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{{Verbete|nome=Manoel|sobrenome=Rendeiro|verbete=O [[Estado do Maranhão e Grão-Pará]], assim mencionado no documento<ref>AHU-Maranhão, D. 363.</ref>, datado do dia 14 de abril de 1655 em Lisboa, que faz a primeiro uso da nova nomenclatura a esta região, antigo [[Estado do Maranhão]], que abrange parte do atual Nordeste e Norte do Brasil. | {{Verbete|nome=Manoel|sobrenome=Rendeiro|verbete=O [[Estado do Maranhão e Grão-Pará]], assim mencionado no documento<ref>AHU-Maranhão, D. 363.</ref>, datado do dia 14 de abril de 1655 em Lisboa, que faz a primeiro uso da nova nomenclatura a esta região, antigo [[Estado do Maranhão]], que abrange parte do atual Nordeste e Norte do Brasil. | ||
− | + | Segundo Meireles, sua criação se deu através da Carta Régia de 25 de agosto de 1654<ref>Ignoramos quais os documentos utilados por este autor. MEIRELES, Mário Martins. História do Maranhão. 2. ed. São Luís: Fundação Cultural do Maranhão, 1980. 426 p.</ref>, porém sua instalação ocorre em 11 de maio de 1655. A extinção oficial data de 31 de julho de 1751, entretanto seu fim de fato ocorre em 24 de setembro de 1751.<ref>[[(Loureiro, 1978)|LOUREIRO, Antônio José. Síntese da história do Amazonas. Manaus: Imprensa Oficial, 1978.]]</ref> | |
Os argumentos para a substituição do antecessor, Estado do Maranhão, pelo [[Estado do Maranhão e Grão-Pará]] não são homogêneos. Para uns, a mudança ocorre devido ao progresso e ascensão de [[Belém]] e suas circunvizinhanças frente a capital [[São Luís]]<ref>[[(Loureiro, 1978)|LOUREIRO, Antônio José. Síntese da história do Amazonas. Manaus: Imprensa Oficial, 1978.]]</ref>; para outros, o acontecimento é fruto da observação da Coroa que verificou que tal organização administrativa não estava a favorecendo, e sim apenas aos interesses pessoais de donatários e sesmeiros, por tal razão era mais conveniente a existência de uma autoridade superior nesse domínio tão distante do continente europeu para manter a ordem e os interesses das coroa em andamento.<ref>MEIRELES, Mário Martins. História do Maranhão. 2. ed. São Luís: Fundação Cultural do Maranhão, 1980. 426 p.</ref> | Os argumentos para a substituição do antecessor, Estado do Maranhão, pelo [[Estado do Maranhão e Grão-Pará]] não são homogêneos. Para uns, a mudança ocorre devido ao progresso e ascensão de [[Belém]] e suas circunvizinhanças frente a capital [[São Luís]]<ref>[[(Loureiro, 1978)|LOUREIRO, Antônio José. Síntese da história do Amazonas. Manaus: Imprensa Oficial, 1978.]]</ref>; para outros, o acontecimento é fruto da observação da Coroa que verificou que tal organização administrativa não estava a favorecendo, e sim apenas aos interesses pessoais de donatários e sesmeiros, por tal razão era mais conveniente a existência de uma autoridade superior nesse domínio tão distante do continente europeu para manter a ordem e os interesses das coroa em andamento.<ref>MEIRELES, Mário Martins. História do Maranhão. 2. ed. São Luís: Fundação Cultural do Maranhão, 1980. 426 p.</ref> |
por Manoel Rendeiro |
O Estado do Maranhão e Grão-Pará, assim mencionado no documento[1], datado do dia 14 de abril de 1655 em Lisboa, que faz a primeiro uso da nova nomenclatura a esta região, antigo Estado do Maranhão, que abrange parte do atual Nordeste e Norte do Brasil.
Segundo Meireles, sua criação se deu através da Carta Régia de 25 de agosto de 1654[2], porém sua instalação ocorre em 11 de maio de 1655. A extinção oficial data de 31 de julho de 1751, entretanto seu fim de fato ocorre em 24 de setembro de 1751.[3]
Os argumentos para a substituição do antecessor, Estado do Maranhão, pelo Estado do Maranhão e Grão-Pará não são homogêneos. Para uns, a mudança ocorre devido ao progresso e ascensão de Belém e suas circunvizinhanças frente a capital São Luís[4]; para outros, o acontecimento é fruto da observação da Coroa que verificou que tal organização administrativa não estava a favorecendo, e sim apenas aos interesses pessoais de donatários e sesmeiros, por tal razão era mais conveniente a existência de uma autoridade superior nesse domínio tão distante do continente europeu para manter a ordem e os interesses das coroa em andamento.[5]
A capital oficial do Estado continuou na cidade de São Luís, contudo muitos governadores residiram na em Belém.
A substituição do Estado do Maranhão causou mudanças no território, sendo o Ceará, já capitania, separada e subordinando-se a Pernambuco no ano de 1656[6]. Além disso, a região do Piauí se reintegra ao Estado do Maranhão e Grão-Pará em 1701, apesar de sua separação e subordinação ao Estado do Brasil em 1654.[7]
Antônio José Loureiro, em Síntese da história do Amazonas, informa: "No Estado, o Governo era constituído pelo Governador, com a patente de Capitão General, do Ouvidor e do Provedor, todos com autoridade sobre as Capitanias que, por sua vez, possuíam Ouvidores e Provedores próprios."
Citação deste verbete |
Autor do verbete: Manoel Rendeiro |
Como citar: RENDEIRO, Manoel. "Estado do Maranhão e Grão-Pará". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: https://lhs.unb.br/atlas/index.php?title=Estado_do_Maranh%C3%A3o_e_Gr%C3%A3o-Par%C3%A1. Data de acesso: 24 de fevereiro de 2025.
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