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Haerlem

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Jurisdição: Capitania de Itamaracá - Freguesia de Araripe (e a Ilha de  ITAMARACÁ).
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►Mapa [[(HET EYLANT I. TAMMARICA, 1648)]], plotado, assinado com a letra T, 'T - Oʃse menten herƒt yhe mucckt Jan Wynants, ende daer naer nen Pt. ʃelÿn vercocht'.
  
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* Nota: Esse mapa plota duas edificações, uma de cada lado do riacho que corre do açude.
  
►Mapa IT (IAHGP-Vingboons, 1640) #43 CAPITANIA DE I. TAMARICA, plotado com o símbolo de engenho, 'Ԑ HarlԐm', na ilha de Itamaracá.
 
  
►Mapa (HET EYLANT I. TAMMARICA, 1648), plotado, assinado com a letra T, 'T - Oʃse menten herƒt yhe mucckt Jan Wynants, ende daer naer nen Pt. ʃelÿn vercocht'.
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►Mapa IT [[(Orazi, 1698)]] PROVINCIA DI ITAMARACÁ, representado como engenho, 'Haerlem', na ilha 'ITAMARACÁ'.
  
  
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Este mapa plota duas edificações, uma de cada lado do riacho que se origina no açude.
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[[(Dussen, 1640)]], pg. 169:
 
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►Mapa IT ([[Orazi]], 1698) PROVINCIA DI ITAMARACÁ, representado como engenho, 'Haerlem', na ilha 'ITAMARACÁ'.
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►Mapa PE ([[Orazi]], 1698) PROVINCIA DI PERNAMBVCO, plotado com símbolo, 'Haerlem', na ilha 'Itamaraca'.
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(Dussen, 1640), pg. 169:
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@ pg. 155, citando o senhor desse engenho:
 
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"(229) Em Barlaeus (VIII, mapa de Pernambuco, Pars Borealis, entre as pp. 24, 25, em Itamaracá), Harlem; em Vingbooms (XCVII, II, mapa 47).".
 
"(229) Em Barlaeus (VIII, mapa de Pernambuco, Pars Borealis, entre as pp. 24, 25, em Itamaracá), Harlem; em Vingbooms (XCVII, II, mapa 47).".
  
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►[[(Cabral de Mello, 2012)]]:
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@ pg. 154-155, Os engenhos de açúcar do Brasil Holandês, II - Capitania de Itamaracá, Abiaí-Tejucopapo-Araripe:
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«11) HAARLEM. Sem indicação de orago. Situado na ilha de Itamaracá. Engenho de bois. Na ilha, haviam existido duas fábricas antes da ocupação holandesa, uma delas pertencente em 1593 a Bento de Aguiar. De ambas, sobreviviam em 1636 poucos vestígios. Naquele ano, Jan Wynants plantava cana em partido arrendado à [[WIC]], no propósito de construir um engenho de bois. Alegando que se lhe tinha cedido a metade da ilha, o governo do Recife pôs em causa seu direito, uma vez que as autoridades anteriores não tinham competência para tal. Em seu favor, Wynants invocou a prática da Coroa portuguesa de doar sesmarias aos povoadores. Chegou-se finalmente a acordo pelo qual se lhe daria parte da data de terra originalmente atribuída, ao preço de 12 mil florins em quatro prestações anuais. O projeto de Wynants não se consumou. É plausível que tenha repassado o partido a Pieter Seulyn de Jonge, que em 1638 e 1639 arrematou os contratos de cobrança dos impostos da capitania de Itamaracá e que construiu a fábrica que chamou de Haarlem, seguramente sua cidade natal na Holanda. O engenho moía em 1639. Golijath o representa com sua casa de vivenda, moita e senzala. Em 1645, Pieter Seulyn era devedor de 42543 florins à [[WIC]].(20)».
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@ pg. 190, Notas:
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«(20) DP, p. 431; FHBH, I, pp. 92, 169, II, p. 208; RCCB, pp. 70-1, 160; DN, 12.VIII e 10.IX.1638; "Blaffaert ofte lyste vande dizimos, pensões en andere impositien" e "Vercochte engenhos", ARA, OWIC, n. 54; "Generale staet", ARA, OWIC, n. 62; Marcos Galindo e José Luiz Mota Menezes, ''Desenhos da terra: atlas Vingboons'', Recife, 2003.».
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'''NOTA:'''
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Quanto às fábricas existentes antes da ocupação holandesa, observa-se que há o engenho de bois sem igreja, e sem nome, assinalado no mapa de Marcgrave ([[BQPPB]]), no vale de riacho afluente do 'R. Carapitangĩ' na 'I Itâmaracâ'. Vide [http://lhs.unb.br/atlas/Velho_(engenho_de_bois_sem_igreja) 'Velho'].
  
 
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Edição atual tal como 14h07min de 27 de outubro de 2015

Coleção Levy Pereira


[editar] Haerlem

Engenho de bois sem igreja, na 'I. Itâmaracâ' (Ilha de Itamaracá).


Natureza: engenho de bois sem igreja.


Mapa: PRÆFECTURÆ PARANAMBUCÆ PARS BOREALIS, una cum PRÆFECTURA de ITÂMARACÂ.


Capitania: ITÂMARACÂ.


Jurisdição: Capitania de Itamaracá - Freguesia de Araripe (e a Ilha de ITAMARACÁ).


Nomes históricos: Engenho Haerlem (HarlԐm; Haarlem).


Nome atual: Engenho Amparo.


[editar] Citações:

►Mapa IT (IAHGP-Vingboons, 1640) #43 CAPITANIA DE I. TAMARICA, plotado com o símbolo de engenho, 'Ԑ HarlԐm', na ilha de Itamaracá.


►Mapa (HET EYLANT I. TAMMARICA, 1648), plotado, assinado com a letra T, 'T - Oʃse menten herƒt yhe mucckt Jan Wynants, ende daer naer nen Pt. ʃelÿn vercocht'.

  • Nota: Esse mapa plota duas edificações, uma de cada lado do riacho que corre do açude.


►Mapa IT (Orazi, 1698) PROVINCIA DI ITAMARACÁ, representado como engenho, 'Haerlem', na ilha 'ITAMARACÁ'.


►Mapa PE (Orazi, 1698) PROVINCIA DI PERNAMBVCO, plotado com símbolo, 'Haerlem', na ilha 'Itamaraca'.


(Dussen, 1640), pg. 169:

"ENGENHOS DE ITAMARACÁ

Na freguesia de Araripe

Araripe e a Ilha de Itamaracá têm os seguintes engenhos:

...

141) Engenho Haerlem, pertencente a Pieter Seulyn de Jonge, é engenho de bois e mói. São lavradores: (não indica) ".


(Nieuhof, 1682):

@ pg. 155, citando o senhor desse engenho:

"Nesse dia quarenta novos recrutas foram enviados para Itamaracá, sob o comando do capitão Pieter Seulijn, senhor do Engenho Harlem (229), porque essa ilha era da maior importância para nós e porque as guarnições do Forte Orange e da cidade de Schkoppe, de apenas uma companhia em cada uma das praças, eram muito fracas e os moradores armados não montavam a muito mais de uma companhia.".

@ pg. 155, Nota de José Honório Rodrigues:

"(229) Em Barlaeus (VIII, mapa de Pernambuco, Pars Borealis, entre as pp. 24, 25, em Itamaracá), Harlem; em Vingbooms (XCVII, II, mapa 47).".


(Cabral de Mello, 2012):

@ pg. 154-155, Os engenhos de açúcar do Brasil Holandês, II - Capitania de Itamaracá, Abiaí-Tejucopapo-Araripe:

«11) HAARLEM. Sem indicação de orago. Situado na ilha de Itamaracá. Engenho de bois. Na ilha, haviam existido duas fábricas antes da ocupação holandesa, uma delas pertencente em 1593 a Bento de Aguiar. De ambas, sobreviviam em 1636 poucos vestígios. Naquele ano, Jan Wynants plantava cana em partido arrendado à WIC, no propósito de construir um engenho de bois. Alegando que se lhe tinha cedido a metade da ilha, o governo do Recife pôs em causa seu direito, uma vez que as autoridades anteriores não tinham competência para tal. Em seu favor, Wynants invocou a prática da Coroa portuguesa de doar sesmarias aos povoadores. Chegou-se finalmente a acordo pelo qual se lhe daria parte da data de terra originalmente atribuída, ao preço de 12 mil florins em quatro prestações anuais. O projeto de Wynants não se consumou. É plausível que tenha repassado o partido a Pieter Seulyn de Jonge, que em 1638 e 1639 arrematou os contratos de cobrança dos impostos da capitania de Itamaracá e que construiu a fábrica que chamou de Haarlem, seguramente sua cidade natal na Holanda. O engenho moía em 1639. Golijath o representa com sua casa de vivenda, moita e senzala. Em 1645, Pieter Seulyn era devedor de 42543 florins à WIC.(20)».

@ pg. 190, Notas:

«(20) DP, p. 431; FHBH, I, pp. 92, 169, II, p. 208; RCCB, pp. 70-1, 160; DN, 12.VIII e 10.IX.1638; "Blaffaert ofte lyste vande dizimos, pensões en andere impositien" e "Vercochte engenhos", ARA, OWIC, n. 54; "Generale staet", ARA, OWIC, n. 62; Marcos Galindo e José Luiz Mota Menezes, Desenhos da terra: atlas Vingboons, Recife, 2003.».

NOTA:

Quanto às fábricas existentes antes da ocupação holandesa, observa-se que há o engenho de bois sem igreja, e sem nome, assinalado no mapa de Marcgrave (BQPPB), no vale de riacho afluente do 'R. Carapitangĩ' na 'I Itâmaracâ'. Vide 'Velho'.






Citação deste verbete
Autor do verbete: Levy Pereira
Como citar: PEREIRA, Levy. "Haerlem". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: https://lhs.unb.br/atlas/index.php?title=Haerlem. Data de acesso: 24 de fevereiro de 2025.


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