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A [[Capitania de Santo Amaro]] foi fundada em 1534 através de doação feita pelo [[rei d. João III]] a [[Pero Lopes de Sousa]], com a implantação do sistema de [[capitanias hereditárias]]. O território doado compreendia as terras entre a [[ilha de Santo Amaro]] e a enseada de [[Ubatuba]]<ref>BUENO, B. P. S. Dilatação dos confins: caminhos, vilas e cidades na formação da Capitania de São Paulo. Anais do Museu Paulista. São Paulo. N. Sér. v.17. n.2. p. 251-294. jul.- dez. 2009.</ref>. [[Frei Gaspar da Madre de Deus]],no entanto, na sua obra ''Memórias para a história da Capitania de São Vicente'', afirma que a fundação da capitania não deve ser creditada a [[Pero Lopes de Sousa]]. Para o autor, a fundação da capitania teria se dado nos anos que se seguiram à morte do primeiro donatário, quando seus herdeiros passaram a nomear procuradores, capitães e ouvidores para a capitania. O [[Frei Gaspar da Madre de Deus|frei]] ainda afirma que a capitania só passaria a ser conhecida como [[Santo Amaro]] a partir de 1545, quando há a fundação de uma capela em [[Guaíbe]] dedicada a Santo Amaro. | A [[Capitania de Santo Amaro]] foi fundada em 1534 através de doação feita pelo [[rei d. João III]] a [[Pero Lopes de Sousa]], com a implantação do sistema de [[capitanias hereditárias]]. O território doado compreendia as terras entre a [[ilha de Santo Amaro]] e a enseada de [[Ubatuba]]<ref>BUENO, B. P. S. Dilatação dos confins: caminhos, vilas e cidades na formação da Capitania de São Paulo. Anais do Museu Paulista. São Paulo. N. Sér. v.17. n.2. p. 251-294. jul.- dez. 2009.</ref>. [[Frei Gaspar da Madre de Deus]],no entanto, na sua obra ''Memórias para a história da Capitania de São Vicente'', afirma que a fundação da capitania não deve ser creditada a [[Pero Lopes de Sousa]]. Para o autor, a fundação da capitania teria se dado nos anos que se seguiram à morte do primeiro donatário, quando seus herdeiros passaram a nomear procuradores, capitães e ouvidores para a capitania. O [[Frei Gaspar da Madre de Deus|frei]] ainda afirma que a capitania só passaria a ser conhecida como [[Santo Amaro]] a partir de 1545, quando há a fundação de uma capela em [[Guaíbe]] dedicada a Santo Amaro. | ||
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A [[capitania de Santo Amaro]] foi escassamente povoada durante os séculos XVII e XVII. Um dos motivos para isso seriam os constantes ataques dos índios tamoios à região.<ref>SILVA, Maria Beatriz Nizza da; BACELLAR, Carlos de Almeida Prado; GOLDSCHMIDT, Eliana Maria Rea; NEVES, Lucia Maria Bastos Pereira Das (Org). História de São Paulo colonial. São Paulo: Editora UNESP, 2009, pág. 15.</ref> [[Pedro Taques de Almeida Pais Leme]], na obra ''História da Capitania de São Vicente'', afirma que a [[vila de São Sebastião]] era a única da capitania. | A [[capitania de Santo Amaro]] foi escassamente povoada durante os séculos XVII e XVII. Um dos motivos para isso seriam os constantes ataques dos índios tamoios à região.<ref>SILVA, Maria Beatriz Nizza da; BACELLAR, Carlos de Almeida Prado; GOLDSCHMIDT, Eliana Maria Rea; NEVES, Lucia Maria Bastos Pereira Das (Org). História de São Paulo colonial. São Paulo: Editora UNESP, 2009, pág. 15.</ref> [[Pedro Taques de Almeida Pais Leme]], na obra ''História da Capitania de São Vicente'', afirma que a [[vila de São Sebastião]] era a única da capitania. | ||
por Nayara Rocha |
A Capitania de Santo Amaro ou de Santo Amaro de Guaíbe foi fundada em 1534 e existiu com esse nome até 1623, quando passou a fazer parte da capitania de São Vicente, então sob domínio de d. Luís de Castro, conde de Monsanto.
A Capitania de Santo Amaro foi fundada em 1534 através de doação feita pelo rei d. João III a Pero Lopes de Sousa, com a implantação do sistema de capitanias hereditárias. O território doado compreendia as terras entre a ilha de Santo Amaro e a enseada de Ubatuba[1]. Frei Gaspar da Madre de Deus,no entanto, na sua obra Memórias para a história da Capitania de São Vicente, afirma que a fundação da capitania não deve ser creditada a Pero Lopes de Sousa. Para o autor, a fundação da capitania teria se dado nos anos que se seguiram à morte do primeiro donatário, quando seus herdeiros passaram a nomear procuradores, capitães e ouvidores para a capitania. O frei ainda afirma que a capitania só passaria a ser conhecida como Santo Amaro a partir de 1545, quando há a fundação de uma capela em Guaíbe dedicada a Santo Amaro. Assim como a capitania de São Vicente, Santo Amaro teve seu território alargado ao longo do tempo e os seus limites, sempre imprecisos, foram alvo de disputa com a capitania vizinha. A capitania de Santo Amaro foi escassamente povoada durante os séculos XVII e XVII. Um dos motivos para isso seriam os constantes ataques dos índios tamoios à região.[2] Pedro Taques de Almeida Pais Leme, na obra História da Capitania de São Vicente, afirma que a vila de São Sebastião era a única da capitania.
Pedro Lopes, tendo como tutora sua mãe Isabel de Gamboa
Martim Afonso, tendo como tutora sua mãe Isabel de Gamboa
D. Jerônima de Albuquerque e Sousa
D. Isabel de Lima de Sousa Miranda
Lopo de Sousa, também donatário da capitania de São Vicente
Luís de Castro, conde de Monsanto
Citação deste verbete |
Autor do verbete: Nayara Rocha |
Como citar: ROCHA, Nayara. "Capitania de Santo Amaro". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: https://lhs.unb.br/atlas/index.php?title=Capitania_de_Santo_Amaro. Data de acesso: 24 de fevereiro de 2025.
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