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"35. Engenho Sant'Ana. Pertenceu a Manuel de Sousa d'Abreu, ausente; confiscado, mas não vendido por estar muito arruinado; é d'água e não mói. ". | "35. Engenho Sant'Ana. Pertenceu a Manuel de Sousa d'Abreu, ausente; confiscado, mas não vendido por estar muito arruinado; é d'água e não mói. ". | ||
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"37) Engenho Sant'Ana, pertencente ao Sr. Jacob Stachhouwer e Nicolaes de Ridder, é engenho d'água mas não moerá. São lavradores: (não indica). ". | "37) Engenho Sant'Ana, pertencente ao Sr. Jacob Stachhouwer e Nicolaes de Ridder, é engenho d'água mas não moerá. São lavradores: (não indica). ". | ||
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"Em 1581 já existia o engenho de Santana, situado nessas terras, como consta da escritura de doação de uma sorte de terras feita em 1 de setembro do referido ano, por Simão Falcão e sua mulher, d. Catarina Pais, a seu genro Lopo Soares, por conta do seu dote nupcial. ". | "Em 1581 já existia o engenho de Santana, situado nessas terras, como consta da escritura de doação de uma sorte de terras feita em 1 de setembro do referido ano, por Simão Falcão e sua mulher, d. Catarina Pais, a seu genro Lopo Soares, por conta do seu dote nupcial. ". | ||
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+ | "[Jacob] Stachouwer regressou à Holanda em Maio de 1638(38). Vários contemporâneos são unânimes em afirmar que a esse tempo [João Fernandes] Vieira conquistara completa confiança do seu patrão, de tal modo que este, ao embarcar, fê-lo seu procurador, com amplos poderes. O fato é confirmado tanto pelos seus panegiristas (Calado e outros) como pelos detratores (como o «Capelão»). Era grande o encargo de administração que Vieira assumiu, pois, além do Engenho do Meio, comprado a crédito em Maio de 1637, Stachouwer adquirira ainda, em sociedade com Nicolaes de Ridder (que exercera as funções de advogado-fiscal, isto é, promotor público da Companhia), dois outros: em 6 de Maio de 1638, o Engenho Ilhetas, na Ribeira do Una, por 27.000 florins, e no dia 17 do mesmo mês e ano, o Engenho Sant'Ana, em Jaboatão, por 30.000 florins(39). De Ridder voltou à pátria na mesma frota em que o seu associado e a João Fernandes Vieira coube a incumbência de gerir as três propriedades. | ||
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+ | 38 ''Generale Missiven'', Recife, 23 de Maio e 29 de Junho de 1638. | ||
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+ | «7) SANTANA. Sito à margem esquerda do Jaboatão. Engenho d'água. Pagava 3% de pensão. Fundado em terras adquiridas por Simão Falcão de Sousa a Gaspar Prestes em 1576, o qual, por sua vez, as comprara de Gabriel de Amil, que em 1582 surge como escrivão das datas das terras e sesmarias, demarcações e águas da capitania de Pernambuco. Em 1581, o Santana já safrejava. Não foi possível identificá-lo nas relações de 1609 e 1623. Quando da ocupação holandesa, pertencia a Manuel de Sousa Abreu, que militou na guerra de resistência com patente de capitão, retirando-se com o exército. Confiscado, em 1637, estava "muito arruinado". Vendido (11.V.1638) a Jacob Stachouwer e Nicolaas de Ridder por 30 mil florins, em cinco prestações anuais. Em 1641, David Otaenborn recebera de Stachouwer, que se encontrava na Holanda, a tarefa de pôr o engenho a safrejar, mas parte dos escravos havia fugido para a Bahia. João Fernandes Vieira o adquiriu e restaurou; e em 1642 "poderia moer, no mínimo 4 mil arrobas de açúcar, sendo que só produziria açúcar fino". A monte em 1655.(54)». | ||
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+ | @ pg. 180-181, Notas: | ||
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+ | «(54) Livro do tombo", p. 236; DP, pp. 159-60, 256, 258; RPFB, p. 204; FHBH, I, pp. 86, I47, 238; RCCB, p. 40; MDGB, pp. 186, 200, 206; DN, 11.V.1638, 15.VIII.1641; Pereira da Costa, "Origens históricas", p. 268; Gonsalves de Mello, ''João Fernandes Vieira'', I, p. 60.». | ||
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Engenho de roda d'água com igreja, na m.e. do 'Iavapóatã' (Rio Jaboatão).
Natureza: Engenho de roda d'água com igreja.
Mapa: PRÆFECTURÆ PARANAMBUCÆ PARS BOREALIS, una cum PRÆFECTURA de ITÂMARACÂ.
Capitania: PARANAMBVCA.
Jurisdição: Cidade de Olinda, Freguesia de Santo Amaro do Jaboatão.
Nomes históricos: S. Anna (Santa Ana; Santana).
Nome atual: Engenho Santana, no bairro de Sucupira, cidade de Jaboatão dos Guararapes-PE.
►Mapa PE (Orazi, 1698) PROVINCIA DI PERNAMBVCO, plotado, 'S Anna', na m.d. do 'Iaucpoata' - 'Iarapóata' (Rio Jaboatão).
►(Nassau-Siegen; Dussen; Keullen - 1638), pg.86:
"35. Engenho Sant'Ana. Pertenceu a Manuel de Sousa d'Abreu, ausente; confiscado, mas não vendido por estar muito arruinado; é d'água e não mói. ".
►(Dussen, 1640), pg. 147:
"37) Engenho Sant'Ana, pertencente ao Sr. Jacob Stachhouwer e Nicolaes de Ridder, é engenho d'água mas não moerá. São lavradores: (não indica). ".
►(Relação dos Engenhos, 1655), pg. 238, informando a pensão que este engenho pagava à capitania de Pernambuco:
"Engenhos da freguesia da Muribeca
...
- E o de Santa Ana, a três por cento. ".
►(Pereira da Costa, 1951), Vol. 1 - pg. 371:
"Em 1581 já existia o engenho de Santana, situado nessas terras, como consta da escritura de doação de uma sorte de terras feita em 1 de setembro do referido ano, por Simão Falcão e sua mulher, d. Catarina Pais, a seu genro Lopo Soares, por conta do seu dote nupcial. ".
►(Gonsalves de Mello, 2000), pg. 49:
"[Jacob] Stachouwer regressou à Holanda em Maio de 1638(38). Vários contemporâneos são unânimes em afirmar que a esse tempo [João Fernandes] Vieira conquistara completa confiança do seu patrão, de tal modo que este, ao embarcar, fê-lo seu procurador, com amplos poderes. O fato é confirmado tanto pelos seus panegiristas (Calado e outros) como pelos detratores (como o «Capelão»). Era grande o encargo de administração que Vieira assumiu, pois, além do Engenho do Meio, comprado a crédito em Maio de 1637, Stachouwer adquirira ainda, em sociedade com Nicolaes de Ridder (que exercera as funções de advogado-fiscal, isto é, promotor público da Companhia), dois outros: em 6 de Maio de 1638, o Engenho Ilhetas, na Ribeira do Una, por 27.000 florins, e no dia 17 do mesmo mês e ano, o Engenho Sant'Ana, em Jaboatão, por 30.000 florins(39). De Ridder voltou à pátria na mesma frota em que o seu associado e a João Fernandes Vieira coube a incumbência de gerir as três propriedades.
...
38 Generale Missiven, Recife, 23 de Maio e 29 de Junho de 1638.
39 Apenso II a A. van der Dussen, Relatório, c., pp. 158-159.".
@ pg. 98-99, Os engenhos de açúcar do Brasil Holandês, I - Capitania de Pernambuco, Jaboatão:
«7) SANTANA. Sito à margem esquerda do Jaboatão. Engenho d'água. Pagava 3% de pensão. Fundado em terras adquiridas por Simão Falcão de Sousa a Gaspar Prestes em 1576, o qual, por sua vez, as comprara de Gabriel de Amil, que em 1582 surge como escrivão das datas das terras e sesmarias, demarcações e águas da capitania de Pernambuco. Em 1581, o Santana já safrejava. Não foi possível identificá-lo nas relações de 1609 e 1623. Quando da ocupação holandesa, pertencia a Manuel de Sousa Abreu, que militou na guerra de resistência com patente de capitão, retirando-se com o exército. Confiscado, em 1637, estava "muito arruinado". Vendido (11.V.1638) a Jacob Stachouwer e Nicolaas de Ridder por 30 mil florins, em cinco prestações anuais. Em 1641, David Otaenborn recebera de Stachouwer, que se encontrava na Holanda, a tarefa de pôr o engenho a safrejar, mas parte dos escravos havia fugido para a Bahia. João Fernandes Vieira o adquiriu e restaurou; e em 1642 "poderia moer, no mínimo 4 mil arrobas de açúcar, sendo que só produziria açúcar fino". A monte em 1655.(54)».
@ pg. 180-181, Notas:
«(54) Livro do tombo", p. 236; DP, pp. 159-60, 256, 258; RPFB, p. 204; FHBH, I, pp. 86, I47, 238; RCCB, p. 40; MDGB, pp. 186, 200, 206; DN, 11.V.1638, 15.VIII.1641; Pereira da Costa, "Origens históricas", p. 268; Gonsalves de Mello, João Fernandes Vieira, I, p. 60.».
Citação deste verbete |
Autor do verbete: Levy Pereira |
Como citar: PEREIRA, Levy. "S. Anna (engenho de roda d'água)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: https://lhs.unb.br/atlas/index.php?title=S._Anna_(engenho_de_roda_d%27%C3%A1gua). Data de acesso: 24 de fevereiro de 2025. |
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