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por João Pedro SALES FERNANDES |
Foi uma capitania do Estado do Brasil desde a divisão original das Capitanias Hereditárias.
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A Capitania foi doada para Vasco Fernandes Coutinho no dia 1º de junho de 1534, demarcando para tanto 50 léguas de território. O mesmo teria vendido uma propriedade para financiar sua viagem de conquista das terras obtidas. No dia 23 de maio de 1535, a expedição chegou ao seu destino e é nesse momento que se denomina Espírito Santo ao lugar.[1]
Como descreveu o Frei Vicente do Salvador:
Livro 2 - DA HISTÓRIA DO BRASIL NO TEMPO DO SEU DESCOBRIMENTO - Capítulo 4 - Da terra e capitania do Espírito Santo, que el-rei doou a Vasco Fernandes Coutinho |
Vasco Coutinho, primeiro donatário da capitania, estabeleceu alianças com Duarte de Lemos - fidalgo que antes residia na capitania da Bahia. Com um determinado sucesso em um combate aos índios, Coutinho fez uma doação a Duarte de Lemos da então Ilha de Santo Antônio (atual Ilha de Vitória), importantíssima já naquela época. Também estabeleceu relações de aliança com o chefe de uma sociedade indígena denominada Teminonós, que se aliaram aos portugueses na defesa da Ilha de Vitória contra a invasão dos Franceses. Por mais que fossem feitas tais alianças, que iam cada vez mais definindo a capitania do Espírito Santo, Coutinho enfrentou diversos problemas para a manutenção do seu governo, enfrentando inúmeros novos ataques de povos indígenas e também pelo fato de estar sempre bastante ausente.[2]
Uma outra família foi ganhando destaque no cenário da administração do Espírito Santo, os Azeredo. Belchior Azeredo - por mais que não fosse clara a sua relação parental com a família - após ganhar cargos dados diretamente tanto pelo governador Tomé de Souza quanto Mem de Sá, acumulou grande influência e propriedades. Seus contatos se mostraram importantes na constituição do território não só da capitania do Espírito Santo, mas também do Rio de Janeiro, principalmente com a sua participação na defesa contra a invasão dos Franceses.[3]
Em 1570, Belchior deixou o cargo de capitão-mor, concedido por Mem de Sá, e Coutinho Filho assumiu como donatário. Com a substituição, foram reafirmadas a relações com os jesuítas - que já tinham bastante afinidade por Belchior e que se mostraram bastante importantes na mudança de territorialidade no Brasil colonial. Os irmãos Marcos e Miguel deram continuidade à importância da família Azeredo, consolidada por Belchior, ocupando cargos de suma importância na administração da capitania, como proprietários de terras e liderando movimentos que certamente moldaram a territorialidade da capitania. Um dos irmãos, Marcos de Azeredo, foi protagonista de expedições em busca da Serra das Esmeraldas - o mito de um lugar descrito por ele onde se encontrariam inúmeras riquezas.[4]
Com a morte de Vasco Coutinho Filho, em 1589, Miguel de Azeredo passou a ocupar o cargo de governador adjunto, até a chegada do novo donatário, Francisco de Aguiar Coutinho, no início do século XVII. A partir de então a família de Azeredo deixou de ocupar altos cargos administrativos, ainda que continuassem desempenhando papel importante dentro da capitania e, por conseguinte, na moldura do seu território.[5]
Bibliografia selecionada da Capitania de Espírito Santo
Citação deste verbete |
Autor do verbete: João Pedro SALES FERNANDES |
Como citar: SALES FERNANDES, João Pedro. "Capitania do Espírito Santo". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: https://lhs.unb.br/atlas/index.php?title=Capitania_do_Esp%C3%ADrito_Santo. Data de acesso: 23 de fevereiro de 2025.
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