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N S. Acuncu (engenho de bois)

De Atlas Digital da América Lusa

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* A imagem do mapa [[BQPPB]] utilizada neste estudo não permite distinguir se o engenho é de bois ou de roda d'água, nem isso é esclarecido no relatório Dussen. Pereira da Costa cita que o engenho era de roda d'água - adotou-se essa opção;
  
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* A invocação desse engenho era Santo Antônio, discrepante da indicada no [[BQPPB]], Nossa Senhora de Ancuaçu (Acuncu). Anda não se localizou, neste estudo, uma identificação clara para Ancuaçu (Acuncu).
  
'''Nome atual:''' destruído - sua área foi reocupada - zona urbana da cidade de Paulista-PE - Bairro Jardim Velho.
 
  
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*o exemplar do mapa [[BQPPB]] não permite distinguir se o engenho é de bois ou de roda d'água, nem isso é esclarecido no relatório Dussen. Pereira da Costa cita que o engenho era de roda d'água - adotamos essa opção;
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►Mapa IT [[(IAHGP-Vingboons, 1640)]] #43 CAPITANIA DE I. TAMARICA - plotado com o símbolo de engenho, 'Ԑ. Paratibÿ dԐ Riba', na [[m.d.]] do 'Rº. Paratibÿ' ('R. DocԐ' na barra no oceano).
  
*a invocação desse engenho era Santo Antônio, discrepante da indicada no [[BQPPB]], Nossa Senhora de Ancuaçu (Acuncu). Anda não encontramos uma identificação clara para Ancuaçu (Acuncu).
 
  
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►Mapa IT [[(Orazi, 1698)]] PROVINCIA DI ITAMARACÁ, representado como engenho, 'N. S. Ancuaçu', na [[m.e.]] do 'R. Paratibi ('R. doce' e 'Paratiij' na barra).
  
►Mapa IT (IAHGP-Vingboons, 1640) #43 CAPITANIA DE I. TAMARICA - plotado com o símbolo de engenho, 'Ԑ. Paratibÿ dԐ Riba', na m.d. do 'Rº. Paratibÿ' ('R. DocԐ' na barra no oceano).
 
  
►Mapa IT ([[Orazi]], 1698) PROVINCIA DI ITAMARACÁ, representado como engenho, 'N. S. Ancuaçu', na m.e. do 'R. Paratibi ('R. doce' e 'Paratiij' na barra).
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►Mapa PE [[(Orazi, 1698)]] PROVINCIA DI PERNAMBVCO, plotado como engenho, 'N. S. Aucuncu', na [[m.e.]] do rio 'Paratiji'.
  
►Mapa PE ([[Orazi]], 1698) PROVINCIA DI PERNAMBVCO, plotado como engenho, 'N. S. Aucuncu', na m.e. do rio 'Paratiji'.
 
  
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►(Pereira da Costa, 1951), Vol. 1, ano 1579,  Dezembro 9, pg. 342-344:
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"Neste ano de 1559 teve lugar o ato solene da sagração da capela de Santo Antônio do engenho Paratibe, ministrada pelo segundo bispo do Brasil, d. Pedro Leitão.
 
"Neste ano de 1559 teve lugar o ato solene da sagração da capela de Santo Antônio do engenho Paratibe, ministrada pelo segundo bispo do Brasil, d. Pedro Leitão.
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Paratibe, segundo Alfredo de Carvalho, é corruptela de Pirá-ty-pe, nos peixes brancos, nas tainhas.".
 
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Marcgrave plota o engenho de bois com igreja 'N S. Acuncu' na [[m.e.]] do  'Paratiji' (Rio Paratibe),  e os mapas Vingboons plotam o engenho mais a montante no 'Rº JƐgŭaribÿ' (Rio Jaguaribe), na sua margem direita. A citação de Pereira da Costa, acima, valida Marcgrave.
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►[[(Cabral de Mello, 2012)]]:
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@ pg. 77-78, Os engenhos de açúcar do Brasil Holandês, I - Capitania de Pernambuco, Igaraçu:
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«9) PARATIBE DE RIBA. Invocação Santo Antônio. Sito à margem direita do Paratibe. Engenho d'água. Em terras dadas em dote por Jerônimo de Albuquerque em 1559 a seu genro Gonçalo Mendes Leitão, este levantou o engenho Paratibe, que passou a denominar-se Paratibe de Riba para distingui-lo do Paratibe de Baixo, posteriormente construído em terras da mesma sesmaria por um filho de Gonçalo. Em 1609, Gaspar Fernandes Anjo possuía dois engenhos em Paratibe e Jaguaribe, exportando açúcar para Lisboa. Em 1623, o Paratibe de Riba produzia 2907 arrobas. Em 1639, o Paratibe de Riba e o de Baixo eram "dois engenhos muito arruinados e de todo destruídos durante a guerra".(30)».
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@ pg. 177, Notas:
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«(29) RPFB, p. 204, FHBH, I, pp. 31, 89, 157; RCCB, pp. 54, 154; Johannnes de Laet e Frederick Schulenborch aos Estados Gerais, [s.I., s.d.], ARA, OWIC, loketkas 15, Staet Generaal; VL, I, p. 323; II, p. 18; NP, I, pp. 111, 366.».
  
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[[Category: Coleção Levy Pereira]]

Edição atual tal como 09h02min de 21 de outubro de 2015

Coleção Levy Pereira


[editar] N S. Acuncu

Engenho de roda d'água com igreja, na m.e. do 'Paratijĩ Ou R doce' (Rio Paratibe).


Natureza: engenho de bois com igreja.


Mapa: PRÆFECTURÆ PARANAMBUCÆ PARS BOREALIS, una cum PRÆFECTURA de ITÂMARACÂ.


Capitania: PARANAMBVCA.


Jurisdição: Igarassu.


Nomes históricos: Engenho Paratibe (Paratiji) de Cima (de Riba), Engenho Nossa Senhora de Ancuaçu (Acuncu, Aucuncu), Engenho Jardim (Velho).


Nome atual: destruído - sua área foi reocupada - zona urbana da cidade de Paulista-PE - Bairro Jardim Velho.


Notas:

  • A imagem do mapa BQPPB utilizada neste estudo não permite distinguir se o engenho é de bois ou de roda d'água, nem isso é esclarecido no relatório Dussen. Pereira da Costa cita que o engenho era de roda d'água - adotou-se essa opção;
  • A invocação desse engenho era Santo Antônio, discrepante da indicada no BQPPB, Nossa Senhora de Ancuaçu (Acuncu). Anda não se localizou, neste estudo, uma identificação clara para Ancuaçu (Acuncu).


[editar] Citações:

►Mapa IT (IAHGP-Vingboons, 1640) #43 CAPITANIA DE I. TAMARICA - plotado com o símbolo de engenho, 'Ԑ. Paratibÿ dԐ Riba', na m.d. do 'Rº. Paratibÿ' ('R. DocԐ' na barra no oceano).


►Mapa IT (Orazi, 1698) PROVINCIA DI ITAMARACÁ, representado como engenho, 'N. S. Ancuaçu', na m.e. do 'R. Paratibi ('R. doce' e 'Paratiij' na barra).


►Mapa PE (Orazi, 1698) PROVINCIA DI PERNAMBVCO, plotado como engenho, 'N. S. Aucuncu', na m.e. do rio 'Paratiji'.


(Dussen, 1640), pg. pg. 156 e 158:

"ENGENHOS DE PERNAMBUCO

Na jurisdição de Igarassu

"87) Engenho Paratibe de Riba e o

(88) Engenho Paratibe de Baixo, são dois engenhos muito arruinados e de todo destruídos durante a guerra.".


(Pereira da Costa, 1951), Vol. 1, ano 1579, Dezembro 9, pg. 342-344:

"Neste ano de 1559 teve lugar o ato solene da sagração da capela de Santo Antônio do engenho Paratibe, ministrada pelo segundo bispo do Brasil, d. Pedro Leitão.

As terras de Paratibe, compreendendo uma extensa zona correspondente hoje a todo o território da freguesia de Maranguape e as terras de Massiape, foram doadas pelo donatário Duarte Coelho a seu cunhado Jerônimo de Albuquerque em remuneração de seus serviços prestados na colônia, cujas terras deu ele depois em dote a Gonçalo Mendes Leitão, português, de preclara família, por ocasião do seu casamento com d. Antônia de Albuquerque, filha sua com a índia d. Maria do Espírito Santo Arcoverde. tendo lugar essa doação pelos anos de 1555.

...

Essa extensa e importante propriedade de Paratibe, passou depois a denominar-se Paratibe de Cima, quando, pelo andar dos tempos, veio a tocar uma data de terras a um dos filhos de Gonçalo Mendes, na qual levantou um engenho a que deu o nome de Paratibe de Baixo.

...

A capela de Santo Antônio, fundada em meados do século XVI por Gonçalo Mendes Leitão, foi reconstruída em 1731, vindo a ficar mais na frente da antiga, e o engenho d'água Paratibe de Cima, também por ele fundado, existiu ainda por muito tempo depois da sua morte, sendo substituído por um outro que moía com animais, o qual também já não existe.

A capela de Santo Antônio está hoje encravada no engenho Jardim, a que pertence, e da extensa propriedade de Paratibe, resta apenas uma povoação com esse nome, e pequenas propriedades pertencentes a diversos donos, cuja povoação se estende à margem meridional do rio Paratibe, sobre terreno elevado e pertencente à paróquia de Maranguape, termo de Olinda, e na distância de quatro léguas ao norte da cidade do Recife.

...

Paratibe, segundo Alfredo de Carvalho, é corruptela de Pirá-ty-pe, nos peixes brancos, nas tainhas.".

NOTA:

Marcgrave plota o engenho de bois com igreja 'N S. Acuncu' na m.e. do 'Paratiji' (Rio Paratibe), e os mapas Vingboons plotam o engenho mais a montante no 'Rº JƐgŭaribÿ' (Rio Jaguaribe), na sua margem direita. A citação de Pereira da Costa, acima, valida Marcgrave.


(Cabral de Mello, 2012):

@ pg. 77-78, Os engenhos de açúcar do Brasil Holandês, I - Capitania de Pernambuco, Igaraçu:

«9) PARATIBE DE RIBA. Invocação Santo Antônio. Sito à margem direita do Paratibe. Engenho d'água. Em terras dadas em dote por Jerônimo de Albuquerque em 1559 a seu genro Gonçalo Mendes Leitão, este levantou o engenho Paratibe, que passou a denominar-se Paratibe de Riba para distingui-lo do Paratibe de Baixo, posteriormente construído em terras da mesma sesmaria por um filho de Gonçalo. Em 1609, Gaspar Fernandes Anjo possuía dois engenhos em Paratibe e Jaguaribe, exportando açúcar para Lisboa. Em 1623, o Paratibe de Riba produzia 2907 arrobas. Em 1639, o Paratibe de Riba e o de Baixo eram "dois engenhos muito arruinados e de todo destruídos durante a guerra".(30)».

@ pg. 177, Notas:

«(29) RPFB, p. 204, FHBH, I, pp. 31, 89, 157; RCCB, pp. 54, 154; Johannnes de Laet e Frederick Schulenborch aos Estados Gerais, [s.I., s.d.], ARA, OWIC, loketkas 15, Staet Generaal; VL, I, p. 323; II, p. 18; NP, I, pp. 111, 366.».






Citação deste verbete
Autor do verbete: Levy Pereira
Como citar: PEREIRA, Levy. "N S. Acuncu (engenho de bois)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/atlas/N_S._Acuncu_(engenho_de_bois). Data de acesso: 28 de março de 2024.


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