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"O governador, vendo esta última petição, mandou se tomasse mais uma caravela e um *patacho francês, também navios *mancos e não mui capazes, donde se puseram dous *falconetes de bronze que estavam em dous dos *caravelões da farinha. Com isto feito, em 21 de agosto estando todos embarcados, mandou o governador descer a armada para baixo, a saber, dous navios redondos, uma caravela, e cinco *caravelões com até 100 homens de mar e guerra, que, com os que esperavam nos *presídios, faziam número de até 300 portugueses. E esta foi a armada milagrosa com que saiu o sargento-mor do Estado, Diogo de Campos Moreno, à Conquista do Maranhão, aos 23 de agosto de 1614, sábado, às 7 horas da manhã, a se *ajuntar no Rio Grande com Jerônimo de Albuquerque, seu colega, capitão da dita Conquista. | "O governador, vendo esta última petição, mandou se tomasse mais uma caravela e um *patacho francês, também navios *mancos e não mui capazes, donde se puseram dous *falconetes de bronze que estavam em dous dos *caravelões da farinha. Com isto feito, em 21 de agosto estando todos embarcados, mandou o governador descer a armada para baixo, a saber, dous navios redondos, uma caravela, e cinco *caravelões com até 100 homens de mar e guerra, que, com os que esperavam nos *presídios, faziam número de até 300 portugueses. E esta foi a armada milagrosa com que saiu o sargento-mor do Estado, Diogo de Campos Moreno, à Conquista do Maranhão, aos 23 de agosto de 1614, sábado, às 7 horas da manhã, a se *ajuntar no Rio Grande com Jerônimo de Albuquerque, seu colega, capitão da dita Conquista. | ||
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Deste porto, em 24 do dito, partiu a armada com bom vento terral, e correndo a costa veio a surgir à baía da Traição, ...". | Deste porto, em 24 do dito, partiu a armada com bom vento terral, e correndo a costa veio a surgir à baía da Traição, ...". | ||
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+ | "Sete léguas mais para o sul está Porto Francês, um porto. Os navios vêm ancorar detrás de duas rochas que constituem o porto, com profundidade de 2 a 3 braços ao lado da costa; lá moram uns dois pescadores. Duas léguas além está o Rio Goiana, ...". | ||
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"Este rio desemboca no mar, e já então não se chama mais Taperobú, e sim Popoca; não fica longe daí o porto Frances, o qual é o primeiro onde os franceses foram fazer o seu tráfico com os Pitiguares ou naturais da terra.". | "Este rio desemboca no mar, e já então não se chama mais Taperobú, e sim Popoca; não fica longe daí o porto Frances, o qual é o primeiro onde os franceses foram fazer o seu tráfico com os Pitiguares ou naturais da terra.". | ||
− | ►(Beck, 1649), pg. 331-332, relatando detalhes da viagem do Recife ao Siará, por mar, nos dias 20 e 21 de março de 1649: | + | ►[[(Beck, 1649)]], pg. 331-332, relatando detalhes da viagem do Recife ao Siará, por mar, nos dias 20 e 21 de março de 1649: |
− | "Tendo refrescado o vento, pelas 3 horas da tarde proseguimos na nossa viagem. Ao anoitecer estávamos na altura de Maria Farinha, e à noite encontramos o iate Wackende Boeije. Ao romper do dia seguinte, 21 do Março, nos achamos diante do Porto Francez e encontramos o iate Vos que vinha da Paraiba.". | + | "Tendo refrescado o vento, pelas 3 horas da tarde proseguimos na nossa viagem. Ao anoitecer estávamos na altura de Maria Farinha, e à noite encontramos o iate ''Wackende Boeije''. Ao romper do dia seguinte, 21 do Março, nos achamos diante do Porto Francez e encontramos o iate ''Vos'' que vinha da Paraiba.". |
− | ►(Nieuhof, 1682), pg. 78, citado como 'Porto Francisco': | + | ►[[(Nieuhof, 1682)]], pg. 78, citado como 'Porto Francisco': |
"Para além do rio Goiana, a mais ou menos três milhas e meia de distância, há um grande rio chamado Auiaí (126), cuja foz é de tal forma obstruída por bancos de areia que apenas permite a passagem de embarcações pequenas. Recebe esse rio vários afluentes, no interior. À margem de um deles assenta-se a aldeia de Maurício, na de outro, a de Auiaí. | "Para além do rio Goiana, a mais ou menos três milhas e meia de distância, há um grande rio chamado Auiaí (126), cuja foz é de tal forma obstruída por bancos de areia que apenas permite a passagem de embarcações pequenas. Recebe esse rio vários afluentes, no interior. À margem de um deles assenta-se a aldeia de Maurício, na de outro, a de Auiaí. | ||
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"(126) O tradutor inglês escreveu duas léguas e meia (p. 26, l.a col., 3 o §). — Nieuhof escreveu Auyay (p. 37, 2.a col., 8.° §). Terá relação com o Ay, primitivo nome da foz do rio Iguarassú? (Cf. Alfredo de Carvalho, XXV, 12-13).". | "(126) O tradutor inglês escreveu duas léguas e meia (p. 26, l.a col., 3 o §). — Nieuhof escreveu Auyay (p. 37, 2.a col., 8.° §). Terá relação com o Ay, primitivo nome da foz do rio Iguarassú? (Cf. Alfredo de Carvalho, XXV, 12-13).". | ||
+ | * Nota: Não há relação entre Ay, nome primitivo do Rio Igarassu com o topônimo 'Auyai' (Rio Abiai). | ||
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— Antiga vila pertencente ao município da Capital e situada à margem do Atlântico. Antes da colonização da Paraíba, o seu porto era freqüentado por navios franceses. Estes montaram no local uma feitoria que abarrotava suas naus, com artigos da região, especialmente o pau-brasil, tendo os tabajaras como auxiliares e amigos. Dado o domínio e a colonização portuguesa, desenvolveu-se o povoado.". | — Antiga vila pertencente ao município da Capital e situada à margem do Atlântico. Antes da colonização da Paraíba, o seu porto era freqüentado por navios franceses. Estes montaram no local uma feitoria que abarrotava suas naus, com artigos da região, especialmente o pau-brasil, tendo os tabajaras como auxiliares e amigos. Dado o domínio e a colonização portuguesa, desenvolveu-se o povoado.". | ||
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"Nas velhas crônicas, Pitimbu é denominado Porto Francês. | "Nas velhas crônicas, Pitimbu é denominado Porto Francês. | ||
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Uma saliência formada por um outeiro e coberta de mato, é chamada Ponta de Pitimbu". | Uma saliência formada por um outeiro e coberta de mato, é chamada Ponta de Pitimbu". | ||
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"No mapa o nome inicial, vindo de Pernambuco, é Guacaí, onde se lança o rio Itacoara (Taquara) que tem nascimento em um lago. Segue-se o Apetimbu-miri e o Apetimbu-guaçu, Portos dos Francisis, o Porto Francês de velha história, também Pitimbu, designação que a tudo engloba. | "No mapa o nome inicial, vindo de Pernambuco, é Guacaí, onde se lança o rio Itacoara (Taquara) que tem nascimento em um lago. Segue-se o Apetimbu-miri e o Apetimbu-guaçu, Portos dos Francisis, o Porto Francês de velha história, também Pitimbu, designação que a tudo engloba. |
Pto dos Franco∫es
Porto entre 'Apetimbu guaçu' (barra do Riacho Engenho Velho, também conhecido como Rio Pitimbu) e 'Abiaĩ' (barra do Rio Abiaí).
Natureza: porto.
Mapas:
PRÆFECTURÆ PARANAMBUCÆ PARS BOREALIS, una cum PRÆFECTURA de ITÂMARACÂ;
PRÆFECTURÆ DE PARAIBA, ET RIO GRANDE.
Capitania: PARAIBA.
Nomes históricos: Pto dos Francises; Pto dos Franco∫es; Porto dos francezes; Porto dos Franceses; Porto Francez; Porto Francisco; Pº. Túmbú.
Nome atual: ...
Há porto natural para pequenas embarcações na enseada de Pitimbu.
►Mapa IT (Albernaz, 1626/1627), plotado como 'Porto dos francezes'.
►Mapa Y-45 (4.VEL Y, 1643-1649) De Cust van Brazil tusschen Ponto Pommarel ende Cabo Blancko, plotado como 'Pº. Túmbú:'.
►(Moreno, 1615), pg. 43-44, citado como 'porto dos franceses':
"O governador, vendo esta última petição, mandou se tomasse mais uma caravela e um *patacho francês, também navios *mancos e não mui capazes, donde se puseram dous *falconetes de bronze que estavam em dous dos *caravelões da farinha. Com isto feito, em 21 de agosto estando todos embarcados, mandou o governador descer a armada para baixo, a saber, dous navios redondos, uma caravela, e cinco *caravelões com até 100 homens de mar e guerra, que, com os que esperavam nos *presídios, faziam número de até 300 portugueses. E esta foi a armada milagrosa com que saiu o sargento-mor do Estado, Diogo de Campos Moreno, à Conquista do Maranhão, aos 23 de agosto de 1614, sábado, às 7 horas da manhã, a se *ajuntar no Rio Grande com Jerônimo de Albuquerque, seu colega, capitão da dita Conquista.
Este dia veio a armada a surgir no porto dos franceses, defronte do rio Aviiajá, na Capitania de Itamaracá.
Deste porto, em 24 do dito, partiu a armada com bom vento terral, e correndo a costa veio a surgir à baía da Traição, ...".
►(Laet, 1637), Interrogação de Bartolomeu Peres, e situação ao redor e perto de Pernambuco, tanto ao sul como ao norte, pg. 125:
"Sete léguas mais para o sul está Porto Francês, um porto. Os navios vêm ancorar detrás de duas rochas que constituem o porto, com profundidade de 2 a 3 braços ao lado da costa; lá moram uns dois pescadores. Duas léguas além está o Rio Goiana, ...".
►(Herckmans, 1639) RIAHGP, pg. 260:
"Este rio desemboca no mar, e já então não se chama mais Taperobú, e sim Popoca; não fica longe daí o porto Frances, o qual é o primeiro onde os franceses foram fazer o seu tráfico com os Pitiguares ou naturais da terra.".
►(Beck, 1649), pg. 331-332, relatando detalhes da viagem do Recife ao Siará, por mar, nos dias 20 e 21 de março de 1649:
"Tendo refrescado o vento, pelas 3 horas da tarde proseguimos na nossa viagem. Ao anoitecer estávamos na altura de Maria Farinha, e à noite encontramos o iate Wackende Boeije. Ao romper do dia seguinte, 21 do Março, nos achamos diante do Porto Francez e encontramos o iate Vos que vinha da Paraiba.".
►(Nieuhof, 1682), pg. 78, citado como 'Porto Francisco':
"Para além do rio Goiana, a mais ou menos três milhas e meia de distância, há um grande rio chamado Auiaí (126), cuja foz é de tal forma obstruída por bancos de areia que apenas permite a passagem de embarcações pequenas. Recebe esse rio vários afluentes, no interior. À margem de um deles assenta-se a aldeia de Maurício, na de outro, a de Auiaí.
O Porto Francisco está situado numa enseada de três grandes milhas de comprimento ao norte do rio Auiaí. Cinco milhas a noroeste do mesmo rio encontra-se o Gramame, não navegável, além de vários outros riachos.".
Nota de José Honório Rodrigues:
"(126) O tradutor inglês escreveu duas léguas e meia (p. 26, l.a col., 3 o §). — Nieuhof escreveu Auyay (p. 37, 2.a col., 8.° §). Terá relação com o Ay, primitivo nome da foz do rio Iguarassú? (Cf. Alfredo de Carvalho, XXV, 12-13).".
►(Coriolano de Medeiros, 1950):
@ pg. 207:
"Pitimbú (Voc. ind., formado de petim-íbu: olho d'água do fumo.) — ...
— Antiga vila pertencente ao município da Capital e situada à margem do Atlântico. Antes da colonização da Paraíba, o seu porto era freqüentado por navios franceses. Estes montaram no local uma feitoria que abarrotava suas naus, com artigos da região, especialmente o pau-brasil, tendo os tabajaras como auxiliares e amigos. Dado o domínio e a colonização portuguesa, desenvolveu-se o povoado.".
@ pg. 208:
"Nas velhas crônicas, Pitimbu é denominado Porto Francês.
...
Uma saliência formada por um outeiro e coberta de mato, é chamada Ponta de Pitimbu".
►(Câmara Cascudo, 1956), pg. 217-218:
"No mapa o nome inicial, vindo de Pernambuco, é Guacaí, onde se lança o rio Itacoara (Taquara) que tem nascimento em um lago. Segue-se o Apetimbu-miri e o Apetimbu-guaçu, Portos dos Francisis, o Porto Francês de velha história, também Pitimbu, designação que a tudo engloba.
O rio Abiai desagua numa enseada cujas saliências são o Porto do Francês e o Itatendioba (Tamatauba). ".
Citação deste verbete |
Autor do verbete: Levy Pereira |
Como citar: PEREIRA, Levy. "Pto dos Francises (porto)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: https://lhs.unb.br/atlas/index.php?title=Pto_dos_Francises_(porto). Data de acesso: 24 de fevereiro de 2025. |
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