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►Mapa PE [[(Orazi, 1698)]] PROVINCIA DI PERNAMBVCO, plotado, 'N S. ᵭ Rosario', na [[m.e.]] do 'Tapiiruçû'. | ►Mapa PE [[(Orazi, 1698)]] PROVINCIA DI PERNAMBVCO, plotado, 'N S. ᵭ Rosario', na [[m.e.]] do 'Tapiiruçû'. | ||
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Engenho Nossa Senhora do Rosário, pertencente a Pedro Lopes de Vera, que ficou sob nosso passaporte. Situa-se à margem do rio Sirinhaém, cerca de uma milha e meia distante da cidade; tem cerca de uma milha e meia de terra com uma várzea razoavelmente boa; mói com água e pode anualmente fornecer 5.000 a 6.000 arrobas de açúcar e paga de recognição 2 arrobas em cada mil. ". | Engenho Nossa Senhora do Rosário, pertencente a Pedro Lopes de Vera, que ficou sob nosso passaporte. Situa-se à margem do rio Sirinhaém, cerca de uma milha e meia distante da cidade; tem cerca de uma milha e meia de terra com uma várzea razoavelmente boa; mói com água e pode anualmente fornecer 5.000 a 6.000 arrobas de açúcar e paga de recognição 2 arrobas em cada mil. ". | ||
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►[[(Relação dos Engenhos, 1655)]], pg. 240, informando a pensão que este engenho pagava à capitania de Pernambuco: | ►[[(Relação dos Engenhos, 1655)]], pg. 240, informando a pensão que este engenho pagava à capitania de Pernambuco: | ||
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(*) pagava duas arrobas de branco por milhar, depois de dizimado. | (*) pagava duas arrobas de branco por milhar, depois de dizimado. | ||
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Assim divididas as terras de Serinhãem, começaram logo a surgir os seus primitivos engenhos de açúcar, sendo um desses o denominado de Nossa Senhora do Rosário, ainda existente, fundado pelo abastado colono Diogo Martins Pessoa, em terras da legítima de sua mulher D. Filipa de Melo, e o qual faleceu em [[Olinda]], onde nascera, em 1612; ...". | Assim divididas as terras de Serinhãem, começaram logo a surgir os seus primitivos engenhos de açúcar, sendo um desses o denominado de Nossa Senhora do Rosário, ainda existente, fundado pelo abastado colono Diogo Martins Pessoa, em terras da legítima de sua mulher D. Filipa de Melo, e o qual faleceu em [[Olinda]], onde nascera, em 1612; ...". | ||
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+ | ►[[(Cabral de Mello, 2012)]]: | ||
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+ | @ pg. 131, Os engenhos de açúcar do Brasil Holandês, I - Capitania de Pernambuco, Sirinhaém-Una: | ||
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+ | «12) NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO. Sito à margem esquerda do Sirinhaém. Engenho d'água. Pagava de pensão duas arrobas em cada mil. Em 1609, pertencia a Diogo Martins Pessoa, que o fundou em terras da sua mulher, filha de Jerônimo de Albuquerque; e que em 1602 surge como vereador de Olinda. Em 1613, a viúva, Felipa de Melo, casou com o comerciante Pero Lopes de Vera. Em 1623, é mencionado como o segundo engenho de Pero Lopes, produzindo 7089 arrobas. Pero Lopes permaneceu sob o domínio holandês. Tinha "cerca de uma milha e meia de terra com uma várzea razoavelmente boa [...] e pode anualmente fornecer 5 mil a 6 mil arrobas de açúcar". Não moeria em 1637 mas devia fazê-lo em 1639, com dois partidos de lavradores que, com o partido da fazenda (quarenta), perfaziam 74 tarefas (3,7 mil arrobas). Em 1649, d. Felipa de Melo faleceu na propriedade; e Pero Lopes na Bahia, em 1651. E provavelmente o engenho que a relação de 1655 já designa por Goicana. Em 1663, Pero Lopes de Vera era debitado à [[WIC]] em 28 587 florins.(98)». | ||
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+ | @ pg. 186, Notas: | ||
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+ | «(98) "Livro do tombo", p. 39; LSUR, pp. 75-6; RPFB, p. 206; FHBH, I, pp. 30, 83, 160, 241; RCCB, pp. 57, 155; NP, I, p. 149.». | ||
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Engenho de roda d'água com igreja, na m.e. do 'Tapiiruçú' (Rio Tapiruçu).
Natureza: Engenho de roda d'água com igreja.
Mapa: PRÆFECTURÆ PARANAMBUCÆ PARS BOREALIS, una cum PRÆFECTURA de ITÂMARACÂ.
Capitania: PARANAMBVCA.
Jurisdição: Vila Formosa de Serinhaém.
Nomes históricos: Engenho Nossa Senhora do Rosário (N S. đ Ro∫airo; N S. ᵭ Rosario), Engenho Tapicuru de Baixo (Tapiiruçú, Tapiruçu, Tapicuru), Engenho Trapiche.
Nome atual: Usina Trapiche.
►Mapa PE-C (IAHGP-Vingboons, 1640) #40 CAPITANIA DE PHARNAMBOCQVE - plotado como engenho, 'Ԑ Rosaria', na m.e. do 'Rº. Jaguariu' (no baixo curso) - 'Rº. TapԐrusŭ' (alto curso).
►Mapa PE (Orazi, 1698) PROVINCIA DI PERNAMBVCO, plotado, 'N S. ᵭ Rosario', na m.e. do 'Tapiiruçû'.
►(Schott, 1636), pg. 68:
"Engenhos da freguesia de Sirinhaém
Engenho Nossa Senhora do Rosário, pertencente a Pedro Lopes de Vera, que ficou sob nosso passaporte. Situa-se à margem do rio Sirinhaém, cerca de uma milha e meia distante da cidade; tem cerca de uma milha e meia de terra com uma várzea razoavelmente boa; mói com água e pode anualmente fornecer 5.000 a 6.000 arrobas de açúcar e paga de recognição 2 arrobas em cada mil. ".
►(Nassau-Siegen; Dussen; Keullen - 1638), pg. 83:
"Distrito de Serinhaém
14. Engenho de Sirinhaém, sob a invocação de Nossa Senhora do Rosário. Pertence a Pero Lopes de Vera, que ficou conosco; não moerá este ano. ".
►(Dussen, 1640), pg. 152:
"ENGENHOS DE PERNAMBUCO
Na jurisdição de Siranhaém
101) Engenho Nossa Senhora do Rosário, pertencente a Pero Lopes de Vera, mói. São lavradores:
Partido da fazenda 40 tarefas
Gaspar Camelo 12
Diogo Lopes Bartolomeu 22
_______________
74 tarefas".
►(Relação dos Engenhos, 1655), pg. 240, informando a pensão que este engenho pagava à capitania de Pernambuco:
"Engenhos da Vila Formosa de Serinhaém
...
- E o engenho do Rosário , a mesma pensão. (*)".
(*) pagava duas arrobas de branco por milhar, depois de dizimado.
►(Pereira da Costa, 1951), Volume 2, Ano 1627, pg. 460-461:
"Coroada a empresa de bom êxito, e vencidos e derrotados os índios, abandonaram todas as terras a partir do litoral, internaram-se pelo país, e não mais inquietando os colonizadores, foram logo as suas terras divididas em grandes sesmarias, sendo uma delas conferida a Jerônimo de Albuquerque em remuneração dos seus serviços de campanha.
Assim divididas as terras de Serinhãem, começaram logo a surgir os seus primitivos engenhos de açúcar, sendo um desses o denominado de Nossa Senhora do Rosário, ainda existente, fundado pelo abastado colono Diogo Martins Pessoa, em terras da legítima de sua mulher D. Filipa de Melo, e o qual faleceu em Olinda, onde nascera, em 1612; ...".
@ pg. 131, Os engenhos de açúcar do Brasil Holandês, I - Capitania de Pernambuco, Sirinhaém-Una:
«12) NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO. Sito à margem esquerda do Sirinhaém. Engenho d'água. Pagava de pensão duas arrobas em cada mil. Em 1609, pertencia a Diogo Martins Pessoa, que o fundou em terras da sua mulher, filha de Jerônimo de Albuquerque; e que em 1602 surge como vereador de Olinda. Em 1613, a viúva, Felipa de Melo, casou com o comerciante Pero Lopes de Vera. Em 1623, é mencionado como o segundo engenho de Pero Lopes, produzindo 7089 arrobas. Pero Lopes permaneceu sob o domínio holandês. Tinha "cerca de uma milha e meia de terra com uma várzea razoavelmente boa [...] e pode anualmente fornecer 5 mil a 6 mil arrobas de açúcar". Não moeria em 1637 mas devia fazê-lo em 1639, com dois partidos de lavradores que, com o partido da fazenda (quarenta), perfaziam 74 tarefas (3,7 mil arrobas). Em 1649, d. Felipa de Melo faleceu na propriedade; e Pero Lopes na Bahia, em 1651. E provavelmente o engenho que a relação de 1655 já designa por Goicana. Em 1663, Pero Lopes de Vera era debitado à WIC em 28 587 florins.(98)».
@ pg. 186, Notas:
«(98) "Livro do tombo", p. 39; LSUR, pp. 75-6; RPFB, p. 206; FHBH, I, pp. 30, 83, 160, 241; RCCB, pp. 57, 155; NP, I, p. 149.».
Citação deste verbete |
Autor do verbete: Levy Pereira |
Como citar: PEREIRA, Levy. "N S. đ Ro∫airo (Engenho de roda d'água)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/atlas/N_S._%C4%91_Ro%E2%88%ABairo_(Engenho_de_roda_d%27%C3%A1gua). Data de acesso: 24 de abril de 2024. |
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