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Pirápáma (Engenho de roda d'água)

De Atlas Digital da América Lusa

Coleção Levy Pereira


Pirápáma

Engenho de roda d'água com igreja, na m.e. do 'Pirápáma' (Rio Pirapama).


Natureza: Engenho de roda d'água com igreja.


Mapa: PRÆFECTURÆ PARANAMBUCÆ PARS BOREALIS, una cum PRÆFECTURA de ITÂMARACÂ.


Capitania: PARANAMBVCA


Jurisdição: Cidade de Olinda, Freguesia do Cabo Santo Agostinho.


Nomes históricos: Pirápáma (Piripama; Piraparma); Santa Apolônia; Ilha.


Nome atual: ...


Notas:

  • A área tem o nome de Pirapama - vide mapa IBGE Geocódigo 2602902 - Cabo de Santo Agostinho-PE.
  • O engenho esta situado ao lado de uma ilha fluvial - vide imagem de satélite do Google Earth.


Citações:

►Mapa PE-C (IAHGP-Vingboons, 1640) #40 CAPITANIA DE PHARNAMBOCQVE, plotado como engenho, 'Ԑ: Piripama', numa ilha no vale do 'R. Piripama' (Rio Pirapama).


►Mapa PE (Orazi, 1698) PROVINCIA DI PERNAMBVCO, plotado, sem nome, na m.e. do 'Pirapáma' - 'Piraparma' (Rio Pirapama).


(Schott, 1636), pg. 57:

"Engenhos do Cabo

5 - Engenho Pirapama, pertencente ao referido João Paes de Castro, fugido com Albuquerque, situado uma milha mais ao sul do citado engenho São João, tem uma milha de terra, cujas várzeas são plantadas com cana; mói com água e tem um bom açude. Pode anualmente fornecer 5.000 arrobas de açúcar e paga como recognição 3 e 1/2 por cento; na casa de purgar, que é cercada com um muro de alvenaria, como também a casa das caldeiras, foram encontradas os seguintes açúcares: 9 caixas de açúcar do senhor do engenho, parte das quais em más condições; 638 fôrmas de açúcar que, segundo a conta do purgador Domingos Dias, renderam 561 arrobas de açúcar branco e 82 arrobas de açúcar mascavado, das quais tirado o dizimo, ficam para o lavrador suas duas quintas partes, ou 202 arrobas de açúcar branco e 29 arrobas de açúcar mascavado; restam para a Companhia 359 arrobas de açúcar branco e 48 arrobas de açúcar mascavado, que foram encaixados em 20 caixas e, com a marca da Companhia, mandadas para o Pontal e a Barreta. ".


(Nassau-Siegen; Dussen; Keullen - 1638), pg.84:

"Cidade de Olinda

Freguesia do cabo Santo Agostinho

17. Engenho Pirapama, sob a invocação de Santa Apolônia. Confiscado e vendido a Diogo Dias Brandão. É d'água e moente. ".


(Dussen, 1640), pg. 144:

"ENGENHOS DE PERNAMBUCO

Na freguesia de Santo Antônio do Cabo.

19) Engenho Pirapama, pertencente a Paulus Vermeulen, é engenho d'água e mói. São lavradores: (não indica). ".


(Relação dos Engenhos, 1655), pg. 238-239, informando a pensão que este engenho pagava à capitania de Pernambuco:

"Engenhos da freguesia de Santo Antônio do Cabo

...

- E o engenho de Pirapama, a três e meio por cento.".


(Pereira da Costa, 1903), Volume 7, Ano 1812, pg. 326, cita o Engenho Ilha, o qual estamos associando ao Engenho Pirapama:

"Pelos outros concessionários de terras foram também, contemporaneamente, construídos vários engenhos, cujo número atingia a dezesseis em 1630, e assim relacionados em documentos coevos: Engenho Santa Lúcia; Utinga, sob a invocação de S. Francisco; Maratapagipe, sob a de S. Marcos; um que pertenceu a João Rodrigues Caminha; Pirapama, sob a invocação de Santa Apolônia; Novo, de S. Miguel; Garapu, do Espírito Santo; Algodoais, de S. Francisco, Jurissaca, de S. João Batista; Nossa Senhora da Conceição; Velho, da Madre de Deus; Guerra; S. João; S. Braz; Nossa Senhora das Candeias; e Bom Jesus. Neste engenho, o seu proprietário João de Veras, que morreu na Bahia em 1651, instituiu um vínculo ou morgado.

Na transcrita lista dos engenhos da Freguesia do Cabo de S. Agostinho, não figuram os de Santo Estevão, Ilha e Trapiche, então já existentes, naturalmente por imposição de outros nomes.".


(Cabral de Mello, 2012):

@ pg. 103-104, Os engenhos de açúcar do Brasil Holandês, I - Capitania de Pernambuco, Cabo:

«5) PIRAPAMA. Invocação Santa Apolônia. Sito à margem direita do rio homônimo. Engenho d'água. Pagava 3,5% de pensão. Fundado por volta de 1580 por Cristóvão Lins, que o vendeu em 1586 a João Pais Barreto, o Velho. Em 1623, pertencia a seu filho Estêvão Pais Barreto, produzindo 6460 arrobas. Quando da ocupação holandesa, pertencia ao filho de Estêvão, João Pais de Castro, que se retirou. "Tem uma milha de terra, cujas várzeas são plantadas com cana [...] tem um bom açude. Pode anualmente fornecer 5 mil arrobas de açúcar". Confiscado e vendido a Diogo Dias Brandão em 1637 por 40 mil florins, a serem pagos em oito prestações anuais. Em 1638, Diogo o revendeu a Paulus Vermeulen. Moía em 1637 e 1639. Em 1645, Paulus Vermeulen devia 34650 florins à WIC. Moía em 1655. Em 1665, revertera ao segundo Estêvão Pais Barreto, 4º morgado do Cabo.(61)».

@ pg. 181, Notas:

«(61) DP, p. 28; RPFB, p. 206; FHBH, I, pp. 29, 57, 84, 144, 239; RCCB, p. 35; MDGB, p. 203; DN, 23.VI.1637; "Generale staet", ARA, OWIC, n. 62; "Rol da finta que se fez na freguesia do Cabo", AHU, PA, Pco., cx. 5; Pereira da Costa, "Origens", p. 275; Gonsalves de Mello, Gente da nação, p. 413.».

  • NOTA: O engenho situa-se na margem esquerda do Rio Pirapama.






Citação deste verbete
Autor do verbete: Levy Pereira
Como citar: PEREIRA, Levy. "Pirápáma (Engenho de roda d'água)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/atlas/Pir%C3%A1p%C3%A1ma_(Engenho_de_roda_d%27%C3%A1gua). Data de acesso: 28 de março de 2024.


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