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S. Andre (engenho de roda d'água)

De Atlas Digital da América Lusa

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►Mapa PB [[(Orazi, 1698)]] PROVINCIA DI PARAIBA, plotado sem símbolo, 'S. Andre', na confluência do 'R. Alboa' com o 'R. Parayba'.  
 
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O terceiro (ao sul do rio Paraíba) chama-se Santo André, está também confiscado, todavia o feitor continua moendo, devido a pretensões que tem sobre ele. ".
 
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"4. Santo André, pertencente ao mesmo Jorge Homem; mói. ".
 
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O engenho de S. André, se acha no distrito que outrora se chamou Real, porque, coisa de um jacto de pedra abaixo do dito engenho existiu um forte (18) que os Portugueses denominavam Real ou Arraial. Foi esse arraial levantado antigamente por Manoel Mascarenhas, governador de Pernambuco, contra os franceses e os índios, quando os portugueses ainda não eram senhores desta Capitania, para dai socorrer o castelo do Rio Grande com o que lhe fosse necessário. Nesses sítios os portugueses bateram outrora os franceses e conquistaram os pitiguares, assim como também junto ao mesmo arraial foram batidos e destroçados a 27 de Novembro de 1636 os portugueses, que se achavam sob o dominio do rei da Espanha, pelos neerlandeses ao serviço de Suas Altas Potências os Srs. Estados-Gerais, de S. A. o Príncipe de Orange e da privilegiada Companhia das Índias Ocidentais.".
 
O engenho de S. André, se acha no distrito que outrora se chamou Real, porque, coisa de um jacto de pedra abaixo do dito engenho existiu um forte (18) que os Portugueses denominavam Real ou Arraial. Foi esse arraial levantado antigamente por Manoel Mascarenhas, governador de Pernambuco, contra os franceses e os índios, quando os portugueses ainda não eram senhores desta Capitania, para dai socorrer o castelo do Rio Grande com o que lhe fosse necessário. Nesses sítios os portugueses bateram outrora os franceses e conquistaram os pitiguares, assim como também junto ao mesmo arraial foram batidos e destroçados a 27 de Novembro de 1636 os portugueses, que se achavam sob o dominio do rei da Espanha, pelos neerlandeses ao serviço de Suas Altas Potências os Srs. Estados-Gerais, de S. A. o Príncipe de Orange e da privilegiada Companhia das Índias Ocidentais.".
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"Herckmann sobe até o Tibiri, indo pelos engenhos Santo André, Três Reis Magos, São João, lagoa Ipoxi, São Francisco, rio Tinhaham (Itanhac, do mapa, afluente esquerdo do Una), Paratonuam (Paratiba, Pacatuba), transpondo o Iuna (Una) e o Guarataí, que chamou rio Wartam, onde havia aldeia sem indígenas.".
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►[[(Medeiros, 1997)]], pg. 176:
 
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"ENGENHO SANTO ANDRÉ - Pertencia ao português Jorge Pinto Homem. Ao sul do rio Paraíba, pertencendo ao agrônomo Francisco Leocádio Ribeiro Coutinho.".
 
"ENGENHO SANTO ANDRÉ - Pertencia ao português Jorge Pinto Homem. Ao sul do rio Paraíba, pertencendo ao agrônomo Francisco Leocádio Ribeiro Coutinho.".
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►[[(Gonsalves de Mello, 2000)]], pg. 362, arrolando os engenhos que João Fernandes Vieira possuiu:
 
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(20) Provisão de isenção de impostos concedida a Vieira, para o açúcar nele fabricado, TT, Chancelaria de D. Afonso VI, livro 35, fls. 215v/216..".
 
(20) Provisão de isenção de impostos concedida a Vieira, para o açúcar nele fabricado, TT, Chancelaria de D. Afonso VI, livro 35, fls. 215v/216..".
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@ pg. 159, Os engenhos de açúcar do Brasil Holandês, III - Capitania da Paraíba:
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«4) SANTO ANDRÉ. Sito à margem direita do Paraíba. Engenho d'água. Reputado um dos principais da capitania. Fundado por volta de 1590 por Diogo Nunes Correia em parceria com seu irmão Henrique Nunes Correia, mercador em Lisboa. Em 1594, Diogo identificou-se ao Santo Ofício como "lavrador e senhor de engenho na Paraíba, moente e corrente, e de outro que se está acabando", também em parceria com Henrique. Tendo este último lhe recomendado "liquidar o negócio", Diogo o fez, na altura em que outro irmão seu, João Nunes Correia, mercador em Olinda, era processado pela Inquisição. Em 1616, o proprietário do Santo André era Lopo de Abreu, plausivelmente o Lopo do Barco mencionado na relação de 1609. Em 1583, Lopo vivia como mercador em Olinda e em 1600 foi feitor e procurador dos contratadores das rendas das alfândegas do Reino. Em 1623, o engenho pertencia a João Rabelo de Lima, que fora governador da Paraíba, produzindo 6078 arrobas. Em 1635, moía sob a supervisão do feitor, que tinha pretensões sobre a propriedade. Na ausência do proprietário, confiscado e vendido a Jorge Homem Pinto. Moía em 1637 e em 1639, quando dispunha de três partidos de lavradores, que forneciam 140 tarefas (7 mil arrobas), sem partido da fazenda. Em 1640, seus canaviais foram incendiados por Vidal de Negreiros, exceto o partido do padre Manuel Pais. Evacuado em 1646. Adquirido posteriormente por João Fernandes Vieira.(4)».
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@ pg. 191, Notas:
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«(4) CP, p. 133; IL, 6344; LSUR, p. 65; RPFB, p. 194; FHBH, I, pp. 32, 93, 171, II, pp. 49, 73; RCCB, p. 73; VWIC, IV, p. 125; MDGB, pp. 244-5; DN, 19.I.1640; Vicente do Salvador, ''História do Brasil'', p. 281; Gonsalves de Mello, ''Gente da nação'', pp. 51, 56-7, 65, 73, 191; e ''João Fernandes Vieira'', II, p. 206; Regina Célia Gonçalves, ''Guerras e açúcares'', p. 244.».
  
 
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Edição atual tal como 16h27min de 15 de outubro de 2015

Coleção Levy Pereira


[editar] S. Andre

Engenho de roda d'água com igreja, na m.e. do 'Abáĩ' e m.d. do 'Paraiba' (rio Paraíba).


Natureza: Engenho de roda d'água com igreja.


Mapa: PRÆFECTURÆ DE PARAIBA, ET RIO GRANDE.


Capitania: PARAIBA.


Jurisdição: Prefeitura da Paraiba.


Nome histórico: S.Andre (Santo Andre, St AndrԐo).


Nome atual: ...

[editar] Citações

►Mapa PB (IAHGP-Vingboons, 1640) #49 CAPITANIA DE PARAYBA - plotado como engenho, 'Ԑ St AndrԐo', na m.d. do 'R. Abao' (está na m.e. do 'Abáĩ' no BQPPB).


►Mapa PB (Orazi, 1698) PROVINCIA DI PARAIBA, plotado sem símbolo, 'S. Andre', na confluência do 'R. Alboa' com o 'R. Parayba'.


(Carpentier, 1635), pg. 49:

"Diremos apenas que há nesta capitania 18 engenhos, dos quais uns são movidos a água e outros a boi e todos estão situados no rio Paraíba, sendo que nove ao sul do rio.

...

O terceiro (ao sul do rio Paraíba) chama-se Santo André, está também confiscado, todavia o feitor continua moendo, devido a pretensões que tem sobre ele. ".


(Nassau-Siegen; Dussen; Keullen - 1638), pg. 93:

"4. Santo André, pertencente ao mesmo Jorge Homem; mói. ".


(Herckmans, 1639), pg.20-21:

"Do Tibiri segue o caminho em geral para o ocidente, para o interior, e estende-se cerca de meia légua pasando junto e através das terras do engenho de S. André. É esse um dos principais engenhos desta Capitania, fica à margem do Paraíba; o seu proprietário é Jorge Homem Pinto, senhor do Tibiry.

O engenho de S. André, se acha no distrito que outrora se chamou Real, porque, coisa de um jacto de pedra abaixo do dito engenho existiu um forte (18) que os Portugueses denominavam Real ou Arraial. Foi esse arraial levantado antigamente por Manoel Mascarenhas, governador de Pernambuco, contra os franceses e os índios, quando os portugueses ainda não eram senhores desta Capitania, para dai socorrer o castelo do Rio Grande com o que lhe fosse necessário. Nesses sítios os portugueses bateram outrora os franceses e conquistaram os pitiguares, assim como também junto ao mesmo arraial foram batidos e destroçados a 27 de Novembro de 1636 os portugueses, que se achavam sob o dominio do rei da Espanha, pelos neerlandeses ao serviço de Suas Altas Potências os Srs. Estados-Gerais, de S. A. o Príncipe de Orange e da privilegiada Companhia das Índias Ocidentais.".


►Coutinho, Marcus Odilon Ribeiro, "Notas", in (Herckmans, 1639), pg. 50:

"(18) Também não existe mais nenhum vestígio deste forte. No Engenho Santo André nasceu André Vidal de Negreiros, herói da luta pela expulsão dos holandeses. Uma capela que existia no local foi derrubada recentemente.".


(Dussen, 1640), pg. 171:

"148) Engenho Santo André, pertencente ao mesmo Jorge Homem Pinto, é engenho d'água e mói. São lavradores:

Manuel Queiroz de Siqueira 50 tarefas

Manuel Rodrigues da Costa 30

O Padre Manuel Paes 60

_______________

140 tarefas".


(Câmara Cascudo, 1956):

@ pg. 219-220:

"Descendo, o Paraíba espelha casas semeadas em distâncias grandes. ...

O afluente Camaraguai (Camaragí) que nasce nas imediações do Lago Salgado, o rio Abaim (Abiaí?), com os engenhos São João, Três Reis Magos, de Vicente Valcacer, Santo André, de Jorge Homem Pinto, um rico proprietário daquele tempo, e dois afluentes pequenos, ...".

@ pg. 223, comentando o BQPPB baseado na entrada de Elias Herckmans em 1641:

"Herckmann sobe até o Tibiri, indo pelos engenhos Santo André, Três Reis Magos, São João, lagoa Ipoxi, São Francisco, rio Tinhaham (Itanhac, do mapa, afluente esquerdo do Una), Paratonuam (Paratiba, Pacatuba), transpondo o Iuna (Una) e o Guarataí, que chamou rio Wartam, onde havia aldeia sem indígenas.".


(Medeiros, 1997), pg. 176:

"ENGENHO SANTO ANDRÉ - Pertencia ao português Jorge Pinto Homem. Ao sul do rio Paraíba, pertencendo ao agrônomo Francisco Leocádio Ribeiro Coutinho.".


(Gonsalves de Mello, 2000), pg. 362, arrolando os engenhos que João Fernandes Vieira possuiu:

"16) Engenho Santo André, na Paraíba. Em 10 de Outubro de 1670 foi-lhe concedido, por provisão régia, isenção por dez anos dos impostos sobre o açúcar nele fabricado (20).

...

(20) Provisão de isenção de impostos concedida a Vieira, para o açúcar nele fabricado, TT, Chancelaria de D. Afonso VI, livro 35, fls. 215v/216..".


(Cabral de Mello, 2012):

@ pg. 159, Os engenhos de açúcar do Brasil Holandês, III - Capitania da Paraíba:

«4) SANTO ANDRÉ. Sito à margem direita do Paraíba. Engenho d'água. Reputado um dos principais da capitania. Fundado por volta de 1590 por Diogo Nunes Correia em parceria com seu irmão Henrique Nunes Correia, mercador em Lisboa. Em 1594, Diogo identificou-se ao Santo Ofício como "lavrador e senhor de engenho na Paraíba, moente e corrente, e de outro que se está acabando", também em parceria com Henrique. Tendo este último lhe recomendado "liquidar o negócio", Diogo o fez, na altura em que outro irmão seu, João Nunes Correia, mercador em Olinda, era processado pela Inquisição. Em 1616, o proprietário do Santo André era Lopo de Abreu, plausivelmente o Lopo do Barco mencionado na relação de 1609. Em 1583, Lopo vivia como mercador em Olinda e em 1600 foi feitor e procurador dos contratadores das rendas das alfândegas do Reino. Em 1623, o engenho pertencia a João Rabelo de Lima, que fora governador da Paraíba, produzindo 6078 arrobas. Em 1635, moía sob a supervisão do feitor, que tinha pretensões sobre a propriedade. Na ausência do proprietário, confiscado e vendido a Jorge Homem Pinto. Moía em 1637 e em 1639, quando dispunha de três partidos de lavradores, que forneciam 140 tarefas (7 mil arrobas), sem partido da fazenda. Em 1640, seus canaviais foram incendiados por Vidal de Negreiros, exceto o partido do padre Manuel Pais. Evacuado em 1646. Adquirido posteriormente por João Fernandes Vieira.(4)».

@ pg. 191, Notas:

«(4) CP, p. 133; IL, 6344; LSUR, p. 65; RPFB, p. 194; FHBH, I, pp. 32, 93, 171, II, pp. 49, 73; RCCB, p. 73; VWIC, IV, p. 125; MDGB, pp. 244-5; DN, 19.I.1640; Vicente do Salvador, História do Brasil, p. 281; Gonsalves de Mello, Gente da nação, pp. 51, 56-7, 65, 73, 191; e João Fernandes Vieira, II, p. 206; Regina Célia Gonçalves, Guerras e açúcares, p. 244.».






Citação deste verbete
Autor do verbete: Levy Pereira
Como citar: PEREIRA, Levy. "S. Andre (engenho de roda d'água)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/atlas/S._Andre_(engenho_de_roda_d%27%C3%A1gua). Data de acesso: 28 de março de 2024.


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