m (Substituindo texto ' {| . | align="center" style="background:#f4d485;"|'''''Citação deste verbete''''' |- |- | '''Autor do verbete:''' Levy Pereira '''Como citar:''' PEREIRA, Levy . "Substituir texto". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do A) |
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"O Nhumdiaí (Jundiaí), reduzido a um terço, recebe pela esquerda ... o Uruguaguaçu, Urumassú ou Huruhouoçu nas grafias coloniais, Uruassú, no município de Macaíba, acima da confluência Potengi-Jundiaí. (72). | "O Nhumdiaí (Jundiaí), reduzido a um terço, recebe pela esquerda ... o Uruguaguaçu, Urumassú ou Huruhouoçu nas grafias coloniais, Uruassú, no município de Macaíba, acima da confluência Potengi-Jundiaí. (72). | ||
− | (72) Uruassú foi local de outro massacre dirigido por Jacob Rabby, em 3 de outubro de 1645. Ali foram trucidados os refugiados portugueses do forte Reis Magos, inclusive o velho vigário padre Francisco Ambrósio Ferro, mulheres, crianças, entregues aos janduís e potiguares. A repercussão foi tremenda e o Alto Conselho negou sua responsabilidade em carta para a Câmara de Zelândia em 31 de julho de 1645, Watjen, nota, 337. No panfleto holandês BRASILSCHE GELTSACK, impresso em 1647, tradução do P. Geraldo Pawels, acusando o conselheiro Bullestraten, grita, feroz: No Rio Grande não foi bem feito que se matassem os portugueses pelos | + | (72) Uruassú foi local de outro massacre dirigido por Jacob Rabby, em 3 de outubro de 1645. Ali foram trucidados os refugiados portugueses do forte Reis Magos, inclusive o velho vigário padre Francisco Ambrósio Ferro, mulheres, crianças, entregues aos janduís e potiguares. A repercussão foi tremenda e o Alto Conselho negou sua responsabilidade em carta para a Câmara de Zelândia em 31 de julho de 1645, Watjen, nota, 337. No panfleto holandês BRASILSCHE GELTSACK, impresso em 1647, tradução do P. Geraldo Pawels, acusando o conselheiro Bullestraten, grita, feroz: No Rio Grande não foi bem feito que se matassem os portugueses pelos Tapuias, comandados por um vagabundo impudente, Jacob Rabby, que antes teria merecido a forca do que um comando? Que se tomassem aí alguns em refém, levando-os para o castelo, para depois tirá-los de novo e matá-los friamente? Nieuhof é o único na tentativa de defesa aos interesses da Companhia. A primeira informação é a BREVE, VERDADEIRA E AUTÊNTICA RELAÇÃO, datada de 23 de outubro do mesmo 1645, escrita por Lopo Curado Garro e enviada aos chefes pernambucanos. Frei Manuel Calado, VALEROSO LUCIDENO, publicou-a, II, 184, da edição pernambucana de 1942, II, 149, da edição paulista (Cultura), de 1943. Diogo Lopes de Santiago aproveitou-a como narrativa na sua HISTÓRIA DA GUERRA DE PERNAMBUCO, liv. II, XXIII a XXV, Recife, 1943. Igualmente Frei Rafael de Jesus no CASTRIOTO LUSITANO, VIII. Ver OS HOLANDESES NO RIO GRANDE DO NORTE, XV, XVI, XVII, onde estudei o episódio, com identificações, Natal, 1949. Uruassú é povoação à margem direita do rio Cunhã-Ari, afluente do rio Potengi, município de Macaíba. A cerca onde os homens, mulheres e crianças refugiaram-se e repeliram muitas vezes a Rabby, fica na TINGUIJADA. O local do massacre diz-se ainda hoje PORTO DO FLAMENGO.". |
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− | L. da C.C. aqui cita mais um nome para o rio Uruaçu: Cunhã-Ari. O [[BQPPB]] denomina 'Acaiuarĩ' o alto curso desse rio, a montante da lagoa (atual Lagoa de Uruaçu). | + | * L. da C.C. aqui cita mais um nome para o rio Uruaçu: Cunhã-Ari. O [[BQPPB]] denomina 'Acaiuarĩ' o alto curso desse rio, a montante da lagoa (atual Lagoa de Uruaçu). |
− | Atualmente o povoado de Uruaçu pertence ao município de São Gonçalo do Amarante e o rio Uruaçu é afluente do Rio Jundiaí. | + | * Atualmente o povoado de Uruaçu pertence ao município de São Gonçalo do Amarante e o rio Uruaçu é afluente do Rio Jundiaí. |
− | ► | + | ►[[(Câmara Cascudo, 1968)]], pg. 131: |
− | "URUÁ:- ... Uruá é um molusco gasterópode, do gênero Ampulária. De iuru-á, boca aberta. ..."; | + | "URUÁ:- ... Uruá é um molusco gasterópode, do gênero Ampulária. De ''iuru-á'', boca aberta. ..."; |
− | "URUAÇU:- Povoado em Macaíba. De iuru-a-açu, uruá grande. "Tinguijada", onde ocorreu o massacre de 1645 é região de Uruaçu. "Huoaçu" em 1609.". | + | "URUAÇU:- Povoado em Macaíba. De ''iuru-a-açu'', uruá grande. "Tinguijada", onde ocorreu o massacre de 1645 é região de Uruaçu. "Huoaçu" em 1609.". |
Rio afluente m.e. do 'Nhumdiáĩ' (Rio Jundiaí).
Natureza: rio.
Mapa: PRÆFECTURÆ DE PARAIBA, ET RIO GRANDE.
Capitania: RIO GRANDE.
Nomes históricos: Vruguaguaçu (Vruguaguaçu, Uruaçu, Huoaçu, Urumassú, Huruhouoçu, Uruassu).
Nome atual: Rio da Prata.
Etimologia:
Termo de origem tupi - no mapa de Margrave, a letra U inicial dos topônimos é grafado com um V maiúsculo, assim Vruguaguacu, equivale a Uruguaguaçu, a combinação de urugua, o caracol, e guaçu, grande.
►(Câmara Cascudo, 1956), pg. 247-248:
"O Nhumdiaí (Jundiaí), reduzido a um terço, recebe pela esquerda ... o Uruguaguaçu, Urumassú ou Huruhouoçu nas grafias coloniais, Uruassú, no município de Macaíba, acima da confluência Potengi-Jundiaí. (72).
(72) Uruassú foi local de outro massacre dirigido por Jacob Rabby, em 3 de outubro de 1645. Ali foram trucidados os refugiados portugueses do forte Reis Magos, inclusive o velho vigário padre Francisco Ambrósio Ferro, mulheres, crianças, entregues aos janduís e potiguares. A repercussão foi tremenda e o Alto Conselho negou sua responsabilidade em carta para a Câmara de Zelândia em 31 de julho de 1645, Watjen, nota, 337. No panfleto holandês BRASILSCHE GELTSACK, impresso em 1647, tradução do P. Geraldo Pawels, acusando o conselheiro Bullestraten, grita, feroz: No Rio Grande não foi bem feito que se matassem os portugueses pelos Tapuias, comandados por um vagabundo impudente, Jacob Rabby, que antes teria merecido a forca do que um comando? Que se tomassem aí alguns em refém, levando-os para o castelo, para depois tirá-los de novo e matá-los friamente? Nieuhof é o único na tentativa de defesa aos interesses da Companhia. A primeira informação é a BREVE, VERDADEIRA E AUTÊNTICA RELAÇÃO, datada de 23 de outubro do mesmo 1645, escrita por Lopo Curado Garro e enviada aos chefes pernambucanos. Frei Manuel Calado, VALEROSO LUCIDENO, publicou-a, II, 184, da edição pernambucana de 1942, II, 149, da edição paulista (Cultura), de 1943. Diogo Lopes de Santiago aproveitou-a como narrativa na sua HISTÓRIA DA GUERRA DE PERNAMBUCO, liv. II, XXIII a XXV, Recife, 1943. Igualmente Frei Rafael de Jesus no CASTRIOTO LUSITANO, VIII. Ver OS HOLANDESES NO RIO GRANDE DO NORTE, XV, XVI, XVII, onde estudei o episódio, com identificações, Natal, 1949. Uruassú é povoação à margem direita do rio Cunhã-Ari, afluente do rio Potengi, município de Macaíba. A cerca onde os homens, mulheres e crianças refugiaram-se e repeliram muitas vezes a Rabby, fica na TINGUIJADA. O local do massacre diz-se ainda hoje PORTO DO FLAMENGO.".
Notas:
►(Câmara Cascudo, 1968), pg. 131:
"URUÁ:- ... Uruá é um molusco gasterópode, do gênero Ampulária. De iuru-á, boca aberta. ...";
"URUAÇU:- Povoado em Macaíba. De iuru-a-açu, uruá grande. "Tinguijada", onde ocorreu o massacre de 1645 é região de Uruaçu. "Huoaçu" em 1609.".
Citação deste verbete |
Autor do verbete: Levy Pereira |
Como citar: PEREIRA, Levy. "Vruguaguacu". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: https://lhs.unb.br/atlas/index.php?title=Vruguaguacu. Data de acesso: 24 de fevereiro de 2025. |
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