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− | + | ►Mapa RSF [[(Albernaz, 1626/1627)]] RIO DE SÃO FRANCISCO, plotada sua foz, onde há o porto assinalado com as letras BB, 'BB - Porto de Iasuava q vai pera osalitre', a montante da 'Ilha do Ouro', e na [[m.e.]] do 'RIO DE SAÕ FRANCISCO'. | |
− | + | ►[[(Moreno, 1612)]], LIVRO QUE DÁ RAZÃO DO ESTADO DO BRASIL, pg. 53: | |
− | + | "Da banda do norte deste Rio começa a Capitania de Pernambuco, (e ele é) todo em si navegável da barra até as cachoeiras, (onde) se tem sessenta léguas ocupadas de tantas nações de Índios bárbaros, a que chamam Tapuias, que apenas se entendem uns com os outros, pelo que ainda hoje se faz trabalhoso de penetrar (.) Dom Diogo de Meneses a respeito de fazer navegável o salitre que se acha na serra de São Gregório assinalada na carta seguinte no ponto + (uma cruz) e para poder cultivar as minas tratou por via de línguas, e homens práticos do sertão, e a amizade de todas aquelas gentes, e mandou fazer na entrada da barra, o forte se ve na volta dessa folha, e na dita carta se assinala com o ponto S. Também mandou a um Manoel de Miranda, grande língua dos Índios, que povoassem com pitigares, que tinha junto de diversas partes, um sítio ao pé das serras, que chamam do Aracare, e que juntamente levasse gente branca a dita povoação, como de feito levou essa feita (.) Vai por três anos em que estão plantados muitos mantimentos para o bem do trato do dito salitre, este lugar se assinala na dita carta com as letras AA. Deste sítio se povoou o ano passado de seiscentos e onze com outra aldeia de gente branca o sítio de Jasuaba, que se mostra no ponto BB. E desde aí até as minas da serra de São Gregório está aberto o caminho para gente de pé e cavalgaduras, por maneira que para se cultivar o dito salitre, só faltam os mineiros, e ordem para fazer-se, que segundo o que tem mostrado a terra, será negócio da maior importância que o do Pau brasil além de se ficar escusado o comprar-lo a estrangeiros.". | |
− | + | ►[[(Câmara Cascudo, 1956)]], pg. 161-162: | |
− | + | "O rio S. Francisco, do lado alagoano, era parcamente conhecido para o olho flamengo. O topônimo inicial é a Ilha do Ferro, seguem-se dois rios, o Ibitipuruã-cunhã e o Ipitinga, ladeados por uma cordilheira que deve ser a serra do Pão de Açúcar, nomeada Ibitipuruã-cunhã. Abaixo do rio Ipitinga, o canal Tacioba e plantios, Suyckerbrood, pão de açúcar em holandês.". | |
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− | Notas: | + | '''Notas:''' |
− | 1) | + | 1) Na imagem do [[BQPPB]] não há desenho de canal próximo de onde está escrito 'Iacĩoba' - nesse mapa, este topônimo está escrito próximo a um símbolo de curral. |
− | 2) | + | 2) Interpreta-se 'Iacĩoba' do [[BQPPB]] = 'Iasuava' do RSF [[(Albernaz, 1626/1627)]] RIO DE SÃO FRANCISCO. |
− | 3) | + | 3) O mapa RSF [[(Albernaz, 1626/1627)]] RIO DE SÃO FRANCISCO indica o caminho e a localização da fonte (mina) de salitre (ingrediente para fabricação de pólvora negra), assinalando: |
− | - | + | - Com as letras BB, o 'Porto de Iasuava q vai pera osalitre'; |
− | - | + | - Com as letras CC. o 'Caminho do Salitre até as serras de S qugrorio' (serras de São Gregório), uma linha reta, que certamente é auxiliar para facilitar a visão da posição dessa serra; |
− | - | + | - Com as letras II, 'Rio de Cabaços q dece daserra de leraca (travaço', que é cortado pela linha reta do 'CC - Caminho ...'; |
− | - | + | - Com o sinal de uma cruz, sobre o desenho de serras, 'S: gregorio'. |
− | 3) | + | 3) A etimologia em [[(Guaraná, 1916)]] confirma Iacĩoba = Jasuaba (Iaçuaba), o porto BB de Albernaz, na [[m.e.]] do grande Rio, mas a referência surpreende, mostrando que esse topônimo também está na [[m.d.]], em Sergipe, no município de Porto da Folha de 1916 - teria o primitivo curral também evoluído em povoado, em frente, do outro lado do rio? |
Curral na m.e. do 'Parapĩtinga ou Rio de S.Francifco' (Rio São Francisco), junto ao 'Suyckerbrood' (Morro do Cristo).
Natureza: curral.
Mapa: PRÆFECTURA DE CIRÎÎĬ, vel SEREGIPPE DEL REY cum Itâpuáma.
Capitania: PARANAMBVCA.
Nomes históricos: Iacĩoba; Jasuaba (Iaçuaba); Iasuava (Iaçuava); Tacioba.
É o local onde se estabeleceu a povoação e o porto para embarque do salitre explorado no início do século XVII na então chamada Serra de São Gregório.
Nome atual: possivelmente é a Fazenda Pau Ferro, próxima à foz do Rio Boqueirão - vide mapa IBGE Geocódigo 2706403 Pão de Açúcar-AL.
Etimologia:
@ pg. 310:
"JACIOBÁ — Lagoa e Povoado em Porto da Folha. Vide Jassubá.".
@ pg. 311:
"JASSUBÁ ou JACIOBÁ — Vide este último nome. Yas-subá: yá-cybá, fruto liso.".
►Mapa RSF (Albernaz, 1626/1627) RIO DE SÃO FRANCISCO, plotada sua foz, onde há o porto assinalado com as letras BB, 'BB - Porto de Iasuava q vai pera osalitre', a montante da 'Ilha do Ouro', e na m.e. do 'RIO DE SAÕ FRANCISCO'.
►(Moreno, 1612), LIVRO QUE DÁ RAZÃO DO ESTADO DO BRASIL, pg. 53:
"Da banda do norte deste Rio começa a Capitania de Pernambuco, (e ele é) todo em si navegável da barra até as cachoeiras, (onde) se tem sessenta léguas ocupadas de tantas nações de Índios bárbaros, a que chamam Tapuias, que apenas se entendem uns com os outros, pelo que ainda hoje se faz trabalhoso de penetrar (.) Dom Diogo de Meneses a respeito de fazer navegável o salitre que se acha na serra de São Gregório assinalada na carta seguinte no ponto + (uma cruz) e para poder cultivar as minas tratou por via de línguas, e homens práticos do sertão, e a amizade de todas aquelas gentes, e mandou fazer na entrada da barra, o forte se ve na volta dessa folha, e na dita carta se assinala com o ponto S. Também mandou a um Manoel de Miranda, grande língua dos Índios, que povoassem com pitigares, que tinha junto de diversas partes, um sítio ao pé das serras, que chamam do Aracare, e que juntamente levasse gente branca a dita povoação, como de feito levou essa feita (.) Vai por três anos em que estão plantados muitos mantimentos para o bem do trato do dito salitre, este lugar se assinala na dita carta com as letras AA. Deste sítio se povoou o ano passado de seiscentos e onze com outra aldeia de gente branca o sítio de Jasuaba, que se mostra no ponto BB. E desde aí até as minas da serra de São Gregório está aberto o caminho para gente de pé e cavalgaduras, por maneira que para se cultivar o dito salitre, só faltam os mineiros, e ordem para fazer-se, que segundo o que tem mostrado a terra, será negócio da maior importância que o do Pau brasil além de se ficar escusado o comprar-lo a estrangeiros.".
►(Câmara Cascudo, 1956), pg. 161-162:
"O rio S. Francisco, do lado alagoano, era parcamente conhecido para o olho flamengo. O topônimo inicial é a Ilha do Ferro, seguem-se dois rios, o Ibitipuruã-cunhã e o Ipitinga, ladeados por uma cordilheira que deve ser a serra do Pão de Açúcar, nomeada Ibitipuruã-cunhã. Abaixo do rio Ipitinga, o canal Tacioba e plantios, Suyckerbrood, pão de açúcar em holandês.".
Notas:
1) Na imagem do BQPPB não há desenho de canal próximo de onde está escrito 'Iacĩoba' - nesse mapa, este topônimo está escrito próximo a um símbolo de curral.
2) Interpreta-se 'Iacĩoba' do BQPPB = 'Iasuava' do RSF (Albernaz, 1626/1627) RIO DE SÃO FRANCISCO.
3) O mapa RSF (Albernaz, 1626/1627) RIO DE SÃO FRANCISCO indica o caminho e a localização da fonte (mina) de salitre (ingrediente para fabricação de pólvora negra), assinalando:
- Com as letras BB, o 'Porto de Iasuava q vai pera osalitre';
- Com as letras CC. o 'Caminho do Salitre até as serras de S qugrorio' (serras de São Gregório), uma linha reta, que certamente é auxiliar para facilitar a visão da posição dessa serra;
- Com as letras II, 'Rio de Cabaços q dece daserra de leraca (travaço', que é cortado pela linha reta do 'CC - Caminho ...';
- Com o sinal de uma cruz, sobre o desenho de serras, 'S: gregorio'.
3) A etimologia em (Guaraná, 1916) confirma Iacĩoba = Jasuaba (Iaçuaba), o porto BB de Albernaz, na m.e. do grande Rio, mas a referência surpreende, mostrando que esse topônimo também está na m.d., em Sergipe, no município de Porto da Folha de 1916 - teria o primitivo curral também evoluído em povoado, em frente, do outro lado do rio?
Citação deste verbete |
Autor do verbete: Levy Pereira |
Como citar: PEREIRA, Levy. "Iacĩoba". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: https://lhs.unb.br/atlas/index.php?title=Iac%C4%A9oba. Data de acesso: 24 de fevereiro de 2025. |
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