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Goiana

De Atlas Digital da América Lusa

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A localidade de Goiana surgiu no século XVI num território ocupado por nativos [[caetés]] e [[potiguares]]. Tornou-se [[freguesia]] em 1568, obtendo o estatuto de [[Vila]] em 15 de janeiro de 1685, quando também obtém a [[Cabeça de capitania]], que antes estava em [[Capitania de Itamaracá|Itamaracá]], mesmo que tivesse recebido a Câmara daquela Capitania em algumas ocasiões anteriores, como destaca a historiografia. <ref>GALVÃO, Sebastião de Vasconcelos, Dicionário corográfico, histórico e estatístico de Pernambuco: Companhia Editora de Pernambuco, 2006.</ref> Sobre isso, Luciana de Carvalho Barbalho afirma:
 
A localidade de Goiana surgiu no século XVI num território ocupado por nativos [[caetés]] e [[potiguares]]. Tornou-se [[freguesia]] em 1568, obtendo o estatuto de [[Vila]] em 15 de janeiro de 1685, quando também obtém a [[Cabeça de capitania]], que antes estava em [[Capitania de Itamaracá|Itamaracá]], mesmo que tivesse recebido a Câmara daquela Capitania em algumas ocasiões anteriores, como destaca a historiografia. <ref>GALVÃO, Sebastião de Vasconcelos, Dicionário corográfico, histórico e estatístico de Pernambuco: Companhia Editora de Pernambuco, 2006.</ref> Sobre isso, Luciana de Carvalho Barbalho afirma:
  
{{trecho|texto=Como se tratava de uma capitania donatarial, cujo donatário estava em Portugal, e que  era  governada  por  capitães-mores,  os  quais,  muitas  vezes,  não  tinham  pulso  para administrá-la,  a  Câmara  Municipal  como  “cabeça  da  capitania”  de  Itamaracá,  em  várias ocasiões, tomava as resoluções das contendas, ou promovia levantes para atingir seus próprios interesses. Até 1685, a única vila da capitania era Nossa Senhora da Conceição, sendo Goiana uma  freguesia  sob  a  jurisdição  daquela,  mas  quando  Goiana  tornou-se  vila,  iniciou-se  a disputa pela localização da Câmara, acarretando, assim, a disputa pela sede da capitania. Ser “cabeça da capitania” dava privilégios maiores para a vila sede. Se a Câmara tinha jurisdição sobre o seu termo, a “cabeça da capitania” além de controlar seu termo, ainda podia fiscalizar os  outros  e  a  atuação das  outras  Câmaras  Municipais.}}  
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{{trecho|texto=Como se tratava de uma capitania donatarial, cujo donatário estava em Portugal, e que  era  governada  por  capitães-mores,  os  quais,  muitas  vezes,  não  tinham  pulso  para administrá-la,  a  Câmara  Municipal  como  “cabeça  da  capitania”  de  Itamaracá,  em  várias ocasiões, tomava as resoluções das contendas, ou promovia levantes para atingir seus próprios interesses. Até 1685, a única vila da capitania era Nossa Senhora da Conceição, sendo Goiana uma  freguesia  sob  a  jurisdição  daquela,  mas  quando  Goiana  tornou-se  vila,  iniciou-se  a disputa pela localização da Câmara, acarretando, assim, a disputa pela sede da capitania. Ser “cabeça da capitania” dava privilégios maiores para a vila sede. Se a Câmara tinha jurisdição sobre o seu termo, a “cabeça da capitania” além de controlar seu termo, ainda podia fiscalizar os  outros  e  a  atuação das  outras  Câmaras  Municipais.<ref>BARBALHO, Luciana de Carvalho. Capitania de Itamaracá. Poder local e conflito: Goiana e Nossa Senhora da Conceição (1685-1742). Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-graduação em História, Universidade Federal da Paraíba, 2009, pg. 76<ref>}}  
  
  

Edição de 13h00min de 7 de janeiro de 2015

{{Verbete |nome=Tiago |sobrenome=Gil |verbete= A localidade de Goiana surgiu no século XVI num território ocupado por nativos caetés e potiguares. Tornou-se freguesia em 1568, obtendo o estatuto de Vila em 15 de janeiro de 1685, quando também obtém a Cabeça de capitania, que antes estava em Itamaracá, mesmo que tivesse recebido a Câmara daquela Capitania em algumas ocasiões anteriores, como destaca a historiografia. [1] Sobre isso, Luciana de Carvalho Barbalho afirma:

Aspa1.png Como se tratava de uma capitania donatarial, cujo donatário estava em Portugal, e que era governada por capitães-mores, os quais, muitas vezes, não tinham pulso para administrá-la, a Câmara Municipal como “cabeça da capitania” de Itamaracá, em várias ocasiões, tomava as resoluções das contendas, ou promovia levantes para atingir seus próprios interesses. Até 1685, a única vila da capitania era Nossa Senhora da Conceição, sendo Goiana uma freguesia sob a jurisdição daquela, mas quando Goiana tornou-se vila, iniciou-se a disputa pela localização da Câmara, acarretando, assim, a disputa pela sede da capitania. Ser “cabeça da capitania” dava privilégios maiores para a vila sede. Se a Câmara tinha jurisdição sobre o seu termo, a “cabeça da capitania” além de controlar seu termo, ainda podia fiscalizar os outros e a atuação das outras Câmaras Municipais.Erro de citação: </ref> de fechamento ausente para para a marca <ref>

Tomando-se a documentação do Conselho Ultramarino (Projeto Resgate Barão do Rio Branco), podemos encontrar diversos documentos que reforçam a opinião de Manoel da Costa Honorato, mas informações contraditórias. Um documento de 23 de maio de 1703 faz apresenta Goiana ora como lugar, ora como povoação[2], quando os dois autores acima citados consideravam Goiana já como Vila. A opinião de Honorato sobre a continuidade da Vila de Goiana é salientada por inúmeros documentos posteriores à 1711, nos quais é comum a referência à Vila de Goiana e aos seus camaristas.[3] Aspa2.png

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