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N S de Ro∫airo (Engenho de roda d'água)

De Atlas Digital da América Lusa

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[[Engenho de roda d'água]] com igreja, no vale do 'Camaratĩba' ([[m.e.]] rio Camaratuba) - Engenho Nossa Senhora do Rosário.
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'''Nome atual:''' Não mais existe como engenho - deu origem ao povoado CAMARATUBA.
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*Deu origem ao povoado Camaratuba, município de Mamanguape-PB.
  
 
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►Mapa RG [[(BAV-Vingboons, 1640)]] Reg.lat.2106 fol 35 p 37r CAPITANIA DE RIO GRANDE- plotado com símbolo de engenho, 'CamƐrԐtŭba', na [[m.e.]] do 'R. Camaratuba'.
  
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Esse engenho está ainda sob a jurisdição da Paraíba e nos arredores podem morar uns 40 homens; antes de chegar-se a esse lugar, e nas vizinhanças da Baía da Traição, encontram-se algumas aldeias de brasilienses, ...".
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"19. Engenho Camaratuba, pertencente a Antônio Barbalho, que mora entre nós; mói. ".
 
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Partido da fazenda 50 tarefas".
 
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(*) Grafia varia conforme a fonte - trata-se do rio 'Urubutinga' no [[BQPPB]]; nome atual: Riacho Caiçara.
 
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— Colônia e fazenda agrícola. Foi a principio engenho de açúcar, acionado por força hidráulica. O Interventor Argemiro Figueiredo adquiriu a propriedade com o intuito de nela situar uma fazenda agrícola e um núcleo de imigrantes japoneses que ali desenvolvessem a cultura do arroz e de hortaliças. ...".
 
— Colônia e fazenda agrícola. Foi a principio engenho de açúcar, acionado por força hidráulica. O Interventor Argemiro Figueiredo adquiriu a propriedade com o intuito de nela situar uma fazenda agrícola e um núcleo de imigrantes japoneses que ali desenvolvessem a cultura do arroz e de hortaliças. ...".
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►[[(Cabral de Mello, 2012)]]:
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@ pg. 167-168, Os engenhos de açúcar do Brasil Holandês, III - Capitania da Paraíba:
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«19) CAMARATUBA. Invocação Nossa Senhora do Rosário. Sito à margem esquerda do rio homônimo. Engenho d'água. Levantou-o Antônio Barbalho Bezerra em 1609, nas proximidades da aldeia indígena de Maripitanga. Não o menciona, contudo, a relação de 1623. Quando da escala, na baía da Traição, da armada holandesa que evacuara Salvador (1625), ficou "inteiramente arruinado" e, "por causa da penúria do proprietário, não pôde ser posto a moer". Barbalho permaneceu sob o domínio holandês e em 1637 e 1639 o engenho estava moente, dispondo apenas do partido da fazenda (cinqüenta tarefas) ou 2,5 mil arrobas. Com a morte do seu sogro, Duarte Gomes da Silveira, herdou o engenho São Salvador-Novo. Em 1644, fez acordo de encampação de dívidas com a WIC. Papel de 1648 relativo à exploração da serra da Copaoba sugere que as terras do Camaratuba, abandonado em decorrência da evacuação da população luso-brasileira em 1646, fossem aproveitadas no cultivo da mandioca para o aprovisionamento das guarnições costeiras. Em 1650, Antônio Barbalho achava-se prisioneiro no Recife, onde obtinha autorização do governo para receber algumas caixas de açúcar destinadas a cobrir seus gastos de manutenção. Em 1663, devia 155163 florins à WIC.(19)».
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@ pg. 193, Notas:
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«(19) FHBH, I, pp. 94, 175; II, p. 89; RCCB, pp. 78, 153; DN, 9.II.1650; NP, I, p. 45; Regina Célia Gonçalves, ''Guerras e açúcares'', p. 247.».
  
 
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Edição atual tal como 15h54min de 15 de outubro de 2015

Coleção Levy Pereira


N S de Ro∫airo

Engenho de roda d'água com igreja, no vale do 'Camaratĩba' (m.e. rio Camaratuba) - Engenho Nossa Senhora do Rosário.


Natureza: Engenho de roda d'água com igreja.


Mapa: PRÆFECTURÆ DE PARAIBA, ET RIO GRANDE.


Capitania: PARAIBA.


Jurisdição: Prefeitura da Paraiba.


Nomes históricos: Engenho Nossa Senhora do Rosário (N S de Ro∫airo); Engenho Camaratuba (CamarƐtŭb; CamarƐtuba; CamƐrԐtŭba).


Nome atual: não mais existe como engenho.

  • Deu origem ao povoado Camaratuba, município de Mamanguape-PB.

[editar] Citações:

►Mapa PB (IAHGP-Vingboons, 1640) - plotado com símbolo de engenho, 'CamarƐtuba', na m.e. do 'R. Camaratuba'.


►Mapa PB (BAV-Vingboons, 1640) Reg.lat.2106 fol 36 p 38r CAPITANIA DE PARAYBA - plotado com símbolo de engenho, 'CamarƐtŭb', na m.e. do 'R. Camaratŭba'.


►Mapa RG (IAHGP-Vingboons, 1640) - plotado com símbolo de engenho, 'CamarԐtuba.', na m.e. do 'R. Camaratuba'.


►Mapa RG (BAV-Vingboons, 1640) Reg.lat.2106 fol 35 p 37r CAPITANIA DE RIO GRANDE- plotado com símbolo de engenho, 'CamƐrԐtŭba', na m.e. do 'R. Camaratuba'.


(Verdonck, 1630), pg. 44:

"§ 18.º - BAÍA DA TRAIÇÃO - CAMARATUBA - ALDEIAS DE BRASILIENSES - Acima da Paraíba 7 ou 8 milhas está a Baía da Traição, porto muito cômodo para muitos navios, como é sabido dos holandeses; adiante desta baía há um engenho situado num lugar denominado Camaratuba, o qual faz pouco açúcar e a umas cinco milhas para o interior; segundo penso, não há ali nenhum rio para subir-se até Camaratuba.

Esse engenho está ainda sob a jurisdição da Paraíba e nos arredores podem morar uns 40 homens; antes de chegar-se a esse lugar, e nas vizinhanças da Baía da Traição, encontram-se algumas aldeias de brasilienses, ...".


(Nassau-Siegen; Dussen; Keullen - 1638), pg. 94:

"19. Engenho Camaratuba, pertencente a Antônio Barbalho, que mora entre nós; mói. ".


(Dussen, 1640), pg. 175:

"163) Engenho Camaratuba, pertencente a Antônio Carvalho, é engenho d'água e mói.

Partido da fazenda 50 tarefas".


(Herckmans, 1639), pg. 30:

"Rio acima, a três ou quatro léguas da praia, fica o engenho chamado Camaratuba em razão do nome que o rio tem; o seu proprietário é ainda o mesmo indivíduo que o levantou no ano de ... (em branco) chamado Antônio Barbalho. Por ocasião da estada do general Boudewyn Heyns na Baía da Traição, este homem ficou inteiramente arruinado, de sorte que o engenho decaiu, e por causa da penúria do proprietário não pode ser posto a moer.

Uma légua acima do engenho, vem do sul um pequeno rio chamado Tapititina (Taipítinga)(*) meter-se no Camaratuba, acima do qual e duas léguas afastadas do dito engenho existiu outrora a aldeia Maripitanga que se acha de presente inteiramente arruinada, e os índios espalhados por outras aldeias.

...

Do engenho para o noroeste, uma légua sobre as campinas ou terras altas, fica o rio Ipitanga que corre entre os montes.".

(*) Grafia varia conforme a fonte - trata-se do rio 'Urubutinga' no BQPPB; nome atual: Riacho Caiçara.


(Coriolano de Medeiros, 1950), pg. 63:

"Camaratuba (Voc. ind., vem de camará-tuba: abundância de camarás) ...

— Colônia e fazenda agrícola. Foi a principio engenho de açúcar, acionado por força hidráulica. O Interventor Argemiro Figueiredo adquiriu a propriedade com o intuito de nela situar uma fazenda agrícola e um núcleo de imigrantes japoneses que ali desenvolvessem a cultura do arroz e de hortaliças. ...".


(Cabral de Mello, 2012):

@ pg. 167-168, Os engenhos de açúcar do Brasil Holandês, III - Capitania da Paraíba:

«19) CAMARATUBA. Invocação Nossa Senhora do Rosário. Sito à margem esquerda do rio homônimo. Engenho d'água. Levantou-o Antônio Barbalho Bezerra em 1609, nas proximidades da aldeia indígena de Maripitanga. Não o menciona, contudo, a relação de 1623. Quando da escala, na baía da Traição, da armada holandesa que evacuara Salvador (1625), ficou "inteiramente arruinado" e, "por causa da penúria do proprietário, não pôde ser posto a moer". Barbalho permaneceu sob o domínio holandês e em 1637 e 1639 o engenho estava moente, dispondo apenas do partido da fazenda (cinqüenta tarefas) ou 2,5 mil arrobas. Com a morte do seu sogro, Duarte Gomes da Silveira, herdou o engenho São Salvador-Novo. Em 1644, fez acordo de encampação de dívidas com a WIC. Papel de 1648 relativo à exploração da serra da Copaoba sugere que as terras do Camaratuba, abandonado em decorrência da evacuação da população luso-brasileira em 1646, fossem aproveitadas no cultivo da mandioca para o aprovisionamento das guarnições costeiras. Em 1650, Antônio Barbalho achava-se prisioneiro no Recife, onde obtinha autorização do governo para receber algumas caixas de açúcar destinadas a cobrir seus gastos de manutenção. Em 1663, devia 155163 florins à WIC.(19)».

@ pg. 193, Notas:

«(19) FHBH, I, pp. 94, 175; II, p. 89; RCCB, pp. 78, 153; DN, 9.II.1650; NP, I, p. 45; Regina Célia Gonçalves, Guerras e açúcares, p. 247.».






Citação deste verbete
Autor do verbete: Levy Pereira
Como citar: PEREIRA, Levy. "N S de Ro∫airo (Engenho de roda d'água)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/atlas/N_S_de_Ro%E2%88%ABairo_(Engenho_de_roda_d%27%C3%A1gua). Data de acesso: 28 de março de 2024.


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