(14 edições intermediárias de 2 usuários não apresentadas) | |||
Linha 1: | Linha 1: | ||
− | {{verbete|nome=Tiago|sobrenome=Gil|verbete= | + | {{verbete|nome=Tiago|sobrenome=Gil|verbete= |
Foi uma [[capitania]] do [[Estado do Brasil]] de 1565 até o final do período colonial, instalada em terrenos originalmente ocupados pela [[Capitania de São Vicente]], resgatados para a Coroa por conta da expulsão dos franceses por [[Estácio de Sá]], iniciada em 1565. | Foi uma [[capitania]] do [[Estado do Brasil]] de 1565 até o final do período colonial, instalada em terrenos originalmente ocupados pela [[Capitania de São Vicente]], resgatados para a Coroa por conta da expulsão dos franceses por [[Estácio de Sá]], iniciada em 1565. | ||
Linha 9: | Linha 9: | ||
{{trecho|fonte=[[ANCHIETA, José de. Enformação do Brazil, e de suas capitanias, 1584. RHIGB, vol. 6, 1844|José de Anchieta]]|texto=No ano de 1564 chegou Estácio de Sá sobrinho do governador Men de Sá ao Rio de Janeiro com a armada que trouxe de Portugal e muitos moradores do Brasil assim portugueses como índios cristãos e não indo bem fornecida do necessário para aquela empresa se foi a São Vicente onde esteve apercebendo-se de mantimentos e do mais necessário fez canoas ligeiras em que no janeiro seguinte com muita gente de São Vicente portugueses, mamelucos, e índios tornou ao Rio de Janeiro com os mais navios da armada e no princípio de março tomou logo terra ao longo do porto, que chamam pão de açúcar na entrada da barra, e fez casas de madeira e cerca onde se recolho com parte da gente ficando a outra nos navios e d'aí com as canoas começou a conquistas tamoios e os foi levando pouco a pouco havendo muito notáveis e milagrosas vitórias...}} | {{trecho|fonte=[[ANCHIETA, José de. Enformação do Brazil, e de suas capitanias, 1584. RHIGB, vol. 6, 1844|José de Anchieta]]|texto=No ano de 1564 chegou Estácio de Sá sobrinho do governador Men de Sá ao Rio de Janeiro com a armada que trouxe de Portugal e muitos moradores do Brasil assim portugueses como índios cristãos e não indo bem fornecida do necessário para aquela empresa se foi a São Vicente onde esteve apercebendo-se de mantimentos e do mais necessário fez canoas ligeiras em que no janeiro seguinte com muita gente de São Vicente portugueses, mamelucos, e índios tornou ao Rio de Janeiro com os mais navios da armada e no princípio de março tomou logo terra ao longo do porto, que chamam pão de açúcar na entrada da barra, e fez casas de madeira e cerca onde se recolho com parte da gente ficando a outra nos navios e d'aí com as canoas começou a conquistas tamoios e os foi levando pouco a pouco havendo muito notáveis e milagrosas vitórias...}} | ||
− | + | [[Arquivo:Santana.png|300px|right|thumb|Detalhe da [[Capitania de São Vicente]], onde estava a baía da Guanabara. Fonte: [[(Cintra, 2013)]]]] | |
Linha 50: | Linha 50: | ||
[[Resende]] | [[Resende]] | ||
− | [[São João do Príncipe]] | + | [[São João do Príncipe]] ou [[São João Marcos]] |
− | [[ | + | [[Santa Helena]] |
− | [[ | + | [[Vila de São Salvador dos Campos]] |
[[Santo Antonio de Sá]] | [[Santo Antonio de Sá]] | ||
− | |||
Linha 68: | Linha 67: | ||
+ | |||
+ | {{biblioselecionada|codigozotero=54Z5J92U|capitania=Rio de Janeiro}} | ||
}} | }} | ||
− | [[ | + | |
− | [[ | + | [[Category:População e Território]] |
+ | [[Category:Capitania do Rio de Janeiro]] | ||
+ | [[Category:Capitanias]] |
por Tiago Gil |
Foi uma capitania do Estado do Brasil de 1565 até o final do período colonial, instalada em terrenos originalmente ocupados pela Capitania de São Vicente, resgatados para a Coroa por conta da expulsão dos franceses por Estácio de Sá, iniciada em 1565.
Tabela de conteúdo |
Fundada no contexto de embates entre portugueses e franceses na costa americana, a Capitania do Rio de Janeiro se inicia em 1565, como apontou José de Anchieta algumas décadas depois:
José de Anchieta |
O Frei Vicente de Salvador também detalha a conquista da Guanabara pelos portugueses vindos da Bahia:
Frei Vicente de Salvador |
Pizarro e Araújo destaca que a entrada e fixação das tropas portuguesas no baía da Guanabara só teria ocorrido em 1566, e não em 1565, como sugere o texto de José de Anchieta acima indicado.[1] Uma vez controlada a situação na baía da Guanabara, Men de Sá retornou para a Bahia, deixando seu sobrinho Salvador Correia de Sá no governo do Rio de Janeiro.[2] Alguns anos mais tarde, foi feita a repartição do Estado do Brasil em duas partes, a Repartição Norte, sob governo da Bahia, e a Repartição Sul, sob cuidado do Rio de Janeiro. Como disse Gabriel Soares de Souza Esta repartição se fez no ano de 1572; começava no limite em que partem as duas capitanias dos Ilhéus e do Porto Seguro[3]
Em 1576, Pero de Magalhães Gândavo fez uma breve descrição da capitania em sua História da Província de Santa Cruz:
![]() ![]() |
Pero de Magalhães Gândavo |
A Capitania permaneceu como tal até 1748, quando a extinta Capitania de São Paulo foi incorporada pela fluminense. Em 1765, a Capitania de São Paulo foi reestabelecida.
Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro
Angra dos Santos Reis da Ilha Grande
São João do Paraiba (até 1732?)
Nossa Senhora da Piedade de Magé
São João do Príncipe ou São João Marcos
Vila de São Salvador dos Campos
Bibliografia selecionada da Capitania de Rio de Janeiro
Citação deste verbete |
Autor do verbete: Tiago Gil |
Como citar: GIL, Tiago. "Capitania do Rio de Janeiro". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: https://lhs.unb.br/atlas/index.php?title=Capitania_do_Rio_de_Janeiro. Data de acesso: 23 de fevereiro de 2025.
|
Informar erro nesta página |