m (Substituindo texto ' == == <references/> {| . | align="center" style="background:#f4d485;"|'''''Citação deste verbete''''' |- |- | '''Autor do verbete:''' Luiza Moretti |- | |- | '''Como citar:''' MORETTI, Luiza. "Substituir texto". In: BiblioAtlas -) |
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Há divergências quanto à data certa da construção do forte – alguns afirmam que fora apenas depois de 1770<ref>Barbosa, Reinaldo I. Ocupação humana em Roraima. I. Do histórico colonial ao início do assentamento dirigido. Bol. Mus. Par. Emilio Goeldi, 1993, 9(1):123-144.</ref>, outros que começou a construção em 1756, porém so foi concluída em 1775<ref>Os documentos do AHU mostram que, apesar da ordem régia para se construir a fortaleza, em 1755 ainda não havia sido construida, mesmo com uma carta de 1754 que já designava um pároco para a fortaleza. O primeiro documento que cita [[Felippe Sturm]] como capitão comandante da fortaleza do Rio Branco é de 1776, alguns autores designam Sturm como quem construiu o forte.</ref> – sob o nome de São Joaquim, na confluência dos rios Uraricoera (ou alto Rio Branco) com o Rio Tacutú, onde começa o rio Branco<ref>[http://www.tjrr.jus.br/arquivoslegados/sistemas/php/joomla/index.php/noticias/573-forte-de-sao-joaquim-do-rio-branco-governo-de-roraima-e-exercito-brasileiro-querem-resgatar-a-historia Governo de Roraima], acessado em 08.10.2012</ref>. Nesta época os espanhóis haviam fundado algumas localidades na região e se tornavam ameaça constante para a soberania portuguesa.<ref>um documento de 1764 fala da passagem de espanhóis do Orinoco para os rios Negro e Branco. Muitos outros documentos posteriores falam ainda de localidades espanholas ou de espanhóis na região.</ref> | Há divergências quanto à data certa da construção do forte – alguns afirmam que fora apenas depois de 1770<ref>Barbosa, Reinaldo I. Ocupação humana em Roraima. I. Do histórico colonial ao início do assentamento dirigido. Bol. Mus. Par. Emilio Goeldi, 1993, 9(1):123-144.</ref>, outros que começou a construção em 1756, porém so foi concluída em 1775<ref>Os documentos do AHU mostram que, apesar da ordem régia para se construir a fortaleza, em 1755 ainda não havia sido construida, mesmo com uma carta de 1754 que já designava um pároco para a fortaleza. O primeiro documento que cita [[Felippe Sturm]] como capitão comandante da fortaleza do Rio Branco é de 1776, alguns autores designam Sturm como quem construiu o forte.</ref> – sob o nome de São Joaquim, na confluência dos rios Uraricoera (ou alto Rio Branco) com o Rio Tacutú, onde começa o rio Branco<ref>[http://www.tjrr.jus.br/arquivoslegados/sistemas/php/joomla/index.php/noticias/573-forte-de-sao-joaquim-do-rio-branco-governo-de-roraima-e-exercito-brasileiro-querem-resgatar-a-historia Governo de Roraima], acessado em 08.10.2012</ref>. Nesta época os espanhóis haviam fundado algumas localidades na região e se tornavam ameaça constante para a soberania portuguesa.<ref>um documento de 1764 fala da passagem de espanhóis do Orinoco para os rios Negro e Branco. Muitos outros documentos posteriores falam ainda de localidades espanholas ou de espanhóis na região.</ref> | ||
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Ao fim do século XVIII e início do XIX as aldeias estavam enfraquecidas e quase abandonadas, o forte se mantinha por destacamentos indígenas vindos do Rio Negro, nenhuma vila/povoação se desenvolveu e o forte estava em condições precárias. Um documento do AHU de 1790 trata da subelevação de algumas povoações. | Ao fim do século XVIII e início do XIX as aldeias estavam enfraquecidas e quase abandonadas, o forte se mantinha por destacamentos indígenas vindos do Rio Negro, nenhuma vila/povoação se desenvolveu e o forte estava em condições precárias. Um documento do AHU de 1790 trata da subelevação de algumas povoações. | ||
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[[Category:Estado do Maranhão e Grão-Pará]] | [[Category:Estado do Maranhão e Grão-Pará]] |
por Luiza Moretti |
Uma carta régia de 1752 mandava erigir uma fortaleza para defender o território do vale do Rio Branco, que se encontrava nos limites das possessões portuguesas.[1] Segundo a carta, já havia sido enviada ordem para tal construção, que não havia sido feita ainda. A região estava sofrendo muitos ataques de espanhois e holandeses e muitos conflitos com comerciantes que passavam por ali.[2]
Há divergências quanto à data certa da construção do forte – alguns afirmam que fora apenas depois de 1770[3], outros que começou a construção em 1756, porém so foi concluída em 1775[4] – sob o nome de São Joaquim, na confluência dos rios Uraricoera (ou alto Rio Branco) com o Rio Tacutú, onde começa o rio Branco[5]. Nesta época os espanhóis haviam fundado algumas localidades na região e se tornavam ameaça constante para a soberania portuguesa.[6]
Próximas ao forte foram fundadas várias aldeias[7], com índios que foram obrigados a trabalhar nas obras. Porém as várias nações indígenas, que em sua maioria eram nomades ou semi-nomades, não se adaptaram á vida sob as ordens dos portugueses e religiosos e muitas revoltas ocorreram.
Ao fim do século XVIII e início do XIX as aldeias estavam enfraquecidas e quase abandonadas, o forte se mantinha por destacamentos indígenas vindos do Rio Negro, nenhuma vila/povoação se desenvolveu e o forte estava em condições precárias. Um documento do AHU de 1790 trata da subelevação de algumas povoações.
Citação deste verbete |
Autor do verbete: Luiza Moretti |
Como citar: MORETTI, Luiza. "Forte de São Joaquim do Rio Branco". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: https://lhs.unb.br/atlas/index.php?title=Forte_de_S%C3%A3o_Joaquim_do_Rio_Branco. Data de acesso: 24 de fevereiro de 2025.
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