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{{trecho|texto=No decorrer das décadas de 1760 e de 1770, momento em que as jurisdições militar, judiciária e fazendária estavam já melhor delimitadas e mais amplas espacialmente, além também de uma população considerável, tornou-se comum o uso do termo "capitania". Contudo, essa denominação foi, por todo o período que aqui se estuda, mas usual pelas autoridades e sociedade locais do que pelas autoridades metropolitanas, o que evidenciava uma certa tensão existente entre as distintas perspectivas do que era - ou deveria ser - essa unidade política-administrativa.}} | {{trecho|texto=No decorrer das décadas de 1760 e de 1770, momento em que as jurisdições militar, judiciária e fazendária estavam já melhor delimitadas e mais amplas espacialmente, além também de uma população considerável, tornou-se comum o uso do termo "capitania". Contudo, essa denominação foi, por todo o período que aqui se estuda, mas usual pelas autoridades e sociedade locais do que pelas autoridades metropolitanas, o que evidenciava uma certa tensão existente entre as distintas perspectivas do que era - ou deveria ser - essa unidade política-administrativa.}} | ||
− | Augusto da Silva ressalta que, | + | Augusto da Silva ressalta que, embora não houvesse um instrumento legal que desse o estatuto de [[capitania]] a [[Capitania de Santa Catarina|Santa Catarina]], as autoridades locais, no decorrer do século XVIII, passaram a tratar esse domínio como se capitania fosse. E, por meio da documentação, Silva percebe que o espaço de atuação jurisdicional civil e militar dos governadores não ficou restrito apenas apenas a [[Capitania de Santa Catarina|ilha de Santa Catarina]], mas também ao território continental adjacente a ela, incluindo os termos das vilas de [[vila de Laguna|Laguna]] e de [[vila de São Francisco do Sul|São Francisco do Sul]] <ref>SILVA, Augusto da. O governo da Ilha de Santa Catarina e sua terra firme: território, administração e sociedade (1738-1807). Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2013 </ref>. |
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+ | ==Vilas da Capitania de Santa Catarina== <ref>SILVA, Augusto da. O governo da Ilha de Santa Catarina e sua terra firme: território, administração e sociedade (1738-1807). Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2013 </ref>.<ref>SILVA, Augusto da. O governo da Ilha de Santa Catarina e sua terra firme: território, administração e sociedade (1738-1807). Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2013 </ref> | ||
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{{Verbete|nome=Lana |sobrenome=Sato|verbete=A ilha de Santa Catarina, durante o período colonial, foi um importante porto de passagem dos navegadores do Atlântico e um importante espaço para a defesa do território luso, tal ideia sendo difundida principalmente depois da invasão desta ilha pelos espanhóis em 1777 [1].
Há certa divergência historiográfica se Santa Catarina foi uma capitania ou não durante o período colonial. Muitos historiadores, principalmente do século XX, consideraram a carta régia de 11 de agosto de 1738 como documento fundador da capitania da Ilha de Santa Catarina. Outros, porém, indicam tal ato régio como a origem de um "governo separado" ou "subgovernadoria" [2]. Augusto da Silva, em seu livro "O governo da Ilha de Santa Catarina e sua terra firme", defende que o que se implantou em 1738 na ilha de Santa Catarina foi um governo, uma praça militar e que era desta forma denominada pelas autoridades metropolitanas e coloniais. Silva afirma que:
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Augusto da Silva ressalta que, embora não houvesse um instrumento legal que desse o estatuto de capitania a Santa Catarina, as autoridades locais, no decorrer do século XVIII, passaram a tratar esse domínio como se capitania fosse. E, por meio da documentação, Silva percebe que o espaço de atuação jurisdicional civil e militar dos governadores não ficou restrito apenas apenas a ilha de Santa Catarina, mas também ao território continental adjacente a ela, incluindo os termos das vilas de Laguna e de São Francisco do Sul [3].
A ilha de Santa Catarina era conhecida e visitada desde o século XVI, mas somente em meados do século XVIII a coroa portuguesa estabeleceu um sistema de fortificações neste território, com um governo vinculado ao Rio de Janeiro e separado de São Paulo [4]. A ilha de Santa Catarina estava sob a jurisdição da Capitania de São Paulo até o ano de 1738, quando esse território passou para a jurisdição do Rio de Janeiro [5]. Em 1807, Santa Catarina passou a ser subalterna a Capitania de São Pedro. Augusto da Silva divide em quatros momentos distintos a governança da ilha de Santa Catarina entre 1738 a 1807:
1738 a 1748: Criado, em 1738, um governo na Ilha de Santa Catarina. A ilha era uma praça militar e a preocupação dos seus governadores era voltada para a administração e montagem do sistema de defesa;
1748 a 1763: Momento de consolidação do estabelecimento colonial. Instalação da ouvidoria, da provedoria e a chegada de casais a ilha;
1763 a 1777: Época marcada pela guerra com os espanhóis. No ano de 1777 a ilha foi tomada pelos espanhóis, ressaltando que até aquele momento a ilha de Santa Catarina e a vila de Laguna faziam a ligação da região de Viamão e Porto Alegre com o Rio de Janeiro, já que em 1763 os espanhóis invadiram a vila de Rio Grande de São Pedro e bloquearam o acesso português àquele porto;
1778 a 1807: Restituição da ilha de Santa Catarina aos portugueses em 1778. Esse período pode ser caracterizado como o momento onde há a reorganização política, militar e econômica desta região.
No ano de 1807 há a criação da Capitania de São Pedro. Tal capitania anexava a ilha de Santa Catarina a região de Rio Grande de São Pedro e as colocavam sob uma mesma governança [6].
Manuel Escudeiro Ferreira de Sousa
Francisco Antônio Cardoso de Meneses e Sousa
Francisco Antônio da Veiga Cabral da Câmara
Francisco de Barros Morais Araújo Teixeira Homem
João Alberto de Miranda Ribeiro
==Vilas da Capitania de Santa Catarina== [8].[9]
Nossa Senhora da Graça do Rio de São Francisco
[[Sant'Ana (Vila Nova)
}}
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, mas nenhuma marca <references/>
foi encontrada