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− | Sua área foi reocupada, e sua localização foi perdida nos tempos, sendo um desafio para os historiadores. | + | * Sua área foi reocupada, e sua localização foi perdida nos tempos, sendo um desafio para os historiadores. |
− | A posição probabilística | + | * A posição probabilística georreferenciada neste estudo baseia-se na disposição dos rios afluentes [[m.d.]] do Rio Potengi. |
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− | ►Mapa RG (IAHGP-Vingboons, 1640) #51 CAPITANIA DE RIO GRANDE, representada com o símbolo de cidade, sem nome, na na m.d. do 'Rº. ∂o MarԐԐs' (nome pouco legivel na nossa imagem, todavia o rio é o Jundiaí). | + | ►Mapa RG [[(IAHGP-Vingboons, 1640)]] #51 CAPITANIA DE RIO GRANDE, representada com o símbolo de cidade, sem nome, na na [[m.d.]] do 'Rº. ∂o MarԐԐs' (nome pouco legivel na nossa imagem, todavia o rio é o Jundiaí). |
− | ►Mapa Y-51 (4.VEL Y, | + | ►Mapa Y-51 [[(4.VEL Y, 1643-1649)]] De Cust van Brazil tusschen Rio Jan desta en cabo Roques, plotado como 'Nieusta∂t:', na [[m.d.]] de um rio sem nome, afluente [[m.d.]] do 'Rº Gran∂e', e por tal detalhe reconhecido como o Rio Jundiaí. |
− | ►Mapa CE-RG | + | ►Mapa CE-RG [[(Orazi, 1698)]] PROVINCIE DI SEARÁ E RIO GRANDE, plotada com símbolo, sem nome, na [[m.e.]] do 'Potosÿ' (presumivelmente o Rio Potengi). A posição está entre dois rios, formadores do 'R. Grande', imeditamente a montante da sua junção. O rio da [[m.d.]] do 'R. Grande' é o 'Potosÿ'. |
− | Esse mapa tem escala que requer simplificações e parece, nesse caso, apresentar imprecisão. Os demais mapas de | + | * Esse mapa tem escala que requer simplificações e parece, nesse caso, apresentar imprecisão. Os demais mapas de Orazi são mais detalhados (têm menor escala) e mais parecidos com suas fontes, entre elas o exemplar da Biblioteca do Vaticano semelhante ao RG [[(IAHGP-Vingboons, 1640)]] #51 CAPITANIA DE RIO GRANDE e o [[BQPPB]]. |
− | O CE-RG parece basear-se no MBU e noutro mapa, até o momento não identificado | + | * O CE-RG parece basear-se no [[MBU]] e noutro mapa, até o momento não identificado nesta pesquisa, que dá detalhes do litoral e suas cercanias, até a 'PROVINCIA DEL MARAGNONE'. |
− | ►(Dussen, 1640), pg.175: | + | ►[[(Dussen, 1640)]], pg.175: |
"Já teve uma cidade chamada Cidade do Natal, situada a uma légua e meia do Castelo Ceulen, rio acima, mas está totalmente arruinada, pelo que foi consentido aos escabinos e moradores levantar uma nova cidade em Potigi, pois é terreno fértil e melhor situado para os seus habitantes. Deverão construir de início um Paço da Câmara para aí terem o seu tribunal de justiça. ". | "Já teve uma cidade chamada Cidade do Natal, situada a uma légua e meia do Castelo Ceulen, rio acima, mas está totalmente arruinada, pelo que foi consentido aos escabinos e moradores levantar uma nova cidade em Potigi, pois é terreno fértil e melhor situado para os seus habitantes. Deverão construir de início um Paço da Câmara para aí terem o seu tribunal de justiça. ". | ||
− | ►(Hamel; Bullestrate; Bas - 1646), pg. 211: | + | ►[[(Hamel; Bullestrate; Bas - 1646)]], pg. 211: |
" No Rio Grande nunca houve cidade ou aglomeração de habitantes que morassem juntos. Apenas começaram, há poucos anos, a construir casebres a quatro léguas de distância do Castelo Ceulen, perto de certa igreja, lugar que nós chamamos Nova Amsterdam, para a qual os portugueses vinham do interior para a missa, mas que ainda não tem adiantamento. ...". | " No Rio Grande nunca houve cidade ou aglomeração de habitantes que morassem juntos. Apenas começaram, há poucos anos, a construir casebres a quatro léguas de distância do Castelo Ceulen, perto de certa igreja, lugar que nós chamamos Nova Amsterdam, para a qual os portugueses vinham do interior para a missa, mas que ainda não tem adiantamento. ...". | ||
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"Há caminhos que levam a todos esses pontos. A estrada-real, que vinha de Pernambuco a Natal, ia pelos sete montes e Paranamiri (Parnamirim), vale do Cajupiranga até Pitimbu (onde havia morada) e se unia a um ramal vindo da "Cidade Nova" misteriosa para minhas tentativas de localização.". | "Há caminhos que levam a todos esses pontos. A estrada-real, que vinha de Pernambuco a Natal, ia pelos sete montes e Paranamiri (Parnamirim), vale do Cajupiranga até Pitimbu (onde havia morada) e se unia a um ramal vindo da "Cidade Nova" misteriosa para minhas tentativas de localização.". | ||
− | ►(Medeiros, 1998) , pg. 77-79, em "Nova Amsterdam, ou Cidade Nova, a substituta de Natal", rico de referências históricas a respeito dessa cidade, propõe uma possível localização. | + | ►[[(Medeiros, 1998)]], pg. 77-79, em "Nova Amsterdam, ou Cidade Nova, a substituta de Natal", rico de referências históricas a respeito dessa cidade, propõe uma possível localização. |
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+ | * Nota: Visitou-se o local proposto pelo prof. Olavo Medeiros, mas concluiu-se que sua posição difere muito da plotada no [[BQPPB]]. | ||
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+ | ►[[(Sesmarias RN, 2000)]], Terceira Parte, pg. 433, Carta de Sesmaria de 1º de novembro de 1709, traz no seu fecho o local e data de onde foi emitida: | ||
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+ | “... Ferreiro Torto da Cidᵉ. [Cidade] nova da Capitania do Rio Grande 1º. de Novembro de 1709 [.] Christovão Soares ...”. | ||
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+ | Notas: | ||
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+ | * O citado Ferreiro Torto situava-se no local hoje conhecido como o [http://www.presspoint.ufrn.br/index.php/pautas/250-solar-ferreiro-torto-berco-de-macaiba Solar do Ferreiro Torto], antiga sede do Engenho do Ferreiro Torto, no município de Macaíba-RN, na margem direita, e na barra no '[[Nhumdiáĩ]]' (rio Jundiai), de um riacho que interpreta-se no [http://lhs.unb.br/wiki_files/BRASILIA_QUA_PARTE_PARET_BELGIS_V1.2_release_20171006.kml GEORREFERENCIAMENTO DO MAPA DO BRASIL HOLANDÊS DE GEORGE MARCGRAVE, o BRASILIA QUA PARTE PARET BELGIS] como sendo o riacho [http://lhs.unb.br/atlas/It%C3%A2guacut%C4%A9oba_(riacho) 'Itâguacutĩoba'].O Solar do Ferreiro Torto dista aproximadamente 650 m a nor-noroeste (NNW) da ubicação probabilística da 'Cidade Noua' proposta no Georreferenciamento acima citado. | ||
+ | * Agradece-se ao professor João Filipe da Trindade a indicação dessa referência à Cidade Nova nessa carta de Sesmaria. | ||
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Cidade na m.d. do 'Nhumdiai' (Rio Jundiaí).
Natureza: cidade.
Mapa: PRÆFECTURÆ DE PARAIBA, ET RIO GRANDE.
Capitania: RIO GRANDE.
Nomes históricos: Cidade noua, Cidade Nova, Nieusta∂t, Nova Amsterdam, Amsterdam.
Nome atual: Não prosperou como cidade.
►Mapa RG (IAHGP-Vingboons, 1640) #51 CAPITANIA DE RIO GRANDE, representada com o símbolo de cidade, sem nome, na na m.d. do 'Rº. ∂o MarԐԐs' (nome pouco legivel na nossa imagem, todavia o rio é o Jundiaí).
►Mapa Y-51 (4.VEL Y, 1643-1649) De Cust van Brazil tusschen Rio Jan desta en cabo Roques, plotado como 'Nieusta∂t:', na m.d. de um rio sem nome, afluente m.d. do 'Rº Gran∂e', e por tal detalhe reconhecido como o Rio Jundiaí.
►Mapa CE-RG (Orazi, 1698) PROVINCIE DI SEARÁ E RIO GRANDE, plotada com símbolo, sem nome, na m.e. do 'Potosÿ' (presumivelmente o Rio Potengi). A posição está entre dois rios, formadores do 'R. Grande', imeditamente a montante da sua junção. O rio da m.d. do 'R. Grande' é o 'Potosÿ'.
►(Dussen, 1640), pg.175:
"Já teve uma cidade chamada Cidade do Natal, situada a uma légua e meia do Castelo Ceulen, rio acima, mas está totalmente arruinada, pelo que foi consentido aos escabinos e moradores levantar uma nova cidade em Potigi, pois é terreno fértil e melhor situado para os seus habitantes. Deverão construir de início um Paço da Câmara para aí terem o seu tribunal de justiça. ".
►(Hamel; Bullestrate; Bas - 1646), pg. 211:
" No Rio Grande nunca houve cidade ou aglomeração de habitantes que morassem juntos. Apenas começaram, há poucos anos, a construir casebres a quatro léguas de distância do Castelo Ceulen, perto de certa igreja, lugar que nós chamamos Nova Amsterdam, para a qual os portugueses vinham do interior para a missa, mas que ainda não tem adiantamento. ...".
@ pg. 248:
"Pela direita o Nhumdiaí (Jundiaí) tem os afluentes Itaguaçutioba, certamente o mesmo ribeiro Itaorasutuba que se encontra no "Auto da Repartição das Terras" em 1614 (data n.° 2), um "Cidade Nova" com indicação de Igreja, entre esses o inidentificável Itaguaçutioba e o Cotingiba (Coité). Impossível saber que "Cidade Nova" é esse.".
@ pg. 248:
"Há caminhos que levam a todos esses pontos. A estrada-real, que vinha de Pernambuco a Natal, ia pelos sete montes e Paranamiri (Parnamirim), vale do Cajupiranga até Pitimbu (onde havia morada) e se unia a um ramal vindo da "Cidade Nova" misteriosa para minhas tentativas de localização.".
►(Medeiros, 1998), pg. 77-79, em "Nova Amsterdam, ou Cidade Nova, a substituta de Natal", rico de referências históricas a respeito dessa cidade, propõe uma possível localização.
►(Sesmarias RN, 2000), Terceira Parte, pg. 433, Carta de Sesmaria de 1º de novembro de 1709, traz no seu fecho o local e data de onde foi emitida:
“... Ferreiro Torto da Cidᵉ. [Cidade] nova da Capitania do Rio Grande 1º. de Novembro de 1709 [.] Christovão Soares ...”.
Notas:
Citação deste verbete |
Autor do verbete: Levy Pereira |
Como citar: PEREIRA, Levy. "Cidade noua". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: https://lhs.unb.br/atlas/index.php?title=Cidade_noua. Data de acesso: 24 de fevereiro de 2025. |
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