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+ | '''Nomes históricos:''' Iararémirĩ (Jacará-mirim, Jacaré-mirim, Jacaramirim, Incareningi). | ||
+ | * Roloux Baro tinha uma fazenda na margem dessa lagoa, onde viveu seus últimos anos. | ||
− | + | * Possivelmente o curral assinalado no [[BQPPB]] às margens dessa lagoa é a fazenda de Baro. | |
+ | '''Etimologia:''' | ||
− | ''' | + | Termo de origem tupi, combinando ''jacaré'', o réptil crocodiliano jacaré, e ''mirĩ'', pequeno. |
− | + | ►[[(Margrave, 1648)]], pg. 242, descreve o Jacaré. | |
− | + | ====Citações:==== | |
− | + | ►[[(Baro, 1647)]]: | |
− | + | "No dia 3 abril de 1647, recebi dos nobres e poderosos Senhores Presidente e Conselheiros que representam o alto e soberano governo do Brasil, em nome dos altíssimos e poderosíssimos Estados Gerais das Províncias Unidas dos Países Baixos, Sua Alteza o Príncipe de Orange e a nobre Companhia das Índias Orientais, ordem de dirigir-me ao país dos Tapuias, vizinhos do governo do Rio Grande (3), a fim de com eles tratar, seguindo as instruções contidas na minha comissão. | |
− | + | Preparei-me imediatamente para partir e tomei para acompanhar-me João Straffi, brasiliano, três Tapuias e quatro cães, para termos em caminho com que caçar e obter alimento. | |
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Saímos no dia seguinte do lugar denominado Incareningi (4), situado na mencionada província do Rio Grande, onde eu morava, e passamos em frente à casa do Tenente-Coronel Garstman, que fica próxima ao Rio Camaragibe , e como não pudéssemos vadeá-lo nem atravessá-lo a nado, por ser muito largo, tomamos o caminho da Campina, à direita, onde dormimos.". | Saímos no dia seguinte do lugar denominado Incareningi (4), situado na mencionada província do Rio Grande, onde eu morava, e passamos em frente à casa do Tenente-Coronel Garstman, que fica próxima ao Rio Camaragibe , e como não pudéssemos vadeá-lo nem atravessá-lo a nado, por ser muito largo, tomamos o caminho da Campina, à direita, onde dormimos.". | ||
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Cheguei a Cameru no dia 14 [de julho], cerca do meio dia, e à tarde à minha casa, em Incarenigi, no Governo do Rio Grande, depois de ter suportado a fome e as fadigas que lestes.". | Cheguei a Cameru no dia 14 [de julho], cerca do meio dia, e à tarde à minha casa, em Incarenigi, no Governo do Rio Grande, depois de ter suportado a fome e as fadigas que lestes.". | ||
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"4 A casa de Rouloux Baro estava numa aldeia do Brasil, a cinco ou seis léguas da de Garsman, perto do Rio de Camaragibe, que perde o seu nome no de Potengi, que nosso autor chama Potegi. Este lugar está no governo do Rio Grande, a seis léguas do forte que lhe dá o nome". | "4 A casa de Rouloux Baro estava numa aldeia do Brasil, a cinco ou seis léguas da de Garsman, perto do Rio de Camaragibe, que perde o seu nome no de Potengi, que nosso autor chama Potegi. Este lugar está no governo do Rio Grande, a seis léguas do forte que lhe dá o nome". | ||
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− | + | * Nota: A distância entre a lagoa Jacaremirim e o Forte dos Reis Magos é de 17,4 Km, em linha reta. E dista 11,8 Km, em linha reta, da foz do rio Camaragibe. | |
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(*) Bayaert - correção de próprio punho do autor: "april 1646. Garstman wrooduld!". | (*) Bayaert - correção de próprio punho do autor: "april 1646. Garstman wrooduld!". | ||
− | ► | + | ►[[(Câmara Cascudo, 1956)]], pg. 250: |
"... à margem direita do Potengi. Dois currais na margem esquerda. Um outro em Iararemiri, Jacará-mirim, lagoa a oeste da cidade de São Gonçalo (74).". | "... à margem direita do Potengi. Dois currais na margem esquerda. Um outro em Iararemiri, Jacará-mirim, lagoa a oeste da cidade de São Gonçalo (74).". | ||
− | ► | + | ►[[(Câmara Cascudo, 1968)]], pg. 94: |
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+ | "JACARÁ-MIRIM: — Lagoa em ... De ''iacaré-mirim'', jacaré-pequeno. Data-866, 1792, Rio JACARAMIRIM.". | ||
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Lagoa na m.e. do 'Potĩjĩ ou Rio grande' (Rio Potengi-Rio Grande).
Natureza: lagoa.
Mapa: PRÆFECTURÆ DE PARAIBA, ET RIO GRANDE.
Capitania: RIO GRANDE.
Nome atual: Lagoa de Jacaremirim.
Nomes históricos: Iararémirĩ (Jacará-mirim, Jacaré-mirim, Jacaramirim, Incareningi).
Etimologia:
Termo de origem tupi, combinando jacaré, o réptil crocodiliano jacaré, e mirĩ, pequeno.
►(Margrave, 1648), pg. 242, descreve o Jacaré.
"No dia 3 abril de 1647, recebi dos nobres e poderosos Senhores Presidente e Conselheiros que representam o alto e soberano governo do Brasil, em nome dos altíssimos e poderosíssimos Estados Gerais das Províncias Unidas dos Países Baixos, Sua Alteza o Príncipe de Orange e a nobre Companhia das Índias Orientais, ordem de dirigir-me ao país dos Tapuias, vizinhos do governo do Rio Grande (3), a fim de com eles tratar, seguindo as instruções contidas na minha comissão.
Preparei-me imediatamente para partir e tomei para acompanhar-me João Straffi, brasiliano, três Tapuias e quatro cães, para termos em caminho com que caçar e obter alimento.
Saímos no dia seguinte do lugar denominado Incareningi (4), situado na mencionada província do Rio Grande, onde eu morava, e passamos em frente à casa do Tenente-Coronel Garstman, que fica próxima ao Rio Camaragibe , e como não pudéssemos vadeá-lo nem atravessá-lo a nado, por ser muito largo, tomamos o caminho da Campina, à direita, onde dormimos.".
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Cheguei a Cameru no dia 14 [de julho], cerca do meio dia, e à tarde à minha casa, em Incarenigi, no Governo do Rio Grande, depois de ter suportado a fome e as fadigas que lestes.".
Notas de Pierre Moreau:
"4 A casa de Rouloux Baro estava numa aldeia do Brasil, a cinco ou seis léguas da de Garsman, perto do Rio de Camaragibe, que perde o seu nome no de Potengi, que nosso autor chama Potegi. Este lugar está no governo do Rio Grande, a seis léguas do forte que lhe dá o nome".
@ pg. 236:
"A casa de Baro ficava numa aldeia a cinco ou seis léguas da de Garstman, perto do Rio Camaragibe, que perde o seu nome no Potengi, que nosso autor chama Potegi. O lugar onde Rodolfo Baro morava, a seis léguas do Castelo do Rio Grande, chamava-se Jacaré-mirim.".
@ pg. 245:
"Em 7 de julho, empreendeu a viagem em direção à costa, tendo se apresentado na tarde do dia 14 ao major Jorge Garstman. (*) Na noite desse dia voltou à sua casa, em jacaré-mirim.".
(*) Bayaert - correção de próprio punho do autor: "april 1646. Garstman wrooduld!".
►(Câmara Cascudo, 1956), pg. 250:
"... à margem direita do Potengi. Dois currais na margem esquerda. Um outro em Iararemiri, Jacará-mirim, lagoa a oeste da cidade de São Gonçalo (74).".
►(Câmara Cascudo, 1968), pg. 94:
"JACARÁ-MIRIM: — Lagoa em ... De iacaré-mirim, jacaré-pequeno. Data-866, 1792, Rio JACARAMIRIM.".
Citação deste verbete |
Autor do verbete: Levy Pereira |
Como citar: PEREIRA, Levy. "Iararémirĩ". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: https://lhs.unb.br/atlas/index.php?title=Iarar%C3%A9mir%C4%A9. Data de acesso: 13 de maio de 2025. |
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