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− | ►Mapa RG (Albernaz, | + | ►Mapa RG [[(Albernaz, 1626/1627)]], plotado como 'Rio Mogoam Guape', 'BARRA' assinalando sua foz. |
− | ►Mapa Y-48 (4.VEL Y, | + | ►Mapa Y-48 [[(4.VEL Y, 1643-1649)]] De Cust van Brazil tusschen Cabo Blancko en Rio Jan de Sta, plotado como rio 'Rº Mongoangapÿ'. |
− | ►Mapa PB (IAHGP-Vingboons, 1640) #49 CAPITANIA DE PARAYBA, plotado como rio 'R. Mongongappĭ'. | + | ►Mapa PB [[(IAHGP-Vingboons, 1640)]] #49 CAPITANIA DE PARAYBA, plotado como rio 'R. Mongongappĭ'. |
− | ►Mapa RG (IAHGP-Vingboons, 1640) #51 CAPITANIA DE RIO GRANDE, plotado como rio 'R. MongongppԐ'. | + | ►Mapa RG [[(IAHGP-Vingboons, 1640)]] #51 CAPITANIA DE RIO GRANDE, plotado como rio 'R. MongongppԐ'. |
− | ►Mapa PB | + | ►Mapa PB [[(Orazi, 1698)]] PROVINCIA DI PARAIBA - plotado como rio, 'R. Mongongappe'. |
− | ►(Herckmans, 1639), in RIAGP: | + | ►[[(Herckmans, 1639)]], ''in'' RIAGP: |
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Da ilha das Monguas ou boca do Mamanguape seguem-se duas léguas ao noroeste até à Baía da Traição.". | Da ilha das Monguas ou boca do Mamanguape seguem-se duas léguas ao noroeste até à Baía da Traição.". | ||
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− | "MONGOAGOAPE — deriva-se de mõ-guáguá-pe que se traduz | + | "MONGOAGOAPE — deriva-se de ''mõ-guáguá-pe'' que se traduz — onde se faz beber, no bebedouro. ''Mõ'' quer dizer fazer. ''Guaguá'' é a aglutinação da palavra ''guaba'' contraída, e significa assim : bebida-bebida ou bebida em continuado, em freqüência. Literalmente quer dizer: onde se faz bebida em continuado, o bebedouro freqüente.". |
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"Historia — A foz do rio Mamanguape e suas adjacências já eram freqüentadas por navegantes franceses, antes de os portugueses iniciarem a colonização da Paraíba, em 1575. No fim do século XVI e começo do XVII, Mamanguape principiou a ser colonizado, destacando-se o pernambucano Duarte Gomes da Silveira, como o mais esforçado dos seus povoadores primitivos. Iniciavam os portugueses o aldeamento dos potiguaras e o levantamento de engenhos na região, quando se positivou a invasão holandesa, dando-se o abandono da aldeia que seria a sede da região. Feita a Restauração, ali se estabeleceram os jesuítas e reconstruíram a antiga aldeia de índios que foi acrescida de colonos portugueses.". | "Historia — A foz do rio Mamanguape e suas adjacências já eram freqüentadas por navegantes franceses, antes de os portugueses iniciarem a colonização da Paraíba, em 1575. No fim do século XVI e começo do XVII, Mamanguape principiou a ser colonizado, destacando-se o pernambucano Duarte Gomes da Silveira, como o mais esforçado dos seus povoadores primitivos. Iniciavam os portugueses o aldeamento dos potiguaras e o levantamento de engenhos na região, quando se positivou a invasão holandesa, dando-se o abandono da aldeia que seria a sede da região. Feita a Restauração, ali se estabeleceram os jesuítas e reconstruíram a antiga aldeia de índios que foi acrescida de colonos portugueses.". | ||
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− | @ pg. 213-214-215 - a ocupação inicial da | + | @ pg. 213-214-215 - a ocupação inicial da Paraíba foi intensa no vale do Mamanguape: |
"Das dezessete sesmarias concedidas antes que o holandês chegasse, deduzir-se-á que apenas uma orla estreita estava sendo ocupada. A produção do açúcar absorvia pensamentos e a pecuária só atrairia muito depois. Quando lemos as dezessete sesmarias, a primeira a 10 de janeiro de 1596 e a décima sétima a 21 de abril de 1624 (54), sentimos que ainda não chegara a hora da investida ao sertão. Essa se daria do centro para a periferia, independente quase do litoral, como no Rio Grande do Norte e Piauí. | "Das dezessete sesmarias concedidas antes que o holandês chegasse, deduzir-se-á que apenas uma orla estreita estava sendo ocupada. A produção do açúcar absorvia pensamentos e a pecuária só atrairia muito depois. Quando lemos as dezessete sesmarias, a primeira a 10 de janeiro de 1596 e a décima sétima a 21 de abril de 1624 (54), sentimos que ainda não chegara a hora da investida ao sertão. Essa se daria do centro para a periferia, independente quase do litoral, como no Rio Grande do Norte e Piauí. |
'R. Mongoappe' no MBU.
Rio com barra no oceano ao sul de 'Tebĩracajutiba ou Baya de treiçaõ'.
Natureza: rio, barra de rio.
Mapa: PRÆFECTURÆ DE PARAIBA, ET RIO GRANDE
Capitania: PARAIBA
Nome atual: Rio Mamanguape.
Nomes históricos: Mongaguaba, Mongoappe, Mogoam Guape, Mongoangapy, Mongongappi, MongongppԐ, Mongougoappi, Mongoagoape, Mamouguape.
►Mapa RG (Albernaz, 1626/1627), plotado como 'Rio Mogoam Guape', 'BARRA' assinalando sua foz.
►Mapa Y-48 (4.VEL Y, 1643-1649) De Cust van Brazil tusschen Cabo Blancko en Rio Jan de Sta, plotado como rio 'Rº Mongoangapÿ'.
►Mapa PB (IAHGP-Vingboons, 1640) #49 CAPITANIA DE PARAYBA, plotado como rio 'R. Mongongappĭ'.
►Mapa RG (IAHGP-Vingboons, 1640) #51 CAPITANIA DE RIO GRANDE, plotado como rio 'R. MongongppԐ'.
►Mapa PB (Orazi, 1698) PROVINCIA DI PARAIBA - plotado como rio, 'R. Mongongappe'.
►(Herckmans, 1639), in RIAGP:
- pg. 262:
Da Ponta de Lucena a este rio há ao rumo do noroeste cinco léguas. Depois do Paraíba, o Mongougoape é o maior rio da Capitania; sai ao mar por duas bocas, fazendo no meio uma ilha que se chama dos Mangues pelos muitos que ai existem. ...".
- pg. 265:
"Deixaremos agora esta. serra da Cupaoba e desceremos pelo Mamanguape até a costa; mas, antes de voltarmos ao norte, indagaremos por que razão o Mamanguape (Mongougoappi) assim se chama.
Sobre a explicação deste nome são várias as opiniões dos habitantes destas regiões. Pretendem alguns que o rio assim se chama por causa da ilha dos Naguas (mangues) que fica junto à praia. Outros dizem, que como este rio tem muitos lugares paludosos, onde abundam as rãs, cujo nome é Mangoa Vaguaba, daí a denominação que tem. Outros enfim explicam, que morando os primeiros Potiguares ao longo da praia,e remontando o rio para descobrir a sua origem disseram muitas vezes Mamouguappe, o que significa: rio para onde vós correis ou ides.
Da ilha das Monguas ou boca do Mamanguape seguem-se duas léguas ao noroeste até à Baía da Traição.".
►(Sampaio, 1904), pg. 34:
"MONGOAGOAPE — deriva-se de mõ-guáguá-pe que se traduz — onde se faz beber, no bebedouro. Mõ quer dizer fazer. Guaguá é a aglutinação da palavra guaba contraída, e significa assim : bebida-bebida ou bebida em continuado, em freqüência. Literalmente quer dizer: onde se faz bebida em continuado, o bebedouro freqüente.".
►(Coriolano de Medeiros, 1950):
@ pg. 133:
"Mamanguape (Voc. ind. Elias Herckman aponta três etimologias, mas preferimos a de Teodoro Sampaio: mamã-gua-pe: no bebedouro).".
@ pg. 135:
"Historia — A foz do rio Mamanguape e suas adjacências já eram freqüentadas por navegantes franceses, antes de os portugueses iniciarem a colonização da Paraíba, em 1575. No fim do século XVI e começo do XVII, Mamanguape principiou a ser colonizado, destacando-se o pernambucano Duarte Gomes da Silveira, como o mais esforçado dos seus povoadores primitivos. Iniciavam os portugueses o aldeamento dos potiguaras e o levantamento de engenhos na região, quando se positivou a invasão holandesa, dando-se o abandono da aldeia que seria a sede da região. Feita a Restauração, ali se estabeleceram os jesuítas e reconstruíram a antiga aldeia de índios que foi acrescida de colonos portugueses.".
@ pg. 213-214-215 - a ocupação inicial da Paraíba foi intensa no vale do Mamanguape:
"Das dezessete sesmarias concedidas antes que o holandês chegasse, deduzir-se-á que apenas uma orla estreita estava sendo ocupada. A produção do açúcar absorvia pensamentos e a pecuária só atrairia muito depois. Quando lemos as dezessete sesmarias, a primeira a 10 de janeiro de 1596 e a décima sétima a 21 de abril de 1624 (54), sentimos que ainda não chegara a hora da investida ao sertão. Essa se daria do centro para a periferia, independente quase do litoral, como no Rio Grande do Norte e Piauí.
As terras doadas em sesmarias podem ser localizadas resumidamente. ... a nona na passagem do rio Manguape (Mamanguape), caminho da Copaoba, em Taquitapera, do Curimacuí, indígena potiguar; ...; undécima, possuía currais o requeridor, Antônio de Sampaio, e pedia terras em Camaratuba, "limite desta Capitania, que era no rio Pitanga". Os currais ficavam a quinze léguas de Filipeia; duodécima, no rio Manguape. Medir-se-iam a légua e meia "arriba da passagem por onde passaram André de Miranda e Duarte Gomes da Silveira para a Serra da Cupaoba"; ... ; décima sétima e última, de Antonio de Valcacer Morais, que pediu e obteve concessão de terras entre os rios Tapecirica e Manguape.
(54) João de Lyra Tavares, APONTAMENTOS PARA A HISTORIA TERRITORIAL DA PARAÍBA, 1, 29-40.".
@ pg. 222, comentando o BQPPB:
"Todo o baixo Mamanguape até o Guajei (Guajú) está despovoado. Ausência de engenhos, de currais, de nomes que recordem o trabalho humano. É um longo trecho silencioso de qualquer recordação laboriosa."
@ pg.223:
"Mesmo para a barra do Mamanguape e afluentes, as indecisões são numerosas. A relativa precisão no alto-Mamanguape e seu afluente Arassagi eram resultados dos conhecimentos de Duarte Gomes da Silveira e dos relatórios de Elias Herckmann ...".
Citação deste verbete |
Autor do verbete: Levy Pereira |
Como citar: PEREIRA, Levy. "Mongaguaba (rio na PARAIBA)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: https://lhs.unb.br/atlas/index.php?title=Mongaguaba_(rio_na_PARAIBA). Data de acesso: 24 de fevereiro de 2025. |
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