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− | [[File:colecao_levy.png|link=Coleção_Levy_Pereira|Coleção Levy Pereira]]
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− | Nhĩacoca
| + | ====Nhĩacòca==== |
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| + | Rio afluente [[m.d.]] do '[[Guaramama]]' (Rio Gramame). |
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− | '''Natureza:''' aldeia de índios | + | '''Natureza:''' rio. |
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− | com sinal de abandonada
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| + | '''Mapa:''' [[PRÆFECTURÆ DE PARAIBA, ET RIO GRANDE]]. |
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− | '''Mapa:''' [[PRÆFECTURÆ DE PARAIBA, ET RIO GRANDE]] | + | '''Capitania:''' PARAIBA. |
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| + | '''Nomes históricos:''' Nhĩacòca (Jacoca, Joacaca, Joakaka, Jaocque, Jaocoça, Nhiacoca, Inocoça). |
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− | '''Capitania:''' PARAIBA
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− | Aldeia de índios (brasilianos) com sinal de abandonada, no vale do 'Nhĩacoca' (Rio Boa Água).
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− | '''Nomes históricos:''' Joacocá; Jacoca; Joacaca; Joakaka; Jaocque; Jaocoça; Nhĩacoca; Inocoça; Aldeia do Garamame.
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− | '''Nome atual:''' a aldeia foi extinta.
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− | Situava-se onde hoje é zona urbana da cidade de Conde-PB.
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− | ====Citações====
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− | ►Mapa IT (Albernaz, 1612), possivelmente, plotada como aldeia de índios na m.d. rio 'Guramame', e citada no título deste mapa como 'aldea do Garamame'.
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− | ►(Moreno, 1615), pg. 44, discriminando a resenha de índios guerreiros que participaram na Jornada do Maranhão:
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− | "Logo aos 28 de agosto fizeram resenha da gente dos índios, para ver os que faltavam ao número de 500 frecheiros, quantidade que o de Albuquerque assegurava levar do Rio Grande, para que, com os de Ceará e Buapava, com quem tinha grandes *lianças, pudesse meter na Jornada até mil índios de guerra; e assim se tomou mostra, e pareceram os principais que se seguem:
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− | ...
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− | De Joacocá, o Pau-Seco, com 22
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− | Da mesma aldeia, o Mandiocapuá, com 16".
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− | ►Citada como Aldeia Inocoça ou Jaocoça pelo Pe. Manoel de Moraes, em 1635, na sua relação de aldeias de brasilianos na Paraíba informada aos neerlandeses, conforme:
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− | - Nota 43 de C. Fernandes Pinheiro, Brasil Bandecchi e Leonardo Arroyo, in (Southey, 1810), Notas do capítulo IV, pg. 207:
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− | "(43) ...; Inocoça, a quatro léguas (de Nossa Senhora das Neves, tratada nesta nota como cidade da Paraíba) caminho de Goiana; ...".
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− | - (Vainfas, 2008), pg. 72:
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− | "Na Paraíba, nomeou ... a aldeia de Inocoça ou Jaocoça, a quatro léguas (24 quilômetros) da cidade da Paraíba, no caminho de Goiana, em Pernambuco, chefiada pelo índio Diogo Botelho; ...".
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| + | '''Nome atual:''' Rio Boa Água. |
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| '''Nota:''' | | '''Nota:''' |
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− | as duas citações acima tem fonte primária no livro de Joannes de Laet, História ou Anais dos Feitos da Companhia das Índias Ocidentais, desde o começo até o fim do ano de 1636 (original de 1644).
| + | Plotado no mapa [[BQPPB]] como afluente do rio '[[Guaramama]]' (Rio Gramame), com sua foz a montante da foz do rio '[[Poĩmimbaba]]' (Rio Mumbaba) - a posição correta da sua foz é a jusante da foz do Mumbaba. |
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− | ►(Herckmans, 1639), pg. 23-24:
| + | ====Citação:==== |
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− | "Neste distrito do Gramame, ao sul do rio e cerca de duas léguas da costa, existiam também duas belas aldeias chamadas Joacaca e ... Pindaúna. Joacaca é uma palavra brasílica que significa: abraça-me, pois nesse lugar os índios surpreenderam uma mulhes brasiliense potiguar que se achava à sombra com um Tapuia, e lhe dizia - t'cheakoka, abraça-me (24).
| + | ►[[(Câmara Cascudo, 1956)]], pg. 218: |
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− | ... | + | "... e a foz do Guaramama (Gramame) que, depois de ligeiro curso sinuoso, inflete para a esquerda, desaparecendo. Recebe pela direita apenas o Nhinacoca (Jacoca) onde há deserta povoação indígena.". |
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− | Estas aldeias foram abandonadas no ano de 1636, com aprovação do diretor da Capitania, para evitarem os índios as invasões ou os assaltos dos inimigos.".
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− | ►Coutinho, Marcus Odilon Ribeiro, "Notas", in (Herckmans, 1639), pg. 50:
| + | {{Citar|nome=Levy|sobrenome=Pereira}} |
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− | "(24) Jacoca chama-se atualmente Conde, ...".
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− | ►(Sampaio, 1904), pg. 33:
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− | "JOACACA (JOAKAKA) — também escrito por Herckman Joakoka, à pag. 259, é derivado de juá-coga que significa roça de juá ou onde se faz colheita de juá. A explicação do autor holandês é inadmissível.".
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− | ►(Dussen, 1640):
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− | - pg. 183, definindo a função do capitão holandes:
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− | "Além do capitão brasiliano, foi posto em cada aldeia um capitão holandês que os regem a eles e aos seus principais; a sua maior atribuição é animá-los para o trabalho e dirigi-los na melhoria das plantações e conceder-lhes permissão para trabalhar para senhores de engenho, verificando que não sejam vítimas de enganos e que o seu trabalho lhes seja pago. ".
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− | -pg. 184, quanto á população masculina, esclarece:
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− | "... homens, tanto velhos quanto jovens, aptos para a guerra ou inaptos, excluídas as mulheres e crianças, as quais estão em proporção, com relação aos homens, de, no mínimo, 3 para 1. ".
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− | pg.185:
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− | "ALDEIAS NA PARAÍBA
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− | ...
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− | Aldeias Jaocque e Pindaúna, agora Maurícia, Capitão Tonis Claensz 233".
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− | ►(Coriolano de Medeiros, 1950), pg. 114:
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− | "Jacoca (Voc. ind., corr. de juá-cog: roça de juá, segundo Teodoro Sampaio. E. Herckman deriva o vocábulo de t-chea-coca: "abraça-me", em virtude de ser esta a expressão de uma selvagem apanhada em colóquio com o seu escolhido) — Vila do município da Capital, distando desta uns 20 quilômetros, para o S. Começou por uma aldeia de índios tabajaras. Em 1636, esta aldeia com a sua vizinha Pindaúna, de ordem do governador holandês, veio alojar-se na Capital. Depois de algum tempo, os índios, já fundidos numa só tribo, obtiveram permissão para o regresso, mas estando suas aldeias muito arruinadas, combinaram que entre elas se fundasse novo povoado, o que sucedeu, recebendo o nome de Maurícia, em homenagem ao conde Maurício de Nassau, tendo como capitão, o inglês João Harrison. Após a restauração, diz Irineu Jófili, deram à aldeia a denominação de Conde. ...".
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− | ►([[Câmara Cascudo]], 1956), pg. 218:
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− | "... e a foz do Guaramama (Gramame) que, depois de ligeiro curso sinuoso, inflete para a esquerda, desaparecendo. Recebe pela direita apenas o Nhinacoca (Jacoca) onde há deserta povoação indígena.".
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− | ===Citação deste verbete=== | + | {{Ref|nome=Levy|sobrenome=Pereira}} |
− | Autor do verbete: [[Levy Pereira]]
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− | Como citar: PEREIRA, Levy. "{{PAGENAME}}". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: {{fullurl:{{PAGENAME}}}}. Data de acesso: {{CURRENTDAY}} de {{CURRENTMONTHNAME}} de {{CURRENTYEAR}}.
| + | [[Category: Coleção Levy Pereira]] |
"... e a foz do Guaramama (Gramame) que, depois de ligeiro curso sinuoso, inflete para a esquerda, desaparecendo. Recebe pela direita apenas o Nhinacoca (Jacoca) onde há deserta povoação indígena.".