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Mauricius

De Atlas Digital da América Lusa

Mauricius

Geometria

Coleção Levy Pereira


Mauricius


Natureza: aldeia de índios com cruzeiro


Mapa: PRÆFECTURÆ DE PARAIBA, ET RIO GRANDE


Capitania: PARAIBA

Aldeia de índios com cruzeiro (capelão protestante), na m.e. do rio "Nhumajaĩ", na Capitania da Paraíba.


Nomes históricos: Aldeia Mauricius (Maurícia, Mouri∫la, Mourisea).


Nome atual: atualmente não é mais aldeia indígena.

Citações

►Mapa IT (IAHGP-Vingboons, 1640) #43 CAPITANIA DE I. TAMARICA, plotada com o símbolo de aldeia, "A Mouritia.", na m.e. do rio "Rº Tipimaiba.".

►Mapa PB (IAHGP-Vingboons, 1640) #49 CAPITANIA DE PARAYBA, plotada com o símbolo de aldeia, "A. Mouritia.", na m.e. do rio "Rº Tipimaiba.".

►Mapa Y-45 (4.VEL Y, 1642) De Cust van Brazil tusschen Ponto Pommarel ende Cabo Blancko, plotada com o símbolo de aldeia, "A Avaÿa".

►Mapa IT (Orazi, 1698) PROVINCIA DI ITAMARACÁ, plotada como "Mouri∫la" e símbolo de engenho com igreja, na m.e. do rio "R. Timibaiba".

►Mapa PB (Orazi, 1698) PROVINCIA DI PARAIBA, plotada como "Mourisea" e símbolo de povoação, na m.e. do rio "R. Tipimaiba".

►(Herckmans, 1639), pg. 23-24:

"Neste distrito do Gramame, ao sul do rio e cerca de duas léguas da costa, existiam também duas belas aldeias chamadas Joacaca e ... Pindaúna.

...

Estas aldeias foram abandonadas no ano de 1636, com aprovação do diretor da Capitania, para evitarem os índios as invasões ou os assaltos dos inimigos.

Durante certo tempo permaneceram os índios na cidade Frederica à custa da Companhia, ... até que se designou um lugar ...

Quando o S. Excia. o conde Maurício de Nassau tomou o forte de Porto Calvo, essa aldeia ainda não estava construída; e supondo os índios que não se achavam mais sujeitos aos assaltos dos inimigos, pediram ao diretor desta Capitania que lhes permitisse abandonar a nova aldeia ... e voltar às antigas, o que lhes foi concedido. Propuseram porém os principais que se lhes desse um lugar capaz entre as duas aldeias abandonadas de Joacaca e Pindaúna onde desejavam construir uma aldeia para habitarem conjuntamente, tanto mais quanto as antigas estavam de tal modo arruinadas que eles preferiam (com os restos delas) levantar uma nova. Ordenou-se pois que construíssem ali uma nova aldeia, à qual se deu o nome de Maurícia, e se nomeou para o seu capitão o inglês João Harrison; porquanto cada aldeia tem o seu capitão que é neerlandês ou alguma pessoa escolhida entre os nossos aliados, afim de mandar sobre ela e vigiar que sejam os índios mantidos em disciplina, instruídos no verdadeiros culto. Para o qual fim também se pôs na referida aldeia um ministro com um consolador dos doentes (ziecken trooster), oqual vai de uma a outra a doutrinar os índios na religião.".

►(Dagelijkse Notulen der Horge Regeering in Brazilie 1635-1654 - Nótulas Diárias do Alto Governo Neerlandês no Brasil - fonte: UFPE - LIBER - Monumenta Hygina), citando-a como aldeia Maurícia:

@ Dagelijkse Notule in Volume 5, Período de 4 de janeiro a 28 de dezembro de 1639:

"10 de outubro O predicante Abraham Dooreslaer, acompanhado pelos predicantes Soler e Kesselerus, deputados da Classis, mostrava que ele pela graça de Deus chegou a tal ponto que ele não somente é experiente na língua portuguesa, mas também consegue se comunicar com os brasileiros na língua brasileira. Ele espera que desta relaçao nasça muitos frutos porque já há alguns que tem algum conhecimento dos fundamentos da religião cristã, e que isso só ira aumentar entre os habitantes da aldeia Mauricia onde ele tem residência.".

@ Dagelijkse Notule in Volume 5, Período de 4 de janeiro a 28 de dezembro de 1639:

"3 de dezembro Brasileiros vindos da aldeia de São Miguel nos deram uma carta em mãos, escrita aos inimigos pelo superior dos brasileiros, Camarão, onde ele e todos os outros de sua nação estão convocados à se esconderem nos matos até sua chegada. Assim foi decidido de se trazer para a aldeia Mauritia os brasileiros da aldeia São Miguel, e para fazer com que nós não percamos os brasileiros de Goiânia, Paraíba e Rio Grande, assim se escreveu ao Coronel Doncker, que ele junto com o Predicante Dooreslaer, buscasse todos os brasileiros de seus vilarejos que se encontrem nestas Capitanias, e que fique com eles em Goiânia, para que eles não vão embora e para poder usar-los diretamente caso seja necessário.".

►(Dussen, 1640), indicando o nome do seu capitão holandês e sua população masculina.

- pg. 183, explicitando a função do capitão holandes:

"Além do capitão brasiliano, foi posto em cada aldeia um capitão holandês que os regem a eles e aos seus principais; a sua maior atribuição é animá-los para o trabalho e dirigi-los na melhoria das plantações e conceder-lhes permissão para trabalhar para senhores de engenho, verificando que não sejam vítimas de enganos e que o seu trabalho lhes seja pago. ".

- pg. 184 , quanto à pópulação masculina, esclarece

"... homens, tanto velhos quanto jovens, aptos para a guerra ou inaptos, excluídas as mulheres e crianças, as quais estão em proporção, com relação aos homens, de, no mínimo, 3 para 1. ".

- pg.185:

"ALDEIAS NA PARAÍBA

...

Aldeias Jaocque e Pindaúna, agora Maurícia, Capitão Tonis Claensz ... 233 homens".

►Nótulo, com a Ata e as propostas da Assembléia Indígena, datadas de 30/03/1645, realizadas na Aldeia Tapisserica, com as resoluções do Supremo Conselho, apostiladas em 11/04/1645, in (Souto Maior, 1912):

Essa aldeia, nessa Assembéia, é:

- citada como aldeia Mauritia;

- representada por dois grupos e elege representação de quatro escabinos (uma dupla por grupo);

- escolhida como sede da Câmara indígena da capitania de Paraíba, que congrega as Aldeias Maurícia, Miageriba, Pontado, Goaragoasu e Tapua.

►(Câmara Cascudo, 1956), pg. 218:

"Na volta do Nhumajaí está "Mauritius", acampamento de Tabajaras.".






Citação deste verbete
Autor do verbete: Levy Pereira
Como citar: PEREIRA, Levy. "Mauricius". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/atlas/Mauricius. Data de acesso: 28 de março de 2024.


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