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O mapa [[IBGE]] Geocódigo 2407104 Macaíba-RN denomina de Rio Japecanga o trecho do 'Piranhĩ' a montante da junção com o Riacho Água Vermelha. | O mapa [[IBGE]] Geocódigo 2407104 Macaíba-RN denomina de Rio Japecanga o trecho do 'Piranhĩ' a montante da junção com o Riacho Água Vermelha. | ||
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O mapa [[IBGE]] Geocódigo 2414803 Vera Cruz-RN denomina de Rio Japecanga e Riacho Taborda o trecho do 'Piranhĩ' a montante da junção com o Riacho Água Vermelha. | O mapa [[IBGE]] Geocódigo 2414803 Vera Cruz-RN denomina de Rio Japecanga e Riacho Taborda o trecho do 'Piranhĩ' a montante da junção com o Riacho Água Vermelha. | ||
− | O mapa do Ministério do Exército-Departamento de Engenharia e Comunicações-Diretoria de Serviço Geográfico, NATAL, folha SB.25-V-C-V MI-978 denomina o trecho a jusante da junção do 'Piranhĩ' com o Riacho Ponte Velha (Rio Pitimbu-'Apetimbu') de Rio Pium ('Piúĩ'), e denomina Riacho Taborda o trecho montante dessa junção. | + | O mapa do Ministério do Exército-Departamento de Engenharia e Comunicações-Diretoria de Serviço Geográfico, NATAL, folha SB.25-V-C-V MI-978 denomina o trecho a jusante da junção do 'Piranhĩ' com o Riacho Ponte Velha (Rio Pitimbu-'Apetimbu') de Rio Pium ('Piúĩ'), e denomina Riacho Taborda o trecho a montante dessa junção. |
− | O mapa [[IBGE]] Geocódigo 2403251 Parnamirim-RN, | + | O mapa [[IBGE]] Geocódigo 2403251 Parnamirim-RN, Censo 2010, mostra esse rio no baixo curso com o nome de Rio Pium - também está com erro. |
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− | Termo de origem tupi, combinando piranha,o voraz peixe fluvial, e ĩ, rio. | + | Termo de origem tupi, combinando ''piranha'',o voraz peixe fluvial, e ''ĩ'', rio. |
− | ►(Margrave, 1648) pg. 164-165 descreve a piraya e piranha. | + | ►[[(Margrave, 1648)]], pg. 164-165 descreve a piraya e piranha. |
− | ► | + | ►[[(Câmara Cascudo, 1968)]], pg. 115 explana: |
− | "PIRANGI: — ... O Rio Pirangi, desaguando no Atlântico, divide o Pirangi-do-Norte, Natal, do Pirangi-do-Sul, Nísia Floresta. De piã-gi-pe, no rio das piranhas. Em documento de 1564 encontra-se referência ho dito porto dos Buzios que pella limguoa dos imdios se chama PYRAMGYPEPE. ... | + | "PIRANGI: — ... O Rio Pirangi, desaguando no Atlântico, divide o Pirangi-do-Norte, Natal, do Pirangi-do-Sul, Nísia Floresta. De ''piã-gi-pe'', no rio das piranhas. Em documento de 1564 encontra-se referência ho dito porto dos Buzios que pella limguoa dos imdios se chama PYRAMGYPEPE. ... |
− | PIRANHAS:- ... De pir-ãi, o que corta a pelo, o esfaimado e feroz peixe fluvial, Pygocentrus e Serrasalmus.". | + | PIRANHAS:- ... De ''pir-ãi'', o que corta a pelo, o esfaimado e feroz peixe fluvial, Pygocentrus e Serrasalmus.". |
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− | ►Mapa RG (Albernaz, | + | ►Mapa RG [[(Albernaz, 1626/1627)]], plotado como rio, 'Rio Pirangi', barra no 'Porto dos buzios', situado entre 'Rio Toraivo' (Rio Trairi) e 'Ponta Negra'.. |
− | ►Mapa RG (IAHGP-Vingboons, 1640) #51 CAPITANIA DE RIO GRANDE, plotado, 'Rº. Pirangÿ' (Rio Pirangi), barra entre 'Pº. ∂os ßugios' (Porto de Buzios) e 'Pta. Negro' (Ponta Negra). | + | ►Mapa RG [[(IAHGP-Vingboons, 1640)]] #51 CAPITANIA DE RIO GRANDE, plotado, 'Rº. Pirangÿ' (Rio Pirangi), barra entre 'Pº. ∂os ßugios' (Porto de Buzios) e 'Pta. Negro' (Ponta Negra). |
− | ►Mapa Y-51 (4.VEL Y, | + | ►Mapa Y-51 [[(4.VEL Y, 1643-1649)]] De Cust van Brazil tusschen Rio Jan desta en cabo Roques, plotado sem nome, barra entre 'ߪ: boÿsisies:' (Baía de Búzios) e 'Pº: Negro:' (Ponta Negra). |
− | ►Mapa CE-RG | + | ►Mapa CE-RG [[(Orazi, 1698)]] PROVINCIE DI SEARÁ E RIO GRANDE, plotado como rio, 'R. Peringy', entre 'Ioan la Stosa' (Rio Trairi, cujas antigas barras situavam-se na Barreta e na Barra de Camurupim) e 'Cabo Negro' (Ponta Negra). |
− | ►(Laet, 1637) - Descrição da costa do noroeste de Brasil entre Pernambuco e Rio Camocipe, do Relatório dos brasilianos, pg. 137: | + | ►[[(Laet, 1637)]] - Descrição da costa do noroeste de Brasil entre Pernambuco e Rio Camocipe, do Relatório dos brasilianos, pg. 137: |
"A uma légua de Tareyrick encontra-se um riacho de água fresca onde não moram portugueses, chamado Pirangi ou Porto dos Búzios. Aqui, perto do mar, há pau-brasil. Lá mora um francês (*) que pesca para os portugueses. E aqui não há montanhas, de maneira que seria fácil obter o pau, e dista apenas cinco léguas do Rio Grande. | "A uma légua de Tareyrick encontra-se um riacho de água fresca onde não moram portugueses, chamado Pirangi ou Porto dos Búzios. Aqui, perto do mar, há pau-brasil. Lá mora um francês (*) que pesca para os portugueses. E aqui não há montanhas, de maneira que seria fácil obter o pau, e dista apenas cinco léguas do Rio Grande. | ||
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(*) O navarrês (a Baixa Navarra fica na França) João Lostão Navarro. | (*) O navarrês (a Baixa Navarra fica na França) João Lostão Navarro. | ||
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"O mapa indica a enseada de Tagoatinga (Tabatinga), município de Papari e, a seguir, o Porto dos Búzios, ou Piranhi. | "O mapa indica a enseada de Tagoatinga (Tabatinga), município de Papari e, a seguir, o Porto dos Búzios, ou Piranhi. | ||
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Piranhi ou Porto dos Búzios em Marcgrave, aparece apenas o Pirangí de Baixo ou Pirangi do Norte, havendo o Pirangi de Cima ou Pirangi do Sul ambos à boca do rio Pirangi. Marcgrave anota três afluentes. À esquerda o Apetimbu (Pitimbu) e o Acaiupiranga (Cajupiranga) e à direita o Piui (Pium), alem do próprio Pirangi com curso paralelo. A posição exata é outra. O Pitimbu cái na lagoa do Giqui e daí em diante tem o nome de Rio do Giqui até lançar-se na lagoa Custódia, ambas no município do Natal. O Pirangí nasce justamente dessa lagoa Custódia que ainda coleta o rio Cajupiranga e o Pium, também chamado Rio do Canto, vindo da lagoa do Pium, correndo até Custódia. O curso do Pirangi é da lagoa da Custódia ao mar, somando as águas do Pitimbu, Cajupiranga e Pium.". | Piranhi ou Porto dos Búzios em Marcgrave, aparece apenas o Pirangí de Baixo ou Pirangi do Norte, havendo o Pirangi de Cima ou Pirangi do Sul ambos à boca do rio Pirangi. Marcgrave anota três afluentes. À esquerda o Apetimbu (Pitimbu) e o Acaiupiranga (Cajupiranga) e à direita o Piui (Pium), alem do próprio Pirangi com curso paralelo. A posição exata é outra. O Pitimbu cái na lagoa do Giqui e daí em diante tem o nome de Rio do Giqui até lançar-se na lagoa Custódia, ambas no município do Natal. O Pirangí nasce justamente dessa lagoa Custódia que ainda coleta o rio Cajupiranga e o Pium, também chamado Rio do Canto, vindo da lagoa do Pium, correndo até Custódia. O curso do Pirangi é da lagoa da Custódia ao mar, somando as águas do Pitimbu, Cajupiranga e Pium.". | ||
+ | * Nota: Esta é a versão a convenção cartográfica para o Rio Pirangi em 1950. A interpretação, neste trabalho, é para o curso total desse rio conforme ao que está desenhado no [[BQPPB]]. O curso completo está bem identificado, todavia a toponímia dos rios nos mapas atuais do [[IBGE]] está bastante falha nessa área. | ||
− | + | ►[[(Medeiros, 1997)]], A COSTA POTIGUAR EM 1587, DESCRITA POR GABRIEL SOARES DE SOUZA, comentando o texto acima, de outra fonte, pg. 17 e 19: | |
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"O Roteiro Geral, com Largas Informações de toda a Costa do Brasil, de autoria de GABRIEL SOARES DE SOUZA, publicado sob o título Tratado Descritivo do Brasil em 1587, também descreve o litoral da Capitania do Rio Grande (1). | "O Roteiro Geral, com Largas Informações de toda a Costa do Brasil, de autoria de GABRIEL SOARES DE SOUZA, publicado sob o título Tratado Descritivo do Brasil em 1587, também descreve o litoral da Capitania do Rio Grande (1). | ||
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(1) SOARES DE SOUZA, Gabriel ● Tratado Descritivo do Brasil em 1587, pp. 24-26.". | (1) SOARES DE SOUZA, Gabriel ● Tratado Descritivo do Brasil em 1587, pp. 24-26.". | ||
− | ►(Medeiros, 1998), O LITORAL POTIGUAR EM 1628, SEGUNDO GASPAR PARAUPABA E OUTROS INDÍGENAS, comentando o documento acima citado, de outra fonte (tradução), pg. 16-17-19: | + | ►[[(Medeiros, 1998)]], O LITORAL POTIGUAR EM 1628, SEGUNDO GASPAR PARAUPABA E OUTROS INDÍGENAS, comentando o documento acima citado, de outra fonte (tradução), pg. 16-17-19: |
"Aos 20 de março de 1628, cinco indígenas brasileiros compareceram perante o notário Kilian van Renselaer, com a finalidade de prestarem informações detalhadas da costa nordestina brasileira, aos seus amigos neerlandeses. No tocante ao litoral da Capitania do Rio Grande, aqueles silvícolas assim o descreveram (1): | "Aos 20 de março de 1628, cinco indígenas brasileiros compareceram perante o notário Kilian van Renselaer, com a finalidade de prestarem informações detalhadas da costa nordestina brasileira, aos seus amigos neerlandeses. No tocante ao litoral da Capitania do Rio Grande, aqueles silvícolas assim o descreveram (1): |
'R. Peringy' no MBU.
Rio com barra no Oceano Atlântico, entre 'En∫. Tagoatinga' (Enseada de Tabatinga) e 'Pto. dos toures' (porto na enseada da Ponta do Flamengo).
Natureza: rio.
Mapa: PRÆFECTURÆ DE PARAIBA, ET RIO GRANDE.
Capitania: RIO GRANDE.
Nomes históricos: Piranhĩ; R. Peringy; Rº. Pirangÿ; Rio Piranhi; Pirangy; Pyramgypepe.
Nomes atuais:
no baixo curso, Rio Pirangi ou Cajupiranga;
no alto e médio cursos, Rio Taborda ou Cajupiranga ou Japecanga.
Notas:
O mapa IBGE Geocódigo 2408201 Nísia Floresta-RN denomina de Rio Cajupiranga o trecho do 'Piranhĩ' a jusante da junção com o Rio Pitimbu ('Apetimbu'), e de Rio Taborda ou Cajupiranga o trecho a montante dessa junção.
O mapa IBGE Geocódigo 2407104 Macaíba-RN denomina de Rio Japecanga o trecho do 'Piranhĩ' a montante da junção com o Riacho Água Vermelha.
O mapa IBGE Geocódigo 2414803 Vera Cruz-RN denomina de Rio Japecanga e Riacho Taborda o trecho do 'Piranhĩ' a montante da junção com o Riacho Água Vermelha.
O mapa do Ministério do Exército-Departamento de Engenharia e Comunicações-Diretoria de Serviço Geográfico, NATAL, folha SB.25-V-C-V MI-978 denomina o trecho a jusante da junção do 'Piranhĩ' com o Riacho Ponte Velha (Rio Pitimbu-'Apetimbu') de Rio Pium ('Piúĩ'), e denomina Riacho Taborda o trecho a montante dessa junção.
O mapa IBGE Geocódigo 2403251 Parnamirim-RN, Censo 2010, mostra esse rio no baixo curso com o nome de Rio Pium - também está com erro.
Etimologia:
Termo de origem tupi, combinando piranha,o voraz peixe fluvial, e ĩ, rio.
►(Margrave, 1648), pg. 164-165 descreve a piraya e piranha.
►(Câmara Cascudo, 1968), pg. 115 explana:
"PIRANGI: — ... O Rio Pirangi, desaguando no Atlântico, divide o Pirangi-do-Norte, Natal, do Pirangi-do-Sul, Nísia Floresta. De piã-gi-pe, no rio das piranhas. Em documento de 1564 encontra-se referência ho dito porto dos Buzios que pella limguoa dos imdios se chama PYRAMGYPEPE. ...
PIRANHAS:- ... De pir-ãi, o que corta a pelo, o esfaimado e feroz peixe fluvial, Pygocentrus e Serrasalmus.".
►Mapa RG (Albernaz, 1626/1627), plotado como rio, 'Rio Pirangi', barra no 'Porto dos buzios', situado entre 'Rio Toraivo' (Rio Trairi) e 'Ponta Negra'..
►Mapa RG (IAHGP-Vingboons, 1640) #51 CAPITANIA DE RIO GRANDE, plotado, 'Rº. Pirangÿ' (Rio Pirangi), barra entre 'Pº. ∂os ßugios' (Porto de Buzios) e 'Pta. Negro' (Ponta Negra).
►Mapa Y-51 (4.VEL Y, 1643-1649) De Cust van Brazil tusschen Rio Jan desta en cabo Roques, plotado sem nome, barra entre 'ߪ: boÿsisies:' (Baía de Búzios) e 'Pº: Negro:' (Ponta Negra).
►Mapa CE-RG (Orazi, 1698) PROVINCIE DI SEARÁ E RIO GRANDE, plotado como rio, 'R. Peringy', entre 'Ioan la Stosa' (Rio Trairi, cujas antigas barras situavam-se na Barreta e na Barra de Camurupim) e 'Cabo Negro' (Ponta Negra).
►(Laet, 1637) - Descrição da costa do noroeste de Brasil entre Pernambuco e Rio Camocipe, do Relatório dos brasilianos, pg. 137:
"A uma légua de Tareyrick encontra-se um riacho de água fresca onde não moram portugueses, chamado Pirangi ou Porto dos Búzios. Aqui, perto do mar, há pau-brasil. Lá mora um francês (*) que pesca para os portugueses. E aqui não há montanhas, de maneira que seria fácil obter o pau, e dista apenas cinco léguas do Rio Grande.
A cinco léguas de Pirangi há um grande rio: Rio Grande, e em brasiliano chama-se Potengi;1 onde na entrada a beira do rio e do lado de Pirangi está uma fortaleza construída de pedra com uma guarnição de 40 soldados e 9 peças de metal.
...
1 No manuscrito: Poterug.".
(*) O navarrês (a Baixa Navarra fica na França) João Lostão Navarro.
►(Câmara Cascudo, 1956), pg. 242:
"O mapa indica a enseada de Tagoatinga (Tabatinga), município de Papari e, a seguir, o Porto dos Búzios, ou Piranhi.
Piranhi ou Porto dos Búzios em Marcgrave, aparece apenas o Pirangí de Baixo ou Pirangi do Norte, havendo o Pirangi de Cima ou Pirangi do Sul ambos à boca do rio Pirangi. Marcgrave anota três afluentes. À esquerda o Apetimbu (Pitimbu) e o Acaiupiranga (Cajupiranga) e à direita o Piui (Pium), alem do próprio Pirangi com curso paralelo. A posição exata é outra. O Pitimbu cái na lagoa do Giqui e daí em diante tem o nome de Rio do Giqui até lançar-se na lagoa Custódia, ambas no município do Natal. O Pirangí nasce justamente dessa lagoa Custódia que ainda coleta o rio Cajupiranga e o Pium, também chamado Rio do Canto, vindo da lagoa do Pium, correndo até Custódia. O curso do Pirangi é da lagoa da Custódia ao mar, somando as águas do Pitimbu, Cajupiranga e Pium.".
►(Medeiros, 1997), A COSTA POTIGUAR EM 1587, DESCRITA POR GABRIEL SOARES DE SOUZA, comentando o texto acima, de outra fonte, pg. 17 e 19:
"O Roteiro Geral, com Largas Informações de toda a Costa do Brasil, de autoria de GABRIEL SOARES DE SOUZA, publicado sob o título Tratado Descritivo do Brasil em 1587, também descreve o litoral da Capitania do Rio Grande (1).
...
O porto de Búzios ficava localizado na barra do rio Pirangi, distanciado do Potengi cerca de 5 léguas, e não 10 como informa o cronista Soares de Souza.
...
(1) SOARES DE SOUZA, Gabriel ● Tratado Descritivo do Brasil em 1587, pp. 24-26.".
►(Medeiros, 1998), O LITORAL POTIGUAR EM 1628, SEGUNDO GASPAR PARAUPABA E OUTROS INDÍGENAS, comentando o documento acima citado, de outra fonte (tradução), pg. 16-17-19:
"Aos 20 de março de 1628, cinco indígenas brasileiros compareceram perante o notário Kilian van Renselaer, com a finalidade de prestarem informações detalhadas da costa nordestina brasileira, aos seus amigos neerlandeses. No tocante ao litoral da Capitania do Rio Grande, aqueles silvícolas assim o descreveram (1):
...
Plrangu ou Porto de Bujios, um pequeno rio d'água doce, sem portugueses.'
Era o porto de Búzios ou Piranhi de Marcgrave. Corresponde aquele ponto à barra do rio Pirangi.
...
Os cinco indígenas autores dessas informações, chamavam-se: Gaspar Paraoupaba, do Ceará, 50 anos; Andreus Francisco, também do Ceará, 32 anos; Píeter Poty, Antony Francisco e Lauys Caspar, todos eles moradores em Baia da Traição, na Paraíba.
(1) GERRITSZ, Hessel • Jornaux et Nouvelles, etc,, pp. 171-173.".
Citação deste verbete |
Autor do verbete: Levy Pereira |
Como citar: PEREIRA, Levy. "Piranhĩ (rio)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: https://lhs.unb.br/atlas/index.php?title=Piranh%C4%A9_(rio). Data de acesso: 24 de fevereiro de 2025. |
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