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O litoral do que viria a ser a capitania de Pernambuco, muito provavelmente, já havia sido visitado por navegantes a serviço de Castela antes mesmo do achamento oficial do Brasil. Posteriormente, foi alvo de incursões francesas em busca de pau-brasil. Em 9 de março de 1534, [[Duarte Coelho]] recebeu em Évora a doação de uma das 15 capitanias criadas pelo [[rei Dom João III]] como prêmio pelo importante papel nas campanhas militares e diplomáticas dos portugueses no extremo Oriente, onde participou diretamente na tomada de Malaca em 1511. Sua capitania compreendia toda a terra entre a boca sul do [[Canal de Santa Cruz]] (que separa a Ilha de Itamaracá do continente) e a margem esquerda do [[Rio São Francisco]] (bem como suas águas e ilhas). Precisamente às margens do [[Canal de Santa Cruz]], [[Cristóvão Jacques]] havia fundado duas feitorias (em 1516 e 1526), em cujas proximidades se fizeram as primeiras experiências na produção açúcar. Estas feitorias foram alvo do ataque dos franceses em várias ocasiões. | O litoral do que viria a ser a capitania de Pernambuco, muito provavelmente, já havia sido visitado por navegantes a serviço de Castela antes mesmo do achamento oficial do Brasil. Posteriormente, foi alvo de incursões francesas em busca de pau-brasil. Em 9 de março de 1534, [[Duarte Coelho]] recebeu em Évora a doação de uma das 15 capitanias criadas pelo [[rei Dom João III]] como prêmio pelo importante papel nas campanhas militares e diplomáticas dos portugueses no extremo Oriente, onde participou diretamente na tomada de Malaca em 1511. Sua capitania compreendia toda a terra entre a boca sul do [[Canal de Santa Cruz]] (que separa a Ilha de Itamaracá do continente) e a margem esquerda do [[Rio São Francisco]] (bem como suas águas e ilhas). Precisamente às margens do [[Canal de Santa Cruz]], [[Cristóvão Jacques]] havia fundado duas feitorias (em 1516 e 1526), em cujas proximidades se fizeram as primeiras experiências na produção açúcar. Estas feitorias foram alvo do ataque dos franceses em várias ocasiões. | ||
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+ | Um ano após a doação, o capitão donatário desembarcou com um grupo de colonos e os materiais necessários para o início efetivo da ocupação de sua capitania. Após fundar a [[vila de Igaraçu]] no extremo norte de sua jurisdição, lançou as bases da ocupação de [[Olinda]], que viria a ser a capital da sua [[Nova Lusitânia]], desalojando um entrincheiramento de franceses no topo de uma colina confrontante ao Oceano. O porto da localidade situava-se seis quilômetros ao sul, no local onde surgiria a povoação do [[Recife]].<ref> PEREIRA DA COSTA, F. A. Anais Pernambucanos. 2a edição. Recife: FUNDARPE, 1983. Vol. 1.<ref>. | ||
== Lista das vilas da Capitania de Pernambuco == | == Lista das vilas da Capitania de Pernambuco == |
Fundada como capitania donatária com o nome de Nova Lusitânia, teve a jurisdição retomada pela Coroa em 1654 e a propriedade em 1716.
O litoral do que viria a ser a capitania de Pernambuco, muito provavelmente, já havia sido visitado por navegantes a serviço de Castela antes mesmo do achamento oficial do Brasil. Posteriormente, foi alvo de incursões francesas em busca de pau-brasil. Em 9 de março de 1534, Duarte Coelho recebeu em Évora a doação de uma das 15 capitanias criadas pelo rei Dom João III como prêmio pelo importante papel nas campanhas militares e diplomáticas dos portugueses no extremo Oriente, onde participou diretamente na tomada de Malaca em 1511. Sua capitania compreendia toda a terra entre a boca sul do Canal de Santa Cruz (que separa a Ilha de Itamaracá do continente) e a margem esquerda do Rio São Francisco (bem como suas águas e ilhas). Precisamente às margens do Canal de Santa Cruz, Cristóvão Jacques havia fundado duas feitorias (em 1516 e 1526), em cujas proximidades se fizeram as primeiras experiências na produção açúcar. Estas feitorias foram alvo do ataque dos franceses em várias ocasiões.
Um ano após a doação, o capitão donatário desembarcou com um grupo de colonos e os materiais necessários para o início efetivo da ocupação de sua capitania. Após fundar a vila de Igaraçu no extremo norte de sua jurisdição, lançou as bases da ocupação de Olinda, que viria a ser a capital da sua Nova Lusitânia, desalojando um entrincheiramento de franceses no topo de uma colina confrontante ao Oceano. O porto da localidade situava-se seis quilômetros ao sul, no local onde surgiria a povoação do Recife.Erro de citação: </ref> de fechamento ausente para para a marca <ref>