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N S. de Guadalupe (engenho de bois)

De Atlas Digital da América Lusa

Edição feita às 12h12min de 20 de outubro de 2015 por Levypereira (disc | contribs)

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Coleção Levy Pereira


N S. de Guadalupe

Engenho de bois com igreja, na m.d. do 'Itâguaçûtĩba' (Rio Ilhetas).


Natureza: engenho de bois com igreja.


Mapa: PRÆFECTURÆ PARANAMBUCÆ PARS BOREALIS, una cum PRÆFECTURA de ITÂMARACÂ.


Capitania: PARANAMBVCA.


Jurisdição: Vila Formosa de Sirinhaém (ou Freguesia do Una, em alguns documentos).


Nomes históricos: N S. de Guadalupe (Nossa Senhora de Guadalupe; N. S. di Guadalupe); Engenho das Ilhetas (IlhԐtos).


Nome atual: possivelmente Engenho Mascatinho.


  • Há a jusante da posição ubicada para o Engenho Ilhetas, outro possível candidato, todavia esse foi descartado, por enquanto, por estar à margem do caminho principal.
  • Vide mapa IBGE Geocódigo 2601409 Barreiros-PE.


Citações:

►Mapa PE-C (IAHGP-Vingboons, 1640) #40 CAPITANIA DE PHARNAMBOCQVE, plotado com o símbolo de engenho, 'Ԑ. IlhԐtos', na m.e. do 'Rº. ∂os IlhԐtos'.


►Mapa PE (Orazi, 1698) PROVINCIA DI PERNAMBVCO, plotado como engenho, 'N. S. di Guadalupe', na m.e. do 'Itâguacûtiba' (Rio Ilhetas).


(Nassau-Siegen; Dussen; Keullen - 1638), pg. 83:

"ENGENHOS DE PERNAMBUCO

Em Sirinhaém

17. Engenhos das Ilhetas, sob a invocação de Nossa Senhora de Guadalupe. Pertenceu a Estêvão Paes Barreto, e em razão de sua ausência foi confiscado. Está situado na freguesia de Una; não tem dono e não moerá. ".


(Dussen, 1640), pg. 160:

"ENGENHOS DE PERNAMBUCO

Na jurisdição de Sirinhaém

...

104) Engenho das Ilhetas, pertencente a Jacob Stachhouwer e Nicolaes de Ridder, plantado, mas não moerá antes do ano vindouro. São lavradores: (não indica) . ".


(Relação dos Engenhos, 1655), pg. 242:

"Engenhos da freguesia do Una

- O engenho das Ilhetas, de João Paes de Castro, pagava de pensão vinte mil réis em dinheiro de contado.".


(Gonsalves de Mello, 2000):

@ pg. 49:

"[Jacob] Stachouwer regressou à Holanda em Maio de 1638(38). Vários contemporâneos são unânimes em afirmar que a esse tempo [João Fernandes] Vieira conquistara completa confiança do seu patrão, de tal modo que este, ao embarcar, fê-lo seu procurador, com amplos poderes. O fato é confirmado tanto pelos seus panegiristas (Calado e outros) como pelos detratores (como o «Capelão»). Era grande o encargo de administração que Vieira assumiu, pois, além do Engenho do Meio, comprado a crédito em Maio de 1637, Stachouwer adquirira ainda, em sociedade com Nicolaes de Ridder (que exercera as funções de advogado-fiscal, isto é, promotor público da Companhia), dois outros: em 6 de Maio de 1638, o Engenho Ilhetas, na Ribeira do Una, por 27.000 florins, e no dia 17 do mesmo mês e ano, o Engenho Sant'Ana, em Jaboatão, por 30.000 florins(39). De Ridder voltou à pátria na mesma frota em que o seu associado e a João Fernandes Vieira coube a incumbência de gerir as três propriedades.

...

38 Generale Missiven, Recife, 23 de Maio e 29 de Junho de 1638.

39 Apenso II a A. van der Dussen, Relatório, c., pp. 158-159.".

@ pg.361, arrolando os engenhos que João Fernandes Vieira possuiu:

"2) Engenho Ilhetas, em Una, confiscado e vendido a Stachouwer e Nicolaes de Ridder em 6 de Maio de 1638, por 27.000 florins, cujo débito Vieira assumiu naquele mesmo ano (7).

...

(7) «Sommier Discours», cit., p. 263, VAN DER DUSSEN, Relatório, cit., pp. 58 e 159, «Testamento», cit., p. 147, e Dag. Notule, cit.".


(Cabral de Mello, 2012):

@ pg. 132-133, Os engenhos de açúcar do Brasil Holandês, I - Capitania de Pernambuco, Sirinhaém-Una:

«15) ILHETAS. Invocação Nossa Senhora de Guadalupe. Markgraf o designa por Nossa Senhora do Monserrate. Sito à margem esquerda do rio das Ilhetas. Engenho de bois. Pagava de pensão 20 mil-réis em espécie. Foi uma das fábricas levantadas por João Pais Barreto, o Velho. É provavelmente o engenho listado sob o nome de Miguel Ferreira em 1623, o qual produzia 5255 arrobas. Na realidade, pertencia ao filho de João Pais, Estêvão Pais Barreto, que se retirou após a ocupação holandesa.

"Situado meia milha mais ao oeste da aldeia [de Una] [...] tem cerca de uma milha de terra com uma várzea e, além disto, tem ao leste e ao norte de Una ainda umas três milhas de pastos e muitos montes [...] pode anualmente produzir 3 mil a 4 mil arrobas de açúcar [...]. A casa de purgar e a casa das caldeiras foram reconstruídas de taipa, mas os telhados estão meio desmoronados [...]. Ao redor deste engenho vagam umas vinte vacas, pertencentes ao dito senhor, mas são bravias demais para serem capturadas.".

Em 1637, "não tem dono e não moerá". Confiscado e vendido em 1638 a dois funcionários da WIC, Jacob Stachouwer e Nicolaas de Ridder, por 27 mil florins, em cinco prestações anuais. Em 1638, ambos viajaram aos Países Baixos, ocasião em que os canaviais estavam plantados, devendo a fábrica moer em 1639. Mas ainda não o fazia em 1642 por ocasião da sua compra por João Fernandes Vieira, que esperava pô-lo a safrejar dentro de um ano, para o que necessitava de sessenta escravos. Moía em 1655, sendo proprietário João Pais de Castro, filho de Estêvão. Em 1663, Elisabeth Stachouwer reivindicava ressarcimento à Coroa portuguesa.(101)».

@ pg. 186, Notas:

«(101) FHBH, I, pp. 69, 83, 160, 242; RCCB, pp. 58, 159; DN, 6.V.1638, 30.VI.1642; MDGB, p. 203; Wasch, "Braziliaansche pretensien", pp. 75-7.».


  • NOTA: No mapa de Marcgrave (BQPPB) o topônimo desse engenho é 'N S. de Guadalupe'.






Citação deste verbete
Autor do verbete: Levy Pereira
Como citar: PEREIRA, Levy. "N S. de Guadalupe (engenho de bois)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/atlas/N_S._de_Guadalupe_(engenho_de_bois). Data de acesso: 28 de março de 2024.


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