrigues Barreto Regis]]<br />
<br />
*[[Mariana Leonardo de Souza]]<br />
<br />
*[[Mariana Lima Barcelos]]<br />
<br />
*[[Rafaela Araújo]]<br />
<br />
*[[Sarah Resende dos Santos]]<br />
<br />
*[[Sebastião Gomes Souza]]<br />
<br />
*[[Simão Pedro de Souza]]<br />
<br />
*[[Thiago Menezes]]<br />
<br />
*[[Thiego Fernandes]]<br />
<br />
|}<br />
<br />
== Colaboradores Especiais ==<br />
<br />
[[Levy Pereira]]<br />
<br />
[[Allan Thomas Tadashi Kato]], USP<br />
<br />
[[Alysson Costa]], UFPR<br />
<br />
[[André Soares Anzolin]], UFRGS<br />
<br />
[[Carlos Raphael Rolim]], UFRN<br />
<br />
[[Carmem Marques Rodrigues]], UFMG<br />
<br />
[[Fabiana Léo Pereira Nascimento]], UFMG<br />
<br />
[[Manoel Bruno Noguera de Souza]], UFC<br />
<br />
[[Rafael Ricarte da Silva]], UFC<br />
<br />
[[Reginaldo Correia]], UFC</div>Tiagogilhttp://lhs.unb.br/atlas/Ouvidoria_de_Paranagu%C3%A1Ouvidoria de Paranaguá2022-10-21T13:52:15Z<p>Tiagogil: </p>
<hr />
<div>{{Verbete|nome=Jonas|sobrenome=Pegoraro|verbete=<br />
A ouvidoria de [[Paranaguá]] foi criada em 1723, passando a capitania régia de [[São Paulo]] a ter naquele momento duas comarcas: a de São Paulo, criada em 1699 e a de Paranaguá. Inicialmente a nova ouvidoria possuía uma grande extensão, chegando inclusive a se estender até o extremo sul da América portuguesa. Porém, a atuação dos ouvidores régios se concentrava em seis vilas: [[Cananéia]], [[Iguape]], [[Paranaguá]], [[Curitiba]], [[São Francisco]] e [[Laguna]].<ref>(AHU. Conselho Ultramarino – 023, Cx 1, doc. 53).</ref> Além dessas, a vila de Desterro, criada em 1726, também ficou sob jurisdição de Paranaguá, mas por um breve período, uma vez que no ano de 1749 foi instalada nova ouvidoria na região – a de [[Santa Catarina]].<br />
<br />
O ofício de ouvidor era trienal, porém aqueles que desempenharam a função em [[Paranaguá]], na primeira metade do século XVIII, ou ficaram poucos meses no cargo ou permaneceram um período um pouco maior, em geral, 4 anos. Sua posição hierárquica dentro da estrutura jurídico-administrativa era de “segunda instância”, digamos assim, estando acima das câmaras municiais e sua principal esfera de atuação era a jurídica. Porém também desempenhavam funções no campo administrativo e político, sendo que suas atribuições estavam associadas às localidades nas quais estavam alocados, se valendo dos seus regimentos e das ordens régias transmitidas para atuarem de acordo com os anseios da Coroa.<br />
<br />
Do regimento levado pelo primeiro ouvidor de Paranaguá ele, dentre outras atribuições, deveria: I) demarcar as terras onde existissem sesmarias, para que se mantivessem nos limites dados pela monarquia lusa; II) reportar prontamente à [[Rodrigo César de Meneses]], governador e capitão-general da [[capitania de São Paulo]], de qualquer particular que se oferecer e importar ao serviço régio; III) investigar se existiam soldados fugidos da praça de Santos, da [[Colônia de Sacramento]] ou do [[Rio de Janeiro]] no termo de Paranaguá e em caso positivo os enviar em segurança para a praça de Santos; IV) tomar conhecimento com o capitão-mor da vila de [[Laguna]], [[Francisco de Brito Peixoto]], o que se tem feito sobre a povoação do [[Rio Grande de São Pedro]], bem como da situação dos descobrimentos de ouro na região e a amizade com os índios [[minuanos]]; V) saber se os capitães-mores das vilas da comarca tem exercido os seus triênios e no caso de terem completado o tempo no cargo os suspender e retirar a residência necessária, repassando para o governador e capitão-general da capitania de São Paulo o que achar das ditas residências <ref>Documentos interessantes para a história e costumes de São Paulo. v. 13, Bandos e portarias de Rodrigo Cesar de Menezes, 1835, p. 76-77</ref>. Chamamos atenção a grande especificidade do documento. <ref>PEGORARO, 2015, p. 37</ref><br />
<br />
Por mais que date de 1723, a ouvidoria de Paranaguá só veio a ser de fato instalada no último mês de 1725, com a chegada do primeiro Ouvidor, [[Antonio Álvares Lanhas Peixoto]]. Isto se deve, principalmente, porque Lanhas Peixoto não embarcava para o Estado do Brasil. Desde julho de 1724, o capitão-general da Capitania Régia De São Paulo [[Rodrigo Cesar de Menezes]] já indicava que estava esperando pelo ouvidor de Paranaguá. <ref>AHU. São Paulo – Mendes Gouveia, caixa. 3, doc. 388.</ref> <br />
<br />
Na primeira metade do século XVIII cinco ouvidores foram nomeados pela Coroa portuguesa ou pelo Estado do Brasil – [[Antonio Álvares Lanhas Peixoto]] (12-1725 a 06-1726); [[Antonio dos Santos Soares]] (1730-1734); [[Manuel dos Santos Lobato]] (1734-1738 (?); [[Gaspar da Rocha Pereira]] (1743- 1744) e [[Manuel Tavares de Sequeira]] (1745-1748) <ref>PEGORARO, 2007, p.51</ref> <br />
<br />
Todos oficiais eram nascidos no Reino e, com base nas informações contidas em suas leituras de bacharel, vinham de famílias com certo prestígio, possuindo indicações de serem: “os principais do concelho”; viverem de Lei de Nobreza; “muito nobre”; além dos pais serem advogados, sargento-mor, capitães ou viverem de seus negócios. Suas trajetórias no interior da estrutura jurídico-administrativa conta com passagens como juízes de fora no Reino ou na América portuguesa antes de se tornarem ouvidores em Paranaguá. Porém, nenhum destes desponta para cargos ascendentes, como o de desembargador de Relação, por exemplo. <ref>PEGORARO, 2015</ref><br />
[[Manuel dos Santos Lobato]], [[Manuel Tavares de Siqueira]] e [[Gaspar da Rocha Pereira]] tornaram-se intendentes de Minas, os dois primeiros na própria região de Paranaguá e Rocha Pereira na região do [[Rio das Mortes]], na [[capitania de Minas Gerais]].<br />
<br />
Lanhas Peixoto se ausentou do cargo de ouvidor de Paranaguá seis meses depois de tomar posse, pois foi acompanhar Rodrigo Cesar de Meneses às minas de Cuiabá. Conforme o “Registro do Regimento que se fez para os oficias do [[Câmara|Senado]] da Câmara desta [[Vila]] ficar regendo estas minas na ausência do General”, presente no Documentos interessantes para a história e costumes de São Paulo, datado de 5 de junho de 1728, o 15º item faz alusão que Lanhas Peixoto ficou voluntariamente na vila de Cuiabá e desistiu formalmente do cargo de ouvidor em 1727 <ref>DIHCSP. v. 20, Correspondencia Interna do Governador [[Rodrigo Cesar de Menezes]] – 1721-1728, 1896, p. 279.</ref>, mesmo com a ordem de [[Rodrigo Cesar de Meneses]] para ele retornasse para a comarca de Paranaguá e advertido que não tinha jurisdição em Cuiabá.<br />
[[Antonio dos Santos Soares]], o ouvidor que o sucedeu, tomou posse em 1730 e permaneceu na localidade após o tempo na ouvidoria, casando-se com [[Joana Rodrigues França]]. Joana Rodrigues França era filha de [[João Rodrigues França]], último [[capitão-mor]] da antiga capitania de Paranaguá, sendo que as núpcias com o ouvidor régio foi o terceiro casamento de Joana. Em primeiras núpcias [[Joana Rodrigues de França]] havia se casado com o capitão [[Manoel Gonçalves da Cruz]], com quem teve uma filha, [[Antonia da Cruz França]]. Após o falecimento do capitão [[Manoel Gonçalves da Cruz]], adquiriu segundas núpcias com o também capitão [[Manoel Mendes Pereira]], que poucos anos após o casamente também morre <ref>CHAGAS, 2012</ref>. [[Antonio dos Santos Soares]] se inseriu em uma das mais proeminentes famílias da localidade, principalmente no que se refere a posse de terras. Segundo [[Ermelino de Leão]], o ex-ouvidor, com seu casamento, passou a possuir “vastas e povoadas fazendas pastoris nos Campos gerais e numerosas escravaturas”, sendo o responsável pela administração das mesmas. <ref>LEÃO, 1994, p.115-116</ref>.<br />
[[Manuel dos Santos Lobato]] foi o terceiro ouvidor e também se casou em Paranaguá, aliás, com a enteada de Santos Soares (antigo ouvidor) e filha de [[Joana Rodrigues França]], [[Antônia da Cruz França]]. Como informa Carlos Zatti, Antônia “herdou seis fazendas de gado nos campos de Curitiba e Gerais”. <br />
[[Manoel Tavares de Sequeira]], por sua vez, além de ouvidor fora nomeado para outras sete funções: I) provedor da fazenda dos defuntos e ausentes, capelas e resíduos; II) juiz dos feitos da Coroa e das Justificações; III) auditor da gente de guerra; IV) conservador dos familiares do Santo Ofício; V) juiz privativo de medições de terras; VI) intendente da nova capitação e comutação dos reais quintos e VII) superintendente das terras minerais da vila e comarca de Paranaguá. Contudo, destacamos que o acúmulo de funções não era incomum para os oficias régios, uma vez que seus antecessores também desempenharam algumas destas atribuições.<br />
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}}</div>Tiagogilhttp://lhs.unb.br/atlas/Ouvidoria_de_Paranagu%C3%A1Ouvidoria de Paranaguá2022-10-21T13:45:52Z<p>Tiagogil: </p>
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<div>{{Verbete|nome=Jonas|sobrenome=Pegoraro|verbete=<br />
A ouvidoria de [[Paranaguá]] foi criada em 1723, passando a capitania régia de [[São Paulo]] a ter naquele momento duas comarcas: a de São Paulo, criada em 1699 e a de Paranaguá. Inicialmente a nova ouvidoria possuía uma grande extensão, chegando inclusive a se estender até o extremo sul da América portuguesa. Porém, a atuação dos ouvidores régios se concentrava em seis vilas: [[Cananéia]], [[Iguape]], [[Paranaguá]], [[Curitiba]], [[São Francisco]] e [[Laguna]].<ref>(AHU. Conselho Ultramarino – 023, Cx 1, doc. 53).</ref> Além dessas, a vila de Desterro, criada em 1726, também ficou sob jurisdição de Paranaguá, mas por um breve período, uma vez que no ano de 1749 foi instalada nova ouvidoria na região – a de [[Santa Catarina]].<br />
<br />
O ofício de ouvidor era trienal, porém aqueles que desempenharam a função em [[Paranaguá]], na primeira metade do século XVIII, ou ficaram poucos meses no cargo ou permaneceram um período um pouco maior, em geral, 4 anos. Sua posição hierárquica dentro da estrutura jurídico-administrativa era de “segunda instância”, digamos assim, estando acima das câmaras municiais e sua principal esfera de atuação era a jurídica. Porém também desempenhavam funções no campo administrativo e político, sendo que suas atribuições estavam associadas às localidades nas quais estavam alocados, se valendo dos seus regimentos e das ordens régias transmitidas para atuarem de acordo com os anseios da Coroa.<br />
<br />
Do regimento levado pelo primeiro ouvidor de Paranaguá ele, dentre outras atribuições, deveria: I) demarcar as terras onde existissem sesmarias, para que se mantivessem nos limites dados pela monarquia lusa; II) reportar prontamente à [[Rodrigo César de Meneses]], governador e capitão-general da [[capitania de São Paulo]], de qualquer particular que se oferecer e importar ao serviço régio; III) investigar se existiam soldados fugidos da praça de Santos, da [[Colônia de Sacramento]] ou do [[Rio de Janeiro]] no termo de Paranaguá e em caso positivo os enviar em segurança para a praça de Santos; IV) tomar conhecimento com o capitão-mor da vila de [[Laguna]], [[Francisco de Brito Peixoto]], o que se tem feito sobre a povoação do [[Rio Grande de São Pedro]], bem como da situação dos descobrimentos de ouro na região e a amizade com os índios [[minuanos]]; V) saber se os capitães-mores das vilas da comarca tem exercido os seus triênios e no caso de terem completado o tempo no cargo os suspender e retirar a residência necessária, repassando para o governador e capitão-general da capitania de São Paulo o que achar das ditas residências <ref>Documentos interessantes para a história e costumes de São Paulo. v. 13, Bandos e portarias de Rodrigo Cesar de Menezes, 1835, p. 76-77</ref>. Chamamos atenção a grande especificidade do documento. <ref>PEGORARO, 2015, p. 37</ref><br />
<br />
Por mais que date de 1723, a ouvidoria de Paranaguá só veio a ser de fato instalada no último mês de 1725, com a chegada do primeiro Ouvidor, [[Antonio Álvares Lanhas Peixoto]]. Isto se deve, principalmente, porque Lanhas Peixoto não embarcava para o Estado do Brasil. Desde julho de 1724, o capitão-general da Capitania Régia De São Paulo [[Rodrigo Cesar de Menezes]] já indicava que estava esperando pelo ouvidor de Paranaguá. <ref>AHU. São Paulo – Mendes Gouveia, caixa. 3, doc. 388.</ref> <br />
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Na primeira metade do século XVIII cinco ouvidores foram nomeados pela Coroa portuguesa ou pelo Estado do Brasil – [[Antonio Álvares Lanhas Peixoto]] (12-1725 a 06-1726); [[Antonio dos Santos Soares]] (1730-1734); [[Manuel dos Santos Lobato]] (1734-1738 (?); [[Gaspar da Rocha Pereira]] (1743- 1744) e [[Manuel Tavares de Sequeira]] (1745-1748) <ref>PEGORARO, 2007, p.51</ref> <br />
<br />
Todos oficiais eram nascidos no Reino e, com base nas informações contidas em suas leituras de bacharel, vinham de famílias com certo prestígio, possuindo indicações de serem: “os principais do concelho”; viverem de Lei de Nobreza; “muito nobre”; além dos pais serem advogados, sargento-mor, capitães ou viverem de seus negócios. Suas trajetórias no interior da estrutura jurídico-administrativa conta com passagens como juízes de fora no Reino ou na América portuguesa antes de se tornarem ouvidores em Paranaguá. Porém, nenhum destes desponta para cargos ascendentes, como o de desembargador de Relação, por exemplo. <ref>PEGORARO, 2015</ref><br />
[[Manuel dos Santos Lobato]], [[Manuel Tavares de Siqueira]] e [[Gaspar da Rocha Pereira]] tornaram-se intendentes de Minas, os dois primeiros na própria região de Paranaguá e Rocha Pereira na região do [[Rio das Mortes]], na [[capitania de Minas Gerais]].<br />
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Lanhas Peixoto se ausentou do cargo de ouvidor de Paranaguá seis meses depois de tomar posse, pois foi acompanhar Rodrigo Cesar de Meneses às minas de Cuiabá. Conforme o “Registro do Regimento que se fez para os oficias do Senado da Câmara desta Vila ficar regendo estas minas na ausência do General”, presente no Documentos interessantes para a história e costumes de São Paulo, datado de 5 de junho de 1728, o 15º item faz alusão que Lanhas Peixoto ficou voluntariamente na vila de Cuiabá e desistiu formalmente do cargo de ouvidor em 1727 <ref>DIHCSP. v. 20, Correspondencia Interna do Governador Rodrigo Cesar de Menezes – 1721-1728, 1896, p. 279.</ref>, mesmo com a ordem de Rodrigo Cesar de Meneses para ele retornasse para a comarca de Paranaguá e advertido que não tinha jurisdição em Cuiabá.<br />
Antonio dos Santos Soares, o ouvidor que o sucedeu, tomou posse em 1730 e permaneceu na localidade após o tempo na ouvidoria, casando-se com Joana Rodrigues França. Joana Rodrigues França era filha de João Rodrigues França, último capitão-mor da antiga capitania de Paranaguá, sendo que as núpcias com o ouvidor régio foi o terceiro casamento de Joana. Em primeiras núpcias Joana Rodrigues de França havia se casado com o capitão Manoel Gonçalves da Cruz, com quem teve uma filha, Antonia da Cruz França. Após o falecimento do capitão Manoel Gonçalves da Cruz, adquiriu segundas núpcias com o também capitão Manoel Mendes Pereira, que poucos anos após o casamente também morre <ref>CHAGAS, 2012</ref>. Antonio dos Santos Soares se inseriu em uma das mais proeminentes famílias da localidade, principalmente no que se refere a posse de terras. Segundo Ermelino de Leão, o ex-ouvidor, com seu casamento, passou a possuir “vastas e povoadas fazendas pastoris nos Campos gerais e numerosas escravaturas”, sendo o responsável pela administração das mesmas. <ref>LEÃO, 1994, p.115-116</ref>.<br />
Manuel dos Santos Lobato foi o terceiro ouvidor e também se casou em Paranaguá, aliás, com a enteada de Santos Soares (antigo ouvidor) e filha de Joana Rodrigues França, Antônia da Cruz França. Como informa Carlos Zatti, Antônia “herdou seis fazendas de gado nos campos de Curitiba e Gerais”. <br />
Manoel Tavares de Sequeira, por sua vez, além de ouvidor fora nomeado para outras sete funções: I) provedor da fazenda dos defuntos e ausentes, capelas e resíduos; II) juiz dos feitos da Coroa e das Justificações; III) auditor da gente de guerra; IV) conservador dos familiares do Santo Ofício; V) juiz privativo de medições de terras; VI) intendente da nova capitação e comutação dos reais quintos e VII) superintendente das terras minerais da vila e comarca de Paranaguá. Contudo, destacamos que o acúmulo de funções não era incomum para os oficias régios, uma vez que seus antecessores também desempenharam algumas destas atribuições.<br />
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<div>{{Verbete|nome=Jonas|sobrenome=Pegoraro|verbete=<br />
A ouvidoria de [[Paranaguá]] foi criada em 1723, passando a capitania régia de [[São Paulo]] a ter naquele momento duas comarcas: a de São Paulo, criada em 1699 e a de Paranaguá. Inicialmente a nova ouvidoria possuía uma grande extensão, chegando inclusive a se estender até o extremo sul da América portuguesa. Porém, a atuação dos ouvidores régios se concentrava em seis vilas: [[Cananéia]], [[Iguape]], [[Paranaguá]], [[Curitiba]], [[São Francisco]] e [[Laguna]].<ref>(AHU. Conselho Ultramarino – 023, Cx 1, doc. 53).</ref> Além dessas, a vila de Desterro, criada em 1726, também ficou sob jurisdição de Paranaguá, mas por um breve período, uma vez que no ano de 1749 foi instalada nova ouvidoria na região – a de [[Santa Catarina]].<br />
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O ofício de ouvidor era trienal, porém aqueles que desempenharam a função em [[Paranaguá]], na primeira metade do século XVIII, ou ficaram poucos meses no cargo ou permaneceram um período um pouco maior, em geral, 4 anos. Sua posição hierárquica dentro da estrutura jurídico-administrativa era de “segunda instância”, digamos assim, estando acima das câmaras municiais e sua principal esfera de atuação era a jurídica. Porém também desempenhavam funções no campo administrativo e político, sendo que suas atribuições estavam associadas às localidades nas quais estavam alocados, se valendo dos seus regimentos e das ordens régias transmitidas para atuarem de acordo com os anseios da Coroa.<br />
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Do regimento levado pelo primeiro ouvidor de Paranaguá ele, dentre outras atribuições, deveria: I) demarcar as terras onde existissem sesmarias, para que se mantivessem nos limites dados pela monarquia lusa; II) reportar prontamente à [[Rodrigo César de Meneses]], governador e capitão-general da [[capitania de São Paulo]], de qualquer particular que se oferecer e importar ao serviço régio; III) investigar se existiam soldados fugidos da praça de Santos, da [[Colônia de Sacramento]] ou do [[Rio de Janeiro]] no termo de Paranaguá e em caso positivo os enviar em segurança para a praça de Santos; IV) tomar conhecimento com o capitão-mor da vila de [[Laguna]], [[Francisco de Brito Peixoto]], o que se tem feito sobre a povoação do [[Rio Grande de São Pedro]], bem como da situação dos descobrimentos de ouro na região e a amizade com os índios [[minuanos]]; V) saber se os capitães-mores das vilas da comarca tem exercido os seus triênios e no caso de terem completado o tempo no cargo os suspender e retirar a residência necessária, repassando para o governador e capitão-general da capitania de São Paulo o que achar das ditas residências <ref>Documentos interessantes para a história e costumes de São Paulo. v. 13, Bandos e portarias de Rodrigo Cesar de Menezes, 1835, p. 76-77</ref>. Chamamos atenção a grande especificidade do documento. <ref>PEGORARO, 2015, p. 37</ref><br />
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Por mais que date de 1723, a ouvidoria de Paranaguá só veio a ser de fato instalada no último mês de 1725, com a chegada do primeiro Ouvidor, [[Antonio Álvares Lanhas Peixoto]]. Isto se deve, principalmente, porque Lanhas Peixoto não embarcava para o Estado do Brasil. Desde julho de 1724, o capitão-general da Capitania Régia De São Paulo [[Rodrigo Cesar de Menezes]] já indicava que estava esperando pelo ouvidor de Paranaguá. <ref>AHU. São Paulo – Mendes Gouveia, caixa. 3, doc. 388.</ref> <br />
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Na primeira metade do século XVIII cinco ouvidores foram nomeados pela Coroa portuguesa ou pelo Estado do Brasil – [[Antonio Álvares Lanhas Peixoto]] (12-1725 a 06-1726); [[Antonio dos Santos Soares]] (1730-1734); [[Manuel dos Santos Lobato]] (1734-1738 (?); [[Gaspar da Rocha Pereira]] (1743- 1744) e [[Manuel Tavares de Sequeira]] (1745-1748) <ref>PEGORARO, 2007, p.51</ref> <br />
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Todos oficiais eram nascidos no Reino e, com base nas informações contidas em suas leituras de bacharel, vinham de famílias com certo prestígio, possuindo indicações de serem: “os principais do concelho”; viverem de Lei de Nobreza; “muito nobre”; além dos pais serem advogados, sargento-mor, capitães ou viverem de seus negócios. Suas trajetórias no interior da estrutura jurídico-administrativa conta com passagens como juízes de fora no Reino ou na América portuguesa antes de se tornarem ouvidores em Paranaguá. Porém, nenhum destes desponta para cargos ascendentes, como o de desembargador de Relação, por exemplo. <ref>PEGORARO, 2015</ref><br />
[[Manuel dos Santos Lobato]], [[Manuel Tavares de Siqueira]] e [[Gaspar da Rocha Pereira]] tornaram-se intendentes de Minas, os dois primeiros na própria região de Paranaguá e Rocha Pereira na região do [[Rio das Mortes], na [[capitania de Minas Gerais]].<br />
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<div>{{Verbete|nome=Jonas|sobrenome=Pegoraro|verbete=<br />
A ouvidoria de [[Paranaguá]] foi criada em 1723, passando a capitania régia de [[São Paulo]] a ter naquele momento duas comarcas: a de São Paulo, criada em 1699 e a de Paranaguá. Inicialmente a nova ouvidoria possuía uma grande extensão, chegando inclusive a se estender até o extremo sul da América portuguesa. Porém, a atuação dos ouvidores régios se concentrava em seis vilas: [[Cananéia]], [[Iguape]], [[Paranaguá]], [[Curitiba]], [[São Francisco]] e [[Laguna]].<ref>(AHU. Conselho Ultramarino – 023, Cx 1, doc. 53).</ref> Além dessas, a vila de Desterro, criada em 1726, também ficou sob jurisdição de Paranaguá, mas por um breve período, uma vez que no ano de 1749 foi instalada nova ouvidoria na região – a de [[Santa Catarina]].<br />
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O ofício de ouvidor era trienal, porém aqueles que desempenharam a função em [[Paranaguá]], na primeira metade do século XVIII, ou ficaram poucos meses no cargo ou permaneceram um período um pouco maior, em geral, 4 anos. Sua posição hierárquica dentro da estrutura jurídico-administrativa era de “segunda instância”, digamos assim, estando acima das câmaras municiais e sua principal esfera de atuação era a jurídica. Porém também desempenhavam funções no campo administrativo e político, sendo que suas atribuições estavam associadas às localidades nas quais estavam alocados, se valendo dos seus regimentos e das ordens régias transmitidas para atuarem de acordo com os anseios da Coroa.<br />
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Do regimento levado pelo primeiro ouvidor de Paranaguá ele, dentre outras atribuições, deveria: I) demarcar as terras onde existissem sesmarias, para que se mantivessem nos limites dados pela monarquia lusa; II) reportar prontamente à [[Rodrigo César de Meneses]], governador e capitão-general da [[capitania de São Paulo]], de qualquer particular que se oferecer e importar ao serviço régio; III) investigar se existiam soldados fugidos da praça de Santos, da [[Colônia de Sacramento]] ou do [[Rio de Janeiro]] no termo de Paranaguá e em caso positivo os enviar em segurança para a praça de Santos; IV) tomar conhecimento com o capitão-mor da vila de [[Laguna]], [[Francisco de Brito Peixoto]], o que se tem feito sobre a povoação do [[Rio Grande de São Pedro]], bem como da situação dos descobrimentos de ouro na região e a amizade com os índios [[minuanos]]; V) saber se os capitães-mores das vilas da comarca tem exercido os seus triênios e no caso de terem completado o tempo no cargo os suspender e retirar a residência necessária, repassando para o governador e capitão-general da capitania de São Paulo o que achar das ditas residências <ref>Documentos interessantes para a história e costumes de São Paulo. v. 13, Bandos e portarias de Rodrigo Cesar de Menezes, 1835, p. 76-77</ref>. Chamamos atenção a grande especificidade do documento. <ref>PEGORARO, 2015, p. 37</ref><br />
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Por mais que date de 1723, a ouvidoria de Paranaguá só veio a ser de fato instalada no último mês de 1725, com a chegada do primeiro Ouvidor, [[Antonio Álvares Lanhas Peixoto]]. Isto se deve, principalmente, porque Lanhas Peixoto não embarcava para o Estado do Brasil. Desde julho de 1724, o capitão-general da Capitania Régia De São Paulo [[Rodrigo Cesar de Menezes]] já indicava que estava esperando pelo ouvidor de Paranaguá. <ref>AHU. São Paulo – Mendes Gouveia, caixa. 3, doc. 388.</ref> <br />
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A ouvidoria de [[Paranaguá]] foi criada em 1723, passando a capitania régia de [[São Paulo]] a ter naquele momento duas comarcas: a de São Paulo, criada em 1699 e a de Paranaguá. Inicialmente a nova ouvidoria possuía uma grande extensão, chegando inclusive a se estender até o extremo sul da América portuguesa. Porém, a atuação dos ouvidores régios se concentrava em seis vilas: [[Cananéia]], [[Iguape]], [[Paranaguá]], [[Curitiba]], [[São Francisco]] e [[Laguna]].<ref>(AHU. Conselho Ultramarino – 023, Cx 1, doc. 53).</ref> Além dessas, a vila de Desterro, criada em 1726, também ficou sob jurisdição de Paranaguá, mas por um breve período, uma vez que no ano de 1749 foi instalada nova ouvidoria na região – a de [[Santa Catarina]].<br />
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O ofício de ouvidor era trienal, porém aqueles que desempenharam a função em [[Paranaguá]], na primeira metade do século XVIII, ou ficaram poucos meses no cargo ou permaneceram um período um pouco maior, em geral, 4 anos. Sua posição hierárquica dentro da estrutura jurídico-administrativa era de “segunda instância”, digamos assim, estando acima das câmaras municiais e sua principal esfera de atuação era a jurídica. Porém também desempenhavam funções no campo administrativo e político, sendo que suas atribuições estavam associadas às localidades nas quais estavam alocados, se valendo dos seus regimentos e das ordens régias transmitidas para atuarem de acordo com os anseios da Coroa.<br />
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Do regimento levado pelo primeiro ouvidor de Paranaguá ele, dentre outras atribuições, deveria: I) demarcar as terras onde existissem sesmarias, para que se mantivessem nos limites dados pela monarquia lusa; II) reportar prontamente à [[Rodrigo César de Meneses]], governador e capitão-general da [[capitania de São Paulo]], de qualquer particular que se oferecer e importar ao serviço régio; III) investigar se existiam soldados fugidos da praça de Santos, da [[Colônia de Sacramento]] ou do [[Rio de Janeiro]] no termo de Paranaguá e em caso positivo os enviar em segurança para a praça de Santos; IV) tomar conhecimento com o capitão-mor da vila de [[Laguna]], [[Francisco de Brito Peixoto]], o que se tem feito sobre a povoação do [[Rio Grande de São Pedro]], bem como da situação dos descobrimentos de ouro na região e a amizade com os índios [[minuanos]]; V) saber se os capitães-mores das vilas da comarca tem exercido os seus triênios e no caso de terem completado o tempo no cargo os suspender e retirar a residência necessária, repassando para o governador e capitão-general da capitania de São Paulo o que achar das ditas residências <ref>Documentos interessantes para a história e costumes de São Paulo. v. 13, Bandos e portarias de Rodrigo Cesar de Menezes, 1835, p. 76-77</ref>. Chamamos atenção a grande especificidade do documento. <ref>PEGORARO, 2015, p. 37</ref><br />
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A ouvidoria de [[Paranaguá]] foi criada em 1723, passando a capitania régia de [[São Paulo]] a ter naquele momento duas comarcas: a de São Paulo, criada em 1699 e a de Paranaguá. Inicialmente a nova ouvidoria possuía uma grande extensão, chegando inclusive a se estender até o extremo sul da América portuguesa. Porém, a atuação dos ouvidores régios se concentrava em seis vilas: [[Cananéia]], [[Iguape]], [[Paranaguá]], [[Curitiba]], [[São Francisco]] e [[Laguna]].<ref>(AHU. Conselho Ultramarino – 023, Cx 1, doc. 53).</ref> Além dessas, a vila de Desterro, criada em 1726, também ficou sob jurisdição de Paranaguá, mas por um breve período, uma vez que no ano de 1749 foi instalada nova ouvidoria na região – a de [[Santa Catarina]].<br />
O ofício de ouvidor era trienal, porém aqueles que desempenharam a função em [[Paranaguá]], na primeira metade do século XVIII, ou ficaram poucos meses no cargo ou permaneceram um período um pouco maior, em geral, 4 anos. Sua posição hierárquica dentro da estrutura jurídico-administrativa era de “segunda instância”, digamos assim, estando acima das câmaras municiais e sua principal esfera de atuação era a jurídica. Porém também desempenhavam funções no campo administrativo e político, sendo que suas atribuições estavam associadas às localidades nas quais estavam alocados, se valendo dos seus regimentos e das ordens régias transmitidas para atuarem de acordo com os anseios da Coroa.<br />
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A ouvidoria de [[Paranaguá]] foi criada em 1723, passando a capitania régia de [[São Paulo]] a ter naquele momento duas comarcas: a de São Paulo, criada em 1699 e a de Paranaguá. Inicialmente a nova ouvidoria possuía uma grande extensão, chegando inclusive a se estender até o extremo sul da América portuguesa. Porém, a atuação dos ouvidores régios se concentrava em seis vilas: [[Cananéia]], [[Iguape]], [[Paranaguá]], [[Curitiba]], [[São Francisco]] e [[Laguna]].<ref>(AHU. Conselho Ultramarino – 023, Cx 1, doc. 53).</ref> Além dessas, a vila de Desterro, criada em 1726, também ficou sob jurisdição de Paranaguá, mas por um breve período, uma vez que no ano de 1749 foi instalada nova ouvidoria na região – a de [[Santa Catarina]].<br />
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A ouvidoria de [[Paranaguá]] foi criada em 1723, passando a capitania régia de [[São Paulo]] a ter naquele momento duas comarcas: a de São Paulo, criada em 1699 e a de Paranaguá. Inicialmente a nova ouvidoria possuía uma grande extensão, chegando inclusive a se estender até o extremo sul da América portuguesa. Porém, a atuação dos ouvidores régios se concentrava em seis vilas: [[Cananéia]], [[Iguape]], [[Paranaguá]], [[Curitiba]], [[São Francisco]] e [[Laguna]].<ref>(AHU. Conselho Ultramarino – 023, Cx 1, doc. 53).</ref> Além dessas, a vila de Desterro, criada em 1726, também ficou sob jurisdição de Paranaguá, mas por um breve período, uma vez que no ano de 1749 foi instalada nova ouvidoria na região – a de [[Santa Catarina]].<br />
Na primeira metade do século XVIII cinco ouvidores foram nomeados pela Coroa portuguesa ou pelo Estado do Brasil – [[Antonio Álvares Lanhas Peixoto]] (12-1725 a 06-1726); [[Antonio dos Santos Soares]] (1730-1734); [[Manuel dos Santos Lobato]] (1734-1738 (?); [[Gaspar da Rocha Pereira]] (1743- 1744) e [[Manuel Tavares de Sequeira]] (1745-1748) <ref>PEGORARO, 2007, p.51</ref> <br />
Todos oficiais eram nascidos no Reino e, com base nas informações contidas em suas leituras de bacharel, vinham de famílias com certo prestígio, possuindo indicações de serem: “os principais do concelho”; viverem de Lei de Nobreza; “muito nobre”; além dos pais serem advogados, sargento-mor, capitães ou viverem de seus negócios. Suas trajetórias no interior da estrutura jurídico-administrativa conta com passagens como juízes de fora no Reino ou na América portuguesa antes de se tornarem ouvidores em Paranaguá. Porém, nenhum destes desponta para cargos ascendentes, como o de desembargador de Relação, por exemplo. <ref>PEGORARO, 2015</ref><br />
[[Manuel dos Santos Lobato]], [[Manuel Tavares de Siqueira]] e [[Gaspar da Rocha Pereira]] tornaram-se intendentes de Minas, os dois primeiros na própria região de Paranaguá e Rocha Pereira na região do [[Rio das Mortes], na [[capitania de Minas Gerais]].<br />
Lanhas Peixoto se ausentou do cargo de ouvidor de Paranaguá seis meses depois de tomar posse, pois foi acompanhar Rodrigo Cesar de Meneses às minas de Cuiabá. Conforme o “Registro do Regimento que se fez para os oficias do Senado da Câmara desta Vila ficar regendo estas minas na ausência do General”, presente no Documentos interessantes para a história e costumes de São Paulo, datado de 5 de junho de 1728, o 15º item faz alusão que Lanhas Peixoto ficou voluntariamente na vila de Cuiabá e desistiu formalmente do cargo de ouvidor em 1727 <ref>DIHCSP. v. 20, Correspondencia Interna do Governador Rodrigo Cesar de Menezes – 1721-1728, 1896, p. 279.</ref>, mesmo com a ordem de Rodrigo Cesar de Meneses para ele retornasse para a comarca de Paranaguá e advertido que não tinha jurisdição em Cuiabá.<br />
Antonio dos Santos Soares, o ouvidor que o sucedeu, tomou posse em 1730 e permaneceu na localidade após o tempo na ouvidoria, casando-se com Joana Rodrigues França. Joana Rodrigues França era filha de João Rodrigues França, último capitão-mor da antiga capitania de Paranaguá, sendo que as núpcias com o ouvidor régio foi o terceiro casamento de Joana. Em primeiras núpcias Joana Rodrigues de França havia se casado com o capitão Manoel Gonçalves da Cruz, com quem teve uma filha, Antonia da Cruz França. Após o falecimento do capitão Manoel Gonçalves da Cruz, adquiriu segundas núpcias com o também capitão Manoel Mendes Pereira, que poucos anos após o casamente também morre <ref>CHAGAS, 2012</ref>. Antonio dos Santos Soares se inseriu em uma das mais proeminentes famílias da localidade, principalmente no que se refere a posse de terras. Segundo Ermelino de Leão, o ex-ouvidor, com seu casamento, passou a possuir “vastas e povoadas fazendas pastoris nos Campos gerais e numerosas escravaturas”, sendo o responsável pela administração das mesmas. <ref>LEÃO, 1994, p.115-116</ref>.<br />
Manuel dos Santos Lobato foi o terceiro ouvidor e também se casou em Paranaguá, aliás, com a enteada de Santos Soares (antigo ouvidor) e filha de Joana Rodrigues França, Antônia da Cruz França. Como informa Carlos Zatti, Antônia “herdou seis fazendas de gado nos campos de Curitiba e Gerais”. <br />
Manoel Tavares de Sequeira, por sua vez, além de ouvidor fora nomeado para outras sete funções: I) provedor da fazenda dos defuntos e ausentes, capelas e resíduos; II) juiz dos feitos da Coroa e das Justificações; III) auditor da gente de guerra; IV) conservador dos familiares do Santo Ofício; V) juiz privativo de medições de terras; VI) intendente da nova capitação e comutação dos reais quintos e VII) superintendente das terras minerais da vila e comarca de Paranaguá. Contudo, destacamos que o acúmulo de funções não era incomum para os oficias régios, uma vez que seus antecessores também desempenharam algumas destas atribuições.<br />
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<div>{{Verbete|nome=Jonas|sobrenome=Pegoraro|verbete=<br />
A ouvidoria de [[Paranaguá]] foi criada em 1723, passando a capitania régia de [[São Paulo]] a ter naquele momento duas comarcas: a de São Paulo, criada em 1699 e a de Paranaguá. Inicialmente a nova ouvidoria possuía uma grande extensão, chegando inclusive a se estender até o extremo sul da América portuguesa. Porém, a atuação dos ouvidores régios se concentrava em seis vilas: [[Cananéia]], [[Iguape]], [[Paranaguá]], [[Curitiba]], [[São Francisco]] e [[Laguna]].<ref>(AHU. Conselho Ultramarino – 023, Cx 1, doc. 53).</ref> Além dessas, a vila de Desterro, criada em 1726, também ficou sob jurisdição de Paranaguá, mas por um breve período, uma vez que no ano de 1749 foi instalada nova ouvidoria na região – a de [[Santa Catarina]].<br />
<br />
O ofício de ouvidor era trienal, porém aqueles que desempenharam a função em [[Paranaguá], na primeira metade do século XVIII, ou ficaram poucos meses no cargo ou permaneceram um período um pouco maior, em geral, 4 anos. Sua posição hierárquica dentro da estrutura jurídico-administrativa era de “segunda instância”, digamos assim, estando acima das câmaras municiais e sua principal esfera de atuação era a jurídica. Porém também desempenhavam funções no campo administrativo e político, sendo que suas atribuições estavam associadas às localidades nas quais estavam alocados, se valendo dos seus regimentos e das ordens régias transmitidas para atuarem de acordo com os anseios da Coroa.<br />
Do regimento levado pelo primeiro ouvidor de Paranaguá ele, dentre outras atribuições, deveria: I) demarcar as terras onde existissem sesmarias, para que se mantivessem nos limites dados pela monarquia lusa; II) reportar prontamente à [[Rodrigo César de Meneses]], governador e capitão-general da [[capitania de São Paulo]], de qualquer particular que se oferecer e importar ao serviço régio; III) investigar se existiam soldados fugidos da praça de Santos, da [[Colônia de Sacramento]] ou do [[Rio de Janeiro]] no termo de Paranaguá e em caso positivo os enviar em segurança para a praça de Santos; IV) tomar conhecimento com o capitão-mor da vila de [[Laguna]], [[Francisco de Brito Peixoto]], o que se tem feito sobre a povoação do [[Rio Grande de São Pedro]], bem como da situação dos descobrimentos de ouro na região e a amizade com os índios [[minuanos]]; V) saber se os capitães-mores das vilas da comarca tem exercido os seus triênios e no caso de terem completado o tempo no cargo os suspender e retirar a residência necessária, repassando para o governador e capitão-general da capitania de São Paulo o que achar das ditas residências <ref>Documentos interessantes para a história e costumes de São Paulo. v. 13, Bandos e portarias de Rodrigo Cesar de Menezes, 1835, p. 76-77</ref>. Chamamos atenção a grande especificidade do documento. <ref>PEGORARO, 2015, p. 37</ref><br />
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}}</div>Tiagogilhttp://lhs.unb.br/atlas/Ouvidoria_de_Paranagu%C3%A1Ouvidoria de Paranaguá2022-10-21T13:41:17Z<p>Tiagogil: </p>
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<div>{{Verbete|nome=Jonas|sobrenome=Pegoraro|verbete=<br />
A ouvidoria de [[Paranaguá]] foi criada em 1723, passando a capitania régia de [[São Paulo]] a ter naquele momento duas comarcas: a de São Paulo, criada em 1699 e a de Paranaguá. Inicialmente a nova ouvidoria possuía uma grande extensão, chegando inclusive a se estender até o extremo sul da América portuguesa. Porém, a atuação dos ouvidores régios se concentrava em seis vilas: [[Cananéia]], [[Iguape]], [[Paranaguá]], [[Curitiba]], [[São Francisco]] e [[Laguna]].<ref>(AHU. Conselho Ultramarino – 023, Cx 1, doc. 53).</ref> Além dessas, a vila de Desterro, criada em 1726, também ficou sob jurisdição de Paranaguá, mas por um breve período, uma vez que no ano de 1749 foi instalada nova ouvidoria na região – a de [[Santa Catarina]]. }}</div>Tiagogilhttp://lhs.unb.br/atlas/Ouvidoria_de_Paranagu%C3%A1Ouvidoria de Paranaguá2022-10-21T13:40:24Z<p>Tiagogil: </p>
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<div>{{Verbete|nome=Jonas|sobrenome=Pegoraro|verbete=A ouvidoria de [[Paranaguá]] foi criada em 1723, passando a capitania régia de [[São Paulo]] a ter naquele momento duas comarcas: a de São Paulo, criada em 1699 e a de Paranaguá. Inicialmente a nova ouvidoria possuía uma grande extensão, chegando inclusive a se estender até o extremo sul da América portuguesa. Porém, a atuação dos ouvidores régios se concentrava em seis vilas: [[Cananéia]], [[Iguape]], [[Paranaguá]], [[Curitiba]], [[São Francisco]] e [[Laguna]].<ref>(AHU. Conselho Ultramarino – 023, Cx 1, doc. 53).</ref> Além dessas, a vila de Desterro, criada em 1726, também ficou sob jurisdição de Paranaguá, mas por um breve período, uma vez que no ano de 1749 foi instalada nova ouvidoria na região – a de [[Santa Catarina]]. <br />
O ofício de ouvidor era trienal, porém aqueles que desempenharam a função em [[Paranaguá], na primeira metade do século XVIII, ou ficaram poucos meses no cargo ou permaneceram um período um pouco maior, em geral, 4 anos. Sua posição hierárquica dentro da estrutura jurídico-administrativa era de “segunda instância”, digamos assim, estando acima das câmaras municiais e sua principal esfera de atuação era a jurídica. Porém também desempenhavam funções no campo administrativo e político, sendo que suas atribuições estavam associadas às localidades nas quais estavam alocados, se valendo dos seus regimentos e das ordens régias transmitidas para atuarem de acordo com os anseios da Coroa.<br />
Do regimento levado pelo primeiro ouvidor de Paranaguá ele, dentre outras atribuições, deveria: I) demarcar as terras onde existissem sesmarias, para que se mantivessem nos limites dados pela monarquia lusa; II) reportar prontamente à [[Rodrigo César de Meneses]], governador e capitão-general da [[capitania de São Paulo]], de qualquer particular que se oferecer e importar ao serviço régio; III) investigar se existiam soldados fugidos da praça de Santos, da [[Colônia de Sacramento]] ou do [[Rio de Janeiro]] no termo de Paranaguá e em caso positivo os enviar em segurança para a praça de Santos; IV) tomar conhecimento com o capitão-mor da vila de [[Laguna]], [[Francisco de Brito Peixoto]], o que se tem feito sobre a povoação do [[Rio Grande de São Pedro]], bem como da situação dos descobrimentos de ouro na região e a amizade com os índios [[minuanos]]; V) saber se os capitães-mores das vilas da comarca tem exercido os seus triênios e no caso de terem completado o tempo no cargo os suspender e retirar a residência necessária, repassando para o governador e capitão-general da capitania de São Paulo o que achar das ditas residências <ref>Documentos interessantes para a história e costumes de São Paulo. v. 13, Bandos e portarias de Rodrigo Cesar de Menezes, 1835, p. 76-77</ref>. Chamamos atenção a grande especificidade do documento. <ref>PEGORARO, 2015, p. 37</ref><br />
Por mais que date de 1723, a ouvidoria de Paranaguá só veio a ser de fato instalada no último mês de 1725, com a chegada do primeiro Ouvidor, [[Antonio Álvares Lanhas Peixoto]]. Isto se deve, principalmente, porque Lanhas Peixoto não embarcava para o Estado do Brasil. Desde julho de 1724, o capitão-general da Capitania Régia De São Paulo [[Rodrigo Cesar de Menezes]] já indicava que estava esperando pelo ouvidor de Paranaguá. <ref>AHU. São Paulo – Mendes Gouveia, caixa. 3, doc. 388.</ref> <br />
Na primeira metade do século XVIII cinco ouvidores foram nomeados pela Coroa portuguesa ou pelo Estado do Brasil – [[Antonio Álvares Lanhas Peixoto]] (12-1725 a 06-1726); [[Antonio dos Santos Soares]] (1730-1734); [[Manuel dos Santos Lobato]] (1734-1738 (?); [[Gaspar da Rocha Pereira]] (1743- 1744) e [[Manuel Tavares de Sequeira]] (1745-1748) <ref>PEGORARO, 2007, p.51</ref> <br />
Todos oficiais eram nascidos no Reino e, com base nas informações contidas em suas leituras de bacharel, vinham de famílias com certo prestígio, possuindo indicações de serem: “os principais do concelho”; viverem de Lei de Nobreza; “muito nobre”; além dos pais serem advogados, sargento-mor, capitães ou viverem de seus negócios. Suas trajetórias no interior da estrutura jurídico-administrativa conta com passagens como juízes de fora no Reino ou na América portuguesa antes de se tornarem ouvidores em Paranaguá. Porém, nenhum destes desponta para cargos ascendentes, como o de desembargador de Relação, por exemplo. <ref>PEGORARO, 2015</ref><br />
[[Manuel dos Santos Lobato]], [[Manuel Tavares de Siqueira]] e [[Gaspar da Rocha Pereira]] tornaram-se intendentes de Minas, os dois primeiros na própria região de Paranaguá e Rocha Pereira na região do [[Rio das Mortes], na [[capitania de Minas Gerais]]. }}<br />
Lanhas Peixoto se ausentou do cargo de ouvidor de Paranaguá seis meses depois de tomar posse, pois foi acompanhar Rodrigo Cesar de Meneses às minas de Cuiabá. Conforme o “Registro do Regimento que se fez para os oficias do Senado da Câmara desta Vila ficar regendo estas minas na ausência do General”, presente no Documentos interessantes para a história e costumes de São Paulo, datado de 5 de junho de 1728, o 15º item faz alusão que Lanhas Peixoto ficou voluntariamente na vila de Cuiabá e desistiu formalmente do cargo de ouvidor em 1727 <ref>DIHCSP. v. 20, Correspondencia Interna do Governador Rodrigo Cesar de Menezes – 1721-1728, 1896, p. 279.</ref>, mesmo com a ordem de Rodrigo Cesar de Meneses para ele retornasse para a comarca de Paranaguá e advertido que não tinha jurisdição em Cuiabá.<br />
Antonio dos Santos Soares, o ouvidor que o sucedeu, tomou posse em 1730 e permaneceu na localidade após o tempo na ouvidoria, casando-se com Joana Rodrigues França. Joana Rodrigues França era filha de João Rodrigues França, último capitão-mor da antiga capitania de Paranaguá, sendo que as núpcias com o ouvidor régio foi o terceiro casamento de Joana. Em primeiras núpcias Joana Rodrigues de França havia se casado com o capitão Manoel Gonçalves da Cruz, com quem teve uma filha, Antonia da Cruz França. Após o falecimento do capitão Manoel Gonçalves da Cruz, adquiriu segundas núpcias com o também capitão Manoel Mendes Pereira, que poucos anos após o casamente também morre <ref>CHAGAS, 2012</ref>. Antonio dos Santos Soares se inseriu em uma das mais proeminentes famílias da localidade, principalmente no que se refere a posse de terras. Segundo Ermelino de Leão, o ex-ouvidor, com seu casamento, passou a possuir “vastas e povoadas fazendas pastoris nos Campos gerais e numerosas escravaturas”, sendo o responsável pela administração das mesmas. <ref>LEÃO, 1994, p.115-116</ref>.<br />
Manuel dos Santos Lobato foi o terceiro ouvidor e também se casou em Paranaguá, aliás, com a enteada de Santos Soares (antigo ouvidor) e filha de Joana Rodrigues França, Antônia da Cruz França. Como informa Carlos Zatti, Antônia “herdou seis fazendas de gado nos campos de Curitiba e Gerais”. <br />
Manoel Tavares de Sequeira, por sua vez, além de ouvidor fora nomeado para outras sete funções: I) provedor da fazenda dos defuntos e ausentes, capelas e resíduos; II) juiz dos feitos da Coroa e das Justificações; III) auditor da gente de guerra; IV) conservador dos familiares do Santo Ofício; V) juiz privativo de medições de terras; VI) intendente da nova capitação e comutação dos reais quintos e VII) superintendente das terras minerais da vila e comarca de Paranaguá. Contudo, destacamos que o acúmulo de funções não era incomum para os oficias régios, uma vez que seus antecessores também desempenharam algumas destas atribuições.</div>Tiagogilhttp://lhs.unb.br/atlas/Ouvidoria_de_Paranagu%C3%A1Ouvidoria de Paranaguá2022-10-21T13:39:21Z<p>Tiagogil: </p>
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<div>{{Verbete|nome=Jonas|sobrenome=Pegoraro|verbete=A ouvidoria de [[Paranaguá]] foi criada em 1723, passando a capitania régia de [[São Paulo]] a ter naquele momento duas comarcas: a de São Paulo, criada em 1699 e a de Paranaguá. Inicialmente a nova ouvidoria possuía uma grande extensão, chegando inclusive a se estender até o extremo sul da América portuguesa. Porém, a atuação dos ouvidores régios se concentrava em seis vilas: [[Cananéia]], [[Iguape]], [[Paranaguá]], [[Curitiba]], [[São Francisco]] e [[Laguna]].<ref>(AHU. Conselho Ultramarino – 023, Cx 1, doc. 53).</ref> Além dessas, a vila de Desterro, criada em 1726, também ficou sob jurisdição de Paranaguá, mas por um breve período, uma vez que no ano de 1749 foi instalada nova ouvidoria na região – a de [[Santa Catarina]]. <br />
O ofício de ouvidor era trienal, porém aqueles que desempenharam a função em [[Paranaguá], na primeira metade do século XVIII, ou ficaram poucos meses no cargo ou permaneceram um período um pouco maior, em geral, 4 anos. Sua posição hierárquica dentro da estrutura jurídico-administrativa era de “segunda instância”, digamos assim, estando acima das câmaras municiais e sua principal esfera de atuação era a jurídica. Porém também desempenhavam funções no campo administrativo e político, sendo que suas atribuições estavam associadas às localidades nas quais estavam alocados, se valendo dos seus regimentos e das ordens régias transmitidas para atuarem de acordo com os anseios da Coroa.<br />
Do regimento levado pelo primeiro ouvidor de Paranaguá ele, dentre outras atribuições, deveria: I) demarcar as terras onde existissem sesmarias, para que se mantivessem nos limites dados pela monarquia lusa; II) reportar prontamente à [[Rodrigo César de Meneses]], governador e capitão-general da [[capitania de São Paulo]], de qualquer particular que se oferecer e importar ao serviço régio; III) investigar se existiam soldados fugidos da praça de Santos, da [[Colônia de Sacramento]] ou do [[Rio de Janeiro]] no termo de Paranaguá e em caso positivo os enviar em segurança para a praça de Santos; IV) tomar conhecimento com o capitão-mor da vila de [[Laguna]], [[Francisco de Brito Peixoto]], o que se tem feito sobre a povoação do [[Rio Grande de São Pedro]], bem como da situação dos descobrimentos de ouro na região e a amizade com os índios [[minuanos]]; V) saber se os capitães-mores das vilas da comarca tem exercido os seus triênios e no caso de terem completado o tempo no cargo os suspender e retirar a residência necessária, repassando para o governador e capitão-general da capitania de São Paulo o que achar das ditas residências <ref>Documentos interessantes para a história e costumes de São Paulo. v. 13, Bandos e portarias de Rodrigo Cesar de Menezes, 1835, p. 76-77</ref>. Chamamos atenção a grande especificidade do documento. <ref>PEGORARO, 2015, p. 37</ref><br />
Por mais que date de 1723, a ouvidoria de Paranaguá só veio a ser de fato instalada no último mês de 1725, com a chegada do primeiro Ouvidor, [[Antonio Álvares Lanhas Peixoto]]. Isto se deve, principalmente, porque Lanhas Peixoto não embarcava para o Estado do Brasil. Desde julho de 1724, o capitão-general da Capitania Régia De São Paulo [[Rodrigo Cesar de Menezes]] já indicava que estava esperando pelo ouvidor de Paranaguá. <ref>AHU. São Paulo – Mendes Gouveia, caixa. 3, doc. 388.</ref> <br />
Na primeira metade do século XVIII cinco ouvidores foram nomeados pela Coroa portuguesa ou pelo Estado do Brasil – [[Antonio Álvares Lanhas Peixoto]] (12-1725 a 06-1726); [[Antonio dos Santos Soares]] (1730-1734); [[Manuel dos Santos Lobato]] (1734-1738 (?); [[Gaspar da Rocha Pereira]] (1743- 1744) e [[Manuel Tavares de Sequeira]] (1745-1748) <ref>PEGORARO, 2007, p.51</ref> <br />
Todos oficiais eram nascidos no Reino e, com base nas informações contidas em suas leituras de bacharel, vinham de famílias com certo prestígio, possuindo indicações de serem: “os principais do concelho”; viverem de Lei de Nobreza; “muito nobre”; além dos pais serem advogados, sargento-mor, capitães ou viverem de seus negócios. Suas trajetórias no interior da estrutura jurídico-administrativa conta com passagens como juízes de fora no Reino ou na América portuguesa antes de se tornarem ouvidores em Paranaguá. Porém, nenhum destes desponta para cargos ascendentes, como o de desembargador de Relação, por exemplo. <ref>PEGORARO, 2015</ref><br />
[[Manuel dos Santos Lobato]], [[Manuel Tavares de Siqueira]] e [[Gaspar da Rocha Pereira]] tornaram-se intendentes de Minas, os dois primeiros na própria região de Paranaguá e Rocha Pereira na região do [[Rio das Mortes], na [[capitania de Minas Gerais]]. <br />
Lanhas Peixoto se ausentou do cargo de ouvidor de Paranaguá seis meses depois de tomar posse, pois foi acompanhar Rodrigo Cesar de Meneses às minas de Cuiabá. Conforme o “Registro do Regimento que se fez para os oficias do Senado da Câmara desta Vila ficar regendo estas minas na ausência do General”, presente no Documentos interessantes para a história e costumes de São Paulo, datado de 5 de junho de 1728, o 15º item faz alusão que Lanhas Peixoto ficou voluntariamente na vila de Cuiabá e desistiu formalmente do cargo de ouvidor em 1727 <ref>DIHCSP. v. 20, Correspondencia Interna do Governador Rodrigo Cesar de Menezes – 1721-1728, 1896, p. 279.</ref>, mesmo com a ordem de Rodrigo Cesar de Meneses para ele retornasse para a comarca de Paranaguá e advertido que não tinha jurisdição em Cuiabá.<br />
Antonio dos Santos Soares, o ouvidor que o sucedeu, tomou posse em 1730 e permaneceu na localidade após o tempo na ouvidoria, casando-se com Joana Rodrigues França. Joana Rodrigues França era filha de João Rodrigues França, último capitão-mor da antiga capitania de Paranaguá, sendo que as núpcias com o ouvidor régio foi o terceiro casamento de Joana. Em primeiras núpcias Joana Rodrigues de França havia se casado com o capitão Manoel Gonçalves da Cruz, com quem teve uma filha, Antonia da Cruz França. Após o falecimento do capitão Manoel Gonçalves da Cruz, adquiriu segundas núpcias com o também capitão Manoel Mendes Pereira, que poucos anos após o casamente também morre <ref>CHAGAS, 2012</ref>. Antonio dos Santos Soares se inseriu em uma das mais proeminentes famílias da localidade, principalmente no que se refere a posse de terras. Segundo Ermelino de Leão, o ex-ouvidor, com seu casamento, passou a possuir “vastas e povoadas fazendas pastoris nos Campos gerais e numerosas escravaturas”, sendo o responsável pela administração das mesmas. <ref>LEÃO, 1994, p.115-116</ref>.<br />
Manuel dos Santos Lobato foi o terceiro ouvidor e também se casou em Paranaguá, aliás, com a enteada de Santos Soares (antigo ouvidor) e filha de Joana Rodrigues França, Antônia da Cruz França. Como informa Carlos Zatti, Antônia “herdou seis fazendas de gado nos campos de Curitiba e Gerais”. <br />
Manoel Tavares de Sequeira, por sua vez, além de ouvidor fora nomeado para outras sete funções: I) provedor da fazenda dos defuntos e ausentes, capelas e resíduos; II) juiz dos feitos da Coroa e das Justificações; III) auditor da gente de guerra; IV) conservador dos familiares do Santo Ofício; V) juiz privativo de medições de terras; VI) intendente da nova capitação e comutação dos reais quintos e VII) superintendente das terras minerais da vila e comarca de Paranaguá. Contudo, destacamos que o acúmulo de funções não era incomum para os oficias régios, uma vez que seus antecessores também desempenharam algumas destas atribuições. }} }}</div>Tiagogilhttp://lhs.unb.br/atlas/Ouvidoria_de_Paranagu%C3%A1Ouvidoria de Paranaguá2022-10-21T13:38:48Z<p>Tiagogil: </p>
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A ouvidoria de [[Paranaguá]] foi criada em 1723, passando a capitania régia de [[São Paulo]] a ter naquele momento duas comarcas: a de São Paulo, criada em 1699 e a de Paranaguá. Inicialmente a nova ouvidoria possuía uma grande extensão, chegando inclusive a se estender até o extremo sul da América portuguesa. Porém, a atuação dos ouvidores régios se concentrava em seis vilas: [[Cananéia]], [[Iguape]], [[Paranaguá]], [[Curitiba]], [[São Francisco]] e [[Laguna]].<ref>(AHU. Conselho Ultramarino – 023, Cx 1, doc. 53).</ref> Além dessas, a vila de Desterro, criada em 1726, também ficou sob jurisdição de Paranaguá, mas por um breve período, uma vez que no ano de 1749 foi instalada nova ouvidoria na região – a de [[Santa Catarina]]. <br />
O ofício de ouvidor era trienal, porém aqueles que desempenharam a função em [[Paranaguá], na primeira metade do século XVIII, ou ficaram poucos meses no cargo ou permaneceram um período um pouco maior, em geral, 4 anos. Sua posição hierárquica dentro da estrutura jurídico-administrativa era de “segunda instância”, digamos assim, estando acima das câmaras municiais e sua principal esfera de atuação era a jurídica. Porém também desempenhavam funções no campo administrativo e político, sendo que suas atribuições estavam associadas às localidades nas quais estavam alocados, se valendo dos seus regimentos e das ordens régias transmitidas para atuarem de acordo com os anseios da Coroa.<br />
Do regimento levado pelo primeiro ouvidor de Paranaguá ele, dentre outras atribuições, deveria: I) demarcar as terras onde existissem sesmarias, para que se mantivessem nos limites dados pela monarquia lusa; II) reportar prontamente à [[Rodrigo César de Meneses]], governador e capitão-general da [[capitania de São Paulo]], de qualquer particular que se oferecer e importar ao serviço régio; III) investigar se existiam soldados fugidos da praça de Santos, da [[Colônia de Sacramento]] ou do [[Rio de Janeiro]] no termo de Paranaguá e em caso positivo os enviar em segurança para a praça de Santos; IV) tomar conhecimento com o capitão-mor da vila de [[Laguna]], [[Francisco de Brito Peixoto]], o que se tem feito sobre a povoação do [[Rio Grande de São Pedro]], bem como da situação dos descobrimentos de ouro na região e a amizade com os índios [[minuanos]]; V) saber se os capitães-mores das vilas da comarca tem exercido os seus triênios e no caso de terem completado o tempo no cargo os suspender e retirar a residência necessária, repassando para o governador e capitão-general da capitania de São Paulo o que achar das ditas residências <ref>Documentos interessantes para a história e costumes de São Paulo. v. 13, Bandos e portarias de Rodrigo Cesar de Menezes, 1835, p. 76-77</ref>. Chamamos atenção a grande especificidade do documento. <ref>PEGORARO, 2015, p. 37</ref><br />
Por mais que date de 1723, a ouvidoria de Paranaguá só veio a ser de fato instalada no último mês de 1725, com a chegada do primeiro Ouvidor, [[Antonio Álvares Lanhas Peixoto]]. Isto se deve, principalmente, porque Lanhas Peixoto não embarcava para o Estado do Brasil. Desde julho de 1724, o capitão-general da Capitania Régia De São Paulo [[Rodrigo Cesar de Menezes]] já indicava que estava esperando pelo ouvidor de Paranaguá. <ref>AHU. São Paulo – Mendes Gouveia, caixa. 3, doc. 388.</ref> <br />
Na primeira metade do século XVIII cinco ouvidores foram nomeados pela Coroa portuguesa ou pelo Estado do Brasil – [[Antonio Álvares Lanhas Peixoto]] (12-1725 a 06-1726); [[Antonio dos Santos Soares]] (1730-1734); [[Manuel dos Santos Lobato]] (1734-1738 (?); [[Gaspar da Rocha Pereira]] (1743- 1744) e [[Manuel Tavares de Sequeira]] (1745-1748) <ref>PEGORARO, 2007, p.51</ref> <br />
Todos oficiais eram nascidos no Reino e, com base nas informações contidas em suas leituras de bacharel, vinham de famílias com certo prestígio, possuindo indicações de serem: “os principais do concelho”; viverem de Lei de Nobreza; “muito nobre”; além dos pais serem advogados, sargento-mor, capitães ou viverem de seus negócios. Suas trajetórias no interior da estrutura jurídico-administrativa conta com passagens como juízes de fora no Reino ou na América portuguesa antes de se tornarem ouvidores em Paranaguá. Porém, nenhum destes desponta para cargos ascendentes, como o de desembargador de Relação, por exemplo. <ref>PEGORARO, 2015</ref><br />
[[Manuel dos Santos Lobato]], [[Manuel Tavares de Siqueira]] e [[Gaspar da Rocha Pereira]] tornaram-se intendentes de Minas, os dois primeiros na própria região de Paranaguá e Rocha Pereira na região do [[Rio das Mortes], na [[capitania de Minas Gerais]]. <br />
Lanhas Peixoto se ausentou do cargo de ouvidor de Paranaguá seis meses depois de tomar posse, pois foi acompanhar Rodrigo Cesar de Meneses às minas de Cuiabá. Conforme o “Registro do Regimento que se fez para os oficias do Senado da Câmara desta Vila ficar regendo estas minas na ausência do General”, presente no Documentos interessantes para a história e costumes de São Paulo, datado de 5 de junho de 1728, o 15º item faz alusão que Lanhas Peixoto ficou voluntariamente na vila de Cuiabá e desistiu formalmente do cargo de ouvidor em 1727 <ref>DIHCSP. v. 20, Correspondencia Interna do Governador Rodrigo Cesar de Menezes – 1721-1728, 1896, p. 279.</ref>, mesmo com a ordem de Rodrigo Cesar de Meneses para ele retornasse para a comarca de Paranaguá e advertido que não tinha jurisdição em Cuiabá.<br />
Antonio dos Santos Soares, o ouvidor que o sucedeu, tomou posse em 1730 e permaneceu na localidade após o tempo na ouvidoria, casando-se com Joana Rodrigues França. Joana Rodrigues França era filha de João Rodrigues França, último capitão-mor da antiga capitania de Paranaguá, sendo que as núpcias com o ouvidor régio foi o terceiro casamento de Joana. Em primeiras núpcias Joana Rodrigues de França havia se casado com o capitão Manoel Gonçalves da Cruz, com quem teve uma filha, Antonia da Cruz França. Após o falecimento do capitão Manoel Gonçalves da Cruz, adquiriu segundas núpcias com o também capitão Manoel Mendes Pereira, que poucos anos após o casamente também morre <ref>CHAGAS, 2012</ref>. Antonio dos Santos Soares se inseriu em uma das mais proeminentes famílias da localidade, principalmente no que se refere a posse de terras. Segundo Ermelino de Leão, o ex-ouvidor, com seu casamento, passou a possuir “vastas e povoadas fazendas pastoris nos Campos gerais e numerosas escravaturas”, sendo o responsável pela administração das mesmas. <ref>LEÃO, 1994, p.115-116</ref>.<br />
Manuel dos Santos Lobato foi o terceiro ouvidor e também se casou em Paranaguá, aliás, com a enteada de Santos Soares (antigo ouvidor) e filha de Joana Rodrigues França, Antônia da Cruz França. Como informa Carlos Zatti, Antônia “herdou seis fazendas de gado nos campos de Curitiba e Gerais”. <br />
Manoel Tavares de Sequeira, por sua vez, além de ouvidor fora nomeado para outras sete funções: I) provedor da fazenda dos defuntos e ausentes, capelas e resíduos; II) juiz dos feitos da Coroa e das Justificações; III) auditor da gente de guerra; IV) conservador dos familiares do Santo Ofício; V) juiz privativo de medições de terras; VI) intendente da nova capitação e comutação dos reais quintos e VII) superintendente das terras minerais da vila e comarca de Paranaguá. Contudo, destacamos que o acúmulo de funções não era incomum para os oficias régios, uma vez que seus antecessores também desempenharam algumas destas atribuições. }}</div>Tiagogilhttp://lhs.unb.br/atlas/Ouvidoria_de_Paranagu%C3%A1Ouvidoria de Paranaguá2022-10-21T13:38:16Z<p>Tiagogil: </p>
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A ouvidoria de [[Paranaguá]] foi criada em 1723, passando a capitania régia de [[São Paulo]] a ter naquele momento duas comarcas: a de São Paulo, criada em 1699 e a de Paranaguá. Inicialmente a nova ouvidoria possuía uma grande extensão, chegando inclusive a se estender até o extremo sul da América portuguesa. Porém, a atuação dos ouvidores régios se concentrava em seis vilas: [[Cananéia]], [[Iguape]], [[Paranaguá]], [[Curitiba]], [[São Francisco]] e [[Laguna]].<ref>(AHU. Conselho Ultramarino – 023, Cx 1, doc. 53).</ref> Além dessas, a vila de Desterro, criada em 1726, também ficou sob jurisdição de Paranaguá, mas por um breve período, uma vez que no ano de 1749 foi instalada nova ouvidoria na região – a de [[Santa Catarina]]. <br />
O ofício de ouvidor era trienal, porém aqueles que desempenharam a função em [[Paranaguá], na primeira metade do século XVIII, ou ficaram poucos meses no cargo ou permaneceram um período um pouco maior, em geral, 4 anos. Sua posição hierárquica dentro da estrutura jurídico-administrativa era de “segunda instância”, digamos assim, estando acima das câmaras municiais e sua principal esfera de atuação era a jurídica. Porém também desempenhavam funções no campo administrativo e político, sendo que suas atribuições estavam associadas às localidades nas quais estavam alocados, se valendo dos seus regimentos e das ordens régias transmitidas para atuarem de acordo com os anseios da Coroa.<br />
Do regimento levado pelo primeiro ouvidor de Paranaguá ele, dentre outras atribuições, deveria: I) demarcar as terras onde existissem sesmarias, para que se mantivessem nos limites dados pela monarquia lusa; II) reportar prontamente à [[Rodrigo César de Meneses]], governador e capitão-general da [[capitania de São Paulo]], de qualquer particular que se oferecer e importar ao serviço régio; III) investigar se existiam soldados fugidos da praça de Santos, da [[Colônia de Sacramento]] ou do [[Rio de Janeiro]] no termo de Paranaguá e em caso positivo os enviar em segurança para a praça de Santos; IV) tomar conhecimento com o capitão-mor da vila de [[Laguna]], [[Francisco de Brito Peixoto]], o que se tem feito sobre a povoação do [[Rio Grande de São Pedro]], bem como da situação dos descobrimentos de ouro na região e a amizade com os índios [[minuanos]]; V) saber se os capitães-mores das vilas da comarca tem exercido os seus triênios e no caso de terem completado o tempo no cargo os suspender e retirar a residência necessária, repassando para o governador e capitão-general da capitania de São Paulo o que achar das ditas residências <ref>Documentos interessantes para a história e costumes de São Paulo. v. 13, Bandos e portarias de Rodrigo Cesar de Menezes, 1835, p. 76-77</ref>. Chamamos atenção a grande especificidade do documento. <ref>PEGORARO, 2015, p. 37</ref><br />
Por mais que date de 1723, a ouvidoria de Paranaguá só veio a ser de fato instalada no último mês de 1725, com a chegada do primeiro Ouvidor, [[Antonio Álvares Lanhas Peixoto]]. Isto se deve, principalmente, porque Lanhas Peixoto não embarcava para o Estado do Brasil. Desde julho de 1724, o capitão-general da Capitania Régia De São Paulo [[Rodrigo Cesar de Menezes]] já indicava que estava esperando pelo ouvidor de Paranaguá. <ref>AHU. São Paulo – Mendes Gouveia, caixa. 3, doc. 388.</ref> <br />
Na primeira metade do século XVIII cinco ouvidores foram nomeados pela Coroa portuguesa ou pelo Estado do Brasil – [[Antonio Álvares Lanhas Peixoto]] (12-1725 a 06-1726); [[Antonio dos Santos Soares]] (1730-1734); [[Manuel dos Santos Lobato]] (1734-1738 (?); [[Gaspar da Rocha Pereira]] (1743- 1744) e [[Manuel Tavares de Sequeira]] (1745-1748) <ref>PEGORARO, 2007, p.51</ref> <br />
Todos oficiais eram nascidos no Reino e, com base nas informações contidas em suas leituras de bacharel, vinham de famílias com certo prestígio, possuindo indicações de serem: “os principais do concelho”; viverem de Lei de Nobreza; “muito nobre”; além dos pais serem advogados, sargento-mor, capitães ou viverem de seus negócios. Suas trajetórias no interior da estrutura jurídico-administrativa conta com passagens como juízes de fora no Reino ou na América portuguesa antes de se tornarem ouvidores em Paranaguá. Porém, nenhum destes desponta para cargos ascendentes, como o de desembargador de Relação, por exemplo. <ref>PEGORARO, 2015</ref><br />
[[Manuel dos Santos Lobato]], [[Manuel Tavares de Siqueira]] e [[Gaspar da Rocha Pereira]] tornaram-se intendentes de Minas, os dois primeiros na própria região de Paranaguá e Rocha Pereira na região do [[Rio das Mortes], na [[capitania de Minas Gerais]]. <br />
Lanhas Peixoto se ausentou do cargo de ouvidor de Paranaguá seis meses depois de tomar posse, pois foi acompanhar Rodrigo Cesar de Meneses às minas de Cuiabá. Conforme o “Registro do Regimento que se fez para os oficias do Senado da Câmara desta Vila ficar regendo estas minas na ausência do General”, presente no Documentos interessantes para a história e costumes de São Paulo, datado de 5 de junho de 1728, o 15º item faz alusão que Lanhas Peixoto ficou voluntariamente na vila de Cuiabá e desistiu formalmente do cargo de ouvidor em 1727 <ref>DIHCSP. v. 20, Correspondencia Interna do Governador Rodrigo Cesar de Menezes – 1721-1728, 1896, p. 279.</ref>, mesmo com a ordem de Rodrigo Cesar de Meneses para ele retornasse para a comarca de Paranaguá e advertido que não tinha jurisdição em Cuiabá.<br />
Antonio dos Santos Soares, o ouvidor que o sucedeu, tomou posse em 1730 e permaneceu na localidade após o tempo na ouvidoria, casando-se com Joana Rodrigues França. Joana Rodrigues França era filha de João Rodrigues França, último capitão-mor da antiga capitania de Paranaguá, sendo que as núpcias com o ouvidor régio foi o terceiro casamento de Joana. Em primeiras núpcias Joana Rodrigues de França havia se casado com o capitão Manoel Gonçalves da Cruz, com quem teve uma filha, Antonia da Cruz França. Após o falecimento do capitão Manoel Gonçalves da Cruz, adquiriu segundas núpcias com o também capitão Manoel Mendes Pereira, que poucos anos após o casamente também morre <ref>CHAGAS, 2012</ref>. Antonio dos Santos Soares se inseriu em uma das mais proeminentes famílias da localidade, principalmente no que se refere a posse de terras. Segundo Ermelino de Leão, o ex-ouvidor, com seu casamento, passou a possuir “vastas e povoadas fazendas pastoris nos Campos gerais e numerosas escravaturas”, sendo o responsável pela administração das mesmas. <ref>LEÃO, 1994, p.115-116</ref>.<br />
Manuel dos Santos Lobato foi o terceiro ouvidor e também se casou em Paranaguá, aliás, com a enteada de Santos Soares (antigo ouvidor) e filha de Joana Rodrigues França, Antônia da Cruz França. Como informa Carlos Zatti, Antônia “herdou seis fazendas de gado nos campos de Curitiba e Gerais”. <br />
Manoel Tavares de Sequeira, por sua vez, além de ouvidor fora nomeado para outras sete funções: I) provedor da fazenda dos defuntos e ausentes, capelas e resíduos; II) juiz dos feitos da Coroa e das Justificações; III) auditor da gente de guerra; IV) conservador dos familiares do Santo Ofício; V) juiz privativo de medições de terras; VI) intendente da nova capitação e comutação dos reais quintos e VII) superintendente das terras minerais da vila e comarca de Paranaguá. Contudo, destacamos que o acúmulo de funções não era incomum para os oficias régios, uma vez que seus antecessores também desempenharam algumas destas atribuições. <br />
}}</div>Tiagogilhttp://lhs.unb.br/atlas/Ouvidoria_de_Paranagu%C3%A1Ouvidoria de Paranaguá2022-10-21T13:34:13Z<p>Tiagogil: </p>
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<div>{{Verbete|nome=Jonas|sobrenome=Pegoraro|verbete=<br />
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A ouvidoria de Paranaguá foi criada em 1723, passando a capitania régia de São Paulo a ter naquele momento duas comarcas: a de São Paulo, criada em 1699 e a de Paranaguá. Inicialmente a nova ouvidoria possuía uma grande extensão, chegando inclusive a se estender até o extremo sul da América portuguesa. Porém, a atuação dos ouvidores régios se concentrava em seis vilas: Cananéia, Iguape, Paranaguá, Curitiba, São Francisco e Laguna.<ref>(AHU. Conselho Ultramarino – 023, Cx 1, doc. 53).</ref> Além dessas, a vila de Desterro, criada em 1726, também ficou sob jurisdição de Paranaguá, mas por um breve período, uma vez que no ano de 1749 foi instalada nova ouvidoria na região – a de Santa Catarina. <br />
O ofício de ouvidor era trienal, porém aqueles que desempenharam a função em Paranaguá, na primeira metade do século XVIII, ou ficaram poucos meses no cargo ou permaneceram um período um pouco maior, em geral, 4 anos. Sua posição hierárquica dentro da estrutura jurídico-administrativa era de “segunda instância”, digamos assim, estando acima das câmaras municiais e sua principal esfera de atuação era a jurídica. Porém também desempenhavam funções no campo administrativo e político, sendo que suas atribuições estavam associadas às localidades nas quais estavam alocados, se valendo dos seus regimentos e das ordens régias transmitidas para atuarem de acordo com os anseios da Coroa.<br />
Do regimento levado pelo primeiro ouvidor de Paranaguá ele, dentre outras atribuições, deveria: I) demarcar as terras onde existissem sesmarias, para que se mantivessem nos limites dados pela monarquia lusa; II) reportar prontamente à Rodrigo César de Meneses, governador e capitão-general da capitania de São Paulo, de qualquer particular que se oferecer e importar ao serviço régio; III) investigar se existiam soldados fugidos da praça de Santo, da Colônia de Sacramento ou do Rio de Janeiro no termo de Paranaguá e em caso positivo os enviar em segurança para a praça de Santos; IV) tomar conhecimento com o capitão-mor da vila de Laguna, Francisco de Brito Peixoto, o que se tem feito sobre a povoação do Rio Grande de São Pedro, bem como da situação dos descobrimentos de ouro na região e a amizade com os índios minuanos; V) saber se os capitães-mores das vilas da comarca tem exercido os seus triênios e no caso de terem completado o tempo no cargo os suspender e retirar a residência necessária, repassando para o governador e capitão-general da capitania de São Paulo o que achar das ditas residências <ref>Documentos interessantes para a história e costumes de São Paulo. v. 13, Bandos e portarias de Rodrigo Cesar de Menezes, 1835, p. 76-77</ref>. Chamamos atenção a grande especificidade do documento. <ref>PEGORARO, 2015, p. 37</ref><br />
Por mais que date de 1723, a ouvidoria de Paranaguá só veio a ser de fato instalada no último mês de 1725, com a chegada do primeiro Ouvidor, Antonio Álvares Lanhas Peixoto. Isto se deve, principalmente, porque Lanhas Peixoto não embarcava para o Estado do Brasil. Desde julho de 1724, o capitão-general da Capitania Régia De São Paulo Rodrigo Cesar de Menezes já indicava que estava esperando pelo ouvidor de Paranaguá. <ref>AHU. São Paulo – Mendes Gouveia, caixa. 3, doc. 388.</ref> <br />
Na primeira metade do século XVIII cinco ouvidores foram nomeados pela Coroa portuguesa ou pelo Estado do Brasil – Antonio Álvares Lanhas Peixoto (12-1725 a 06-1726); Antonio dos Santos Soares (1730-1734); Manuel dos Santos Lobato (1734-1738 (?); Gaspar da Rocha Pereira (1743- 1744) e Manuel Tavares de Sequeira (1745-1748) <ref>PEGORARO, 2007, p.51</ref> <br />
Todos oficiais eram nascidos no Reino e, com base nas informações contidas em suas leituras de bacharel, vinham de famílias com certo prestígio, possuindo indicações de serem: “os principais do concelho”; viverem de Lei de Nobreza; “muito nobre”; além dos pais serem advogados, sargento-mor, capitães ou viverem de seus negócios. Suas trajetórias no interior da estrutura jurídico-administrativa conta com passagens como juízes de fora no Reino ou na América portuguesa antes de se tornarem ouvidores em Paranaguá. Porém, nenhum destes desponta para cargos ascendentes, como o de desembargador de Relação, por exemplo. <ref>PEGORARO, 2015</ref><br />
Manuel dos Santos Lobato, Manuel Tavares de Siqueira e Gaspar da Rocha Pereira tornaram-se intendentes de Minas, os dois primeiros na própria região de Paranaguá e Rocha Pereira na região do Rio das Mortes, na capitania de Minas Gerais. <br />
Lanhas Peixoto se ausentou do cargo de ouvidor de Paranaguá seis meses depois de tomar posse, pois foi acompanhar Rodrigo Cesar de Meneses às minas de Cuiabá. Conforme o “Registro do Regimento que se fez para os oficias do Senado da Câmara desta Vila ficar regendo estas minas na ausência do General”, presente no Documentos interessantes para a história e costumes de São Paulo, datado de 5 de junho de 1728, o 15º item faz alusão que Lanhas Peixoto ficou voluntariamente na vila de Cuiabá e desistiu formalmente do cargo de ouvidor em 1727 <ref>DIHCSP. v. 20, Correspondencia Interna do Governador Rodrigo Cesar de Menezes – 1721-1728, 1896, p. 279.</ref>, mesmo com a ordem de Rodrigo Cesar de Meneses para ele retornasse para a comarca de Paranaguá e advertido que não tinha jurisdição em Cuiabá.<br />
Antonio dos Santos Soares, o ouvidor que o sucedeu, tomou posse em 1730 e permaneceu na localidade após o tempo na ouvidoria, casando-se com Joana Rodrigues França. Joana Rodrigues França era filha de João Rodrigues França, último capitão-mor da antiga capitania de Paranaguá, sendo que as núpcias com o ouvidor régio foi o terceiro casamento de Joana. Em primeiras núpcias Joana Rodrigues de França havia se casado com o capitão Manoel Gonçalves da Cruz, com quem teve uma filha, Antonia da Cruz França. Após o falecimento do capitão Manoel Gonçalves da Cruz, adquiriu segundas núpcias com o também capitão Manoel Mendes Pereira, que poucos anos após o casamente também morre <ref>CHAGAS, 2012</ref>. Antonio dos Santos Soares se inseriu em uma das mais proeminentes famílias da localidade, principalmente no que se refere a posse de terras. Segundo Ermelino de Leão, o ex-ouvidor, com seu casamento, passou a possuir “vastas e povoadas fazendas pastoris nos Campos gerais e numerosas escravaturas”, sendo o responsável pela administração das mesmas. <ref>LEÃO, 1994, p.115-116</ref>.<br />
Manuel dos Santos Lobato foi o terceiro ouvidor e também se casou em Paranaguá, aliás, com a enteada de Santos Soares (antigo ouvidor) e filha de Joana Rodrigues França, Antônia da Cruz França. Como informa Carlos Zatti, Antônia “herdou seis fazendas de gado nos campos de Curitiba e Gerais”. <br />
Manoel Tavares de Sequeira, por sua vez, além de ouvidor fora nomeado para outras sete funções: I) provedor da fazenda dos defuntos e ausentes, capelas e resíduos; II) juiz dos feitos da Coroa e das Justificações; III) auditor da gente de guerra; IV) conservador dos familiares do Santo Ofício; V) juiz privativo de medições de terras; VI) intendente da nova capitação e comutação dos reais quintos e VII) superintendente das terras minerais da vila e comarca de Paranaguá. Contudo, destacamos que o acúmulo de funções não era incomum para os oficias régios, uma vez que seus antecessores também desempenharam algumas destas atribuições. <br />
}}</div>Tiagogilhttp://lhs.unb.br/atlas/Ouvidoria_de_Paranagu%C3%A1Ouvidoria de Paranaguá2022-10-21T13:31:44Z<p>Tiagogil: Criou página com '{{Verbete|nome=Jonas|sobrenome=Pegoraro|verbete= A ouvidoria de Paranaguá foi criada em 1723, passando a capitania régia de São Paulo a ter naquele momento duas comarcas: ...'</p>
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<div>{{Verbete|nome=Jonas|sobrenome=Pegoraro|verbete=<br />
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A ouvidoria de Paranaguá foi criada em 1723, passando a capitania régia de São Paulo a ter naquele momento duas comarcas: a de São Paulo, criada em 1699 e a de Paranaguá. Inicialmente a nova ouvidoria possuía uma grande extensão, chegando inclusive a se estender até o extremo sul da América portuguesa. Porém, a atuação dos ouvidores régios se concentrava em seis vilas: Cananéia, Iguape, Paranaguá, Curitiba, São Francisco e Laguna. (AHU. Conselho Ultramarino – 023, Cx 1, doc. 53). Além dessas, a vila de Desterro, criada em 1726, também ficou sob jurisdição de Paranaguá, mas por um breve período, uma vez que no ano de 1749 foi instalada nova ouvidoria na região – a de Santa Catarina. <br />
O ofício de ouvidor era trienal, porém aqueles que desempenharam a função em Paranaguá, na primeira metade do século XVIII, ou ficaram poucos meses no cargo ou permaneceram um período um pouco maior, em geral, 4 anos. Sua posição hierárquica dentro da estrutura jurídico-administrativa era de “segunda instância”, digamos assim, estando acima das câmaras municiais e sua principal esfera de atuação era a jurídica. Porém também desempenhavam funções no campo administrativo e político, sendo que suas atribuições estavam associadas às localidades nas quais estavam alocados, se valendo dos seus regimentos e das ordens régias transmitidas para atuarem de acordo com os anseios da Coroa.<br />
Do regimento levado pelo primeiro ouvidor de Paranaguá ele, dentre outras atribuições, deveria: I) demarcar as terras onde existissem sesmarias, para que se mantivessem nos limites dados pela monarquia lusa; II) reportar prontamente à Rodrigo César de Meneses, governador e capitão-general da capitania de São Paulo, de qualquer particular que se oferecer e importar ao serviço régio; III) investigar se existiam soldados fugidos da praça de Santo, da Colônia de Sacramento ou do Rio de Janeiro no termo de Paranaguá e em caso positivo os enviar em segurança para a praça de Santos; IV) tomar conhecimento com o capitão-mor da vila de Laguna, Francisco de Brito Peixoto, o que se tem feito sobre a povoação do Rio Grande de São Pedro, bem como da situação dos descobrimentos de ouro na região e a amizade com os índios minuanos; V) saber se os capitães-mores das vilas da comarca tem exercido os seus triênios e no caso de terem completado o tempo no cargo os suspender e retirar a residência necessária, repassando para o governador e capitão-general da capitania de São Paulo o que achar das ditas residências (Documentos interessantes para a história e costumes de São Paulo. v. 13, Bandos e portarias de Rodrigo Cesar de Menezes, 1835, p. 76-77). Chamamos atenção a grande especificidade do documento. (PEGORARO, 2015, p. 37)<br />
Por mais que date de 1723, a ouvidoria de Paranaguá só veio a ser de fato instalada no último mês de 1725, com a chegada do primeiro Ouvidor, Antonio Álvares Lanhas Peixoto. Isto se deve, principalmente, porque Lanhas Peixoto não embarcava para o Estado do Brasil. Desde julho de 1724, o capitão-general da Capitania Régia De São Paulo Rodrigo Cesar de Menezes já indicava que estava esperando pelo ouvidor de Paranaguá. (AHU. São Paulo – Mendes Gouveia, caixa. 3, doc. 388.) <br />
Na primeira metade do século XVIII cinco ouvidores foram nomeados pela Coroa portuguesa ou pelo Estado do Brasil – Antonio Álvares Lanhas Peixoto (12-1725 a 06-1726); Antonio dos Santos Soares (1730-1734); Manuel dos Santos Lobato (1734-1738 (?); Gaspar da Rocha Pereira (1743- 1744) e Manuel Tavares de Sequeira (1745-1748) (PEGORARO, 2007, p.51) <br />
Todos oficiais eram nascidos no Reino e, com base nas informações contidas em suas leituras de bacharel, vinham de famílias com certo prestígio, possuindo indicações de serem: “os principais do concelho”; viverem de Lei de Nobreza; “muito nobre”; além dos pais serem advogados, sargento-mor, capitães ou viverem de seus negócios. Suas trajetórias no interior da estrutura jurídico-administrativa conta com passagens como juízes de fora no Reino ou na América portuguesa antes de se tornarem ouvidores em Paranaguá. Porém, nenhum destes desponta para cargos ascendentes, como o de desembargador de Relação, por exemplo. (PEGORARO, 2015)<br />
Manuel dos Santos Lobato, Manuel Tavares de Siqueira e Gaspar da Rocha Pereira tornaram-se intendentes de Minas, os dois primeiros na própria região de Paranaguá e Rocha Pereira na região do Rio das Mortes, na capitania de Minas Gerais. <br />
Lanhas Peixoto se ausentou do cargo de ouvidor de Paranaguá seis meses depois de tomar posse, pois foi acompanhar Rodrigo Cesar de Meneses às minas de Cuiabá. Conforme o “Registro do Regimento que se fez para os oficias do Senado da Câmara desta Vila ficar regendo estas minas na ausência do General”, presente no Documentos interessantes para a história e costumes de São Paulo, datado de 5 de junho de 1728, o 15º item faz alusão que Lanhas Peixoto ficou voluntariamente na vila de Cuiabá e desistiu formalmente do cargo de ouvidor em 1727 (DIHCSP. v. 20, Correspondencia Interna do Governador Rodrigo Cesar de Menezes – 1721-1728, 1896, p. 279.), mesmo com a ordem de Rodrigo Cesar de Meneses para ele retornasse para a comarca de Paranaguá e advertido que não tinha jurisdição em Cuiabá.<br />
Antonio dos Santos Soares, o ouvidor que o sucedeu, tomou posse em 1730 e permaneceu na localidade após o tempo na ouvidoria, casando-se com Joana Rodrigues França. Joana Rodrigues França era filha de João Rodrigues França, último capitão-mor da antiga capitania de Paranaguá, sendo que as núpcias com o ouvidor régio foi o terceiro casamento de Joana. Em primeiras núpcias Joana Rodrigues de França havia se casado com o capitão Manoel Gonçalves da Cruz, com quem teve uma filha, Antonia da Cruz França. Após o falecimento do capitão Manoel Gonçalves da Cruz, adquiriu segundas núpcias com o também capitão Manoel Mendes Pereira, que poucos anos após o casamente também morre (CHAGAS, 2012). Antonio dos Santos Soares se inseriu em uma das mais proeminentes famílias da localidade, principalmente no que se refere a posse de terras. Segundo Ermelino de Leão, o ex-ouvidor, com seu casamento, passou a possuir “vastas e povoadas fazendas pastoris nos Campos gerais e numerosas escravaturas”, sendo o responsável pela administração das mesmas. (LEÃO, 1994, p.115-116).<br />
Manuel dos Santos Lobato foi o terceiro ouvidor e também se casou em Paranaguá, aliás, com a enteada de Santos Soares (antigo ouvidor) e filha de Joana Rodrigues França, Antônia da Cruz França. Como informa Carlos Zatti, Antônia “herdou seis fazendas de gado nos campos de Curitiba e Gerais”. <br />
Manoel Tavares de Sequeira, por sua vez, além de ouvidor fora nomeado para outras sete funções: I) provedor da fazenda dos defuntos e ausentes, capelas e resíduos; II) juiz dos feitos da Coroa e das Justificações; III) auditor da gente de guerra; IV) conservador dos familiares do Santo Ofício; V) juiz privativo de medições de terras; VI) intendente da nova capitação e comutação dos reais quintos e VII) superintendente das terras minerais da vila e comarca de Paranaguá. Contudo, destacamos que o acúmulo de funções não era incomum para os oficias régios, uma vez que seus antecessores também desempenharam algumas destas atribuições. <br />
}}</div>Tiagogilhttp://lhs.unb.br/atlas/Documentos_de_Cartografia_DigitalDocumentos de Cartografia Digital2022-02-10T16:32:45Z<p>Tiagogil: </p>
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<div>'''PÁGINA DE DIVULGAÇÃO DE DOCUMENTOS PARA CARTOGRAFIA DIGITAL'''<br />
<br />
<br />
Para acessar os dados do Atlas Digital da América Lusa, basta baixar os conteúdos através dos links abaixo:<br />
<br />
<br />
'''ARQUIVOS PRODUZIDOS PELO PROJETO'''<br />
<br />
'''[http://lhs.unb.br/i3geo8/ogc/index.php Atlas Digital da América Lusa]''' Brasil Colonial<br />
<br />
<br />
<br />
OUTRAS FONTES (Mapas de base)<br />
<br />
'''[https://www.naturalearthdata.com/downloads Natural Earth data]''' Mundo todo<br />
<br />
'''[https://earthworks.stanford.edu/catalog?featured=geospatial_data&q=&bbox=-137.953125%20-78.206563%20159.46875%2081.413933 Earth Works Stanford]''' Mundo todo<br />
<br />
'''[https://geodata.lib.utexas.edu Geo Data Texas]''' Mundo todo<br />
<br />
'''[https://geodata.mit.edu Geo Data MIT]''' Mundo todo<br />
<br />
'''[https://ec.europa.eu/eurostat/web/gisco/geodata Geodata Eurostat]''' Europa<br />
<br />
'''[https://geo.nyu.edu/catalog/stanford-vc965bq8111 América do Sul]'''<br />
<br />
'''[https://geo.nyu.edu/catalog/stanford-jb593mf9286 Oceanos]'''<br />
<br />
'''[https://geo.nyu.edu/catalog/stanford-fv375tj7951 Hidrografia 1:10M]'''<br />
<br />
'''[https://geo.nyu.edu/catalog/stanford-fv761md9580 Hidrografia 1:50M]'''<br />
<br />
'''[https://geo.nyu.edu/catalog/stanford-fb695ft1345 Hidrografia 1:110M]'''</div>Tiagogilhttp://lhs.unb.br/atlas/Quem_somosQuem somos2020-09-24T12:54:00Z<p>Tiagogil: </p>
<hr />
<div>'''O Atlas Digital da América Lusa foi desenvolvido dentro do Laboratório de História Social da Universidade de Brasília, onde é mantido e organizado.'''<br />
<br />
'''Sua produção, contudo, é fruto de dezenas de colaboradores. Vejamos abaixo a lista dos principais envolvidos:'''<br />
<br />
[[Arquivo:Portalhistoriadores.png|450px|left|link=Categoria:Historiadores]]<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
==Coordenação Geral==<br />
<br />
[[Tiago Luís Gil]], Universidade de Brasília<br />
<br />
[[Leonardo Brandão Barleta]], Stanford University<br />
<br />
<br />
<br />
===Coordenação de Geografia e Cartografia===<br />
<br />
[[Vinícius Maluly]], EHESS<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
==Equipe de estudantes do LHS/UnB==<br />
{|border="0" width="70%"<br />
|- <br />
| <br />
* (em ordem alfabética)<br />
<br />
*[[Alane Nobrega]]<br />
<br />
*[[Ana Elisa Pereira Lara]]<br />
<br />
*[[Ana Luisa Lourenço]]<br />
<br />
*[[Carlos Antonio Pereira de Carvalho]]<br />
<br />
*[[David da Silva Carvalho]]<br />
<br />
*[[Dayane Augusta Santos da Silva]]<br />
<br />
*[[Diego Martins]]<br />
<br />
*[[Diogo Neves de Carvalho]]<br />
<br />
*[[Edson Porto de Carvalho]]<br />
<br />
*[[Fernanda de Freitas Campos]]<br />
<br />
*[[Germana Costa]]<br />
<br />
*[[Gustavo de Almeida Borges]]<br />
<br />
*[[Jaqueline Rivas]]<br />
<br />
*[[João Pedro Galvão Ramalho]]<br />
<br />
*[[Lana Sato de Moraes]]<br />
||<br />
<br />
*[[Letícia Coelho Félix]]<br />
<br />
*[[Luiza Hooper Moretti]]<br />
<br />
*[[Luiza Tollendal Prudente]]''<br />
<br />
*[[Manoel Rendeiro]]<br />
<br />
*[[Mariana de Mesquita Santos]]<br />
<br />
*[[Mariana Fernandes Rodrigues Barreto Regis]]<br />
<br />
*[[Mariana Leonardo de Souza]]<br />
<br />
*[[Mariana Lima Barcelos]]<br />
<br />
*[[Rafaela Araújo]]<br />
<br />
*[[Sarah Resende dos Santos]]<br />
<br />
*[[Sebastião Gomes Souza]]<br />
<br />
*[[Simão Pedro de Souza]]<br />
<br />
*[[Thiago Menezes]]<br />
<br />
*[[Thiego Fernandes]]<br />
<br />
|}<br />
<br />
<br />
== Colaboradores Especiais ==<br />
<br />
[[Levy Pereira]]<br />
<br />
[[Allan Thomas Tadashi Kato]], USP<br />
<br />
[[Alysson Costa]], UFPR<br />
<br />
[[André Soares Anzolin]], UFRGS<br />
<br />
[[Carlos Raphael Rolim]], UFRN<br />
<br />
[[Carmem Marques Rodrigues]], UFMG<br />
<br />
[[Fabiana Léo Pereira Nascimento]], UFMG<br />
<br />
[[Manoel Bruno Noguera de Souza]], UFC<br />
<br />
[[Rafael Ricarte da Silva]], UFC<br />
<br />
[[Reginaldo Correia]], UFC</div>Tiagogilhttp://lhs.unb.br/atlas/Quem_somosQuem somos2020-09-24T12:53:30Z<p>Tiagogil: </p>
<hr />
<div>'''O Atlas Digital da América Lusa foi desenvolvido dentro do Laboratório de História Social da Universidade de Brasília, onde é mantido e organizado.'''<br />
<br />
'''Sua produção, contudo, é fruto de dezenas de colaboradores. Vejamos abaixo a lista dos principais envolvidos:'''<br />
<br />
[[Arquivo:Portalhistoriadores.png|450px|left|link=Categoria:Historiadores]]<br />
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==Coordenação Geral==<br />
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[[Tiago Luís Gil]], Universidade de Brasília<br />
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[[Leonardo Brandão Barleta]], Stanford University<br />
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===Coordenação de Geografia e Cartografia===<br />
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[[Vinícius Maluly]], EHESS<br />
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==Equipe de estudantes do LHS/UnB==<br />
{|border="0" width="70%"<br />
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* (em ordem alfabética)<br />
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*[[Alane Nobrega]]<br />
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*[[Ana Elisa Pereira Lara]]<br />
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*[[Ana Luisa Lourenço]]<br />
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*[[Carlos Antonio Pereira de Carvalho]]<br />
<br />
*[[David da Silva Carvalho]]<br />
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*[[Dayane Augusta Santos da Silva]]<br />
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*[[Diego Martins]]<br />
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*[[Diogo Neves de Carvalho]]<br />
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*[[Edson Porto de Carvalho]]<br />
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*[[Fernanda de Freitas Campos]]<br />
<br />
*[[Germana Costa]]<br />
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*[[Gustavo de Almeida Borges]]<br />
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*[[Jaqueline Rivas]]<br />
<br />
*[[João Pedro Galvão Ramalho]]<br />
<br />
*[[Lana Sato de Moraes]]<br />
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*[[Letícia Coelho Félix]]<br />
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*[[Luiza Hooper Moretti]]<br />
<br />
*[[Luiza Tollendal Prudente]]''<br />
<br />
*[[Manoel Rendeiro]]<br />
<br />
*[[Mariana de Mesquita Santos]]<br />
<br />
*[[Mariana Fernandes Rodrigues Barreto Regis]]<br />
<br />
*[[Mariana Leonardo de Souza]]<br />
<br />
*[[Mariana Lima Barcelos]]<br />
<br />
*[[Rafaela Araújo]]<br />
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*[[Sarah Resende dos Santos]]<br />
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*[[Sebastião Gomes Souza]]<br />
<br />
*[[Simão Pedro de Souza]]<br />
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*[[Thiago Menezes]]<br />
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*[[Thiego Fernandes]]<br />
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*[[Vinícius Maluly]]<br />
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== Colaboradores Especiais ==<br />
<br />
[[Levy Pereira]]<br />
<br />
[[Allan Thomas Tadashi Kato]], USP<br />
<br />
[[Alysson Costa]], UFPR<br />
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[[André Soares Anzolin]], UFRGS<br />
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[[Carlos Raphael Rolim]], UFRN<br />
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[[Carmem Marques Rodrigues]], UFMG<br />
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[[Fabiana Léo Pereira Nascimento]], UFMG<br />
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[[Manoel Bruno Noguera de Souza]], UFC<br />
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[[Rafael Ricarte da Silva]], UFC<br />
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[[Reginaldo Correia]], UFC</div>Tiagogilhttp://lhs.unb.br/atlas/Quem_somosQuem somos2020-09-24T12:53:12Z<p>Tiagogil: /* Coordenação Geral */</p>
<hr />
<div>'''O Atlas Digital da América Lusa foi desenvolvido dentro do Laboratório de História Social da Universidade de Brasília, onde é mantido e organizado.'''<br />
<br />
'''Sua produção, contudo, é fruto de dezenas de colaboradores. Vejamos abaixo a lista dos principais envolvidos:'''<br />
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[[Arquivo:Portalhistoriadores.png|450px|left|link=Categoria:Historiadores]]<br />
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==Coordenação Geral==<br />
<br />
[[Tiago Luís Gil]], Universidade de Brasília<br />
<br />
[[Leonardo Brandão Barleta]], Stanford University<br />
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===Coordenação de Geografia e Cartografia===<br />
<br />
[[Vinícius Maluly]], EHESS<br />
<br />
==Equipe de estudantes do LHS/UnB==<br />
{|border="0" width="70%"<br />
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* (em ordem alfabética)<br />
<br />
*[[Alane Nobrega]]<br />
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*[[Ana Elisa Pereira Lara]]<br />
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*[[Ana Luisa Lourenço]]<br />
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*[[Carlos Antonio Pereira de Carvalho]]<br />
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*[[David da Silva Carvalho]]<br />
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*[[Dayane Augusta Santos da Silva]]<br />
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*[[Diego Martins]]<br />
<br />
*[[Diogo Neves de Carvalho]]<br />
<br />
*[[Edson Porto de Carvalho]]<br />
<br />
*[[Fernanda de Freitas Campos]]<br />
<br />
*[[Germana Costa]]<br />
<br />
*[[Gustavo de Almeida Borges]]<br />
<br />
*[[Jaqueline Rivas]]<br />
<br />
*[[João Pedro Galvão Ramalho]]<br />
<br />
*[[Lana Sato de Moraes]]<br />
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*[[Letícia Coelho Félix]]<br />
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*[[Luiza Hooper Moretti]]<br />
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*[[Luiza Tollendal Prudente]]''<br />
<br />
*[[Manoel Rendeiro]]<br />
<br />
*[[Mariana de Mesquita Santos]]<br />
<br />
*[[Mariana Fernandes Rodrigues Barreto Regis]]<br />
<br />
*[[Mariana Leonardo de Souza]]<br />
<br />
*[[Mariana Lima Barcelos]]<br />
<br />
*[[Rafaela Araújo]]<br />
<br />
*[[Sarah Resende dos Santos]]<br />
<br />
*[[Sebastião Gomes Souza]]<br />
<br />
*[[Simão Pedro de Souza]]<br />
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*[[Thiago Menezes]]<br />
<br />
*[[Thiego Fernandes]]<br />
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*[[Vinícius Maluly]]<br />
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== Colaboradores Especiais ==<br />
<br />
[[Levy Pereira]]<br />
<br />
[[Allan Thomas Tadashi Kato]], USP<br />
<br />
[[Alysson Costa]], UFPR<br />
<br />
[[André Soares Anzolin]], UFRGS<br />
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[[Carlos Raphael Rolim]], UFRN<br />
<br />
[[Carmem Marques Rodrigues]], UFMG<br />
<br />
[[Fabiana Léo Pereira Nascimento]], UFMG<br />
<br />
[[Manoel Bruno Noguera de Souza]], UFC<br />
<br />
[[Rafael Ricarte da Silva]], UFC<br />
<br />
[[Reginaldo Correia]], UFC</div>Tiagogilhttp://lhs.unb.br/atlas/Quem_somosQuem somos2020-09-24T12:52:48Z<p>Tiagogil: /* Coordenação Geral */</p>
<hr />
<div>'''O Atlas Digital da América Lusa foi desenvolvido dentro do Laboratório de História Social da Universidade de Brasília, onde é mantido e organizado.'''<br />
<br />
'''Sua produção, contudo, é fruto de dezenas de colaboradores. Vejamos abaixo a lista dos principais envolvidos:'''<br />
<br />
[[Arquivo:Portalhistoriadores.png|450px|left|link=Categoria:Historiadores]]<br />
<br />
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<br />
==Coordenação Geral==<br />
<br />
[[Tiago Luís Gil]], Universidade de Brasília<br />
<br />
[[Leonardo Brandão Barleta]], Stanford University<br />
<br />
[[Vinícius Maluly]], EHESS<br />
<br />
==Equipe de estudantes do LHS/UnB==<br />
{|border="0" width="70%"<br />
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* (em ordem alfabética)<br />
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*[[Alane Nobrega]]<br />
<br />
*[[Ana Elisa Pereira Lara]]<br />
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*[[Ana Luisa Lourenço]]<br />
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*[[Carlos Antonio Pereira de Carvalho]]<br />
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*[[David da Silva Carvalho]]<br />
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*[[Dayane Augusta Santos da Silva]]<br />
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*[[Diego Martins]]<br />
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*[[Diogo Neves de Carvalho]]<br />
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*[[Edson Porto de Carvalho]]<br />
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*[[Fernanda de Freitas Campos]]<br />
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*[[Germana Costa]]<br />
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*[[Gustavo de Almeida Borges]]<br />
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*[[Jaqueline Rivas]]<br />
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*[[João Pedro Galvão Ramalho]]<br />
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*[[Lana Sato de Moraes]]<br />
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*[[Letícia Coelho Félix]]<br />
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*[[Luiza Hooper Moretti]]<br />
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*[[Luiza Tollendal Prudente]]''<br />
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*[[Manoel Rendeiro]]<br />
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*[[Mariana de Mesquita Santos]]<br />
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*[[Mariana Fernandes Rodrigues Barreto Regis]]<br />
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*[[Mariana Leonardo de Souza]]<br />
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*[[Mariana Lima Barcelos]]<br />
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*[[Rafaela Araújo]]<br />
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*[[Sarah Resende dos Santos]]<br />
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*[[Sebastião Gomes Souza]]<br />
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*[[Simão Pedro de Souza]]<br />
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*[[Thiago Menezes]]<br />
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*[[Thiego Fernandes]]<br />
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*[[Vinícius Maluly]]<br />
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|}<br />
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== Colaboradores Especiais ==<br />
<br />
[[Levy Pereira]]<br />
<br />
[[Allan Thomas Tadashi Kato]], USP<br />
<br />
[[Alysson Costa]], UFPR<br />
<br />
[[André Soares Anzolin]], UFRGS<br />
<br />
[[Carlos Raphael Rolim]], UFRN<br />
<br />
[[Carmem Marques Rodrigues]], UFMG<br />
<br />
[[Fabiana Léo Pereira Nascimento]], UFMG<br />
<br />
[[Manoel Bruno Noguera de Souza]], UFC<br />
<br />
[[Rafael Ricarte da Silva]], UFC<br />
<br />
[[Reginaldo Correia]], UFC</div>Tiagogilhttp://lhs.unb.br/atlas/Ouvidoria-Geral_do_Rio_de_JaneiroOuvidoria-Geral do Rio de Janeiro2020-09-21T18:42:37Z<p>Tiagogil: </p>
<hr />
<div>{{Verbete|nome=Isabele de Matos Pereira de|sobrenome=MELLO|verbete=<br />
A Ouvidoria-Geral do Rio de Janeiro foi criada em janeiro de 1608 com o estabelecimento do governo da repartição do sul (1608-1612). No início, era responsável pela administração da justiça em todo território das [[capitanias]] do sul, ou seja, Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Vicente e parte do distrito das minas. A sede foi instalada no [[Rio de Janeiro]], região mais frequentada e com mais facilidade de acesso dentro do seu espaço de jurisdição. A insituição era composta por um [[ouvidor-geral]] (também denominado ouvidor da comarca), um [[escrivão]] da ouvidoria e correição e um [[meirinho]]. O primeiro magistrado nomeado para função de ouvidor-geral foi o bacharel Sebastião Paruí (Parvi) de Brito em 1608. <br />
<br />
Ao longo do século XVII, o nome “Ouvidoria-geral da repartição do sul” foi caindo em desuso e a instituição passou a denominar-se apenas Ouvidoria-geral do Rio de Janeiro. O espaço privilegiado de atuação e residência do [[ouvidor-geral]] era a [[comarca]] do Rio de Janeiro, por isso a nova denominação, mas a jurisdição desse magistrado permaneceu sobre todo o antigo território denominado repartição do sul até o início do século XVIII, quando teve início o processo de criação de novas instâncias de justiça em diferentes localidades da América portuguesa. Em 1701, foi instituído um juizado de fora no Rio de Janeiro e o governo da justiça na comarca passou a ser repartido entre o ouvidor-geral e o juiz de fora. O primeiro juiz de fora do Rio de Janeiro foi [[Francisco Leitão de Carvalho]]. Os conflitos de jurisdição pautaram as relações estabelecidas entre esses magistrados, mas a Ouvidoria-geral continou sendo a primeira e principal instância de justiça até a instalação do tribunal da Relação do Rio de Janeiro em 1752.<br />
<br />
Segundo as [[Ordenações Filipinas]] e os regimentos, o ouvidor-geral magistrado principal da Ouvidoria-geral do Rio de Janeiro, acumulava competências judiciais e administrativas. Dentre as principais atribuições podemos destacar: condução das ações novas e dos recursos de decisões dos juízes; supervisão e aplicação da justiça, tanto a cível como a criminal; execução de correições periódicas; nomeação de novos tabeliães; organização e acompanhamento do processo de escolha dos oficiais das Câmaras existentes no espaço da comarca; verificação das rendas e da gestão realizada pelos oficiais [[camaristas]]; ordem de prisão em situações de culpa; realização de sindicâncias ao término do exercício de outros oficiais da administração (residências); notificação ao prelado nos casos de clérigos revoltosos; concessão de [[cartas de seguro]] (exceto em caso de morte, traição, [[sodomia]], moeda falsa, aleive e ofensas) e condução das queixas de qualquer súdito real. É importante destacar que a dinâmica local possibilitava o acúmulo de funções e ofícios. Algumas atividades poderiam ser atreladas ao ofício de acordo com a necessidade e o interesse régio. Com frequência, devido à carência de letrados na [[comarca]] e à demora na chegada de outros magistrados, o ouvidor-geral do Rio de Janeiro era convocado para acumular outras atividades como provedor dos defuntos e ausentes, capelas e resíduos ou auditor-geral da guerra, agregando assim novas funções, aumentando a esfera de atuação e seus rendimentos.<br />
<br />
Em 1832, o Código de Processo Criminal declarou a extinção de todas Ouvidorias-gerais do território brasileiro. A partir do processo de reorganização das instâncias jurídicas, as atribuições principais da Ouvidora-geral foram repassadas aos juízes de direito. <br />
<ref>BLUTEAU, Rafael. Vocabulário portuguez e latino. (1712-1721) Rio de Janeiro: UERJ, Departamento Cultura, 2000. (CD-ROM).</ref><br />
<ref>MELLO, Isabele de Matos Pereira de. Magistrados a servço do rei: a administração da justiça e os ouvidores-gerais na comarca do Rio de Janeiro (1710-1790). Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2015</ref><br />
<ref>MELLO, Isabele de Matos Pereira de. Poder, Administração e Justiça: os ouvidores-gerais no Rio de Janeiro (1624-1696). Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Cultura, Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro, 2010</ref><br />
<ref>MELLO, Isabele de Matos Pereira de. Os ministros da justiça na América portuguesa: ouvidores-gerais e juízes de fora na administração colonial (séc. XVIII). Revista de História, São Paulo, n. 171, p. 351-381, jul./dez. 2014.</ref><br />
<ref>SCHWARTZ, Stuart B. Burocracia e sociedade no Brasil colonial: o Tribunal Superior da Bahia e seus magistrados. São Paulo: Companhia das Letras, 2011</ref><br />
<br />
<br />
}}<br />
[[Categoria:Ouvidorias]]</div>Tiagogilhttp://lhs.unb.br/atlas/Ouvidoria_em_Cuiab%C3%A1_e_na_capitania_de_Mato_GrossoOuvidoria em Cuiabá e na capitania de Mato Grosso2020-09-21T18:42:33Z<p>Tiagogil: </p>
<hr />
<div>{{Verbete|nome=Nauk Maria de|sobrenome=JESUS|verbete=<br />
A ouvidoria na Vila Real do Senhor Bom Jesus do Cuiabá (que fazia parte da jurisdição da [[capitania de São Paulo]]) foi criada em 1728, por causa do impacto da mineração, da distância das áreas litorâneas e da vizinhança com os domínios espanhóis.<br />
<br />
<br />
Em 1728, por causa do impacto da mineração, da distância das áreas litorâneas e da vizinhança com os domínios espanhóis, foi criada a ouvidoria em [[Vila Real do Senhor Bom Jesus de Cuiabá]], que fazia parte da jurisdição da [[capitania de São Paulo]]. Com a criação da [[capitania de Mato Grosso]] em 1748 e fundação de sua capital [[Vila Bela da Santíssima Trindade]] em 1752, ela foi transferida na década de 1760, sob a justificativa de que a sede da nova [[capitania]] precisava concentrar os principais poderes do rei. A [[Vila Real do Cuiabá]] e seu termo passaram à [[capitania de Mato Grosso]] e à [[comarca]] de mesmo nome. Assim, enquanto a ouvidoria esteve em Vila Real do Cuiabá entre fins das décadas de 1720 e de 1750 denominamos de comarca do Cuiabá. <br />
<br />
<br />
Após 1760 até por volta de 1830, Comarca do Mato Grosso ou da capitania de Mato Grosso, <ref>JESUS, Nauk Maria de. “João Antonio Vaz Morilhas: Redes governativas e magistrados na parte central da América portuguesa”. In: CAETANO, Filipe P. Dinâmicas Sociais, políticas e judiciais na América lusa: hierarquias, poderes e governo (século XVI-XIX).1 ed. Recife : UFPE, 2016.</ref> <ref>JESUS. “Juízes letrados, vilas e julgados”: A ouvidoria e os ouvidores em Cuiabá e Vila Bela (1728-1822)”. In: BICALHO, Maria Fernanda B.; et all. Justiça no Brasil colonial: agentes e práticas.1 ed. São Paulo : Alameda Editora, 2017.</ref> cujo ouvidor deveria atuar em toda extensão territorial da capitania. Isto na maioria das vezes não foi possível devido às distâncias entre as Vila Real do Cuiabá e Vila Bela e seus respectivos termos e as dificuldades nos deslocamentos. A capitania de Mato Grosso possuía um extenso território (que hoje abrange os atuais estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia), constituída até 1820 por apenas duas vilas (Cuiabá e Vila Bela), numerosa e diversa população indígena, poucos não índios estabelecidos nas vilas, povoados e fortalezas militares e a mineração de ouro como atividade econômica de destaque, mas não única, já que existia a produção de engenhos e criação de gado.<br />
<br />
<br />
Foram nomeados dezoito [[ouvidores]] para servir na fronteira oeste, tendo anexo o cargo de provedor das fazendas, dos defuntos, ausentes, capelas e resíduos, mas apenas quatorze assumiram o cargo, sendo o primeiro [[José de Burgo Vila Lobos]]. [[João de Melo Leite Cogominho de Lacerda]], [[João Teixeira Monteiro de Carvalho]], [[Manoel da Cunha Andrade e Sousa]] e [[Manuel Correia de Mesquita Borba]] recusaram servir na comarca do Mato Grosso e sabemos que três deles permaneceram no Reino.<ref>JESUS. “Juízes letrados, vilas e julgados”: A ouvidoria e os ouvidores em Cuiabá e Vila Bela (1728-1822)”. In: BICALHO, Maria Fernanda B.; et all. Justiça no Brasil colonial: agentes e práticas.1 ed. São Paulo : Alameda Editora, 2017.</ref><br />
<br />
Quatro ([[José de Burgo Vila Lobos]], [[João Gonçalves Pereira]], [[Manoel Antunes Nogueira]] e [[João Antonio Vaz Morilhas]]) serviram na [[Vila Real do Cuiabá]] enquanto a ouvidoria esteve nela sediada e dez atuaram na capital Vila Bela. As ouvidorias em Cuiabá e na capitania ainda tiveram como saldo quatro ouvidores falecidos nas vilas e um quando regressava para Lisboa. [[Manuel Antunes Nogueira]], [[Fernando Caminha de Castro]], [[Sebastião Pita de Castro]] foram vitimados por doenças, e, [[Luiz de Azevedo Sampaio]] foi assassinado em Vila Bela. O primeiro ouvidor, [[José de Burgo Vila]] Lobos morreu quando regressava para o Reino. Casos de mortes e de enfermidades entre as autoridades nomeadas pelo rei.<ref>JESUS. “Juízes letrados, vilas e julgados”: A ouvidoria e os ouvidores em Cuiabá e Vila Bela (1728-1822)”. In: BICALHO, Maria Fernanda B.; et all. Justiça no Brasil colonial: agentes e práticas.1 ed. São Paulo : Alameda Editora, 2017.</ref> <ref>JESUS. “Juízes letrados, vilas e julgados”: A ouvidoria e os ouvidores em Cuiabá e Vila Bela (1728-1822)”. In: BICALHO, Maria Fernanda B.; et all. Justiça no Brasil colonial: agentes e práticas.1 ed. São Paulo : Alameda Editora, 2017.</ref><br />
<br />
<br />
Sobre as carreiras, quatro alcançaram o estatuto de [[desembargador]] de um dos Tribunais da Relação, um a [[Casa de Suplicação]] e um a [[Corregedoria]] da [[Ilha da Madeira]]. Ainda sobre as trajetórias, a maioria dos ouvidores tinha sido juiz de fora antes da nomeação para a fronteira ocidental. Exceção foi o primeiro ouvidor de Vila Real do Cuiabá, [[José de Burgo Vila Lobos]], que tinha sido ouvidor do Crato e criado o juizado de fora de Feira. A Coroa para criar a ouvidoria em uma vila recém-fundada parece ter optado pela nomeação de um ministro mais experiente. Dentre os [[ouvidores]] que foram juízes de fora, destacamos [[Joaquim José de Morais]], que antes de se deslocar para Vila Bela serviu no juizado e na provedoria do [[Maranhão]] – o que evidencia certa mobilidade pelos cargos na [[América portuguesa]] - e criou o [[julgado]] de [[São Pedro D´El Rei]], o único de que temos notícia na [[capitania de Mato Grosso]].<ref>JESUS. “Juízes letrados, vilas e julgados”: A ouvidoria e os ouvidores em Cuiabá e Vila Bela (1728-1822)”. In: BICALHO, Maria Fernanda B.; et all. Justiça no Brasil colonial: agentes e práticas.1 ed. São Paulo : Alameda Editora, 2017.</ref> <br />
<br />
<br />
Nessa região, os ouvidores, além das funções judiciais e administrativas, como abrir devassas e supervisionar as contas das câmaras, eles agiram diretamente ou indiretamente na organização de expedições contra os índios, nas viagens em direção às terras de Castela, na realização de obras públicas, na descoberta de lavras de ouro e fundação de julgado. Estiveram também envolvidos em diversos conflitos jurisdicionais e, um deles, [[João Antonio Vaz Morilhas]], chegou a ser suspenso do cargo, preso em [[Vila Real do Cuiabá]] e nessa condição conduzido para Lisboa, sob acusação de uma série de irregularidades administrativas e participação no contrabando de diamantes. Ao final, não teve as acusações comprovadas e foi solto por ordem do rei, que ainda determinou a devolução dos seus bens que tinham sido sequestrados (JESUS, 2016).<br />
<br />
<br />
Importante observar que a [[Coroa portuguesa]] criou a [[ouvidoria]] na Vila Real do Cuiabá um ano após a sua elevação à [[vila]], e o ministro foi o principal representante do rei na primeira década do setecentos. Neste sentido, além dos motivos mencionados, não podemos esquecer que a criação, a manutenção e posterior mudança da ouvidoria de Vila Real do Senhor Bom Jesus do Cuiabá para Vila Bela da Santíssima Trindade atenderam as estratégias geopolíticas e econômicas adotadas pela Coroa no extremo oeste da América portuguesa no século XVIII.<ref>JESUS. “Juízes letrados, vilas e julgados”: A ouvidoria e os ouvidores em Cuiabá e Vila Bela (1728-1822)”. In: BICALHO, Maria Fernanda B.; et all. Justiça no Brasil colonial: agentes e práticas.1 ed. São Paulo : Alameda Editora, 2017.</ref><ref>CAMARINHAS, Nuno. Juízes e administração da justiça no Antigo Regime. Portugal e o império colonial, séculos XVII e XVIII. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian/ Fundação para a Ciência e Tecnologia, 2010.</ref><ref>SUBTIL, José. Dicionário dos desembargadores (1640-1834). Lisboa: EDIUAL, 2010. </ref><br />
<br />
}}<br />
[[Categoria:Ouvidorias]]</div>Tiagogilhttp://lhs.unb.br/atlas/Ouvidoria_do_Esp%C3%ADrito_SantoOuvidoria do Espírito Santo2020-09-21T18:41:55Z<p>Tiagogil: </p>
<hr />
<div>{{Verbete|nome=Claudia C. Azeredo|sobrenome=Atallah|verbete=A [[ouvidoria]] do Espírito Santo foi criada pela Provisão Régia de quinze de janeiro de 1732, porém, a comarca de [[Vitória]] somente seria criada em 1741 a partir de um ato régio. Seu primeiro ouvidor foi o [[bacharel]] [[Pascoal Ferreira de Veras]], que assumiu o lugar aos três de outubro do mesmo ano. <ref>TEIXEIRA, J. de. História do Estado do Espírito Santo (2ª ed.). Vitória: Fundação Cultural do Espírito Santo, 1975.</ref><br />
Sua jurisdição era bastante ampla, abrangendo as [[vilas]] de [[Vitória]] e [[Guarapari]], na [[Capitania do Espírito Santo]] e, na [[capitania]] donatária da [[Paraíba do Sul]] dos [[Campos dos Goytacazes]], as [[vilas]] de [[São Salvador]] e [[São João da Barra]]. Essa [[capitania]] pertencia ao 3º [[Visconde de Asseca]], [[Diogo Correia de Sá e Benevides Velasco]]. Os conflitos ali ocorridos durante a década de 1720 constituíram-se em forte motivo para a criação da referida [[comarca]], recomendada pelo [[ouvidor geral]] do [[Rio de Janeiro]] em 1731, [[Manuel da Costa Mimoso]], quando em [[correição]] por aquelas terras. <ref>ATALLAH, Claudia C. Azeredo. Administração da justiça nas terras dos Asseca: uma análise da carta de doação da Paraíba do Sul dos Campos dos Goytacazes (1674-1727). In: BICALHO, M. F.; ASSIS, V. M. Almoêdo e MELLO, I. De M. P. (orgs.) Justiça no Brasil Colonial agentes e práticas. SP: Alameda, 2017. 257-279</ref> Dois anos após a sua posse, Ferreira Veras anexou terras próximas ao [[Morro de Santana]], conhecida como [[Fazenda Macaé]], sob a guarda dos padres [[jesuítas]]. Essa região era distrito da Vila de São Salvador. <ref>TEIXEIRA, J. de. História do Estado do Espírito Santo (2ª ed.). Vitória: Fundação Cultural do Espírito Santo, 1975.</ref><br />
O primeiro [[ouvidor]] enfrentou rusgas por terras entre os [[jesuítas]] e [[nativos]]. Sua antipatia pelos [[inacianos]] agravou ainda mais as relações entre as partes. Notícias sobre o incidente chegaram ao reino, que ordenou uma [[devassa]] para punir os nativos envolvidos em 1744. O conflito ficou conhecido como [[Revolta dos Índios de Iriritiba]]. <ref>TEIXEIRA, J. de. História do Estado do Espírito Santo (2ª ed.). Vitória: Fundação Cultural do Espírito Santo, 1975.</ref><br />
O segundo ouvidor, [[Mateus Nunes José de Macedo]], assumiu o lugar em meados de 1745. Em carta de sete de março de 1746, escrita ao [[Conselho Ultramarino]], o magistrado informava não haver estrutura adequada para a aplicabilidade da justiça em nome do rei na comarca recém-criada. Faltavam-lhe [[Cadeia]] e Casa de [[Câmara]], “por terem caído de todo e não cuidarem os meus antecessores na sua reedificação”<ref>Carta de sete de março de 1746 dirigida pelo Dr. Mateus Nunes de Macedo a el-rei (LAMEGO, 1913-1943. P.324-5)</ref>. O ouvidor enfrentaria alguns imbróglios durante seu triênio. O maior deles esteve relacionado à confirmação da carta de doação da [[Capitania da Paraíba do Sul]] dos [[Campos dos Goytacazes]], termo de sua comarca, em 1745. Com a morte do 3º [[Visconde de Asseca]]], as elites agrárias e políticas da região se organizaram para impedir que as terras continuassem nas mãos dos [[donatários]]. Em meio a uma contenda de grandes proporções, [[Mateus Nunes]] reprimiu os revoltosos e tirou devassa, em 1748. Ainda se envolveria em denúncias de favorecimento e propina, antes do fim de seu lugar como ouvidor. O acontecido ficou conhecido como [[Rebelião de 1748]].<ref>ATALLAH, Claudia Cristina A. Entre a cruz e a caldeirinha: um ouvidor a serviço da monarquia nas terras dos Asseca. Tempo Niterói, vol.24. nº.1, p. 161-179 jan./abr. 2018. Disponível em www.historia.uff.br/tempo acessado em 20 de junho de 2018.</ref><br />
O terceiro ouvidor da comarca, [[Bernardino Pereira Falcão]], concluíra a devassa sobre a Rebelião de 1748. Em 1754, o processo de anexação da [[Paraíba do Sul]] às terras da coroa foi concluído. <br />
A comarca era uma das portas de entrada para as minas auríferas. [[Bernardino Pereira Falcão]] demarcou as [[Minas do Castelo]], a partir de um intrincado de terras que ficava entre o Espírito Santo e a [[Bahia]], sob os protestos do governador desta [[capitania]]. O povoamento desordenado avançou durante toda a segunda metade do século XVIII, dando origem a Igreja Matriz de [[Nossa Senhora da Conceição das Minas do Castelo]] e a alguns povoados, [[Caxixe]], [[Arraial Velho]], [[Salgado]] e [[Ribeirão]].<ref>PENA, Misael Ferreira. História da província do Espírito Santo. Rio de Janeiro, 1878</ref> Tal movimento promoveu um afastamento da população do litoral, incentivando o desbravamento dos sertões capixabas durante as últimas décadas do século XVIII.<br />
}}<br />
[[Categoria:Ouvidorias]]</div>Tiagogilhttp://lhs.unb.br/atlas/Informar_erro_nesta_p%C3%A1ginaInformar erro nesta página2020-06-03T15:17:18Z<p>Tiagogil: </p>
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=[https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdCtlW3uOKlQk1XFYYBsV8AjR6zE-IDyQiI9etu3F-DTEF2tw/viewform ENVIE AQUI SUA OBSERVAÇÃO]=</div>Tiagogilhttp://lhs.unb.br/atlas/Informar_erro_nesta_p%C3%A1ginaInformar erro nesta página2020-06-03T15:16:37Z<p>Tiagogil: </p>
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[[category:santos]]</div>Tiagogilhttp://lhs.unb.br/atlas/Mapa_DigitalMapa Digital2020-02-07T18:34:13Z<p>Tiagogil: </p>
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<div style="font-size:140%;font-weight:bold;border: none; margin: 1; padding:0;padding-bottom:.1em;"><font color="red">PARA IR DIRETO AO MAPA DIGITAL</font></div><br />
<div style="font-size:180%;font-weight:bold;border: none; margin: 1; padding:0;padding-bottom:.1em;"><font color="red">''' [http://lhs.unb.br/i3geo8/iroko2/cantino.php CLIQUE AQUI]'''</font></div><br />
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<br />
Se você preferir, pode estudar o melhor meio de usar o mapa digital.<br />
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[[Arquivo:Manual.png|800px|link=http://lhs.unb.br/atlas/Mapa_Digital]]</div>Tiagogilhttp://lhs.unb.br/atlas/Mapa_DigitalMapa Digital2020-02-07T18:34:05Z<p>Tiagogil: </p>
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<div style="font-size:180%;font-weight:bold;border: none; margin: 1; padding:0;padding-bottom:.1em;"><font color="red">''' [http://lhs.unb.br/i3geo8/iroko2/cantino.php CLIQUE AQUI]'''</font></div><br />
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<br />
<br />
Se você preferir, pode estudar o melhor meio de usar o mapa digital.<br />
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[[Arquivo:Manual.png|800px|link=http://lhs.unb.br/atlas/Mapa_Digital]]</div>Tiagogilhttp://lhs.unb.br/atlas/InstitucionalInstitucional2020-02-07T18:33:14Z<p>Tiagogil: </p>
<hr />
<div><br />
<br />
O Atlas é uma proposta colaborativa, que congrega pesquisadores de diversas instituições. A ferramenta base foi desenvolvida pelo Laboratório de História Social (LHS) da Universidade de Brasília, usando tecnologia do Ministério do Meio Ambiente, o software I3GEO. O LHS/UnB também produziu mapas base com informações de unidades urbanas e populacionais do período entre 1500 e 1800, além de outros bancos de dados de informações geográficas. Sendo uma [[Como colaborar|ferramenta colaborativa]], no espírito da chamada web 2.0 no qual há ênfase no trabalho de equipe e troca livre de informações, o ATLAS DIGITAL DA AMÉRICA LUSA é um espaço de interação. Nele podem ser publicados dados espacializados de diversas pesquisas ou mesmo informações que possam passar pelo processo de geoprocessamento a cargo do LHS/UnB. A ideia é que diversos pesquisadores possam enviar informações de seus estudos e, ao mesmo tempo, usufruir deste grande banco de dados coletivo revisado, organizado e certificado, assim como da cartografia produzida.<br />
<br />
<br />
'''[[Quem somos]]'''<br />
<br />
<br />
'''[[Histórico]]'''<br />
<br />
<br />
'''[[Como colaborar]]'''<br />
<br />
<br />
'''[[Biblioatlas:Direitos de autor|Direitos dos autores]]'''</div>Tiagogilhttp://lhs.unb.br/atlas/Predefini%C3%A7%C3%A3o:VerbetePredefinição:Verbete2020-02-07T18:32:59Z<p>Tiagogil: </p>
<hr />
<div>{| width="350" style="border-style:solid; border-width: 0px; border-color:686868; font-size:112%"<br />
| align="left" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.05)"|''por '' '''[[{{{nome}}} {{{sobrenome}}}]]'''<br />
|-<br />
|}<br />
<br />
<br />
<br />
{{{verbete}}}<br />
<br />
<br />
<br />
==== Referências ====<br />
<references/><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
{| width="650" style="border-style:solid; border-width: 1px; border-color:686868; font-size:small"<br />
| align="center" style="background:#ff8a38;"|'''''Citação deste verbete'''''<br />
|-<br />
|-<br />
| align="left" style="background:#ffffff;"|Autor do verbete: '''[[ {{{nome}}} {{{sobrenome}}} ]]'''<br />
|-<br />
|'''Como citar:''' {{uc:{{{sobrenome}}}}}, {{{nome}}}. "{{PAGENAME}}". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: <span class="plainlinks">[{{fullurl:{{ARTICLEPAGENAME}}}} {{fullurl:{{ARTICLEPAGENAME}}}}]</span>. Data de acesso: {{CURRENTDAY}} de {{CURRENTMONTHNAME}} de {{CURRENTYEAR}}.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Baixe a referência bibliográfica deste verbete usando<br />
<br />
[[File:Zotero2.png|100px|link=Zotero|BiblioAtlas recomenda o ZOTERO]]<br />
<br />
[http://lhs.unb.br/biblioatlas/Zotero (clique aqui para saber mais)]<br />
|}<br />
<br />
{| <br />
| align="center" style="background:#f4f082;"|'''[[Informar erro nesta página]]''' <br />
|-<br />
|}<br />
<br />
<!-- Brasil Colonial colonial Brazil Brésil Brasile Modern history história moderna --><br />
<!-- Digital Atlas of Portuguese America --><br />
<br />
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<br />
<br />
<span <br />
class="Z3988" <br />
title="ctx_ver=Z39.88-2004&amp;rft_val_fmt=info%3Aofi%2Ffmt%3Akev%3Amtx%3Abook&amp;rfr_id=info%3Asid%2Focoins.info%3Agenerator&amp;rft.genre=bookitem&amp;rft.btitle=BiblioAtlas+-+Biblioteca+de+Refer%C3%AAncias+do+Atlas+Digital+da+Am%C3%A9rica+Lusa&amp;rft.title=BiblioAtlas+-+Biblioteca+de+Refer%C3%AAncias+do+Atlas+Digital+da+Am%C3%A9rica+Lusa&amp;rft.atitle={{PAGENAME}}&amp;rft.aulast={{{sobrenome}}}&amp;rft.aufirst={{{nome}}}&amp;rft.date={{CURRENTDAY}}/{{CURRENTMONTH}}/{{CURRENTYEAR}}"><br />
</span></div>Tiagogilhttp://lhs.unb.br/atlas/Guia_de_Vilas_e_Cidades_ColoniaisGuia de Vilas e Cidades Coloniais2020-02-07T18:32:38Z<p>Tiagogil: </p>
<hr />
<div><br />
<br />
<br />
'''XVI'''<br />
<br />
[[São Vicente]], 1531<br />
<br />
[[Porto Seguro]], 1534<br />
<br />
[[Vila Velha]], 1535<br />
<br />
[[São Jorge]], 1536<br />
<br />
[[Olinda]], 1537<br />
<br />
[[Igarassu]], 1537<br />
<br />
[[Vila da Rainha]], 1539<br />
<br />
[[Nossa Senhora da Conceição - Itamaracá]], 1540<br />
<br />
[[Santos]], 1546<br />
<br />
[[Cidade da Bahia]], 1549<br />
<br />
[[Vitória]], 1550<br />
<br />
[[São Paulo de Piratininga]], 1553<br />
<br />
[[Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém]], 1561<br />
<br />
[[Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro]], 1565<br />
<br />
[[Santo Antonio de Boipeba]], 1565<br />
<br />
[[Nossa Senhora do Rosário do Cairú]], 1565<br />
<br />
[[Nossa Senhora das Neves de Iguape]], 1577<br />
<br />
[[Cidade de Filipéia de Nossa Senhora das Neves]], 1585<br />
<br />
[[São João Batista de Cananéia]], 1587<br />
<br />
[[São Cristóvão]], 1590<br />
<br />
[[Santa Maria Madalena da Alagoa do Sul]], 1591<br />
<br />
[[Cidade do Natal]], 1599<br />
<br />
<br />
<br />
'''XVII'''<br />
<br />
<br />
[[Angra dos Santos Reis da Ilha Grande]], 1608<br />
<br />
[[Mogi das Cruzes]], 1611<br />
<br />
[[Santa Helena]], 1615<br />
<br />
[[São Luís]], 1615<br />
<br />
[[Cidade de Belém]], 1616<br />
<br />
[[São Jacó - Capitania de Itapicuru]], 1620<br />
<br />
[[Parnaíba]], 1625<br />
<br />
[[Formosa de Sirinhaém]], 1627<br />
<br />
[[Vila Viçosa da Santa Cruz do Camutá]], 1635<br />
<br />
[[São Sebastião]], 1636<br />
<br />
[[Penedo do Rio São Francisco]], 1636<br />
<br />
[[Bom Sucesso do Porto Calvo]], 1636<br />
<br />
[[Ubatuba]], 1637<br />
<br />
[[Gurupá]], 1639<br />
<br />
[[Vigia]], 1645<br />
<br />
[[Taubaté]], 1645<br />
<br />
[[Paranaguá]], 1648<br />
<br />
[[Santo Antônio de Alcântara]], 1648<br />
<br />
[[Guaratinguetá]], 1651<br />
<br />
[[Jacareí]], 1652<br />
<br />
[[Santo Antônio de Caraguatatuba]], 1655<br />
<br />
[[Jundiaí]], 1656<br />
<br />
[[Itu]], 1657<br />
<br />
[[Nossa Senhora da Graça do Rio de São Francisco]], 1660<br />
<br />
[[São João da Barra de Paraíba]], 1667<br />
<br />
[[Santo Amaro das Brotas]], 1667<br />
<br />
[[Paraty]], 1667<br />
<br />
[[Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba]], 1670<br />
<br />
[[Santo Antônio de Itabaiana]], 1675<br />
<br />
[[São Salvador dos Campos]], 1677<br />
<br />
[[Guarapari]], 1679<br />
<br />
[[Goiana]], 1685<br />
<br />
[[São Jacó - Capitania de Icatu]], 1691<br />
<br />
[[Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais de Curitiba|Nossa Senhora da Luz dos Pinhais de Curitiba]], 1693<br />
<br />
[[Santo Antonio de Sá]], 1697<br />
<br />
[[Nossa Senhora da Ajuda de Jaguaripe]], 1697<br />
<br />
[[Caxias das Aldeias Altas]], 1697<br />
<br />
[[São Francisco da Barra de Sergipe do Conde]], 1698<br />
<br />
[[Aquiraz]], 1699<br />
<br />
[[Nossa Senhora do Rosário do Porto da Cachoeira]], 1699<br />
<br />
<br />
<br />
'''XVIII'''<br />
<br />
<br />
[[Santo Antônio do Rio das Caravelas]], 1701<br />
<br />
[[Pindamonhangaba]], 1705<br />
<br />
[[Recife]], 1709<br />
<br />
[[Nossa Senhora do Ribeirão do Carmo]], 1709<br />
<br />
[[Vila Real do Sabará]], 1709<br />
<br />
[[Vila Rica de Albuquerque]], 1709<br />
<br />
[[São João Del-Rei]], 1713<br />
<br />
[[Príncipe]], 1714<br />
<br />
[[Nova da Rainha do Caeté]], 1714<br />
<br />
[[Piedade do Pitangui]], 1715<br />
<br />
[[Mocha]], 1717<br />
<br />
[[São José del-Rei]], 1720<br />
<br />
[[Santo Antônio de Jacobina]], 1722<br />
<br />
[[Nova de Nossa Senhora do Livramento e Minas de Rio de Contas]], 1724<br />
<br />
[[Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção]], 1725<br />
<br />
[[Nossa Senhora do Desterro - Santa Catarina]], 1726<br />
<br />
[[Nossa Senhora da Purificação de Santo Amaro]], 1727<br />
<br />
[[Vila Real do Senhor Bom Jesus de Cuyabá]], 1727<br />
<br />
[[Cachoeira da Abadia]], 1728<br />
<br />
[[São Bartolomeu do Maragogipe]], 1728<br />
<br />
[[Nossa Senhora de Nazaré de Itapicuru de Cima]], 1728<br />
<br />
[[Nossa Senhora do Bom Sucesso de Minas Novas do Araçuí]], 1730<br />
<br />
[[Barra do Rio de Contas]], 1732<br />
<br />
[[Nova de Santo Antônio do Rio de São Francisco]], 1733<br />
<br />
[[Icó]], 1738<br />
<br />
[[Vila Boa]], 1739<br />
<br />
[[Santo Antônio dos Anjos da Laguna]], 1742<br />
<br />
[[Urubú]], 1746<br />
<br />
[[Santa Cruz do Aracati]], 1748<br />
<br />
[[Vila Bela da Santíssima Trindade]], 1752<br />
<br />
[[São Francisco das Chagas da Barra do Rio Grande]], 1752<br />
<br />
[[Vila de Bragança]], 1753<br />
<br />
[[Ourém]], 1753<br />
<br />
[[Pombal - Capitania da Bahia]], 1754<br />
<br />
[[Viana]], 1755<br />
<br />
[[Nova de El Rei - Pará]], 1755<br />
<br />
[[São Mateus]], 1755<br />
<br />
[[São José de Guimarães]], 1756<br />
<br />
[[Vila de Borba a nova]], 1756<br />
<br />
[[São José do Javari]], 1756<br />
<br />
[[Chaves]], 1757<br />
<br />
[[Soure]], 1757<br />
<br />
[[Monção]], 1757<br />
<br />
[[São Miguel de Cintra]], 1757<br />
<br />
[[Vinhais]], 1757<br />
<br />
[[São José de Macapá]], 1758<br />
<br />
[[Viçosa de Tutóia]], 1758<br />
<br />
[[Portel]], 1758<br />
<br />
[[Melgaço]], 1758<br />
<br />
[[Almeirim]], 1758<br />
<br />
[[Alenquer]], 1758<br />
<br />
[[Nova Almeida]], 1758<br />
<br />
[[Espírito Santo de Nova Abrantes]], 1758<br />
<br />
[[Olivença - Capitania da Bahia]], 1758<br />
<br />
[[Santarém - Capitania do Grão-Pará]], 1758<br />
<br />
[[Porto de Mós]], 1758<br />
<br />
[[Moura]], 1758<br />
<br />
[[Oeiras - Pará]], 1758<br />
<br />
[[Alhandra]], 1758<br />
<br />
[[Barcelos]], 1758<br />
<br />
[[Tomar]], 1758<br />
<br />
[[Pilar de Taipú]], 1758<br />
<br />
[[Óbidos]], 1758<br />
<br />
[[Monte Alegre]], 1758<br />
<br />
[[Taquara]], 1758<br />
<br />
[[Vila Nova de Tomar]], 1758<br />
<br />
[[Santarém - Capitania da Bahia]], 1758<br />
<br />
[[Serpa]], 1759<br />
<br />
[[Trancoso]], 1759<br />
<br />
[[Vila Nova de Soure]], 1759<br />
<br />
[[Silves]], 1759<br />
<br />
[[Vila Real de Arroches]], 1759<br />
<br />
[[Vila Real de Messejana]], 1759<br />
<br />
[[Ega]], 1759<br />
<br />
[[Olivença - Rio Negro]], 1759<br />
<br />
[[Vila Viçosa Real]], 1759<br />
<br />
[[Rio Grande de São Pedro]], 1760<br />
<br />
[[Nova de Arez]], 1760<br />
<br />
[[Nova de Estremoz do Norte]], 1760<br />
<br />
[[Vila Verde]], 1760<br />
<br />
[[Nova de Benevente]], 1761<br />
<br />
[[Camamú]], 1761<br />
<br />
[[Maraú]], 1761<br />
<br />
[[Vila de Soure - Capitania da Bahia]], 1761<br />
<br />
[[Portalegre]], 1761<br />
<br />
[[Franca - Pará]], 1762<br />
<br />
[[São João da Parnaíba]], 1762<br />
<br />
[[Monsarás]], 1762<br />
<br />
[[Conde - Pará]], 1762<br />
<br />
[[Colares]], 1762<br />
<br />
[[Monfort]], 1762<br />
<br />
[[Veiros]], 1762<br />
<br />
[[Pinhel]], 1762<br />
<br />
[[Monte-mor o Novo da América|Monte-Mor]], 1762<br />
<br />
[[Pombal - Pará]], 1762<br />
<br />
[[Salvaterra]], 1762<br />
<br />
[[Alter do Chão]], 1762<br />
<br />
[[Beja]], 1762<br />
<br />
[[Boim]], 1762<br />
<br />
[[Souzel]], 1762<br />
<br />
[[Paço do Lumiar]], 1762<br />
<br />
[[São José do Rio Grande]], 1762<br />
<br />
[[Campo Maior]], 1762<br />
<br />
[[Jerumenha]], 1762<br />
<br />
[[Marvão]], 1762<br />
<br />
[[Nossa Senhora do Livramento de Parnaguá]], 1762<br />
<br />
[[Valença - Capitania do Piauí]], 1762<br />
<br />
[[Belmonte]], 1764<br />
<br />
[[Prado]], 1764<br />
<br />
[[São Matheus]], 1764<br />
<br />
[[Vila de Atalaia]], 1764<br />
<br />
[[Vila Nova de São João da Anadia]], 1764<br />
<br />
[[Monte-mor o Novo da América]], 1764<br />
<br />
[[Vila Real do Crato]], 1764<br />
<br />
[[Vila Vistosa da Madre de Deus]], 1765<br />
<br />
[[Russas]], 1766<br />
<br />
[[São José do Paraíba]], 1767<br />
<br />
[[Viçosa - Arraial de Campinho do Peruípe]], 1768<br />
<br />
[[Faro]], 1768<br />
<br />
[[Conde]], 1768<br />
<br />
[[Flor]], 1769<br />
<br />
[[Mazagão]], 1769<br />
<br />
[[Mogi-Mirim]], 1769<br />
<br />
[[Itapeva do Faxina]], 1769<br />
<br />
[[São João do Atibaia]], 1769<br />
<br />
[[Pastos Bons]], 1770<br />
<br />
[[Sabaúna]], 1770<br />
<br />
[[Guaratuba]], 1771<br />
<br />
[[Itapetininga]], 1771<br />
<br />
[[Nossa Senhora dos Prazeres de Lajes]], 1771<br />
<br />
[[Minas de Apiaí]], 1771<br />
<br />
[[Alcobaça]], 1772<br />
<br />
[[Nossa Senhora do Bom Sucesso do Pombal]], 1772<br />
<br />
[[Distinta e Real de Sobral]], 1773<br />
<br />
[[Paraitinga]], 1773<br />
<br />
[[Vila Real da Granja]], 1776<br />
<br />
[[Vila Nova de Sousa]], 1776<br />
<br />
[[Nova da Cerveira]], 1778<br />
<br />
[[Maria do Paraguai]], 1778<br />
<br />
[[São José de Porto Alegre]], 1779<br />
<br />
[[Poxim|São José do Poxim]], 1779<br />
<br />
[[Vila Nova da Rainha - Capitania da Bahia]], 1779<br />
<br />
[[Vila Nova de Castro]], 1779<br />
<br />
[[São Pedro del Rei]], 1781<br />
<br />
[[Nova de São José del Rei]], 1783<br />
<br />
[[Casal Vasco]], 1783<br />
<br />
[[Vila de Cunha]], 1785<br />
<br />
[[Vila Nova da Princesa]], 1788<br />
<br />
[[Vila Nova do Príncipe - Capitania do Rio Grande]], 1788<br />
<br />
[[Lorena]], 1788<br />
<br />
[[Nossa Senhora da Piedade de Magé]], 1789<br />
<br />
[[Vila Nova do Campo Maior de Quixeramobim]], 1789<br />
<br />
[[São Bento do Tamanduá]], 1789<br />
<br />
[[Nova da Rainha - Capitania da Paraíba]], 1790<br />
<br />
[[Queluz]], 1790<br />
<br />
[[Nova de El Rei - Siará]], 1791<br />
<br />
[[Barbacena]], 1791<br />
<br />
[[Antonina]], 1797<br />
<br />
[[Porto Feliz]], 1797<br />
<br />
[[São Carlos]], 1797<br />
<br />
[[Nova Bragança]], 1797<br />
<br />
[[São Pedro]], 1798<br />
<br />
[[Paracatu do Príncipe]], 1798<br />
<br />
[[Campanha da Princesa]], 1798<br />
<br />
[[Valença - Capitania da Bahia]], 1799<br />
<br />
<br />
<br />
'''XIX<br />
'''<br />
<br />
[[Propriá]], 1800<br />
<br />
[[Inhambupe]], 1801<br />
<br />
[[Resende]], 1801<br />
<br />
[[São João do Príncipe]], 1802<br />
<br />
[[Nova da Rainha - Tupinambarana]], 1804<br />
<br />
[[Vila da Princesa]], 1806<br />
<br />
[[Vila Nova do Conde]], 1806<br />
<br />
[[Vila Nova do Príncipe - Capitania de São Paulo]], 1806</div>Tiagogilhttp://lhs.unb.br/atlas/In%C3%ADcioInício2020-02-07T18:32:14Z<p>Tiagogil: </p>
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