m (Substituindo texto ' {| . | align="center" style="background:#f4d485;"|'''''Citação deste verbete''''' |- |- | '''Autor do verbete:''' Levy Pereira '''Como citar:''' PEREIRA, Levy . "Substituir texto". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do A) |
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− | + | A troca de posição fica clara nos mapas atuais, no mapa PB [[(IAHGP-Vingboons, 1640)]], onde a seqüência é 'Ԑ St An∂rԐo'-'St. Jaĩ'-'TrԐs RԐis Ԑ' e também na sequência dos engenhos nos documentos holandeses coevos - vide notas abaixo. | |
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− | + | ►Mapa PB [[(IAHGP-Vingboons, 1640)]] #49 CAPITANIA DE PARAYBA - plotado como engenho, 'TrԐs RԐis Ԑ', na [[m.d.]] do 'R. Abao', situação conforme com os mapas atuais. | |
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"Diremos apenas que há nesta capitania 18 engenhos, dos quais uns são movidos a água e outros a boi e todos estão situados no rio Paraíba, sendo que nove ao sul do rio. | "Diremos apenas que há nesta capitania 18 engenhos, dos quais uns são movidos a água e outros a boi e todos estão situados no rio Paraíba, sendo que nove ao sul do rio. | ||
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O sexto (ao sul do rio Paraíba) também um engenho d'água pertencente a Francisco Camelo de Valcaçar, ainda mói.". | O sexto (ao sul do rio Paraíba) também um engenho d'água pertencente a Francisco Camelo de Valcaçar, ainda mói.". | ||
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"6. Engenho Três Reis Magos, pertencente a Francisco Camelo de Valcácer, presente; mói. ". | "6. Engenho Três Reis Magos, pertencente a Francisco Camelo de Valcácer, presente; mói. ". | ||
+ | * Nota: O precedente, #5 é o São João e o subsequente, #7 é o Espírito Santo. | ||
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"Daí (Engenho São João Batista) cerca de uma grande meia légua para o sudoeste fica sobre os montes o engenho chamado dos Tres Reis (21), cujo atual proprietário é Francisco Camelo de Valcassar; demora também como o engenho anterior, do mesmo lado do Paraíba, mas um pouco mais chegado ao rio. | "Daí (Engenho São João Batista) cerca de uma grande meia légua para o sudoeste fica sobre os montes o engenho chamado dos Tres Reis (21), cujo atual proprietário é Francisco Camelo de Valcassar; demora também como o engenho anterior, do mesmo lado do Paraíba, mas um pouco mais chegado ao rio. | ||
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Defronte dos Três Reis e dele apartado cerca de uma hora de viagem, se acha, do lado setentrional do Paraíba, o engenho S. Gonçalo ...". | Defronte dos Três Reis e dele apartado cerca de uma hora de viagem, se acha, do lado setentrional do Paraíba, o engenho S. Gonçalo ...". | ||
+ | * Nota: Essa citação esclarece que o São João precedia o Três Reis e que do Três Reis o caminho bifurcava para o São Gonçalo - vide os mapas [[BQPPB]] e o PB (IAHGP-Vingboons, 1640). | ||
− | + | ►Coutinho, Marcus Odilon Ribeiro, "Notas", in [[(Herckmans, 1639)]], pg. 50: | |
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− | ►Coutinho, Marcus Odilon Ribeiro, "Notas", in (Herckmans, 1639), pg. 50: | + | |
"(21) Pertence atualmente à Cia. Usina São João e conserva o nome.". | "(21) Pertence atualmente à Cia. Usina São João e conserva o nome.". | ||
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"150) Engenho Três Reis, de Francisco Camelo de Valcácer, é engenho d'água e mói. São lavradores: | "150) Engenho Três Reis, de Francisco Camelo de Valcácer, é engenho d'água e mói. São lavradores: | ||
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Luís Mendes 40 | Luís Mendes 40 | ||
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+ | * Nota: O precedente, #149, é o São João, e o subsequente, #151, é o Espírito Santo. | ||
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"Herckmann sobe até o Tibiri, indo pelos engenhos Santo André, Três Reis Magos, São João, lagoa Ipoxi, São Francisco, rio Tinhaham (Itanhac, do mapa, afluente esquerdo do Una), Paratonuam (Paratiba, Pacatuba), transpondo o Iuna (Una) e o Guarataí, que chamou rio Wartam, onde havia aldeia sem indígenas.". | "Herckmann sobe até o Tibiri, indo pelos engenhos Santo André, Três Reis Magos, São João, lagoa Ipoxi, São Francisco, rio Tinhaham (Itanhac, do mapa, afluente esquerdo do Una), Paratonuam (Paratiba, Pacatuba), transpondo o Iuna (Una) e o Guarataí, que chamou rio Wartam, onde havia aldeia sem indígenas.". | ||
+ | * Nota: O caminho descrito por Câmara Cascudo poderia ter outra variante, mais curta 4,6 Km, a partir do engenho 'S. Iuaõ' indo ao engenho 'S. Gonçalo', e daí diretamente para o riacho '[[Itanhac]]', sem passar pela lagoa 'Ipoxi' e o engenho 'S. Francisco'. | ||
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+ | ►[[(Cabral de Mello, 2012)]]: | ||
+ | @ pg. 160-161, Os engenhos de açúcar do Brasil Holandês, III - Capitania da Paraíba: | ||
− | ' | + | «6) TRÊS REIS. Sito à margem direita do Paraíba. Engenho d'água. Em 1609, pertencia a Jorge Camelo, que por volta de 1590, como ouvidor de Pernambuco e cavaleiro fidalgo da Casa Real, fora senhor de engenho em Igaraçu. Em 1617, pertencia a seu filho, Francisco Camelo de Valcárcer; e em 1623, produzia 5,5 mil arrobas. Francisco Camelo recebeu em 1602 uma sesmaria no Gramame, lindeira às terras do engenho; e tendo sido ouvidor da Paraíba (1605-7), permaneceu sob o domínio holandês. O engenho moía em 1637 e 1638, com quatro partidos de lavradores, no total de 115 tarefas (5750 arrobas), sem partido da fazenda. Em 1640, seus canaviais foram incendiados por Vidal de Negreiros, exceto o partido de Luís Mendes. Em 1645, Francisco Camelo contratou com a WIC a encampação da sua dívida, a pagar em três anos, no total de 160205 florins, dos quais 10325 florins eram devidos à Companhia e 149879 florins a particulares. "A bolsa do Brasil" reconhece que "seus fiadores são abastados" mas aduz que Francisco Camelo subornara com 15 mil florins em dinheiro e em ordens as autoridades do Recife. Quando da insurreição luso-brasileira, o engenho foi fortificado com "uma cerca de pau a pique e com sessenta homens para sua defesa". Evacuado em 1646. Em 1663, Francisco Camelo era devedor de 160425 florins à WIC.(6)». |
− | + | @ pg. 191, Notas: | |
+ | «(6) DP, pp. 136, 179, 219; CGS, p. 88; LPGB, p. 181; RPFB, pp. 88-9, 194; "Livro do tombo", p. 518; FHBH, I, pp. 32, 93, 171-2; II, pp. 49, 75; RCCB, pp. 74, 156; DN, 19.I.1640; HGP, pp. 309, 312; Gonsalves de Mello, Gente da nação, p. 143; Regina Célia Gonçalves, Guerras e açúcares, p. 246.». | ||
{{Citar|nome=Levy|sobrenome=Pereira}} | {{Citar|nome=Levy|sobrenome=Pereira}} |
Engenho de roda d'água com igreja, na m.d. do rio 'Abáĩ'.
Natureza: Engenho de roda d'água com igreja.
Mapa: PRÆFECTURÆ DE PARAIBA, ET RIO GRANDE.
Capitania: PARAIBA.
Jurisdição: Prefeitura da Paraiba.
Nomes históricos: Engenho Tres Reis (ᵭ. 3 Reys, dos Reis, Três Reis Magos).
Nome atual: Engenho dos Reis. A região é denominado REIS - vide mapa IBGE Geocódigo 2512703 SANTA RITA-PB.
Notas:
Sua posição no georreferenciamento no Google Earth em (Pereira, 2010) Georreferenciamento está corrigida, pois sua posição está plotada errada no mapa BQPPB, no qual está trocada com o do engenho 'S.Iuaõ' e na m.e. do 'Abáĩ'. A posição correta é na m.d. desse riacho.
A troca de posição fica clara nos mapas atuais, no mapa PB (IAHGP-Vingboons, 1640), onde a seqüência é 'Ԑ St An∂rԐo'-'St. Jaĩ'-'TrԐs RԐis Ԑ' e também na sequência dos engenhos nos documentos holandeses coevos - vide notas abaixo.
►Mapa PB (IAHGP-Vingboons, 1640) #49 CAPITANIA DE PARAYBA - plotado como engenho, 'TrԐs RԐis Ԑ', na m.d. do 'R. Abao', situação conforme com os mapas atuais.
►(Carpentier, 1635), pg. 48-49:
"Diremos apenas que há nesta capitania 18 engenhos, dos quais uns são movidos a água e outros a boi e todos estão situados no rio Paraíba, sendo que nove ao sul do rio.
...
O sexto (ao sul do rio Paraíba) também um engenho d'água pertencente a Francisco Camelo de Valcaçar, ainda mói.".
►(Nassau-Siegen; Dussen; Keullen - 1638), pg. 93:
"6. Engenho Três Reis Magos, pertencente a Francisco Camelo de Valcácer, presente; mói. ".
►(Herckmans, 1639), pg. 20:
"Daí (Engenho São João Batista) cerca de uma grande meia légua para o sudoeste fica sobre os montes o engenho chamado dos Tres Reis (21), cujo atual proprietário é Francisco Camelo de Valcassar; demora também como o engenho anterior, do mesmo lado do Paraíba, mas um pouco mais chegado ao rio.
Defronte dos Três Reis e dele apartado cerca de uma hora de viagem, se acha, do lado setentrional do Paraíba, o engenho S. Gonçalo ...".
►Coutinho, Marcus Odilon Ribeiro, "Notas", in (Herckmans, 1639), pg. 50:
"(21) Pertence atualmente à Cia. Usina São João e conserva o nome.".
►(Dussen, 1640), pg. 171-172:
"150) Engenho Três Reis, de Francisco Camelo de Valcácer, é engenho d'água e mói. São lavradores:
pg. 172
Ambrósio Vieira 20 tarefas
Domingos Barreiros 15
Domingos Valcáçar de Morais 40
Luís Mendes 40
__________________
123 (sic) tarefas".
@ pg. 219-220:
"Descendo, o Paraíba espelha casas semeadas em distâncias grandes. ...
O afluente Camaraguai (Camaragí) que nasce nas imediações do Lago Salgado, o rio Abaim (Abiaí?), com os engenhos São João, Três Reis Magos, de Vicente Valcacer, Santo André, de Jorge Homem Pinto, um rico proprietário daquele tempo, e dois afluentes pequenos, ...".
@ pg. 223, comentando o BQPPB baseado na entrada de Elias Herckmans em 1641:
"Herckmann sobe até o Tibiri, indo pelos engenhos Santo André, Três Reis Magos, São João, lagoa Ipoxi, São Francisco, rio Tinhaham (Itanhac, do mapa, afluente esquerdo do Una), Paratonuam (Paratiba, Pacatuba), transpondo o Iuna (Una) e o Guarataí, que chamou rio Wartam, onde havia aldeia sem indígenas.".
@ pg. 160-161, Os engenhos de açúcar do Brasil Holandês, III - Capitania da Paraíba:
«6) TRÊS REIS. Sito à margem direita do Paraíba. Engenho d'água. Em 1609, pertencia a Jorge Camelo, que por volta de 1590, como ouvidor de Pernambuco e cavaleiro fidalgo da Casa Real, fora senhor de engenho em Igaraçu. Em 1617, pertencia a seu filho, Francisco Camelo de Valcárcer; e em 1623, produzia 5,5 mil arrobas. Francisco Camelo recebeu em 1602 uma sesmaria no Gramame, lindeira às terras do engenho; e tendo sido ouvidor da Paraíba (1605-7), permaneceu sob o domínio holandês. O engenho moía em 1637 e 1638, com quatro partidos de lavradores, no total de 115 tarefas (5750 arrobas), sem partido da fazenda. Em 1640, seus canaviais foram incendiados por Vidal de Negreiros, exceto o partido de Luís Mendes. Em 1645, Francisco Camelo contratou com a WIC a encampação da sua dívida, a pagar em três anos, no total de 160205 florins, dos quais 10325 florins eram devidos à Companhia e 149879 florins a particulares. "A bolsa do Brasil" reconhece que "seus fiadores são abastados" mas aduz que Francisco Camelo subornara com 15 mil florins em dinheiro e em ordens as autoridades do Recife. Quando da insurreição luso-brasileira, o engenho foi fortificado com "uma cerca de pau a pique e com sessenta homens para sua defesa". Evacuado em 1646. Em 1663, Francisco Camelo era devedor de 160425 florins à WIC.(6)».
@ pg. 191, Notas:
«(6) DP, pp. 136, 179, 219; CGS, p. 88; LPGB, p. 181; RPFB, pp. 88-9, 194; "Livro do tombo", p. 518; FHBH, I, pp. 32, 93, 171-2; II, pp. 49, 75; RCCB, pp. 74, 156; DN, 19.I.1640; HGP, pp. 309, 312; Gonsalves de Mello, Gente da nação, p. 143; Regina Célia Gonçalves, Guerras e açúcares, p. 246.».
Citação deste verbete |
Autor do verbete: Levy Pereira |
Como citar: PEREIRA, Levy. "ᵭ. 3 Reys". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: https://lhs.unb.br/atlas/index.php?title=%E1%B5%AD._3_Reys. Data de acesso: 24 de fevereiro de 2025. |
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